sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril


Comemora-se hoje mais um 25 de Abril. Houve os tradicionais discursos comemorativos na Assembleia da República, um dos símbolos da liberdade então conquistada. Assembleia que se vestiu de gala para recordar uma data histórica que marcou a era de uma nova democracia.
Paralelamente às celebrações oficiais ao nível mais alto do Estado, registo o silêncio na grande maioria das autarquias portuguesas, afinal um símbolo do Poder Local que se enraíza nas conquistas de Abril. Esse silêncio, malhas que a ignorância e a injustiça tecem, merece ser combatido. Realmente, sem o 25 de Abril, não teríamos um Poder Local tão expressivo e tão defensor dos interesses das nossas gentes.
Ouço e leio quanto baste para saber que o 25 de Abril tem defensores acérrimos e críticos ferozes. Uns e outros, ao que julgo, terão algumas razões para cantar vitórias e para manifestarem a sua tristeza. Ambas as situações encarnam beneficiados com a liberdade e condenados à pobreza.
Há tempos, entre amigos, falava-se disso. Um idoso ouvia em silêncio os prós e os contras do 25 de Abril, ao jeito de quem pensa que não tem voto na matéria. Ouviu, ouviu, e em determinada altura comentou secamente: “Está tudo muito bem; talvez todos tenham razão; mas eu não queria voltar atrás!”
FM

O 25 DE ABRIL E O FUTURO


Passados 34 anos sobre o 25 de Abril de 1974, altura em que foi derrubado o regime que vigorou em Portugal durante quarenta e oito anos, muitas são as opiniões divergentes, que ainda hoje se fazem sentir. É natural e salutar que assim seja.
Para uns, tratou-se do corolário de uma luta, de décadas, que culminou na “revolução dos cravos”, acabando com o regime fascista, corrupto, ditatorial e sangrento que governava Portugal.
Para outros, foi o fim do sonho do grande império colonial, que começava no Minho e acabava em Timor, sendo um dos baluartes dos valores cristãos e da luta anticomunista que o mundo ocidental travava contra os chamados “países da cortina de ferro”.
Para alguns, o 25 de Abril, foi uma oportunidade de assumirem a personagem de “vira-casaca” adaptando-se às novas circunstâncias criadas e tirando delas os máximos benefícios, em proveito próprio.
Um outro grupo de portugueses – bem minoritário – para quem o 25 de Abril de 1974 representava uma ruptura com um passado bolorento e caduco, via a grande oportunidade de iniciarem reformas de fundo, em nome dos princípios então em voga: liberdade, igualdade e fraternidade, através de uma democracia de qualidade.
Os exemplos poderiam continuar, mas estes bastam para dizer que cada português teve, ou não, o seu 25 de Abril, através da forma como o viveu e como este lhe modificou, para melhor ou pior, o seu modo de viver e de pensar, a sua qualidade de vida e as expectativas que lhe foi gerando relativamente ao seu futuro pessoal e colectivo.
O Primeiro-ministro sueco, Olaf Palme (1927-1986) disse, relativamente ao 25 de Abril de 1974, que “Fazer uma revolução era fácil; difícil é fazer reformas”.
Dito de outro modo: falar é fácil, pelo menos a partir de Abril de 1974 passou a sê-lo; o difícil é, como noutras ocasiões, encontrar quem tenha competência e vontade de trabalhar, em nome do bem comum.
Mesmo descontando a tendência que o português tem para um pessimismo doentio e miserabilista, será que se fez tudo o que era possível para sermos um povo com mais esperança no presente e com mais confiança no futuro?
Deveríamos e poderíamos ter ido muito mais além, na criação de melhores condições de vida para os portugueses e se tal não aconteceu foi pela fraca prestação daqueles que se têm ocupado da gestão dos bens públicos – sobretudo os partidos políticos, e mais concretamente os que têm ocupado funções de poder.
Não menos importante, é o fraco grau de cidadania assumida pelos portugueses e a sua falta de exigência, justa e legítima, perante quem os deve ajudar, servindo-os. Costuma-se dizer que “quem cala consente” e o conformismo e o silêncio são os piores inimigos para o desenvolvimento de uma sociedade.
António Barreto, concorde-se ou não com a pessoa ou com o seu percurso político-partidário, escreveu no jornal “Público”, de 27 de Janeiro de 2008: “Este é o mundo em que vivemos: a mentira é uma arte. Esta é a nossa sociedade: o cenário substitui a realidade. Esta é a cultura em vigor: o engano tem mais valor do que a verdade.”
Falar, nos dias de hoje, do 25 de Abril de 1974, é pensar e falar na capacidade que temos em regenerar o que tem que ser regenerado; aperfeiçoar o que tem que ser aperfeiçoado; na vontade em resolvermos as dificuldades e problemas que nos surgem e na qualidade de vida e de democracia que podemos prometer e cumprir, de forma competente, perante todos cidadãos.
Se assim não for, o 25 de Abril de 1974 será sempre passado sem sentido e um memorial de recordações e nostalgias que jamais poderão fazer parte do futuro.

Vítor Amorim

A CIDADE ENCHEU-SE DE ALEGRIA


A afirmação é de Lucas, o médico. Expressa o ambiente social criado pela actuação de Filipe, o fugitivo de Jerusalém, após a morte de Estêvão. Relaciona a verdadeira alegria com Jesus Cristo. Atesta a simpatia e a atenção que as multidões lhe dispensam. Testemunha a transformação operada na cidade liberta de males ameaçadores.
O anúncio de Jesus é feito por palavras acompanhadas de gestos concretos. A união de ambos torna credível a mensagem. O povo da Samaria, apesar de praticar uma religião híbrida, adere cheio de entusiasmo. O facto torna-se notícia e chega a Jerusalém. Os Apóstolos vêem-se perante uma situação nova e enviam Pedro e João para verificarem o sucedido. Reunida a assembleia, oram e confirmam o trabalho feito por Filipe, impondo as mãos aos que haviam sido baptizados. E o Espírito Santo revela-se presente com os seus dons e dando os seus frutos.
Aceitar Jesus é viver este dinamismo de transformação, nascido no coração e configurado nos comportamentos sociais; é reconhecer na cidade a presença de forças opressoras que devem ser banidas porque indignas da condição humana; é apreciar a verdade, fonte da autêntica liberdade e nutriente da genuína responsabilidade; é abrir horizontes à realização humana que tem em Jesus Cristo a sua medida plena e o seu modelo perfeito; é assumir a dimensão pública da fé e da ética, sem preconceitos redutores nem tentativas avassaladoras.
Aceitar Jesus é acolher o Seu Espírito Santo e deixar-se moldar por ele. A acção do Espírito em nós é suave e não abrupta, assertiva e não negativa ou proibitiva, propositiva e não impositiva, performativa e não estática e esterilizada.
O Espírito de Jesus guia-nos para a verdade do ser e do agir humanos, para a lucidez crítica dos factos e dos comportamentos, para a compreensão inteligente das situações e dos rumos do futuro que o presente vai desenhando, para a aceitação responsável e histórica da nossa atitude.
Realmente, agora é a nossa vez. Amanhã será de outros. É no hoje de cada dia que imprimo a minha marca e deixo o meu selo na edificação de um mundo melhor para todos e na transformação das condições de vida de cada um de modo que “a cidade se encha de alegria”.
Senhor Jesus, o Teu Espírito faz-nos donos de nós mesmos e responsáveis pela nossa vida; atesta a nossa dignidade humana e dá-nos maturidade para pensar e decidir; credencia a nossa liberdade quando procura a verdade e revigora a nossa esperança alicerçada nos valores humanos por Ti vividos de forma exemplar e definitiva.

