sexta-feira, 12 de junho de 2009

NOVA LETRA PARA O HINO NACIONAL?

“Tem de haver uma mudança radical no nosso olhar para nós mesmos. Portugal vive praticamente a duas cores. Cor-de-rosa e cinzento. Pouco adequado a um país com muito sol e um enorme mar azul à frente. Há cada vez mais gente a cantar em inglês (especialmente na zona centro, vá-se lá saber porquê), o que denota um afastamento gradual da língua mãe, e portanto da nossa razão de ser povo. Porque não voltar a ter uma bandeira bonita? Já a tivemos, era azul e branca. E, já agora, tirar aquela ridícula letra do hino e deixar a música viver em pleno, que o hino é muito bonito.” Rui Veloso Citado pelo jornal i
IDEIAS PARA PENSAR
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Ora aqui está uma ideia para pensar. Eu sei que as nossas prioridades estão centradas na política e no mais feroz e avassalador objectivo, que é a economia. Sem ela, não creio que haja vida digna. A velha teoria do amor e duma cabana já lá vai há muito. Mesmo assim, acho que há ideias interessantes, como esta lançada por Rui Veloso. Diz ele que o nosso mar e o nosso céu, com sol que baste para tornar o nosso País bastante luminoso, poderiam inspirar uma bandeira diferente, com cores mais consentâneas com a nossa realidade. O verde e vermelho, duas cores que casam tão mal, apenas terão surgido por oposição agressiva às tradicionais cores da bandeira nacional, em que o azul e o branco pontificavam. E assim ficou, até hoje, explicando-se o facto com argumentos que de outra forma também se arranjariam a contento de todos. Depois abordou a questão da letra que considerou ridícula. Aliás, não é primeira vez que alguém a contesta. Que eu saiba, o primeiro a fazê-lo foi Alçada Baptista, em Chaves, no discurso (depois publicado num dos seus livros) do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Na altura, não faltaram protestos contra o autor da ideia. Mas ele, com a sua bonomia, ria-se e dizia, com graça, que há muita gente que canta o Hino Nacional, sem sequer pensar no que está a dizer. Pois é. Então, por que razão não se há-de pensar no assunto? Alçada Batista tinha destas coisas. Um dia também contestou a oração que nós, católicos, muito rezamos e que é a Salve, Rainha. Afirma ele que não faz sentido usar palavras e expressões como “os degredados filhos de Eva”, “vale de lágrimas” e “desterro”. Expressões e palavras que denunciam pessimismo e uma visão negativa da vida. Seja como for, acho que o Hino Nacional merece outra letra, já que a música, como diz Rui Veloso, é muito bonita. Quanto à Salve, Rainha, não acredito que alguém lhe mexa. Mas como há tantas outras orações expressivas e optimistas, o melhor é optar por elas.
Que dizem os meus leitores e amigos? Fernando Martins

Crise dos padres, uma oportunidade?

