sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa REDE DE SERVIÇO SOLIDÁRIO,
UM BEM A NÃO DESVIRTUAR Os números dizem muito pouco, quando comparados com a realidade que se vive por esse país fora. Refiro-me à rede extraordinária das instituições particulares de solidariedade social que actuam nas diversas comunidades, possibilitando respostas sociais, necessárias e urgentes, que o Estado nunca, por si só, poderia dar, com igual dedicação e os mesmos gastos. É uma reflexão, a que os cidadãos sem preconceitos, têm de se habituar: verificar que há soluções para muitos problemas das pessoas no campo social, agora só falamos neste, que as instituições particulares, dentro das regras e das normais exigências, fazem melhor e mais economicamente que os serviços do Estado. Alguns, que não abdicam do ideal do estado providência e permanecem nostálgicos de um estado colectivista centralizador, irmãos gémeos de há muito falidos, continuam a lutar contras as instituições particulares, distorcendo conceitos e dados, como se a vida em democracia fosse de sentido único ou apenas calibrada pela visão estrábica de pessoas e de grupos, mais barulhentos e teimosos para os quais há sempre púlpito aberto Quando se fala do contributo financeiro a estas instituições para realizarem uma missão que é da responsabilidade do Estado, pois é ele que arrecada os impostos para obviar às necessidades gerais dos cidadãos e às exigências normais do bem comum, soltam-se gritos indignados, como se se tratasse de sanguessugas a chupar, para proveito próprio ou só de alguns, o dinheiro de todos. Procurem saber, se o conseguirem, quanto gasta o Estado com as poucas instituições de solidariedade que ainda teima em manter sob a sua direcção e comparem com o que recebem, com igual número de beneficiados, as instituições particulares. Depois, falem, porque o facto dá argumento que chegue e sobre para tal. Neste e noutros campos. As instituições de solidariedade são, no seu conjunto, o maior empregador, mormente em concelhos sem indústria significativa. E são o maior benfeitor das pessoas socialmente mais carecidas, em virtude das condições de trabalho de muitos casais com filhos e pais dependentes, da do crescente número de idosos, das muitas formas de exclusão social, da atenção qualificada a grupos sociais mais vulneráveis, da possibilidade de ocupar e de tirar da rua muitas crianças, cujos pais estão presos a rigorosos horários de trabalho. Quando se visita uma zona que tinha há uma dúzia de anos duas ou três instituições de solidariedade e hoje as tem em todas as freguesias do concelho, sejam elas da iniciativa da Igreja ou de cidadãos voluntários que se associaram para o efeito, então se vê a diferença, em número e qualidade, das respostas sociais que foi possível implementar para problemas que já existiam e iam apodrecendo aos poucos. Os governantes, em momentos festivos, que controlam ao milímetro até no dizer da placa de inauguração ou de simples visita, vêm ver, embora sempre à pressa. Desfazem-se, depois, em elogios simpáticos, porque nunca imaginaram que numa aldeia escondida, se pudesse fazer tanto bem e com tanto amor e dedicação. Raramente, porém, isto chega para dar outra orientação às leis e outro sentido à administração dos dinheiros públicos e até outro teor da comunicação oficial que mais pretende fazer passar a ideia de um favor que se faz às pessoas e instituições, que de um dever que se cumpre e nem sempre bem, nem atempadamente. Agora, entram as Câmaras no concerto. Vale a pena reflectir sobre a colaboração pedida e o espírito que parece animar a mesma. As instituições não são políticas, nem pode ser político o serviço social a quem dele precisa. Saberá isto a gente da capital?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