Georgino Rocha

quinta-feira, 24 de abril de 2008

BICENTENÁRIO DA BARRA DE AVEIRO - 6




(Clicar nas fotos para ampliar)

O Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro continua a ser lembrado na exposição que está patente ao público na antiga Capitania. Se ainda lá não foi, aproveite esta boa oportuniada. Eu fui ver a exposição mais uma vez. Tive pena de não encontrar por ali muita gente. E o mais curioso é que a mostra está num lugar central da cidade. Depois queixamo-nos de que entre nós não há acções culturais de relevo.

FORTE DA BARRA NA AGENDA POLÍTICA


Tenho-me dado conta de que o Forte da Barra começa a estar na agenda dos partidos políticos. Isso mesmo se verificou no programa "Discurso Directo" da Rádio Terra Nova. Já não era sem tempo. Penso que o património histórico que nos foi legado pelos nossos antepassados deve estar, permanentemente, tanto na agenda dos partidos políticos como nas preocupações de todos nós. Por isso, congratulo-me com o interesse manifestado, deixando aqui, ainda, uma palavra de estímulo a todos, para que o Forte da Barra não caia no esquecimento.
FM

Modernidade, casamento, família e divórcio


Li, com cuidado, a longa “Exposição de motivos”, dezasseis folhas, nada menos, com que o PS apresenta e justifica o seu Projecto de Lei, no qual propõe Alterações ao Regime Jurídico do Divórcio e que, a meu ver, vai acelerar a destruição da família. Aqui se verifica que a modernidade com seus postulados é para os legisladores da maioria, e neste ponto com outros colegas a ler pela mesma cartilha, o novo dogma e o ponto de partida indiscutível para leis e orientações superiores. Na modernidade estão implícitos os apregoados “valores republicanos”, como é evidente.
Deste modo, o que, por sua natureza, tem carácter de responsável e permanente dá de mão beijada lugar ao transitório e ao efémero, sem história nem futuro, ainda que culturalmente disseminado e acolhido por muita gente. Trata-se de um legado, pobre e discutível, que se transmite para o futuro de um país que, em alguns aspectos essenciais, já vagueia sem rumo, nem sentido. O destino de um povo não pode estar dependente de correntes culturais, nem de decisões apressadas e sem horizontes largos.
Nada mais efémero que o tempo e nenhuma corrente cultural que nele se vai gerando tem força para ser a última palavra pronunciada no mundo da cultura ou o último elo de uma cadeia importante e feliz para que o tempo a respeite.
Quem vive e decide pelo que ouve e copia dos outros, sem critérios nem discernimento, quem corre atrás das emoções, desligando estas da inteligência emocional e social que abre caminhos novos à realização pessoal e interpessoal, quem desliga a vida do que sem ela fica sem consistência nem futuro, quem acha que só os afectos são determinantes para que a família perdure, agarra-se ao chavão da modernidade, cujo sentido se captou, talvez muito superficialmente.
A modernidade, como corrente cultural, trouxe aquisições de aproveitar sem as desvirtuar, nem as desligar de outros valores humanos não negociáveis, sejam eles inatos ou adquiridos. A personalização, a participação democrática, a igualdade radical, a liberdade interior, por exemplo, são valores não inventados agora, mas que a modernidade sublinhou e que não se podem ignorar ou menosprezar. Porém, considerados sem ligação a outros, inseparáveis da sua compreensão, levam normalmente a individualismos empobrecedores, a quistos sociais de interesses, partidários ou de grupos ideológicos fechados, à aniquilação dos mais fracos para os quais liberdade, igualdade e respeito não são mais que palavras, que não dizem o mesmo para todos. Entrando neste caminho, fala-se de realização pessoal, direito a ser feliz, vida à base de afectos, rotura e desprezo necessário por instituições que exigem responsabilidades e geram compromissos. Neste contexto, pretende-se dar resposta fácil a casos pontuais de dificuldade ou rotura familiar, com pouco lugar para a justiça, respeito e cuidado em atender aos direitos e exigências dos intervenientes, senão com receitas legais, discutíveis e, por vezes, mesmo contraditórias.O verdadeiro humanismo é sempre integral e solidário, e as leis, por sua natureza, não são orientadas para o bem individual, mas sim para o bem comum.
A Igreja não denuncia a facilitação do divórcio por causa dos matrimónios canónicos, como se pretende agora, mas sim pela defesa e dignidade de uma instituição que deve ser considerada e defendida pelo Estado como básica e responsável, como deve ser o casamento, seja ele religioso ou civil; por causa da família, nascida de um casamento a sério, pois ela é o mais indispensável espaço de humanização, partilha de vivências e de afectos consistentes, clima normal da transmissão de valores, reconhecimento da dignidade das pessoas e das relações interpessoais normais; por causa do divórcio convidativo e fácil, a grande chaga de uma sociedade sem rumo, nem princípios.
Quando se abandalha o casamento, subverte-se a família e já nada se pode esperar dela.
Há situações difíceis. Porém, se não acreditamos no valor do perdão, nas possibilidades do diálogo, na capacidade do reencontro, e se o horizonte legal é de canonizar rupturas, o difícil torna-se impossível. O divórcio será sempre solução de excepção.
Por fidelidade à pessoa e defesa da família, a Igreja nunca se calará.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A MEMÓRIA DE 1506


