terça-feira, 6 de dezembro de 2005

VOLUNTÁRIOS: gente que se dá sem nada esperar em troca

Posted by Picasa MÃO AMIGA
E OUVIDOS PARA OUVIR Celebrou-se ontem, dia 5, o Dia Internacional dos Voluntários. Não houve muitas vozes a falar dos voluntários, mas são eles que, na nossa sociedade, como noutras, animam a solidariedade e tornam mais fraterno o mundo em que vivemos. E fazem-no, tanto nas inúmeras instituições de solidariedade social existentes no nosso País, como individualmente, vezes sem conta valorizando a rede de vizinhança, que tende a diluir-se. Em Portugal, algumas estimativas apontam para mais de um milhão e meio de pessoas que, no seu dia-a-dia, vão ao encontro de quem sofre, dos mais pobres dos pobres, dos marginalizados e excluídos pela sociedade, dos que vivem em solidão. Não apenas para lhes matar a fome e para responder às suas necessidades mais urgentes, mas sobretudo para as ouvir e para as ajudar a descobrir um sentido para a vida. Em Portugal, os voluntários continuam a crescer, como sinal inequívoco da generosidade da nossa gente. Gente que dirige instituições, gente que contribui para a humanização dos hospitais, gente que se mobiliza para responder a situações de catástrofe, gente que ajuda quem sofre no leito da dor, gente que promove a auto-estima de quem perdeu o gosto pela vida, gente que vai à procura de quem tem fome, gente que partilha experiências, gente que, em suma, não se limita a dar, mas se dá totalmente aos outros. Eu não sei se todos os meus leitores já pensaram na riqueza do voluntariado, enquanto forma privilegiada de tornar o mundo mais belo. Eu não sei se todos os meus leitores já pensaram que também está ao seu alcance engrossar as fileiras de quem se preocupa com os que mais precisam. Mas tenho a certeza de que, mais dia, menos dia, alguns hão-de ter a coragem de dar um passo no sentido de deixar o nada fazer em que se encontram, perdendo tempo, tantas vezes, com futilidades, aposentados e não só, para se porem ao serviço de quem está à espera de mão amiga e de ouvidos para ouvir. Fernando Martins

