ADOLESCÊNCIA: SERÁ A CULPA DA IDADE?
A Organização Mundial de Saúde – OMS – define os adolescentes como sendo indivíduos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos.
De qualquer modo, não existem escalas de medida nem fronteiras estanques que tornem estas faixas etárias absolutas e definitivas, sobretudo quando se olha para um período da vida humana longo e marcado por profundas transformações fisiológicas, psicológicas, afectivas, intelectuais e sociais, vividas num determinado contexto cultural.
Mais do que um período longo,”que começa ali e acaba acolá”, importa ter em conta que a adolescência é um processo com características próprias, dinâmico, de passagem entre a infância e a idade adulta, onde ninguém fica de fora ou pode ser alheio.
Que condições é que os educadores dão aos adolescentes para que estes possam viver, o melhor possível, as diversas fases do seu crescimento é uma questão que cada um deve colocar a si mesmo.
Muito do que ocorre na vida de cada um tem, necessariamente, uma forte componente de relações interpessoais. Estas relações interpessoais aplicam-se que nem uma luva aos contactos e relações que os educadores e os adolescentes estabelecem entre si, ou seja, não se deve falar de uns sem se falar dos outros. Estão como que “condenados” a entenderem-se e a cooperarem entre si, de acordo com a idade e as características pessoais, entretanto assumidas, por cada um, a seu devido tempo. Em termos relacionais, adolescentes e adultos são interdependentes uns dos outros, sem que isto colida com o processo de afirmação da personalidade e autonomia do adolescente ou tenha que levar o adulto a atitudes, por exemplo, autoritárias, passivas ou de condescendência.
Pena é que esta vertente inter-relacional de gerações, naturalmente diferentes, no tempo e no espaço, e no modo como vivem ou sentem uma mesma realidade, nem sempre seja, devidamente, assumida, destacando a sua família, primeira responsável a educar e a preparar os filhos para as dificuldades e oportunidades do seu próprio crescimento.
Nem sempre é fácil conseguirem-se os melhores resultados, logo à primeira dificuldade e a família, e restantes educadores, têm que estar preparados para terem os seus momentos de, aparente, fracasso, assim com devem ajudar os seus filhos ou educandos a ultrapassarem os seus. É um processo gradual e evolutivo, ao longo de vários anos, sem resultados programados ou fórmulas estabelecidas, para qualquer uma das partes. Todos têm que aprenderem e adaptarem-se às circunstâncias de cada momento, questionando-as, quando necessário, para melhor as compreenderem, depois.
Paciência, carinho, compreensão, aprender a escutá-los, animá-los, estar com eles nos seus projectos, amor, segurança, saber incentivá-los e motivá-los, são algumas das ferramentas a utilizar, sempre que o adolescente necessite (e necessita) de quem o apoie, a começar pelo seu pai e pela sua mãe.
A não se optar por estes comportamentos, não é de estranhar que se continuem a ouvir expressões, ainda nos dias de hoje, proferidas pelos seus educadores, – pai, mãe, professores, por exemplo – sempre que surgem obstáculos ao adolescente, tais como: “A culpa é da idade”; “Deixem-no”; “O que tem é mimo”; “Não lhe liguem”; “O que ele quer é atenção”; “Não sabes o que é sofrer”; “Cala-te”; “Agora, não tenho tempo”; “A conversa não é contigo”; entre muitas outras que se poderiam acrescentar a esta lista.
Não estou aqui para fazer juízos pessoais destas frases assassinas, quando proferidas, mas sei que elas criam, só por si, sentimentos e emoções cujas consequências, naturalmente negativas, no adolescente, não são possíveis de avaliar, em termos imediatos.
Como católico, não posso esquecer, ainda, a dimensão catequética da adolescência, onde os catequistas, educadores da fé, têm uma importantíssima tarefa a realizar, perante este grupo etário, de modo a que ele se sinta parte integrante de um processo de aprendizagem, crescimento, aprofundamento e amadurecimento dessa mesma fé.