O papel do padre, em vez de se esboroar, tem-se afirmado com um relevo inédito. Pode mesmo dizer-se que o padre se torna cada vez mais importante.
Por bizarro que possa parecer, tornou-se muito raro ouvir falar da identidade ou da função do Padre na Igreja Católica sem associar imediatamente a palavra crise. Se este termo só muito recentemente entrou na gramática do quotidiano para designar a economia e a sociedade, há muito que ele acompanha a definição da figura e da missão do presbítero. Primeiro, porque as estatísticas desenham uma diminuição das vocações sacerdotais e religiosas que não pode não ter consequências. Segundo, porque o modo como o padre era olhado do exterior também se alterou (o padre detinha um poder simbólico e exercia um magistério social inquestionáveis). E, por fim, e para resumir, a maneira como o Padre olha para si mesmo reflecte também novas interrogações, expectativas e possíveis caminhos. A grande questão é como transformar esta crise, que não é de ontem nem de hoje, numa oportunidade para a perspectivação e vivência deste ministério fundamental. Há, num contexto de nem sempre fácil leitura, algumas linhas que vão sublinhando a esperança. Uma delas é a percepção paradoxal de que o papel do padre em vez de se esboroar se tem afirmado com um relevo inédito. Pode mesmo dizer-se que o padre se torna cada vez mais importante na vida dos cristãos e das comunidades. À medida que a visibilidade sociológica do padre parece diminuir, cresce a procura para o diálogo e o confronto da vida, as solicitações para acompanhar pequenos grupos e equipas, para estar presente nos momentos mais variados e em contextos mais íntimos. Lendo alguns sinais deste tipo, vemos emergir três eixos que constituem outros tantos desafios para o Padre de hoje: 1. O Padre é chamado a ser cada vez mais um homem da Palavra. Espera-se dele que tenha mergulhado a sua vida e a sua inteligência na Palavra de Deus e possa ser um anunciador, com capacidade de traduzi-la numa linguagem pertinente e actual, agindo com sentido profético e verdadeira sabedoria evangélica. 2. O Padre é chamado a exercer a paternidade espiritual de modo mais intenso, pela disponibilidade para acolher e acompanhar, sublinhando nos momentos diversos o essencial da esperança. 3. O Padre é chamado, até por fidelidade à tradição da Igreja, a sondar e a valorizar as novas fronteiras onde o Espírito se revela. José Tolentino Mendonça

Não percamos a Tradição

1. Aproximam-se tempos de festas populares. Uma oportunidade de, bem mais cuidadosamente, apreciarmos aquilo que são os dinamismos das comunidades que vão fazendo perdurar no tempo um conjunto de valores de pertença. Sendo certo que existirão tradições a aperfeiçoar, senão mesmo a purificar neste ou naquele aspecto, valorizemos essa vontade de expressão comunitária e deixemo-nos sensibilizar para o sentido de que a tradição também se constrói. Diz-se que em tempo de crise também o mesmo fim poderá acontecer às tradições. Nem por isso as coisas terão de ser assim, pois que o segredo das tradições sempre esteve e estará em serem simples e populares. Até porque no sentido espiritual mais profundo, a tradição religiosa procurou sempre aproximar as comunidades simples de ideais divinos, por vezes bem complexos para a mente humana.
2. Assim se compreende que as devoções aos santos – veja-se o caso exemplar universalista de Santo António –, sendo verdade teologicamente que quem salva não é o Santo mas Deus, consegue tirar de casa gente que de outro modo não sairia. É certo que em muitas faces os caminhos das tradições poderão ter contra-sensos, mas na grande maioria da sua expressão a tradição repleta de tradições consegue o milagre de unir, reunir, gerar elos de ligação das raízes das gentes ao sentido de projecto com futuro pessoal e social. Um valor inestimável que em palavras mais “caras” se poderá designar de antropológico, cultural, espiritual, educativo, filosófico e mesmo ético, habita o seio das tradições, valores a compreender para mais e melhor preservar.
3. Importa, por isso, não esperar que elas acabem para depois procurar as suas raízes. Importará investir não tanto em criticá-las como mais em reorientá-las no sentido mais pleno da reconstrução contínua da tradição. As tradições, na sua maior expressão não são museu que o tempo levou, mas transportam consigo a alma das gentes, um sentido de vidas com projecto comunitário. Tão preciso!
Alexandre Cruz

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Um poema de Donzília Almeida: Gratidão

Ao Domingos Cardoso
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GRATIDÃO
Tantas horas de profundo labor Assim, de mão beijada, oferecidas, São pérolas de amizade imerecidas E alvo de um rasgado louvor! Com avanços e recuos e amor Pela arte de narrar coisas sentidas, Tiveram duração de horas compridas, Nesta dura tarefa de revisor! Não sei se vou conseguir reconhecer Tanta dádiva que vem do coração, Mas quero aqui deixar transparecer, Que a mais nobre e pura gratidão, Em explosão, brota do meu ser, Apenas e tão-só para o enaltecer! M.ª Donzília Almeida 08.06.09