NATAL: Um texto de Manuel Olívio da Rocha

Posted by Picasa
FIGURAS DO MEU PRESÉPIO Povos todos, batei palmas, Aclamai a Deus com brados de alegria. Salmo 46
: Justos, aclamai o Senhor, Os corações rectos devem louvá-lo. Louvai o Senhor com a cítara, cantai-Lhe salmos ao som da harpa. Cantai-Lhe um cântico novo, Cantai-Lhe com arte e com alma. Salmo 32 Todos os anos, com os meus netos, construímos o Presépio. E enquanto vamos colocando as figuras (Pronto, lá foi o pé do pastor! Não faz mal, o avô cola...), perfilam outros figurantes do Presépio que, ano a ano, mês a mês, dia a dia, hora a hora, se vai fazendo e refazendo no mais íntimo de mim e que já ocupa o Mundo e se vai espalhando por todo o Universo.. Quero retirar apenas três... Estes: o Luís, o Humberto e o Adão. [Mas que é isto? Todos os outros elementos do grupo dão um passo em frente e atiram:— E então?...E nós?... Eu sei que sois músicos como esses três. Certamente que chegará a vossa vez...Como me poderei esquecer? Numa prateleira, lá estão o mestre Rocha com o seu grupo de músicos e de cantoras do Cortejo dos Reis; noutra, os irmãos Ribau Teixeira, o Manuel, o Ângelo, o Plínio e o Diamantino, acompanhados pelo Hortênsio, o Manuel Gafanhão e tantos outros que enchiam de música os nossos domingos e dias de férias; acima, o senhor Dionísio, com a sua rabeca, e o Porfírio, com o trompete, que atingem o nosso imaginário do mais e melhor; ali à mão, estão o Padre Valente e toda a família Nédio...Tantos e tantas que à música vão dando ‘a sua vida’, mas a quem a música vai oferecendo (e com que emoção o tenho observado!) uma sempre renovada vontade de viver!...]
O Luís é italiano e ficou conhecido, entre nós, por Padre Luís Sabini. Um dia veio para Portugal, passou por Esgueira, a sua lambreta levou-o ao Bunheiro e a outras povoações que lhe acenavam, deambulou pelo Porto e agora anda por terras de Moçambique. Mas Luís marcou profundamente o nosso viver porque, sendo um Homem pequeno, de olhar vivo, era de uma delicadeza a toda a prova e sabia tocar concertina... Calcorreou as ruas, vielas e quelhas do bairro, com frio, com chuva, sempre com o seu sorriso a desarmar qualquer menos lisura de alguém do grupo que se juntou para cantar as Boas Festas...E nós hoje, estamos com ele e pedimos-lhe a bênção, para nós e nossos filhos que tão bem sabia acarinhar e encaminhar!... O Humberto é um manganão: basta olhar para o seu bigode. Eu diria mais: o bigode é o Humberto! Homem alto, bem desempenado, bela figura. Dedicou a sua vida à música: quantos jovens lhe devem o que sabem desta arte! E sempre por dedicação e amor! Sem nunca levar um tostão aos discípulos! Quem o quiser encontrar é ir às missas de Sábado ou de Domingo, ali na nossa Capela. O seu clarinete (claro que toca mais instrumentos do que a mão tem de dedos! Mas é este o seu instrumento!) introduz os cânticos e faz floreados que nos contagiam. É um artista! Há dias teve um problema com a ‘máquina’. Quando o médico lhe deu a alta, disparou:— Senhor doutor, já posso ir tocar o meu clarinete à Missa?! Foi um espanto quando naquele corredor do hospital, as consultas pararam e à porta dos consultórios surgiram as cabeças espantadas e interrogativas dos médicos. — Os colegas não se preocupem, fui eu que pedi a este senhor para trazer o clarinete para fazer uma experiência! (E voltando-se para o doente) Sr. Humberto, pode tocar, mas sem esforço nem arrelias! Aí o bigode sorriu, levantando as pontas! E o Adão? Alto e seco, corria as ruas a fazer a propaganda e a cobrança da sua Banda! E também ele era um ‘preguinho’ a desejar as Boas Festas, com o P. Luís...Mas um dia...adoeceu gravemente e privou-nos do som do seu saxofone. Ficámos convencidos que não mais nos acompanharia. Mas a sua alma era tão grande como a sua arte: logo que melhorou, aí o temos, embora tocasse só com uma mão!... Ainda hoje estou para perceber como conseguia afinar com as vozes! E parece-me estar a ver a sua Mulher que, com infinda paciência e bondade, o acompanhava e lhe transportava o seu saxofone! E é no recôndito deste nosso Presépio, lá bem no fundo de nós mesmos, que estes figurantes nos acompanham na nossa caminhada ao encontro do centro da Vida, aquele Menino-Deus que tão bem cantaram e continuam a cantar! Bem hajam!

