quinta-feira, 11 de outubro de 2007

NA LINHA DA UTOPIA



A manifestação das liberdades

1. Há dias realizou-se a comemoração do cinquentenário do I Congresso Republicano, realizado em Aveiro, momento do qual saiu oportuna sugestão para a realização de um IV Congresso, agora já em tempos de liberdade (os outros foram realizados em 1969 e 1973). Estando o país a caminho do centenário da República (2010), muito terreno de reflexão, que se deseja ampla, estará na agenda nacional, debate este que deverá envolver todos os cidadãos humanos (optamos por esta nomenclatura “cidadãos humanos” que prioriza a dignidade do ser humano, enraizada na Declaração dos Direitos Humanos, pois há muitas visões de cidadania, até a cidadania só para alguns, ficando excluídos os que estão “fora”, na marginalidade, da(s) cidade(s).
2. Por vezes deixa-nos a pensar tanto um governado poder chamado social(ista) que vai esquecendo a sociabilidade (tudo são números de uma economia sempre à frente de tudo!), como nos deixa a reflectir (na essência) também o limitado alcance e a menor profundidade de “ser”, de “sentido do essencial”, de visões que exaltam e mesmo quase “divinizam” a “república”, como se ela fosse bem mais importante que as pessoas concretas. Colocar qualquer sistema sócio-político acima das pessoas será o primeiro passo para esquecê-las... Tantas histórias da história humana e nacional já mostraram indignificantes realizações neste contexto. É certo que, caminhando na história, os sistemas sociais haverão de garantir não só uma neutralidade (que nunca ninguém consegue), mas uma “inclusão” proporcionada de tudo quanto for bom para a comunidade, “seja bem-vindo quem vier por bem!”
3. Saber (con)viver com a manifestação da diferença de pensamento social, político, religioso, clubístico, será sinal de uma autêntica preparação democrática assente na respeitabilidade da opinião de cada pessoa. Mas o discernimento sobre a razoabilidade desta ou daquela diversidade é terreno sempre novo. Neste contexto erguer-se-á a formação humana como referencial construtivo e uma visão de pluralismo que seja garantida pelo sistema de regulação humanista e dignificante (esta uma função nuclear do Estado de Direito). A democracia, assim, por inerência, contextualizará tanto as manifestações da liberdade de pensamento, como também o respeito das regras previamente acordadas e dignificantes das mesmas manifestações. Uma qualquer causa não justifica uma qualquer manifestação ou a sua fiscalização ou mesmo impedimento. Temos, ainda, muito a caminhar para chamar “LIBERDADE” às liberdades que vamos experimentando. Precisamos de cidadãos humanos. Venha o (livre) Congresso de Aveiro!

Alexandre Cruz

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

COISAS TÃO SIMPLES

Entre amigo e amigo
jamais se afastam
coisas tão felizes:
os instantâneos silêncios de certas formas
os protestos inocentes à nossa passagem
a natureza fortuita, dizia eu
imoral, dizias tu
do vento?

José Tolentino Mendonça
In A NOITE ABRE MEUS OLHOS

ARES DO OUTONO

Mata da Gafanha

Como gafanhão que me prezo de ser, ontem fui à Mata da Gafanha, para respirar o ar puro que os pinheiros e alguns arbustos nos oferecem, neste Outono. O Outono não é só folhas castanhas de várias tonalidades. O verde persiste para nos purificar o ar de que precisamos. E a Mata, extensa, não tem apenas pinheiros, mas também por lá há instituições que nos podem ajudar na recuperação das nossas vitalidades emocionais ou outras. Por isso, aqui fica esta sugestão, em dia que vai ser quente, como rezam as previsões meteorológicas.