Humoristas sem graça

Quem pode esquecer o Raul Solnado?
Humorismo em crise deixa país mais entristecido
Nos tempos de crise fazem falta bons humoristas que proporcionem a toda a gente, pela sua criatividade, momentos de alegria e de esperança, de bem-estar e de confiança. O que se vê é que há mais gente irritada e azeda a agredir e a encobrir o sol por tudo e por nada, que artistas do humor, sábios e serenos, a desmontar agressividades e a conciliar diferenças, com um dito apropriado ou uma rábula, rica de saber e de graça. O humorista, julgo eu, é uma pessoa inteligente e criativa, um artista. Caso contrário, refugia-se na graçola, banal e pestilenta, acabando a rir sozinho com os bacocos, sem convicção, nem consolo. Onde não há inteligência não há criatividade. Sem inteligência e estro artístico, o humor nasce tão doente, que logo morre à nascença. Criar humor é mais que contar anedotas ou entreter com cantigas picantes. Há páginas de antologia em alguns dos nossos humoristas. Quem pode esquecer o sentido acutilante, irónico e pedagógico da “guerra do Solnado”? Há no humorismo verdadeiras peças de arte que não envelhecem, nem se desfiguram. Ouvem-se hoje, como há dezenas de anos atrás. O mesmo gosto e prazer. A mensagem, que nunca é uma simples piada ou uma graçola insonsa, continua viva e actual. Coisa rara, hoje, na produção dos chamados humoristas. Nem inteligência, nem criatividade, nem graça, nem saber, nem verve. O pretenso humoris-mo de hoje, como a pobreza do tempo, tornou-se descartável como a moda: ver, ouvir, rir, deitar fora. Os canais de televisão e as estações de rádio conservam os seus humoristas, como a corte manteve o seu bobo. Alguns bem tristes, mesmo quando pretendem fazer graça. A gente da programação ou já não sabe o que é o verdadeiro humor, ou quer vender gato por lebre, ou, então, pensa que para um país desiludido e alienado, qualquer coisa serve para divertir e provocar gargalhadas. As anedotas são brejeiras, os trocadilhos sem gosto, os ditos não dizem nada. E, quando se trata de intelectuais recentes a querer fazer humor em grupo, a desgraça parece ainda maior. Com um ar superior, brincam com tudo e com todos, não respeitam nada nem ninguém, nivelam tudo com a mesma rasa. O objectivo será o prazer do grupo, inebriado com seus dizeres vazios, seu saber pretensioso e suas gargalhadas histéricas. Ouve-se, vê-se e tira-se logo a prova de “como vai mal o humor em Portugal”. O povo ri se as piadas cheiram a sexo, religião ou política. Mas humor não é isto, porque, mesmo quando faz rir, também faz pensar. Sempre que se deixa de pensar, as referências válidas para ajuizar e avaliar o que se ouve, se lê, se pensa e se vive, desaparecem. Assim, o humor é impossível. Impossível fechar a boca aos insensatos e abrir o coração aos incautos, se a cabeça está oca e vazia. O bom humor é tempero da vida diária. Mal vai a um povo quando o humor se serve estragado ou dele não se sente falta. Os latinos diziam que “rindo se castigam os costumes”. Um dito sábio a mostrar que se pode fazer mais com uma palavra breve de verdadeiro humor, que com um discurso longo de pretenso saber. Porém, os costumes vão hoje de tal ordem, que castigá-los se tornou tarefa difícil, senão impossível. Muitos políticos agridem-se e picam-se, por tudo e por nada; há governantes a prometer o impossível e não suportar críticas: muitos intelectuais viram narcisistas e olham a plebe por cima do ombro; até os jovens, agora mais suficientes e surdos, fazem caminho por conta própria; restam os excluídos sociais que carregam a sua dor, cada dia mais desiludidos. O ambiente está mais carregado. Ninguém espere que o sol da esperança e da alegria alimente tristezas e desilusões. Com o futebol no defeso as coisas vão piorar. Deixemos que os humoristas, poetas e outros artistas, dêem beleza à paisagem humana e digam a toda a gente que o tempo não é de parar, nem de chorar, porque cada dia o sol nasce. António Marcelino