A LIÇÃO DE MÁRIO SOARES

EXEMPLO PARA TANTOS IDOSOS QUE VIVEM
À ESPERA DA MORTE Quando Mário Soares se candidatou a um terceiro mandato para Presidente da República, por razões que não importa sublinhar nesta hora, logo houve quem lembrasse a sua provecta idade. Para esses contestatários, a partir de uns tantos anos de vida, a pessoa tem de se remeter ao silêncio, aos bancos dos jardins, a um nada fazer. No fundo, a uma vida sem sentido, que mais não é do que um projecto de morte lenta. Ora o antigo Presidente da República veio mostrar que os velhos são gente com ideias e com capacidade para liderar projectos para um País. São gente com dinamismo e com alma enriquecida pela experiência da vida e pela cultura que conseguiu amealhar ao longo dos anos. São gente que tem muito para dar, precisamente numa altura em que tantos, por egoísmo, se fecham na sua concha. Mário Soares veio dizer com o seu exemplo que, com os 81 anos que já viveu, ainda está à altura de abordar, com opinião própria, qualquer assunto, das mais diversas áreas, sendo escutado, por isso, nos grandes areópagos internacionais. E já avisou que, depois de descansar uns tempos, vai voltar à liça, porque muito terá que dizer às novas gerações, quantas vezes cheias de nada. Lembro hoje e aqui o seu exemplo pela simples razão de que não gosto de ver tanta gente muito mais nova do que ele simplesmente à espera da morte. São cadáveres adiados que nada fazem de útil à sociedade, quando há tantos à espera de mão amiga para saírem da solidão e para regressarem à vida. Mário Soares veio dar-nos o testemunho de que é preciso, é mesmo urgente, que todos façamos mais qualquer coisa, para além das caminhadas pelos jardins (também importantes, diga-se de passagem), dos aborrecidos programas televisivos, das sestas nos sofás, do olhar mortiço fixado em horizontes de sonhos irrealizáveis. Fernando Martins

AS ELEIÇÕES DO ÚLTIMO DOMINGO

CAVACO SILVA VAI SER O NOVO PRESIDENTE
DA REPÚBLICA Em poucos meses, os portugueses foram chamados a votar três vezes: para as legislativas, de onde saiu o Governo; para as autárquicas, de onde saíram os representantes do povo para o poder local; e para as presidenciais, tendo sido eleito, pela primeira vez na segunda república, um candidato do centro-direita, precisamente o Prof. Cavaco Silva. Durante a campanha cometeram-se excessos indesculpáveis para candidatos à mais alta magistratura da Nação. Sabemos que foi o calor da luta que os levou a isso, mas pensamos que uma linguagem mais serena e mais delicada ficaria bem, como exemplo a seguir no futuro, em todas os actos eleitorais. Bonito foi o que ouvi, via telefone, de um amigo ligado à campanha de um candidato que não conseguiu ser eleito, após a apresentação pública dos resultados: ganhou o Prof. Cavaco Silva e o cargo fica bem entregue, disse-me ele. É um democrata, um homem honesto, um conhecedor dos meandros do poder, tem capacidade de liderança, sabe estabelecer consensos, sabe o que se espera de um Presidente da República. Não foi o meu candidato, mas aceito a escolha dos portugueses, concluiu o meu interlocutor. Quem uma semana antes nem queria acreditar na vitória do Prof. Cavaco Silva, que seria, em seu entender e no entender de muitos, um descalabro para a democracia, na hora da derrota do seu candidato soube reconhecer que o pretendente à cadeira presidencial mais contestado e atacado, como foi o antigo primeiro-ministro, é, afinal, um homem à altura do alto cargo que assumirá em pleno no dia 9 de Março. Temos de convir que no calor das lutas político-partidárias nem sempre somos comedidos e só vemos o mal no adversário, que não é, nem pode ser, um inimigo a abater. Penso até que nas últimas eleições presidenciais, outro que fosse o eleito, saberia estar à altura do Portugal de hoje e de todos os portugueses, sobretudo dos mais feridos da vida. Mesmo sem governar, que não é esse o papel do Presidente da República, o Prof. Cavaco Silva saberá lembrar, no diálogo frequente e atento com o Governo, que o nosso País não pode continuar no grupo dos mais pobres e atrasados da União Europeia. Urge, pois, que Governo, Presidente da República, deputados, partidos, sindicatos, trabalhadores e empresários saibam dar as mãos neste momento crucial da nossa história, para se tirar Portugal do fosso em que se encontra há muito. São estes os meus votos. Fernando Martins

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Um artigo de Céu Neves, no DN

