quarta-feira, 7 de junho de 2006

Um artigo de Maria José Nogueira Pinto, no DN

Educação:
insistir
num modelo
sem futuro?
Em Espanha, a propósito da alteração da Lei da Educação, os professores denunciaram os quatro mitos que consideram responsáveis pelo fracasso do sistema: - O mito de aprender fazendo; o mito da igualdade; o mito do professor amigo; o mito da educação sem memória. Declararam-se também, maioritariamente, simplesmente fartos: - Da falta de esforço; da falta de autoridade na aula; do excesso de especialização; da integração sem meios; da deterioração do ensino público. Interrogo-me se, em Portugal, os professores (não só os "pedagogos", não os teóricos, não os sindicatos) não dariam do sistema português, dos seus mitos e ameaças, uma imagem aproximada. Fiz toda a minha aprendizagem em escolas públicas. Descontando o muito que aprendi em minha casa, é-me hoje possível confirmar sem sombra de dúvida, o quê e o quanto me foi ensinado nessas salas de aula. A escola do Estado Novo veio a ser acusada de mil e um defeitos, descrita como soturna e repressiva. Porém a minha geração, oriunda das mais diversas classes sócio-económicas, aprendeu. E guarda desse tempo uma memória mais banhada em ternura e nostalgia que marcada pela frustração ou revolta. É certo que eram ainda muitos os que não chegavam lá. E se "chegarem todos lá" se tornou justamente um objectivo, a questão que se coloca é a factura a pagar por uma massificação sem qualidade e com os fracos resultados que conhecemos. Os meus filhos passaram todos pelo ensino público que continuei a mitificar como uma experiência indispensável num processo escolar. Deram-se bem. A última vez que fui a uma reunião de pais, o progenitor da pior aluna explicou-me que o facto de a minha filha ter boas notas se devia a nós termos uma biblioteca em casa e ele não. Pareceu-me uma justificação simplista mas elucidativa de um estado de espírito autojustificativo que marca, em grande parte, o conformismo dos pais em relação aos seus filhos estudantes. Nos últimos 30 anos, a educação tem sido campo de experiências sucessivas, com leis e meias reformas, tornando cada geração uma grande cobaia, na qual se testam teorias e teimosias. Simultaneamente caíram intramuros escolares novos e agudos problemas sociais que deviam ter resposta a montante e a jusante, mas não têm. A escola transformou-se num espaço multifunções, exigindo-se que faça tudo menos ensinar: intervenção social, psicologia, tratamento da pré-deliquência, substituição da rede familiar, prevenção da violência doméstica, remédio para o abandono, a subnutrição, a doença e ainda o esforço diário de contrariar uma cultura de irresponsabilidade e laxismo. A classe dos professores é tida como uma das mais relevantes socialmente e, paradoxalmente, é uma das mais desrespeitadas. Para o que se lhes pede, são escassos os instrumentos de que dispõem para, com autoridade e eficácia, responder aos problemas daquele quotidiano. Para quem, como eu, trabalha com os sistemas sociais no combate à reprodução geracional da pobreza e da exclusão, o qual só é possível num quadro de equidade no acesso a competências que permitam uma progressiva e efectiva autonomização pessoal, para que o filho de um pobre não seja fatalmente pobre, o filho de um imigrante cresça integrado, um filho da droga não se drogue, a filha de uma mãe adolescente não tenha um filho aos 14 anos, etc., etc., sabe bem que o sistema de educação é determinante. Mas o sistema de educação é determinante para educar, para dar competências, preparando para a vida e para a autonomia, no saber pensar e no saber fazer, as novas gerações. Não é determinante para substituir a família, o atendimento social, o centro de saúde, a ocupação dos tempos livres ou as comissões de protecção de menores. Tem sido assim. Os nossos indicadores são péssimos. Os resultados estão à vista, com bolsas de pobreza mais persistentes e um país no geral mal preparado para competir. Estão à vista na nossa economia e nas nossas finanças públicas, nas nossas estatísticas e na nossa falta de norte e de inovação. Porquê, então, insistir neste modelo sem futuro que compromete todos os dias o mesmíssimo futuro português?
: Fonte: DN de 2 de Junho

terça-feira, 6 de junho de 2006

Citação

"Não me ofende, pois, que pais avaliem professores. Sendo que, quem julga, tem de ter o cadastro limpo: os pais estariam dispostos a serem avaliados pelo produto (os miúdos) que entregam nas escolas?"
Ferreira Fernandes,
no Correio da Manhã, de ontem

Marcelo Rebelo de Sousa RTP

Cavaco Silva saiu de Belém, apresentou-se como um ouvidor pelo país real. E só ouviu elogios. O professor também o vai elogiar?
Elogio o facto de Cavaco Silva ter uma preocupação social. E por ter chamado a atenção dos portugueses para a exclusão. Em período de campanha eleitoral fala-se disso, mas não se fala de todas as formas de exclusão e de alguns dramas concretos. E ele começou por um de que se fala pouco, que é a exclusão no Interior. Porque o país que domina hoje Portugal eleitoralmente, a comunicação social e tal, é o Litoral: a Grande Lisboa, o Grande Porto, Braga, Leiria. E o Interior fica marginalizado.
Começar por aí foi bom, porque foi chamar a atenção das cidades para um problema que normalmente não faz notícia. Em terceiro lugar, o apelo à sociedade civil. Há coisas boas que se pode fazer, há voluntariado, há instituições de solidariedade social. Não é só o Estado nem são só as autarquias, são as pessoas. Os que não são excluídos têm uma obrigação em relação aos excluídos.
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Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

Classificações em cinema
Nos muito velhos tempos, anteriores a 1932, os filmes exibidos em Portugal não eram sujeitos a qualquer informação quanto ao público alvo, circulando livremente desde que aprovados, com ou sem cortes, pela censura. Nasceu então a classificação do Secretariado do Cinema e da Rádio, subordinada à moral cristã e amplamente divulgada pela Rádio Renascença e pelo Jornal Novidades. Evoluindo claramente ao longo dos anos tal classificação ainda hoje se mantém, através dos critérios em vigor para os Secretariados da SIGNIS, recente sucessora da Organização Católica Internacional do Cinema (OCIC). Em meados dos anos 50 do século findo o Estado chamou a si a responsabilidade. Sem mútuas interferências em relação ao S.C.R., deste respigou as primeiras classificações para os muitos filmes já em circuito comercial, alargando a Comissão de Censura à função classificativa para as novas estreias. Quer a informação estatal, hoje a cargo da Comissão de Classificação de Espectáculos, quer a subordinada aos critérios SIGNIS, têm essencialmente uma função puramente informativa, o que não impede que a Lei estabeleça que os anúncios dos filmes sejam acompanhados da respectiva classificação estatal. Dá-se, no entanto, um fenómeno curioso. Enquanto os canais de televisão são severamente punidos quando apresentam um filme de violência antes das horas estabelecidas por Lei, os jornais diários publicam o cartaz de Cinema sem qualquer atenção às classificações atribuídas, generalizando "Maiores de 12 anos" para a maioria dos títulos apresentados, enquanto nas restantes classificações estarem certas ou não, é fruto de puro acaso. Pegando, aleatoriamente, num jornal diário recente, verificámos que em 56 títulos 38 eram acompanhados de classificação errada, o que corresponde a 68 por cento. Sabemos que os próprios exibidores muitas vezes não dão, à partida, uma informação correcta, mas esta, em lugar de ser corrigida tem vindo a ser agravada pela indiferença de quem divulga ao público uma informação que fica assim sem qualquer valor.
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Foto: Douro, Faina Fluvial

Igreja aposta no diálogo com a Cultura

"DO TEMPO LIVRE À LIBERTAÇÃO DO TEMPO"
A Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais promove as II Jornadas da Pastoral da Cultura, nos dias 16 e 17 de Junho, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, com o tema "Do tempo livre à libertação do tempo." Um dos objectivos das Jornadas é a consolidação de uma rede de representantes das estruturas da Igreja activas no mundo da Cultura: Dioceses, Congregações e Ordens Religiosas, Movimentos e outras expressões eclesiais. "As redes são vínculos de uma comum pertença, potenciam a partilha, tornam visível a comunhão. E, ao mesmo tempo, derramam a seiva, acendem o entusiasmo, facilitam o novo", aponta o Pe. Tolentino Mendonça, director do Secretariando Nacional da Pastoral da Cultura. Este responsável refere que as Jornadas são "uma etapa importante deste trabalho, ainda de sementeira, que a todos nos envolve". "Estamos perante um ‘novo campo da acção pastoral’, com o que isso significa de auscultação concreta e paciente da realidade e de perspectivação corajosa de caminho", explica, citando o documento do Conselho Pontifício da Cultura "Para uma Pastoral da Cultura". Participar nas Jornadas da Pastoral da Cultura é, segundo o Pe. Tolentino Mendonça, "uma oportunidade para conhecer leituras aprofundadas da realidade, trazidas por especialistas de relevo na Sociedade e na Igreja Portuguesas". "Parece-nos ser, sobretudo, um tempo de troca e fortalecimento neste caminho conjunto, um espaço para cruzar iniciativas, para sondar possibilidades", acrescenta. O programa dos dois dias inclui uma conferência sobre o tema "As novas tecnologias de informação representam uma viragem cultural?", um painel dedicado à "Cultura, Entretenimento e Intervenção Pastoral", uma performance sobre Espiritualidade e Arte Contemporânea intitulada "Uma bolha na água". Cabe ainda um momento de diálogo com D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Durante as Jornadas será feito o anúncio do vencedor da segunda edição do "Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes".
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Fonte: Ecclesia
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Foto: D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Reconhecimento de competências

Uma nova
oportunidade
para um milhão
de portugueses
Três em cada quatro traba-lhadores portugueses não têm o ensino secundário, um número que o Governo quer diminuir, tendo para isso lançado 122 novos Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências.
Os centros RVCC destinam-se a reconhecer as aprendizagens que os adultos desenvolvem ao longo da vida nos vários contextos profissionais, permitindo-lhes complementar essa formação e obter habilitações reconhecidas equivalentes ao 9º e 12º ano de escolaridade.
A intenção de combater a escolaridade reduzida dos portugueses foi reafirmada pelo governo, durante a cerimónia de lançamento dos 122 novos centros que contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, e dos ministros da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e do Trabalho e Solidariedade, Vieira da Silva.
Segundo a ministra da Educação, actualmente o sistema RVCC destina-se apenas a adultos sem o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade, pois os centros só dispõem de instrumentos técnicos para fazer a formação até ao 9º ano. O 12º ano estará abrangido nestes centros já a partir do próximo ano lectivo, afirmou a responsável. "Terminámos agora a fase de homologação para criar os instrumentos técnicos necessários para o 12º ano. Esperamos que antes do Verão estejam homologados e que no próximo ano estejamos em condições de arrancar", disse.
Dos 122 centros lançados, 43 vão abrir na região Norte, 25 no Centro, 31 em Lisboa e Vale do Tejo, 19 no Alentejo, dois no Algarve e dois na região Autónoma da Madeira.
O lançamento destes novos centros permitirá tornar operacionais até ao final deste ano 220 centros, uma vez que já se encontram 98 em funcionamento. Relativamente ao calendário de abertura dos 122 centros, 30 serão inaugurados no primeiro semestre deste ano, 50 até Setembro e os restantes 42 até ao final do ano.
Com este projecto, o executivo pretende até 2010 qualificar um milhão de pessoas em 500 "Centros Novas Oportunidades" (centros RVCC) e combater a baixa escolaridade da população activa portuguesa – 75 por cento com menos do que o 12º ano e metade com menos do que o 9º ano.
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Fonte: SOLIDARIEDADE
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Foto do meu arquivo