A MEMÓRIA DE 1506. Esta ideia de civilização era tão recente. Estavámos em 70. d.C. e a destruição de Jerusalém obrigou à dispersão dos judeus pelo mundo, ao exílio, diáspora, גלות. Até meados do século XV, a Península Ibérica foi um mundo possível para os judeus sefarditas. Em Portugal, obtiveram relativa liberdade religiosa e destacaram-se na vida pública até que veio um doloroso baixar de pano. As perseguições começaram em Espanha: em 1355, 12 mil judeus morreram em Toledo; em 1391, foram 50 mil em Palma de Maiorca. A Inquisição iniciou operações e o terror alastrou em larga escala, veio o édito de expulsão e milhares de judeus procuraram refúgio em Portugal. Triste rumo.
Leia mais aqui e aqui

O marnoto de Santiago


Morreu o senhor Manuel. Com os pés desfeitos e o coração aos pedaços. Vivera os últimos tempos de pobre envergonhado, que só estendia a mão a quem o conhecia. Triste e injustiçado protagonista de uma história que merecia outro fim.
Falei aqui dele. Uma generosa voluntária, obreira de amor e de caridade que percorre ruas e casas do Bairro, deu-me a notícia da sua partida sem regresso.
Sabia que já não o encontraria, mas fui ao Bairro. Falei com vizinhos e amigos, ali junto ao café onde nos encontrávamos e conversámos.
Porque persiste, como chaga cruenta, a pobreza imerecida? Porque vale tão pouco o trabalho honesto dos humildes, que morrem tristes e desiludidos com uma sociedade ingrata, onde a uns sobra e a outros falta, onde uns contam milhões e outros nem sequer tostões? Porquê?
Porque se empenham tanto legisladores e governantes em leis e decisões que se consolam o individualismo de uns, destroem a vida e a esperança de outros? Porque não se preocupam os donos do poder, com os pobres que se descontaram para a sua reforma pouco do seu pouco, descontaram, porém, uma vida toda de trabalho, sem férias nem feriados, para que o país progredisse? Porquê?
O senhor Manuel é um grito doloroso que me acompanha e que não vou deixar de fazer ecoar. Porque, se ele já morreu, continua vivo em muitos que por aí andam, envergonhados de viver, esquecidos por quem os devia conhecer e deles cuidar com amor e gratidão.