A Organização Mundial de Saúde – OMS – define os adolescentes como sendo indivíduos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos.
De qualquer modo, não existem escalas de medida nem fronteiras estanques que tornem estas faixas etárias absolutas e definitivas, sobretudo quando se olha para um período da vida humana longo e marcado por profundas transformações fisiológicas, psicológicas, afectivas, intelectuais e sociais, vividas num determinado contexto cultural.
Mais do que um período longo,”que começa ali e acaba acolá”, importa ter em conta que a adolescência é um processo com características próprias, dinâmico, de passagem entre a infância e a idade adulta, onde ninguém fica de fora ou pode ser alheio.
Que condições é que os educadores dão aos adolescentes para que estes possam viver, o melhor possível, as diversas fases do seu crescimento é uma questão que cada um deve colocar a si mesmo.
Muito do que ocorre na vida de cada um tem, necessariamente, uma forte componente de relações interpessoais. Estas relações interpessoais aplicam-se que nem uma luva aos contactos e relações que os educadores e os adolescentes estabelecem entre si, ou seja, não se deve falar de uns sem se falar dos outros. Estão como que “condenados” a entenderem-se e a cooperarem entre si, de acordo com a idade e as características pessoais, entretanto assumidas, por cada um, a seu devido tempo. Em termos relacionais, adolescentes e adultos são interdependentes uns dos outros, sem que isto colida com o processo de afirmação da personalidade e autonomia do adolescente ou tenha que levar o adulto a atitudes, por exemplo, autoritárias, passivas ou de condescendência.
Pena é que esta vertente inter-relacional de gerações, naturalmente diferentes, no tempo e no espaço, e no modo como vivem ou sentem uma mesma realidade, nem sempre seja, devidamente, assumida, destacando a sua família, primeira responsável a educar e a preparar os filhos para as dificuldades e oportunidades do seu próprio crescimento.
Nem sempre é fácil conseguirem-se os melhores resultados, logo à primeira dificuldade e a família, e restantes educadores, têm que estar preparados para terem os seus momentos de, aparente, fracasso, assim com devem ajudar os seus filhos ou educandos a ultrapassarem os seus. É um processo gradual e evolutivo, ao longo de vários anos, sem resultados programados ou fórmulas estabelecidas, para qualquer uma das partes. Todos têm que aprenderem e adaptarem-se às circunstâncias de cada momento, questionando-as, quando necessário, para melhor as compreenderem, depois.
Paciência, carinho, compreensão, aprender a escutá-los, animá-los, estar com eles nos seus projectos, amor, segurança, saber incentivá-los e motivá-los, são algumas das ferramentas a utilizar, sempre que o adolescente necessite (e necessita) de quem o apoie, a começar pelo seu pai e pela sua mãe.
A não se optar por estes comportamentos, não é de estranhar que se continuem a ouvir expressões, ainda nos dias de hoje, proferidas pelos seus educadores, – pai, mãe, professores, por exemplo – sempre que surgem obstáculos ao adolescente, tais como: “A culpa é da idade”; “Deixem-no”; “O que tem é mimo”; “Não lhe liguem”; “O que ele quer é atenção”; “Não sabes o que é sofrer”; “Cala-te”; “Agora, não tenho tempo”; “A conversa não é contigo”; entre muitas outras que se poderiam acrescentar a esta lista.
Não estou aqui para fazer juízos pessoais destas frases assassinas, quando proferidas, mas sei que elas criam, só por si, sentimentos e emoções cujas consequências, naturalmente negativas, no adolescente, não são possíveis de avaliar, em termos imediatos.
Como católico, não posso esquecer, ainda, a dimensão catequética da adolescência, onde os catequistas, educadores da fé, têm uma importantíssima tarefa a realizar, perante este grupo etário, de modo a que ele se sinta parte integrante de um processo de aprendizagem, crescimento, aprofundamento e amadurecimento dessa mesma fé.
Vítor Amorim