184 mil imigrantes candidatos à autorização de residência
Alexsandro, Luís e Mihai vieram para Portugal para ficar. Exercem profissões menos qualificadas que no seu país e perderam dias em filas para se legalizarem, mas têm emprego e um ordenado mais elevado. Eles estiveram entre os primeiros imigrantes a substituírem o título de permanência pelo de autorização de residência - um processo que ontem se iniciou e que se espera vir a envolver mais 184 mil imigrantes.
Aqueles imigrantes fazem parte da segunda vaga que chegou a Portugal em finais do século XX, na maioria brasileiros e cidadãos do Leste europeu. Obtiveram uma autorização de permanência (AP) de um ano, no âmbito do processo de legalização (Decreto-Lei n.º 244/98) que decorreu entre 22 de Janeiro e 30 de Novembro de 2001. Foram regularizados 183 833 estrangeiros, 126 901 dos quais logo no primeiro ano."Fui o 14.º a conseguir a AP", conta Alexsandro Pimentel, brasileiro do Paraná, 27 anos, pintor da construção civil, ex-montador de sistemas hidroeléctricos.
Veio para Portugal em 2000 e o filho e a mulher, doméstica, vieram um ano depois. O rapaz, de oito anos, regressou ao Brasil. "Saíamos muito cedo para o trabalho e ele ficava na escola. Agora tem os avós e os primos", justifica.
(Para ler mais, clique aqui)

BENTO XVI, UM PAPA PROFESSOR

Expectativa marca
publicação da primeira
encíclica de Bento XVI
No dia 19 de Abril de 2005, ao final da tarde, os Cardeais eleitores escolhiam o Cardeal Joseph Ratzinger para suceder a João Paulo II. A eleição gerou uma onda de desconfiança perante a herança de um pontificado excepcional, de 26 anos e meio, num mundo em mudança, com desafios específicos em cada continente: desde a pobreza e as desigualdades sociais à secularização e indiferença religiosa, passando pelo diálogo com as outras religiões e o relativismo moral.
Quando, há quase 27 anos, foi apresentado ao mundo o Cardeal Karol Wojtyla houve uma espécie de atordoamento geral; há nove meses, pelo contrário, todos sabiam (ou julgavam saber) quem era aquele homem que surgia vestido de branco."Deus Caritas est", com publicação anunciada pelo Papa, para 25 de Janeiro, fala do conceito do amor nas suas diversas dimensões.
À primeira vista, parece que estaremos na presença de um texto eminentemente doutrinal, mas é admissível esperar que a primeira encíclica retome, pelo menos, algumas das ideias do primeiro discurso de Bento XVI, após a sua eleição, na Capela Sixtina.Nesse dia, o Papa comprometeu-se a dar continuidade à dinâmica gerada pelo II Concílio do Vaticano, que abriu a Igreja ao mundo, nos passos do seu predecessor, João Paulo II, que "deixou uma Igreja mais corajosa, mais livre, mais jovem".
O Papa considera, desde então, que a reconciliação entre os cristãos é o seu "compromisso primário" ao qual prometeu entregar-se "sem poupar energias". A luta contra a "ditadura do relativismo" tem sido a bandeira destes meses, nos quais o Papa se adaptou à missão de ser o líder de mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo. A crescente globali-zação abre problemas novos, na relação com o mundo e na definição da Igreja: colegialidade, prática litúrgica, ministério da presidência, questões éticas, doutrina social, pastoral familiar, produção teológica, tudo o que se conseguir pensar sobre as comunidades eclesiais.
Os constantes conflitos internacionais e as desigualdades no campo socio-económico são ainda outro desafio, depois de João Paulo II ter feito da Igreja uma referência moral nesse campo, mesmo em países não católicos. A Igreja de amanhã, porque é nela que falamos, não será fechada em si mesma numa defesa auto-apologética ou na restauração de um velho confessionalismo - mesmo se era isso que muitos esperavam de Joseph Ratzinger.Linguagem simples e ricaAo assumir o seu ministério, Bento XVI afirmou que a sua missão "é a de fazer resplandecer diante dos homens e mulheres de hoje a luz de Cristo: não a sua própria luz, mas a de Cristo".
Como um professor, o Papa apresenta, desde o início do pontificado, uma abordagem menos "dogmática" aos diversos assuntos, procurando uma linguagem que seja compreendida por uma audiência maior - o mundo. Bento XVI convida, sem cessar, indivíduos e sociedades a mudar a sua relação com Deus, que muitas vezes é de indiferença e de confronto.As suas catequeses nas audiências gerais das quartas-feiras, com um impacto mediático relativamente reduzido, têm procurado mostrar um Deus próximo da humanidade, que não se esconde "atrás de uma nuvem impenetrável de mistério". A explicação, para um cristão, é simples: Deus mostrou-se aos homens e fala com eles, em Jesus Cristo, para guiar as suas vidas.No já referido discurso da Capela Sixtina, Bento XVI propusera-se "prosseguir, unicamente preocupado em proclamar ao mundo inteiro a presença viva de Cristo".A existência de vidas sem espaço para Deus, nem para grandes ideias, preocupa verdadeiramente o Papa que não concebe a vida sem abertura à transcendência. Quando as portas do coração se fecham, não há nenhum lugar por onde Deus possa entrar, porque homens e mulheres dos nossos dias pensam "que não têm necessidade de Deus e não o querem".
O tema da primeira encíclica do pontificado enquadra-se neste conjunto reflexivo e já tinha ficado claro, no passado Verão, quando Bento XVI se encontrou com um grupo de padres em Vale de Aosta, onde passava férias. "Nós acreditamos em Deus, mas que Deus? Um Deus com rosto, com rosto humano, que reconcilia, que supera o ódio e nos dá o poder da paz, que mais ninguém pode dar", disse.Qual é, então, o objectivo dos que lideram a Igreja? "Devemos fazer as pessoas perceber que o Cristianismo é, na verdade, muito simples e, por isso, muito rico", responde o Papa.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