Manuel Olívio da Rocha

Um artigo de Guilherme d'Oliveira Martins

Repensar Portugal Acaba de ser reeditado o livro “Repensar Portugal” (Multinova, 2005), da autoria do Padre Manuel Antunes (1918-1985), nas vésperas do Congresso Internacional, que assinala (com o apoio do CNC) a memória de uma das figuras mais marcantes da cultura portuguesa do século XX. A obra publicada originalmente em 1979 manteve, passados estes anos, uma curiosíssima jovialidade, que não é fácil de acontecer quando estamos perante ensaios políticos e sociais. E, tendo sido os ensaios que a constituem escritos dez anos antes da queda do muro de Berlim, é muito interessante notar hoje um sentido profético nas considerações de Manuel Antunes. Daí que tenhamos de reconhecer que a citação de Nietzsche, que o autor faz, ganha hoje uma pertinência evidente: “é a cultura que dota a consciência de memória, mas essa memória é mais função do futuro do que do passado”. Repensar Portugal exige a compreensão da importância de uma revolução moral. E o autor fala, por isso, na necessidade de assumir o primado da produtividade sobre a propriedade, da cultura sobre a economia, do ser sobre o ter, da comunidade sobre a sociedade. A democracia necessitaria, por isso, de concretizar os dês exigentes de um projecto renovado: desburocratizar, desideologizar, desclientelizar e descentralizar. Para tanto, haveria que interiorizar a democracia e que dignificar a política. «De facto se há doentes do poder, muito mais perigosos que os doentes do futebol ou da droga, há também os sãos do poder, aqueles que conhecendo-se na estreiteza dos próprios limites, porventura, em certa impureza das próprias motivações, assumem o poder como função social de serviço à comunidade, como dever, nem sempre grato, a cumprir, como tarefa necessária que alguém terá a exercer». E se esta ideia de serviço é crucial, a verdade é que tem de ser exercida com «a naturalidade de quem, sabendo-se finito e relativo e a trabalhar num mundo relativo e finito, não obstaculiza outros melhores», respeitando, afinal, o velho princípio da subsidiariedade, segundo o qual as questões da polis devem ser resolvidas o mais próximo possível das pessoas. E aqui entramos no tema da legitimidade e da legitimação – e «com todas as imperfeições, que as possui sobretudo no domínio da eficácia, com todos os riscos da manipulação “inocente” e do cisionismo cíclico ou até radical, com todos os custos económicos que ele comporta, o modo democrático de legitimação é ainda de todos o mais digno de seres humanos, racionais e livres, o mais corrigível nos seus abusos, ao mesmo tempo que o mais estável nas suas estruturas de fundo». O Padre Manuel Antunes propõe, no fundo, a “recriação de Portugal por Portugal” – através de uma democracia, encarada como “espaço da liberdade e da comunidade, da subjectividade e da legalidade, da consensualidade e da soberania popular”. Eis a tarefa sempre inacabada que este Repensar Portugal contém e propõe…
In Ecclesia

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Ritmo de vida agitado debilita sistema imunitário

Cientistas provam efeitos do stresse Investigadores australianos conseguiram provar cientificamente os efeitos do stresse na saúde humana. O ritmo de vida agitado pode gerar desde uma simples constipação ao cancro, é hoje revelado na revista médica «Journal of Experimental Medicine». Segundo os investigadores do Instituto Garvan, de Sydney, uma hormona libertada no corpo, chamada neuropéptido Y (NPY), afecta o sistema imunitário e torna a pessoa doente. «Antes havia provas indirectas de uma ligação entre o cérebro e o sistema imunitário. Agora temos a ligação», explicou a investigadora Fabienne Mackay. Assim, «durante os períodos de stresse, os nervos libertam muito NPY, que vai para o sangue, onde inibe as células do sistema imunitário», acrescentou a cientista. A libertação dessa hormona «torna as pessoas mais vulneráveis quando têm uma constipação ou uma gripe e mesmo em situações mais graves, como o cancro», afirmou à rádio ABC Herbert Herzog, outro dos investigadores. Os cientistas do estudo garantem ainda que a artrite reumatóide, a esclerose em placas, a doença de Crohn e a diabetes têm ligação ao stresse.

Fonte: EXPRESSO

MIA COUTO: Citações - 4

"Há quem acredite que a ciência é um instrumento para governarmos o mundo. Mas eu preferia ver no conhecimento científico um meio para alcançarmos não domínios mas harmonias. Criarmos linguagens de partilha com os outros, incluindo os seres que acreditamos não terem linguagem. Entendermos e partilharmos a língua das árvores, os silenciosos códigos das pedras e dos outros."
In "Pensatempos"

