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Na Linha Da Utopia

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A LATA CONTINUA! 1. Alguém dizia há dias que “a lata” está cheia…de petróleo! A referência é personalizada no maior animador político da actualidade, Hugo Chávez. São 2,2 milhões de barris de petróleo diários que a Venezuela exporta, sendo a maioria dos quais para os EUA. Efectivamente, numa economia que depende do “ouro negro” (80% de exportações, metade das receitas do Estado), enquanto a “lata” continuar cheia desse precioso recurso, este e tantos outros líderes que nadam em petróleo continuam a falar alto numa demonstração cabal de sedução imperial pelo poder e dando nas vistas pelos piores motivos. 2. A vingança de Chávez está aí. À sobriedade do Rei de Espanha (que não gritou mas numa frase disse tudo), o iludido “senhor moço” da lata ameaça tudo e todos, julgando-se dono de tudo e de todos. Seja de que quadrante político for (tendo o seu lugar próprio, isso pouco importa, pois o essencial são as pessoas e a sua dignidade humana), atitudes deste género são o espelho de uma “adole...

CARLOS DUARTE: “40 ANOS DE FOTOGRAFIAS”

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“40 ANOS DE FOTOGRAFIAS” é um livro de Carlos Duarte, um ilhavense apaixonado pela arte de fotografar. Esta obra, que reflecte um labor de 40 anos, de andanças e olhares atentos e interessados sobre o que o rodeia, vai ser apresentada no dia 24 de Novembro, pelas 15.30 horas, na Biblioteca Municipal de Ílhavo. Paralelamente, será inaugurada uma exposição de fotografia cujo tema é a Ria e que ficará patente ao público até 2 de Dezembro. Conheço o Carlos Duarte há muitos anos. O jornalismo provocou muitos encontros e gerou entre nós as simpatias inevitáveis. Tudo porque o Carlos Duarte é um homem bom. O fotógrafo que não gosta de ser fotografado é um artista com sentido de oportunidade, vendo, muitas vezes, o que outros não vêem. Fixando da fotografia o que outros nunca descobriram ou acharam digno de registo. Por tudo isso, entendo que vale a pena adquirir o seu livro para o guardar, depois de muito apreciado, num lugar de destaque da sua sala de visitas. Bem à vista de todos e para que...

OPINIÃO E OBSESSÕES A TER EM CONTA

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O tema da escola continua na baila e isso prova que o país está preocupado. Afunilou no ensino estatal e no privado e é pena que assim seja, pois não faltam motivos ponderosos para levar mais adiante uma reflexão necessária sobre muitos aspectos do tema. Ainda bem que todos podemos ter opinião e torná-la pública sem medo de represálias de qualquer ordem. Mas a opinião de quem quer que seja é mais válida quando não têm de se ocultar realidades que contrariam os argumentos ou de as adaptar ao que se pretende provar, defender, atacar ou minimizar. Há que estar prevenido em relação a obsessões cegas. As mais frequentes destas são as ideológicas e político partidárias. Impedem ver claro e ter liberdade interior para opinar na procura do melhor para os alunos, uma vez que são eles a razão de ser da escola. Não vamos ter que dizer uma vez mais que estamos num campo difícil e que se torna ainda mais quando se multiplicam os decretos e portarias, que quem tem que os interpretar e cumprir diz qu...

ORDEM DOS MÉDICOS NÃO ALTERA CÓDIGO DEONTOLÓGICO

Ministro da Saúde tinha pedido alteração ABORTO: ORDEM DOS MÉDICOS NÃO MUDA CÓDIGO DEONTOLÓGICO A Ordem dos Médicos (OM) não vai alterar o artigo 47 º do código deontológico que considera a prática de aborto como uma “falha grave”, tal como tinha pedido o ministro da Saúde na sequência de um parecer da Procuradoria-Geral da República que manda “repor a legalidade” nesta matéria. “Amanhã [quinta-feira] vamos escrever uma carta ao senhor ministro explicando que a independência, autonomia e liberdade dos médicos não são negociáveis e que, por isso, não vamos alterar o nosso regulamento”, adiantou o bastonário Pedro Nunes que dará uma conferência de imprensa sobre o polémico assunto. A decisão do conselho nacional da OM será conhecida no último dia do prazo de um mês dado por Correia de Campos para a “reposição da legalidade” no código. O bastonário nota que concorda com o parecer da PGR quando este refere que, em caso de discrepância, a lei se sobrepõe ao código deontológico mas disc...

Na Linha Da Utopia

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TANTOS LIVROS DO “FIM”. PORQUÊ? 1. Há dias veio à ribalta a última obra do escritor Sam Harris. O título, desafiador à maturidade humana, intelectual e filosófica do leitor, é o seguinte: O Fim da fé – Religião, terrorismo e o futuro da razão (Lisboa: Tinta da China, 2007, original de 2006). Vivemos, já acolhendo os efeitos das novas revoluções científicas e comunicacionais, o tempo de profunda transformação de paradigmas (como tanto sublinha o estudioso destas questões, Thomas Kuhn); época de globalização que vai revelando tanto um pessimismo existencial como (e que acabará por ser) de metamorfose (mudança) de referenciais… Nada de novo e tudo de novo! Tempestades e ansiedades querem ser oportunidades! 2. As literaturas universais vão espelhando esse sentir, marcadamente pessimista e ilusório, e muitas delas mesmo para os campos da busca de segurança no exotérico irracional. Veja-se como progridem os misticismos e todas as formas de magias a par das literaturas (muitas já transformada...

GAFANHA DA NAZARÉ: Nomeações do Bispo de Aveiro

Por Decreto hoje publicado no Correio do Vouga, órgão oficial da Diocese de Aveiro, D. António Francisco dos Santos fez as seguintes nomeações: P.e Paulo Cardoso da Cruz – Administrador Paroquial de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha da Nazaré, mantendo todos os cargos pastorais que actualmente exerce; P.e Luís Filipe Costa Dias, sacerdote do Instituto dos Missionários Combonianos do Sagrado Coração de Jesus – Vigário Paroquial de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha da Nazaré. : No mesmo Decreto, fez, ainda, entre outras, mais esta nomeação: P.e José Sardo Fidalgo – dispensado a seu pedido do múnus de Pároco de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha da Nazaré e nomeado Colaborador do Pároco de Santo André de Esgueira. : Decreto do Bispo de Aveiro

O GAFANHÃO

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Gafanhões actuais vestidos à moda antiga (Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré) A primeira impressão que o gafanhão oferece a quem o contempla no dia-a-dia de um labor constante capaz de arrasar montanhas, e de domar dunas formadas e deformadas por ventos que também gretam peles tostadas pelo sol salgado, é a de que se trata de um homem com uma capacidade de adaptação fora de comum. Se nos debruçarmos sobre ele, sobre a sua vida de trabalho árduo, sobre a sua denodada resistência e capacidade de sofrimento, não podemos deixar de o admirar. Ele fez, com todas estas qualidades, aliadas a outras não menos importantes, ao longo de mais de três séculos, a Gafanha de que hoje se orgulha. Oriundo de regiões essencialmente agrícolas, nomeadamente dos concelhos limítrofes, de Vagos e Mira, o gafanhão para aqui carreou, nos finais do último quartel do século XVII, hábitos de trabalho e de vida social que o ajudaram a cimentar usos e a projectar costumes que ainda perduram nos nossos dias. Que...

REPÚBLICA VIVA

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Nenhum tempo, nenhum facto da história deve ser lido com leviandade. E ainda menos com uma perspectiva interesseira em extrair lições de proveito rápido. O tempo e os acontecimentos merecem grande serenidade e discernimento para que os sinais que vão surgindo tenham uma interpretação que torne a história em mestra e a vida corrente em contínua aprendiz. Sem medo das luzes e das sombras que a travessia dos tempos induz. Ainda estamos relativamente longe do centenário da Implantação da República e já se ouvem foguetes de glória. Sem se explicar muito bem a cor da bandeira e a praça certa para festejar não se sabe ainda muito bem o quê. É aqui que começa a ambiguidade com adquiridos ideológicos que justificam todos os erros e exaltam todas as virtudes. Fazendo lembrar sobressaltos revolucionários que se entendem no tempo em que acontecem mas que não sobrevivem aos crivos implacáveis da análise histórica. É essa joeira fria que nos depura o trigo e o joio, o grão e as poeiras. É essa atitu...

A PROPÓSITO DO SEMINÁRIO…

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A propósito da efeméride do Seminário de Santa Joana Princesa, dei mais uma vista de olhos ao livro “A alma e a pena do arcebispo”, com selecção de textos de D. João Evangelista de Lima Vidal da responsabilidade de João Gonçalves Gaspar. Estive a reler, precisamente, o tema “Na entrada dos primeiros alunos no novo Seminário”, com data de 17 de Novembro de 1951. É uma delícia esta escrita poética do saudoso arcebispo, que justifica, pois, uma leitura de quando em vez, para então sentirmos o palpitar do entusiasmo do primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro. “Estamos longe, bem longe ainda, desse absoluto almejado arrumo; falta ainda um novelo espantoso de inquietações, de esforços, de lutas, uma mina de ouro, para nós podermos dizer que a construção do Seminário foi empresa que, realizado integralmente o seu curso, ora a cavalo ora a pé coxo, ou a cem à hora ou à velocidade da lesma, está agora nas prateleiras de algum silencioso e venerando arquivo”, lembra D. João, de quem bem m...

Efeméride

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NOVEMBRO - 1951 Neste dia, mas em 1951, O Seminário Diocesano de Santa Joana Princesa, instituído em 1939, foi transferido para o novo edifício, no lugar de Santiago, freguesia da Glória, como refere João Gonçalves Gaspar, em Calendário Histórico de Aveiro.

Na Linha Da Utopia

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Museus, Cultura, sempre “depois”! 1. «É impossível gerir uma casa sem saber o que acontece amanhã!», lamenta o director do Museu de Arqueologia de Lisboa, Luís Raposo (Público, 13.XI.2007). É o desabafo que espelha a realidade de grandes museus do país que, por falta de pessoal vigilante e devido a desarticulação de serviços, se vêem obrigados a fechar (tanto algumas salas de exposição como em horas especiais). O Museu Nacional de Arte Antiga já no Domingo passado esteve semifechado, e as palavras da Ministra da Cultura confirmam a «situação de colapso provocado pela falta de atenção do Instituto dos Museus e da Conservação» (IMC), ainda sublinhando que «não há a mais pequena responsabilidade do Ministério da Cultura neste assunto». Mãos lavadas em assunto cultural!... 2. O director do IMC prefere não comentar a acusação de “esquecimento” de sua parte em manter os mínimos da “precariedade cultural” no solicitar atempadamente ao Ministério da Cultura a requisição da prorrogação dos cont...