Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
A antropologia é uma tarefa sem fim. De facto, o Homem não pode definir-se de uma vez por todas. Nem sequer há definição possível do Homem, pois ele é uma abertura ilimitada: por mais que diga de si nunca se diz plena e adequadamente.
A pergunta pelo Homem convoca todas as disciplinas. Não é ele, de facto, como bem viram Aristóteles e Tomás de Aquino, de algum modo todas as coisas? Quando questionamos: "O que é que eu sou?, quem sou?", é necessário apelar para o concurso das ciências da natureza, da cosmologia, da física, da química, da paleontologia, da embriologia, da neurologia, da etologia, da medicina, da linguística, da sociologia, da sociobiologia, da história, das artes, da economia, das ciências políticas e jurídicas, da filosofia, da teologia...
Segundo o filósofo e teólogo Juan Masiá, pode-se tentar uma Antropologia Filosófica partindo de algumas afirmações de base enquanto outras tantas perguntas. Assim: