sábado, 6 de janeiro de 2024

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

OUTROS TEMPOS — 1926

Foto de Marques Abreu


Outros tempos.— 1926. Descalça como era hábito naquele tempo. O texto poético dá outra cor ao quadro. Publicado na revista ILUSTRAÇÃO MODERNA.

A poesia de Ana Luísa Amaral



Ana Luísa Amaral, a poeta que faleceu em 5 de agosto de 2022, deixou uma obra que vale a pena ser lida e relida. Infelizmente, não voltará a partilhar novos poemas, mas os que deixou, compilados em livro de mais de mil páginas, merece estar sempre à mão para leituras e releituras.
Quem gosta de poesia tem mesmo de ter por perto o seu livro “O olhar diagonal das coisas”, editado pela Assírio & Alvim.
Não sendo crítico literário, nem para lá caminho, nunca poderia fazer apreciações eruditas. Apenas digo que, se puderem, leiam Ana Luísa Amaral.
Aqui partilho um poema do seu livro.

Eu? ela perguntou

Mas diz-me como
se trago sobre mim
pano de linho
tingido de mil céus?

Se continuo a amar
o meu olhar ao espelho
nele passeio os olhos
como em longo deserto
vagueia o peregrino?

Mas sobretudo
se não ecoa em mim
o nome que me dás

nem o meu sim
ressoa
em nitidez de sino?

Extraordinário apelo à paz

 


O apelo à paz chega ainda da igreja de Nossa Senhora da Ajuda, a matriz da Paróquia de Peniche (Patriarcado de Lisboa), que construiu um presépio onde Jesus está sozinho, no meio de escombros, numa evocação à guerra na Terra Santa, com “um significado muito especial, muito único”.

“É mais forte, arrepia-nos, acaba por ser quase aterrador ver assim uma criança completamente desamparada, sozinha, sem ninguém, sem uma mãe, sem um pai, sem uma mão, é terrível. Assim a mensagem passou mais forte”, explicou Francisco Gonçalves Domingos, à Agência ECCLESIA.

Recantos da minha terra


Tenho como um dos meus maiores prazeres divulgar as belezas da minha terra, a Gafanha da Nazaré. Há muito que o faço, mas tenciono intensificar esse prazer. Quando era miúdo assisti, por vezes, a conversas que depreciavam as Gafanhas e suas gentes. E isso terá contribuído para que, pessoalmente,  me envolvesse na divulgação deste recanto beijado pela Ria e pelo Mar, através da comunicação social. Sinto  que, desde há muito, as Gafanhas passaram a ocupar, dignamente, um lugar cimeiro no panorama regional e até nacional.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Cortejo dos Reis - 7 de janeiro de 2024


Na Gafanha da Nazaré, o Cortejo dos Reis é uma festa. Há pessoas disponíveis, há música com cantares dos nossos antepassados e os autos apresentados durante e no fim do Cortejo têm décadas de existência. Há gafanhões, homens e mulheres, que sabem de cor os diálogos das diversas cenas.
Os participantes usam trajes um tanto ou quanto da área do folclore e o povo participa com alegria. Os contributos pessoais e o leilão das ofertas destinam-se às despesas correntes e a obras da paróquia.

Tempo de ingénuas memórias

Nos votos de Natal e Ano Novo aproveitamos a deixa para evocar tempos idos. Um dia destes contactei uma prima para saber da sua saúde. Vive só, com doenças próprias da idade, com bengalas para se deslocar, mas com as visitas regulares das filhas. Vai vivendo, como me segredou, mas é uma mulher que consegue resistir e ultrapassar obstáculos.
Lembro-me perfeitamente do seu nascimento, Tinha eu seis anos. A novidade chegou-me pela minha mãe:
— O padrinho Necas foi à pesca e encontrou uma menina na borda. Vamos vê-la! E lá fomos.
Eu e o meu irmão, com os seus três anitos. 
Vimos a criança e eu perguntei, preocupado, como é que ela apareceu na borda… e como não morreu?
— Só Deus sabe, disse a minha mãe.
A ingenuidade é muito bonita!

NOTA: Uma saudação amiga com votos de coragem, que a vida vale a pena ser vivida,

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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