domingo, 4 de junho de 2006

Citação

“Terão as religiões algo a dizer a este mundo? Segundo Paul Ricoeur, ‘se as religiões devem mesmo sobreviver, deverão satisfazer numerosas exigências. Em primeiro lugar, será preciso renunciar a toda a espécie de poder que não seja o de uma palavra desarmada. Deverão, além disso, fazer prevalecer a compaixão sobre a rigidez doutrinal. Será preciso sobretudo – e é o mais difícil – procurar, no próprio fundo dos seus ensinamentos, o que vai além do que é dito e graças ao qual cada uma pode esperar encontrar as outras. Não é nas manifestações superficiais – que se revelam competitivas entre si – que se fazem as verdadeiras aproximações. Só nas profundezas se encurtam as distâncias’. O Pentecostes é a festa de que gosto. É a festa de todos os sonhos, do mundo inacabado e do que há para cumprir no melhor das religiões. É a festa de todas as fronteiras que é preciso transpor: físicas, culturais e religiosas. Não para dominar, mas para descobrir que todos os seres humanos existem para cuidar uns dos outros, para responder à pergunta de Deus: ‘Que fizeste do teu irmão.’ É a festa do primeiro e do último sonho da humanidade.”
Frei Bento Domingues,
no Público de hoje

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Secularização e secularismo A palavra secularização vem de saeculum, que, no latim clássico, significava "século" (período de cem anos) e também "idade", "época". No latim eclesiástico, adquiriu o significado de "o mundo", "a vida do mundo" e "o espírito do mundo", sendo por esta via que se chegou ao sentido da palavra "secularização".
O termo, utilizado já no século XVII, para referir o abandono do sacerdócio ou da vida religiosa - ainda hoje se diz que o padre tal se secularizou -, figura, no Tratado de Vestefália (1648), com o sentido jurídico de apropriação pelo "mundo" de bens pertencentes à Igreja. Luis González-Carvajal, que faz a História do termo, refere que no século XIX começou a assumir um significado cultural, designando "um processo de mundanização vivido pela sociedade no seu conjunto".
Ainda hoje continuam os debates acalorados, sobretudo no domínio teológico, sobre a secularização. Se não falta quem a condena, pois estaria na base do afastamento da religião, outros saúdam-na como condição da purificação religiosa, da liberdade e da paz.
Há vários sentidos de secularização: pode ser vista como "eclipse do sagrado", "autonomia do profano", "privatização da religião", "retrocesso das crenças e práticas religiosas", "mundanização das próprias Igrejas". Aqui, interessa-nos sobretudo o sentido de autonomia das realidades terrestres.
Na perspectiva bíblica, o Deus transcendente pessoal cria o mundo a partir do nada e por um acto de pura liberdade de amor. A criação assim entendida implica uma diferença qualitativa infinita entre Deus e a criatura e a real autonomia do mundo, que é mundano e não divino, e é o fundamento da aliança do Deus-Liberdade com homens e mulheres livres. Se Deus cria a partir do nada, por amor e não por necessidade, então não há rivalidade nem concorrência de interesses entre Deus e a criatura. Pelo contrário, a vontade de Deus é a realização plena do homem: quanto mais vivo e realizado o ser humano for mais Deus é glorificado.
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Citação

"Não conheço muita gente, gente da minha idade, que leia, apesar de uma educação tradicional. Porquê? Porque ler implica um esforço: de atenção, de inteligência, de memória. Ler é uma actividade e a nossa cultura é quase inteiramente passiva. A televisão, o DVD, a música popular ou a conversa de computador não exigem nada, deixam a pessoa num repouso imperturbado e bovino. Mudar isto equivale a mudar o mundo"
Vasco Pulido Valente,
no PÚBLICO de ontem