POSTAL ILUSTRADO

FIGUEIRA DA FOZ:
TORRE DO RELÓGIO,
NA PRAIA
Quem visita a Figueira da Foz sente-se logo atraído para as extensas praias que tornam mais famosa este bonita cidade. E num areal bastante frequentado, lá está a Torre do Relógio para indicar aos veraneantes a hora do banho.

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

ACTIVIDADE CINEMATOGRÁFICA
EM PORTUGAL
A venda, em data recente, do catálogo de 90 filmes portugueses da Madragoa Filme ao grupo PT (Lusomundo), terá sido uma surpresa para muito cinéfilos. Em Portugal, apesar de tudo, vão sendo produzidos alguns filmes. Por que será então que se mantém o seu divórcio com o público?Os filmes produzidos, salvo raras excepções, só se tornam possíveis através de uma significativa comparticipação estatal, através do ICAM. E como tal participação é limitada e os cineastas são muitos, dificilmente haverá quem disponha de tal apoio com a necessária frequência para conseguir exercer o cinema como actividade profissional regular.
Há excepções, é certo, de que Manoel de Oliveira é a mais evidente, mas para a generalidade dos concorrentes ganhar um concurso de atribuição de um subsídio do ICAM não é fácil, e muitas vezes nem é barato para quem concorre sem garantia de vitória. Há que entregar todo o projecto, argumento redigido ou já planificado, desenvolver múltiplos contactos, comprovar situação perante o fisco, etc., etc. Entregue o projecto, depois se verá.
Para vencer tais limitações é frequente o mesmo projecto ser apresentado ano após ano, burilando defeitos, alterando o título ou refundindo boa parte do conteúdo. Mas os resultados, em termos de continuidade de trabalho, não são ideais.Vejamos um exemplo.
Acaba de estrear "Lavado em Lágrimas" de Rosa Coutinho Cabral. Desde há muito ligada ao cinema esta cineasta realizou "Serenidade", sua primeira obra, em 1989. Não foi um êxito, mas era um trabalho promissor. Só cinco anos depois correu em sala e passou por três vezes na RTP. Em 1996 voltou a poder realizar, mas apenas um documentário de 60 minutos, "Cães sem Coleira", esperando depois mais dez anos para ver estrear "Lavado em Lágrimas", em que trabalhou nos tempos mais recentes. Daqui se vê como a falta de treino não poderá deixar de afectar o resultado de cada filme produzido.Francisco Perestrello