JORGE SAMPAIO QUER FORTALECER A DEMOCRACIA

Posted by Picasa Presidente da República defende debates públicos para fortalecer a democracia
O Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu hoje a importância do debate público para o fortalecimento da democracia e apelou para um maior equilíbrio na discussão da política externa, relegada para um segundo plano, e interna. "Proponho um equilíbrio [da discussão de temas de política externa] ao mesmo nível que a política interna porque, cada vez mais, aquilo que se decide na política externa define a política interna", declarou o Presidente da República na abertura da XXIII Conferência Internacional de Lisboa, organizada para assinalar os 25 anos do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais (IEEI), a que presidiu.
Na sua intervenção, Jorge Sampaio elogiou o objecto central da actividade do IEEI - o esclarecimento e discussão da política externa -, sublinhando que, "quanto mais esclarecida for a opinião pública, menos permeável se torna aos efeitos irracionais do medo e à demagogia" e que "um espaço público forte e participado fortalece a cidadania e a própria democracia".
A concluir, Jorge Sampaio questionou até que ponto "passa para os cidadãos" esse debate aprofundado promovido, quer pelo IEEI, quer pelas faculdades e outras instituições, considerando que o debate sobre a União Europeia, que Portugal integra há 20 anos, "é ainda muito restrito".
Fonte: PÚBLICO

Falta legislação para o voluntariado nas IPSS

Diz o presidente da CNIS no Dia Internacional dos Voluntários
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Pe. Francisco Crespo, alerta para a “urgência de uma iniciativa legislativa que vise a valorização do trabalho voluntário dos dirigentes das IPSS”.
O apelo é feito numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA, para assinalar o Dia Internacional dos Voluntários, que hoje se comemora.
Nesta mensagem o presidente das CNIS começa por destacar o papel das IPSS “ao serviço das pessoas, das famílias e das comunidades” referindo a “especial relevância da mobilização do voluntariado social que estimula os mecanismos de proximidade e de participação responsável, garantindo a flexibilidade e a constante adaptabilidade da respectiva intervenção socioeducativa”.
Para além de salientar a necessidade de regulamentar o Estatuto do Voluntariado o Pe. Francisco Crespo enaltece e agradece ainda a contribuição que considera “única e fundamental” dos voluntários “para o reconhecimento do relevante papel das instituições particulares de solidariedade social no desenvolvimento sustentado do país”, escreve.

CONFLITO … OU ENCONTRO DE CIVILIZAÇÕES?

NO CUFC, quarta-feira,
dia 7, pelas 21 horas
Na próxima quarta-feira, dia 7 de Dezembro, pelas 21 horas, o dr. Rui Marques, Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, vai estar no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), junto à Universidade de Aveiro, para falar sobre “Conflito… ou Encontro de Civilizações?” A moderação é de Ângelo Ferreira. Esta iniciativa insere-se no projecto “Fórum::Universal”, que aposta, nas primeiras quartas-feiras de cada mês, em encontrar respostas que dêem sentido à vida, face aos problemas emergentes numa sociedade em mudança. Trata-se de um conjunto de acções abertas aos universitários e a todas as pessoas interessadas na discussão de temas oportunos. O dr. Rui Marques não deixará de olhar para os conflitos recentemente verificados em França e ainda não sanados, passando depois a abordar questões relacionadas com o Portugal inclusivo e multicultural, por que anseiam todas as pessoas de bem.
No final da exposição do Alto-Comissário haverá espaço para o diálogo. F.M.
:: CUFC