Um poema de Domingos Cardoso: Foi o vento

Foi o vento Foi o vento cortante como gume, Que me fez companhia nessa espera Em que só a saudade mais austera Me falava de ti, como um queixume. Foi o vento que trouxe o teu perfume Nessa clara manhã de Primavera, E, então, eu senti, que antes de quimera, Eras rosa vermelha em fogo e lume. E os dias se passaram a correr Num tempo de alegrias e prazer Como só haveria em pensamento. E essa ardente harmonia em nossa vida Foi repartida ao mundo, a toda a brida, Por esse arruaceiro que é o vento! Domingos Freire Cardoso

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Do discurso do Presidente da República nas comemorações do 10 de Junho
SOMOS CAPAZES DE VENCER Hoje é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o dia em que evocamos os nossos maiores e prestamos homenagem àqueles que continuam a sua obra e se distinguem por feitos notáveis em prol da nação. Neste dia tão cheio de significado para os Portugueses, estamos aqui, em Santarém, para celebrar a nossa identidade como povo e os laços que desde há séculos nos unem, seja onde for que tenhamos rumado, em busca de um futuro melhor. Estamos aqui, além disso, para honrar a obrigação que temos para com aqueles que nos antecederam e legaram um País soberano, manifestando a nossa vontade de deixar esse mesmo legado, se possível engrandecido, àqueles que nos irão suceder. Gostaria, neste momento, de evocar a memória de João Bénard da Costa, que, nos últimos dez anos, desempenhou de forma notável as funções de Presidente da Comissão Organizadora destas Comemorações. As comemorações do 10 de Junho representam, antes de mais, uma manifestação de fé e confiança nas capacidades do povo português, tantas vezes demonstradas ao longo dos tempos. Capacidade para resistir em momentos adversos e defender a integridade do território e a independência nacional, como a que demonstrou, por exemplo, Nuno Álvares Pereira, que a Igreja Católica ainda recentemente canonizou. Capacidade para planificar com rigor e executar com determinação as ideias mais arrojadas, como a que demonstrou o Almirante Gago Coutinho, nascido há precisamente 140 anos, que realizou com Sacadura Cabral essa proeza extraordinária que foi a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Capacidade, ainda, para ir à aventura, arriscar e descobrir novas terras e novos mundos onde vencer, como a que podemos ver ainda hoje em tantos dos nossos emigrantes. O exemplo destes e de tantos outros homens e mulheres, nossos compatriotas, sejam eles famosos ou simples anónimos, é um justificado motivo de orgulho. Mas deve igualmente constituir um estímulo, uma prova de que somos capazes de vencer, mesmo perante os maiores desafios ou as piores adversidades.
Leia todo o discurso aqui

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Do discurso de António Barreto nas Comemorações do 10 de Junho Os portugueses
precisam de exemplos
As comemorações nacionais têm a frequente tentação de sublinhar ou inventar o excepcional. O carácter único de um povo. A sua glória. Mas todos sentimos, hoje, os limites dessa receita nacionalista. Na verdade, comemorar Portugal e festejar os Portugueses pode ser acto de lucidez e consciência. No nosso passado, personificado em Camões, o que mais impressiona é a desproporção entre o povo e os feitos, entre a dimensão e a obra. Assim como esta extraordinária capacidade de resistir, base da "persistência da nacionalidade", como disse Orlando Ribeiro. Mas que isso não apague ou esbata o resto. Festejar Camões não é partilhar o sentido épico que ele soube dar à sua obra maior, mas é perceber o homem, a sua liberdade e a sua criatividade. Como também é perceber o que fizemos de bem e o que fizemos de mal. Descobrimos mundos, mas fizemos a guerra, por vezes injusta. Civilizámos, mas também colonizámos sem humanidade. Soubemos encontrar a liberdade, mas perdemos anos com guerras e ditaduras. Fizemos a democracia, mas não somos capazes de organizar a justiça. Alargámos a educação, mas ainda não soubemos dar uma boa instrução. Fizemos bem e mal. Soubemos abandonar a mitologia absurda do país excepcional, único, a fim de nos transformarmos num país como os outros. Mas que é o nosso. Por isso, temos de nos ocupar dele. Para que não sejam outros a fazê-lo. Não usemos os nossos heróis para nos desculpar. Usemo-los como exemplos. Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista. Pela justiça e pela tolerância, os portugueses precisam mais de exemplo do que de lições morais. Pela honestidade e contra a corrupção, os portugueses necessitam de exemplo, bem mais do que de sermões.
Pela eficácia, pela pontualidade, pelo atendimento público e pela civilidade dos costumes, os portugueses serão mais sensíveis ao exemplo do que à ameaça ou ao desprezo. Pela liberdade e pelo respeito devido aos outros, os portugueses aprenderão mais com o exemplo do que com declarações solenes. Contra a decadência moral e cívica, os portugueses terão mais a ganhar com o exemplo do que com discursos pomposos. Pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo, os portugueses seguirão o exemplo com mais elevado sentido de justiça. Leia todo o discurso aqui