António Marcelino

Na Linha Da Utopia


XVIII FITUA: privilégio para Aveiro
1. A tradição está criada, a qualidade sempre garantida. As gentes da cidade acolhem o XVIII FITUA – Festival Internacional de Tunas da Universidade de Aveiro. Como todos os anos, é em beleza que se iniciam as festas académicas. Da organização cuidadosa da TUA - Tuna Universitária de Aveiro (http://www.tua.com.pt/), núcleo cultural da Associação Académica da Universidade de Aveiro, o FITUA dá o verdadeiro espírito da confraternização festiva da cidade com a universidade, dos estudantes com a sociedade em geral. Faz-nos bem, a uma comunidade construtiva chamada a ser participativa, apreciar este esforço que traz a Aveiro tunas de estudantes de outras paragens: este ano o FITUA, além da habitual presença colaboradora dos da casa e de Portugal, no espírito animado intercultural que caracteriza as juventudes, Aveiro acolherá tunas de Espanha e Peru.
2. A estimulante história é longa, no mar alto, já é o XVIII FITUA. Nas sociedades do futuro, na historiografia a ser realizada sobre os dinamismos criados que construíram sentidos de festa e de comunidade, as tunas representam uma riqueza cultural e patrimonial académica de excelência. E em Aveiro o FITUA constará nessa história como o esforço e a ousadia de estabelecer pontes criativas e envolventes com a comunidade em geral. O tempo actual aproxima todas as distâncias antigas. A internacionalização da vida universitária foi transferida também para a cultura académica que as tunas representam. Dizer que já é o XVIII Festival Internacional representa que de forma precursora se assumiu um desígnio universalista que está inscrito na juventude, esta que estuda nas universidades por esse mundo fora.
3. O Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, nos dias 25 e 26 de Abril, acolhe este acontecimento que é um privilégio para Aveiro. O FITUA faz parte do mapa da cultura local e regional. As tunas, que colaboram generosamente em tantas iniciativas de solidariedade ao serviço de um mundo melhor, são, em si mesmas, esse sentido de comunidade universitária aberta e plural, onde a música e a animação querem colorir de sentido e esperança contagiante a própria vida diária. Como sempre, cada ano é único. Apreciar e reconhecer o mérito é, também, edificar comunidade viva e participativa. Os que foram semeando, organizando e apoiando este acontecimento (diríamos) insubstituível, o que faz dele «o terceiro festival mais antigo do país e um dos mais prestigiados da Península Ibérica» (www.ua.pt/uaonline), sentem a alegria de um momento marcante da vida universitária e da sociedade aveirense.
4. É importante, no tempo actual (por vezes, por um lado tão indiferente, por outro observador e comentador mas pouco “construtor”), reconhecer-se e transferir-se para a comunidade das juventudes esta energia positiva do mérito de tamanho projecto… que percorre os anos a transmitir a estimulante criatividade da festa, cheia de cultura e de vida universitárias! É isso mesmo!..

Alexandre Cruz

PORTUGUÊS DE OUTROS TEMPOS


"Cartas Familiares e Bilhetes de Paris", de Eça de Queiroz, edição de 1922

Diccionário de Portuguez, edição de 1874

"Segredos Necessarios", edição de 1861



Para os críticos do Acordo Ortográfico, aqui ficam três pequenas amostras do Português de outros tempos.

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DO DIREITO DE AUTOR



O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge.
Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Saint Jordi) e recebem em troca, UM LIVRO.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.
Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.

Não ficaria de bem com a minha consciência se neste dia, à semelhança do que tenho escrito neste meu espaço, não abordasse a importância dos livros e das leituras. Faço-o, então, na convicção de que ainda há muita gente que menospreza a riqueza que nos vem dos livros e da certeza que alimento, no sentido de educarmos os mais novos para as leituras.
Um dia destes falei aqui da carrada de papéis que acompanha os jornais, muitos deles de mera publicidade e que me obrigam a atirá-los para o cesto do lixo, sem sequer para eles olhar, muitas vezes. Hoje, contudo, não falo das leituras desse lixo que nos invade a casa, mas da leitura de boas obras, de grandes escritores, que nos oferecem, com as suas sensibilidades, novos ares e novos mundos, alimentando sonhos que nos fazem amar a vida.
Ainda a propósito das leituras, recebi também um e.mail de alguém que partilhou comigo uma boa vivência. Disse essa pessoa: “experimente fechar a televisão durante um dia, para ler um bom livro. No fim, verificará que dessa experiência saiu muito enriquecido.” Pois é meu caro leitor e amigo. Já fiz isso várias vezes. E é como diz.

FM

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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