MISSÃO GLOBAL

Bem sabemos que muitas considerações se têm levantado em tor-no da palavra missão. Tem origem no “envio” e durante muito tempo foi tomada como dirigida a um grupo de chamados com excepcionais carismas de entrega, generosidade e aventura e fé. Fossem surdos esses convocados e ainda hoje povos inteiros desconheceriam não apenas o nome de Jesus, mas também toda a profusão de sinais no campo da cultura, do desenvolvimento e do sentido libertador da salvação. O cristianismo mudou a história do mundo e deu um rumo novo a povos inteiros de toda a terra. Sempre à mistura com as imperfeições dos portadores da Boa Nova.
Os tempos mudaram. E mesmo com a necessidade de prosseguir o anúncio por mensageiros firmes e corajosos, portadores do archote da esperança e da libertação, uma exigência mais aberta e comprometida se desenha para a comunidade evangelizada: ser comunidade evangelizadora. Isso supõe a ultrapassagem da visão tímida de esconder o talento recebido para ser fruído num qualquer fragmento de eternidade.
O apelo de hoje, na proposta de Bento XVI, é responsabilizar a Igreja, todas as Igrejas por todo o mundo. O que abre uma perspectiva de missão global. Não sendo nova, expressa a urgência que não deixa ninguém quieto, nem excluído, nem dispensado da missão. Rompe as portas estreitas do apostolado circular, ou que se limita a franjas próximas na prática religiosa, na cultura comum, ou na área onde possam chegar restos de onda por inércia.
“Toda a Igreja para todas as Igrejas e para todo o mundo” implica uma mobilização corajosa e eficaz de atravessar mares, visitar culturas, conhecer religiões, oferecer o Evangelho como Boa Nova. De forma viva, testemunhal, pacífica, dialo-gante e apaixonada. Implica uma partilha real de bens, meios, pessoas, na solidariedade sublime da fé. A 150 anos da partida dum grupo de missionários para a África – incluindo Comboni, como lembra o Papa - a Igreja pode reacender a aventura da missão, mais purificada pelos novos dados de diálogo cultural que o nosso tempo oferece. O tempo é de partir com o coração mais forte, a fé mais viva e as mãos mais puras. Ainda que o lugar de missão seja o outro lado da rua.

António Rego

PORTO DE AVEIRO ATRAI VISITANTES



Quem gosta de saber o que existe à sua volta tem sempre motivos à sua disposição. Para apreciar e para compreender o porquê das coisas. O Porto de Aveiro, em todas as suas facetas, tem razões, mais do que suficientes, para uma visita programada e orientada.
Nota: Fotos do Porto de Aveiro

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Na Linha Da Utopia




“Pena da Vida”

1. É uma virtude apreciar a vida! Não só quando ela escapa ou quando é colocada em perigo por visões que a desprestigiam, mas todos os dias o apreciar a vida como um “dom”, superior à nossa própria ordem da racionalidade, ao nosso “querer”, é sinal de autêntica profundidade de uma existência pessoal que abre “portas” a um autêntico sentido de vida. Como em tudo, só quando se reflecte e aprecia se pode proteger!...
2. Na pressa agitada e “stessada” dos tempos que correm cada vez tornar-se-á mais difícil esse apreço pelo mistério do “Ser pessoal” que nos envolve tudo o que somos; os tempos são mais de quantidade que de qualidade. Talvez o altíssimo conhecimento científico do nos viesse garantir (quase como obrigação ética) esse nova sensibilidade no apreciar da vida; mas nem por isso, com pena, mais conhecimento tantas vezes não é sinónimo de maior zelo cuidadoso…
3. Dia 10 de Outubro, Dia Mundial da Saúde Mental e Dia Mundial Contra a Pena de Morte, o Conselho da Europa decidiu proclamar este dia como “Jornada Europeia Contra a Pena de Morte”, decisão esta que havia sido bloqueada ao nível da União Europeia pelo veto de Varsóvia, Polónia. A irreverente razão polaca toca no essencial, dizendo que a Europa precisa de fazer um reflexão mais ampla sobre o direito à vida, aspecto que toca problemáticas como o aborto e a eutanásia. Fracturante, mas é a verdade da vida!...
4. Cruzaram-se, nesse contexto, as visões diplomáticas com a visão objectiva da própria realidade. Dir-se-á que, mais que dias “contra” (que têm o seu lugar como início de um caminho) a Europa pós-racionalista precisará, para se refrescar, dos dias a favor dos valores fundamentais, entre eles o valor que fundamenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a dignidade da Pessoa Humana. Terá de ser esta a fonte, quando não reflectimos já “poluídos”! Talvez seja hora, para além destes dias comemorativos, de incentivar todos os esforços dos que têm “pena da vida”.
5. Quando não, continuamos a querer o sol na eira e a chuva no nabal. Defendemos dias “contra” os males terríveis que se fazem (entre eles a pena de morte que todos os anos continua a ceifar milhares de pessoas em países chamados de modernos), por outro lado, esquecemo-nos da coerência interna dessa defesa da dignidade humana ao permitir, diplomática e elegantemente, outras execuções de vidas inocentes. Devolvamos (pedagogicamente) à VIDA toda a sua grandeza, não estraguemos. Ela é, por essência, intocável, inviolável, única, um “dom” que nos ultrapassa e que não temos o direito de gerir como dá jeito! Seja em que latitude for. Só assim haverá rumo certo! Enquanto isso, vamo-nos enganando e a vida passa!