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Fortaleza de Diu
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É urgente repensar Portugal
“Refundar a Nação dando-lhe um sonho.
Nós fundámos a Nação com o sonho
de autonomia relativamente a Castela,
refundámos com a ideia dos Descobrimentos
e está na altura de um novo sonho
que nos projecte para melhores dias.” António Martins, Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses
UM POVO LIMITADO E SEM SONHOS? PORQUÊ?
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Esta citação, transcrita hoje do jornal i, vem mesmo no dia certo, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Vem no dia certo porque é "o sonho que comanda a vida", no dizer poético e profético de António Gedeão. Sem sonhos que nos acordem e que nos projectem, muito para além da pequenez linha de horizontes fechados, jamais seremos dignos dos que "deram novos mundos ao mundo", como ensinou Camões.
Confesso que às vezes fico inquieto sem saber o que pensar sobre as razões que nos levaram a pôr de lado o ânimo dos nossos antepassados que construíram Portugal, à custa de sonhos, é certo, mas também de muita determinação e de muita coragem.
A RTP tem estado a mostrar imagens do nosso glorioso passado, espalhadas um pouco por toda a parte. E quando ouço que uns tantos portugueses souberam, porque quiseram, semear nas mais recônditas paragens do globo as marcas da nossa identidade, de que tanto nos orgulhamos, não posso deixar de pensar no povo que somos hoje. Um povo limitado e sem sonhos? Porquê?
FM

terça-feira, 9 de junho de 2009

Presidente da República vetou alteração à lei do financiamento dos partidos políticos

Não há a necessária
transparência
das fontes
de financiamento

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Cavaco Silva vetou alteração à lei do financiamento dos partidos políticos, no pressuposto de que essa “alteração ocorre sem que se encontre devidamente acautelada a existência de mecanismos de controlo que assegurem a necessária transparência das fontes de financiamento privado, no quadro de um sistema que, sublinhe-se, adopta um modelo de financiamento tendencialmente público, do qual já resultam especiais encargos para o Orçamento do Estado e para os contribuintes”, conforme se pode ler no “site” da Presidência da República. Às vezes fico confuso com algumas decisões emanadas da Assembleia da República, obviamente aprovadas pelos nossos parlamentares. Como neste caso, está bem de ver. Fala-se tanto de honestidade, mas esta ideia de angariar fundos pecuniários sem indicação das respectivas fontes não tem nada de transparente. Que os nossos legisladores elaboram leis confusas e sem rigor gramatical, já se sabia. Mas virem agora com uma lei destas, onde a transparência fica afastada, é que não se pode tolerar. FM

As Grandes Navegações Marítimas

Permitam-me que chame a atenção dos meus leitores para um blogue que muito interessa aos amantes das coisas do mar. Trata-se do blogue do Eng. Senos da Fonseca, "As Grandes Navegações Marítimas", que vai ser, pela competência do seu "dono", uma fonte expressiva de informações, que todos nós, gentes do mar, poderemos usufruir.
NOTA: Foto do blogue "As Grandes Navegações Marítimas"

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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