Júlio Dinis - O desarmar do Presépio




O desarmar do presépio 

Em criança arrasavam-se-me de água os olhos quando assistia ao desfazer do presépio que, em honra do Menino-Deus, se armava em minha casa pelo Natal. Cerrava-se-me o coração de melancolia, ao ver guardar outra vez na arca — e por um ano!— o Menino, Nossa Senhora, S. José, os grupos dos pastores, a vaca, o jumento, os três Reis, os anjos e todos os mais acessórios do pitoresco santuário, diante do qual, nesses quinze dias, se rezava a coroa em família, e se cantavam as loas da ocasião!
Amargo dia de Reis, último desta abençoada quinzena, já te não via assomar sem que se me enevoassem aquelas puras alegrias infantis. Que não encontrásseis mais estorvos pelo caminho, venerandos Magos! Que aquela milagrosa estrela que vos trouxe a Belém, vos não fizesse errar mais tempo antes de lá chegardes! Fatal 6 de Janeiro! 
Com o seu anoitecer, anoitecia-me o coração: voltava a vida normal, voltavam os bancos das aulas, a aritmética, a caligrafia, oh! a caligrafia sobretudo tão associada à férula do mestre-escola! e — o que era pior que o mais — acabava aquela santa comunidade, em que durante quinze dias vira a família; o lar doméstico já não ofereceria o alegre tumulto e desordem, em que velhos e crianças tomavam parte, esse ruído e confusão que tão fundo calava no coração de todos. 
A solenidade que nos reunira sob o mesmo tecto, que nos fizera viver a mesma vida, ia acabar. Nós, as crianças, chorávamos às claras na despedida; mas suspeitávamos que as nossas lágrimas tinham companheiras envergonhadas. 
Quantas vezes surpreendíamos segredos de comoção, que nos redobrava o choro! Suspeitava-o eu então, mas acredito-o agora que, apesar de na idade em que a lei me autoriza a não me considerar criança, ainda não sou superior a cenas daquelas.

Júlio Dinis

In “Serões da Província”

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

LAICISMO
A polémica sobre os crucifixos nas escolas tem passado ao lado do essencial a liberdade de ensino. Sendo o Estado agnóstico, deveria apoiar a educação dos filhos de quem não pode pagar colégios, incluindo os que preferem uma educação orientada por valores religiosos. Mas adiante.
A Igreja portuguesa, como aliás a francesa, vive hoje confortável no regime de separação do Estado, que tanta indignação provocou há um século. É certo que parece ainda existir um ou outro nostálgico do tempo em que o catolicismo era a religião oficial do Estado, sendo então as outras confissões proibidas no espaço público. Mas a polémica dos crucifixos evidenciou, sobretudo, a vontade de alguns de reduzirem a religião à esfera estritamente privada. Este laicismo - que se distingue de uma saudável laicidade do Estado - está errado por duas razões.
Primeiro, porque os símbolos católicos têm em Portugal uma dimensão histórica, sociológica e cultural inegável. Faria sentido, então, acabar com o feriado do Natal? Ou tapar as fachadas das igrejas, para não serem vistas? Não, claro, como seria absurdo eliminar em Israel feriados da religião judaica. Aliás, ainda não vi reclamar a eliminação de símbolos maçónicos em estátuas e monumentos nas nossas ruas, por ofenderem os que não partilham tais convicções. E os crucifixos, ofendem alguém? Haja bom senso.
Depois, é antidemocrático o laicismo que não tolera qualquer sinal religioso no espaço público. Cito o filósofo agnóstico Habermas "A neutralidade ideológica do poder do Estado, que garante idênticas liberdades éticas a todos os cidadãos, é incompatível com a generalização política de uma mundividência laica". Ou seja, sob a capa da neutralidade não se pode impor a todos, na prática, uma determinada concepção da vida e dos valores.

domingo, 4 de dezembro de 2005

Um poema de Teixeira de Pascoaes

Posted by Picasa Que saudades eu sinto Que saudades eu sinto desta flor, Que vai murchar! E desta gota de água e de esplendor, Um pequenino mundo que é só mar. E desta imagem que por mim passou Misteriosamente. E desta folha pálida e tremente Que tombou... Da voz do vento que me deixa mudo, E deste meu espanto de criança. Que saudades de tudo eu sinto, porque tudo É feito de lembrança... In Versos Pobres

Pesquisar neste blogue

PARA PENSAR

Vencer na vida não é apenas cruzar a linha de chegada, é aproveitar cada passo antes disso.

PESQUISAR

Arquivo do blogue

DESTAQUE

Propriedade agrícola dos nossos avós

Pe. Resende Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à...