Um artigo de António Rego

A cidade silenciosa
A cidade não é um ser vago e abstracto. "É um chão, um pulmão que respira…" no dizer do poeta. Mais que um sítio, um centro, uma capital. É lugar donde viemos, o símbolo do que fomos, a imagem do que somos, a praça do que nos pertence. Onde queremos harmonia e humanidade, verde, tecto, palácio, pão e justiça. E afecto.
Como lugar fraterno de respiração para todos.A celebração de S. Vicente, aproximou de novo Lisboa da sua história, cultura e evangelização. O Cardeal Patriarca no seu dizer profético, poético e profundo, enquadrou de novo Lisboa na história comum do que somos, crentes ou não, inserindo a cultura como elo do passado, do presente e convergência das nossas diferenças. E tal como afirmou perante a Autarquia em pleno Congresso da Nova Evangelização,"não é objectivo da Igreja dominar a cidade mas huma-nizar a cidade… A humanização é obra de cultura, pois só esta garante os valores fundamentais que inspiram a construção da comunidade…"
E foram particularmente lembrados os cidadãos silenciosos: "os doentes, os solitários, os pobres, os desempregados, os sem abrigo, os presos…"Neste momento, com a eleição de um novo Presidente da República a cidade é o símbolo dum país que se abre de novo à aventura e ao desafio do recomeço, do bem e da paz para todos, dos direitos de cidadania e liberdade, da consciência que somos uma pátria alargada pelos emigrantes que por longe andam e pelos imigrantes que se aconchegam ao nosso rectângulo.
Num tempo com proclamação talvez excessiva da crise e perplexidade, dos horizontes sem nitidez, dos valores sem solidez e de vazios sem promessa importa descobrir e inventar novos sinais para além das evidências mais esmagadoras. Estamos numa cidade em construção.
E os cristãos, no dizer do Patriarca de Lisboa, têm pela oração, acesso à profundidade do ser. E assim se libertam do impossível na construção da cidade, casa comum.

domingo, 22 de janeiro de 2006

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

A verdadeira mudança
Vidas mornas, sem sentido nem compromisso, são vidas que não satisfazem, porque têm objectivos curtos; o Homem sonha e compromete-se.
São pois, inadmissíveis na sociedade, os que não tomam posições, os que se deixam arrastar, os que não admitem pensar e decidir por si; e, os que não sonham, correm o risco de não avançar e de impedir outros de abrir e percorrer horizontes grandes e elevados.
Quando Jesus passou por um grupo de homens de trabalho, comprometidos com a família e com a construção honesta da sociedade, pelo seu trabalho, suscitou outro estilo de vida; provocou a mudança; e eles logo deixaram os barcos e as redes e aceitaram construir, com o Mestre, um mundo diferente.
Aderir a Jesus Cristo e à Sua Palavra, é aceitar outra vida; é querer sair do quente-morno que só cria e alimenta a preguiça; cria dependentes e gera pobrezas de toda a ordem.
Há por aí quem queira subir, arriscando? Há por aí quem aceite a coragem de deixar para, mais livre e leve, poder dar, dar-se e ficar mais rico? Só quem dá é que recebe; só quem faz caminho de subir é que desfruta paisagens.
O tempo não é tudo, mas é muito importante, apesar de breve e fugaz.
Vivê-lo com densidade, compromisso e sonho evangélico, é pô-lo na verdadeira dimensão; é aceitar mudar, com coragem e, com o Mestre, construir mundos de Felicidade.
:: In "Diálogo", 1058 - III DOMINGO COMUM - Ano B

TERTÚLIAS DE DANÇA NO AVEIRENSE

TERTÚLIAS DE DANÇA ANIMAM ÚLTIMAS SEXTAS-FEIRAS DE CADA MÊS
Nas últimas sextas-feiras de cada mês, vai decorrer o projecto “DANÇA FORA DE HORAS”. Trata-se de uma tertúlia sobre dança que terá lugar, entre as 23 e as 23.30 horas, no Bar/Café do Teatro Aveirense, que mais não é do que um encontro entre intérpretes, criadores portugueses de dança contemporânea e público em geral.
Os interessados por esta forma de arte só têm que aparecer.

Um poema de Fernando Echevarría

Cada dia nos dê o nosso pão e comê-lo nos abra aquela casa de inteligência e coração onde sentar-se é mesa rasa de ver quantos não estão sentados nessa casa. E comer se ilumina, e abre-se portão, ou qualquer coisa de brasa entra no movimento e na palavra, como se cada gesto e cada som fosse uma leitura que se abra dentro da história de não haver senão a de estarmos à mesa da palavra, transparentes, à luz de se partir o pão.

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