Gotas do Arco-Íris - 20

CAPITÃO
DE BOM PORTO Caríssimo/a: Vamos então até à Capitania levados pela mão do Professor Jaime Vilar: «Pausa. Silêncio profundo com esboço de sorrisos nalguns rostos. O Comandante rompeu a expectativa: – Quem foi que trouxe para aqui este homem? – Fui eu, Senhor Comandante, avançou o Cabo autuante e testemunha do delito. Apanhei-o a fisgar e apreendi-lhe a fisga... Seguiu-se breve diálogo entre o julgador e o réu: - O senhor não sabe que é proibido fisgar? Saiba Vossa Excelência que sim. Eu sou pobre. Não tenho família nem nada de meu. Engraxo e remendo calçado de pobres.Sou coxo e muito doente. Às vezes, falta trabalho. Tenho vergonha de pedir e não sei roubar... Preciso de comer. Como moro perto de uma ribeira, em alturas de aperto vou apanhar duas enguias para matar a fome. Depois, vim para aqui a pé por não ter dinheiro para o comboio e estou ainda em jejum. Não posso voltar para casa a pé.... São mais de 13 quilómetros... - Leve-me este homem, ordenou o Comandante, e dê-lhe de comer e cem escudos para a viagem. Isso tudo do seu bolso...Está encerrada a audiência. Na sala ficou um rasto de cheiro a farrapo podre e a catinga. Alguns presentes e o próprio Comandante levaram a mão ao nariz, enquanto o Abílio de peito cheio pelo triunfo sobre o Cabo-do-Mar, saíu da sala atrás do zeloso agente da autoridade marítima... O Cabo Madeira acompanhou-o até uma tasca próxima, rilhando em silêncio os ossos do ofício, porque não podia rilhar os ossos do Abílio... Afinal de contas, o condenado fora ele, cabo-do-mar. O Abílio comeu e bebeu bem e recebeu ainda cem escudos para o regresso... Na despedida, desenterrou de um esconderijo da véstia uma nota de cem escudos, dobrada em quatro, tomou-a entre o polegar e o indicador da mão direita, deu-a a cheirar ao cabo passando-lha três vezes pelo nariz, e, com um sorriso velhaco e sarcástico de homem vingado, desabafou: - Estavam aqui, mas não são p'ra ti. Voltam para casa. Querias lã e foste tosqueado. Por causa de umas tristes enguias mostraste que não passas de um grande pato... Daí em diante, procurava ostensivamente encontrar-se com o Madeira nas regulares rusgas que fazia por aquelas bandas, e, saboreando o gozo, desafiava-o com cínica zombaria: “Vou à fisga. Anda mais eu atrás de mim que eu digo-te p'ra onde vou. Depois leva-me à Capitania e tu pagas-me a viagem e enches-me a barriguinha...” O Abílio viveu em paz enquanto pôde. Morreu há anos num Asilo das redondezas. Mas as memórias das suas habilidades e proezas perdurará entre a gente marinhoa que o conheceu, e só se apagará quando na Ria acabarem as enguias.» Aqui está a minha homenagem ao professor Jaime Vilar e a minha gratidão pelo que fez pela Terra Marinhoa e pelas suas Gentes; aí fica a saudação amiga ao novo Capitão do Porto de Aveiro e a todos os seus colaboradores. Será que o Abílio da Pega ainda anda por aí? Manuel

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Outra força
O Cristão tem uma tarefa permanente, que não lhe dá tréguas; podíamos dizer que, quem se entregou e decidiu viver segundo os critérios do Evangelho, está em permanente luta.
Jesus Cristo não está contra ninguém; mas a vida que anuncia e propõe choca, em muito, com critérios de vida que por aí andam, nem todos respeitadores dos verdadeiros direitos de Deus e das Pessoas. Por isso, o Cristão está em luta, pela defesa e proposta de valores em que acredita e que acha serem bons para toda a gente.
As correntes são fortes; todos os baptizados sabem que não podem vacilar na sua fé, e que sairão vencedores se não confiarem apenas em si próprios. A sua força vem-lhes do Espírito Santo, o mesmo que transformou os tímidos Apóstolos em corajosos evangelizadores.
Essa é a outra Força com que sempre temos de contar, e que nunca falta aos nossos gritos de ajuda, para que o anúncio do Evangelho, pela palavra e pela vida seja, para todos, ocasião de encontro, de esperança, de permanente renovação pessoal e comunitária.
É o Espírito Santo que sempre nos segreda: não tenhas medo. É na Sua força que a nossa força se renova e se torna robusta.
In"Diálogo", 1076 - PENTECOSTES- Ano B

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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