Alexandre Cruz

OS POLÍTICOS E O CULTO MARIANO


A crentes ou não crentes, Fátima impõe-se, cultural e sociologicamente, à sociedade e aos políticos.
Um não crente, Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, admite que é impossível ignorar aquilo a que chama “um movimento cultural e social” com raízes profundas na sociedade portuguesa. “O facto de eu não acreditar não me permite atribuir nada relativamente às crenças das pessoas. Respeito as pessoas que assim se sentem e que vivem e que vibram com esse movimento”, sublinha Francisco Louçã, que diz à Renascença ter ido ao Santuário de Fátima apenas uma vez.
O mesmo não se pode dizer de Vera Jardim. O deputado socialista já passou muitas horas em recolhimento e meditação no Santuário. “Foi, e hoje talvez menos, um local de recolhimento e meditação importante. Portanto, é nesse sentido que acho que ele é importante: é um dos grandes locais da peregrinação”, explica.
Mota Amaral avalia Fátima como crente. O antigo Presidente da Assembleia da República confessa ter “uma adoração muito especial” pela sua madrinha de baptismo. O social-democrata afirma ter sido “criado com uma devoção especial a Nossa Senhora de Fátima” que mantém.
De resto, garante Mota Amaral, sempre fez questão de colocar em patamares bem diferentes a sua religiosidade e a sua actividade política.

Fonte: Rádio Renascença

FÁTIMA PARA O SÉCULO XXI

Ao logno do último ano foi celebrado o 90.º aniversário das Aparições do Anjo e de Nossa Senhora do Rosário aos três Pastorinhos.
A passagem desta data contextualiza a celebração do Ano da Misericórdia do Senhor e a inauguração da igreja dedicada à Santíssima Trindade.
De facto, a revelação da Mensagem de Fátima começa (Aparições do Anjo) e termina (Visão da Santíssima Trindade), anunciando aos homens que Deus tem sobre a humanidade, dilacerada pelos seus erros e pecados, desígnios de Misericórdia. Para o efeito, a «Senhora mais brilhante que o sol» veio pedir – através de testemunhas escolhidas: três crianças – «conversão e oração». A culminar o programa das celebrações, o Santuário de Fátima, um dos centros mais importantes de respiração sobrenatural do mundo católico, convida todos os interessados a participar no congresso “Fátima para o Século XXI”.
Será uma oportunidade para, com a ajuda de reconhecidos estudiosos da sua Mensagem, aprofundar o sentido do evento fundador e reler os acontecimentos com ele relacionados; colher o essencial da vivência espiritual dos Pastorinhos e projectar o futuro do Santuário, como fermento de renovação da Igreja e da sociedade contemporânea, pela vivência do Evangelho, que encontra, na mística e na espiritualidade de Fátima, como que a sua síntese.
:
Pode ler mais em Ecclesia

Dia Mundial dos Correios


ESCREVA HOJE UMA CARTA
Festeje o Dia Mundial dos Correios: pegue na sua caneta de aparo (esferográfica também serve...) e escreva uma carta. Ou duas. Ou muitas. Àquele amigo que não vê há muito. À prima Joana. Ao tio Zé. Ao Presidente da República. Ao seu actor preferido. E quanto àquela pessoa a quem ainda não teve coragem de se declarar... É agora!
Nota: Foto e sugestões da agenda "Pequenas Grandes Ideias", do EXPRESSO

Artistas ignorados

Semana da Educação Cristã

Crianças numa aula de informática (foto do meu arquivo)

"O SUAVE PESO DE EDUCAR"



"Nesta Semana Nacional da Educação Cristã, propomos aos educadores cristãos - pais, professores de Educação Moral e Religiosa Católica ou de outras disciplinas, párocos, catequistas e outros educadores - e a quantos se lhes queiram associar, a reflexão e o debate sobre alguns desafios que os meios de comunicação social lançam à educação das crianças e dos jovens, a saber:
a formação das crianças e dos jovens para a correcta utilização dos meios de comunicação social;
a preparação dos educadores para o conhecimento e o uso de novas tecnologias de comunicação;
a capacitação humana e material das estruturas de coordenação educativa para melhor responderem às novas exigências de formação, com meios adequados."

Ler a Nota Pastoral da Comissão Episcopal da Educação Cristã

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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