segunda-feira, 23 de maio de 2016

Vista Alegre em festa


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O amor


Eu gosto do amor e gosto de amar. E também gosto de ser amado. O amor é uma expressão do sublime. Não o canto porque estou longe de ser poeta. Mas não se julgue que o amor é só o que está a pensar. Há muito que amar e muitas formas de amar. Há imensa gente a amar e outra tanta à espera de ser amada. Há amor para todos os gostos e a falta dele causa desgostos. Há amor conjugal, filial, fraternal, paternal, maternal, e por aí fora, até ao fim do mundo. Há amor entre jovens e entre velhos. Entre homens e mulheres e até pelos animais. Pelos pobres e pelos infelizes, pelos felizes e pelos que procuram a felicidade. Há o amor a Deus e o amor de Deus. Mas este é do tamanho do Universo. 
Um dia destes passei pelo Centro Cultural da Gafanha da Nazaré e trouxe comigo esta marca indelével de quem ama. Se calhar até está a sofrer por amor. Não sei  quem escreveu “Amo-te”. Será rapaz ou rapariga, homem ou mulher? Será correspondido ou não? Talvez este gesto corresponda a um desabafo. Pode ser uma atitude de esperança. Ou um grito de mágoa?

Padre Américo, fundador da Obra da Rua

Nos 60 anos da sua morte 


No próximo dia 30 maio, pelas 18h30, no Auditório Mestre Hélder Castanheira [Universidade de Aveiro], por ocasião dos 60 ANOS DA MORTE DO PADRE AMÉRICO, FUNDADOR DA OBRA DA RUA, terá lugar a apresentação de dois livros, a saber:

PADRE AMÉRICO, Frei Junípero no Lume Novo
RAÍZES DO TEMPO, À Volta de Padre Américo

As obras, da autoria de Henrique Manuel Pereira, serão apresentadas por:
Pe. Manuel Mendes [Diretor da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo]
Prof. Doutor Belmiro Fernandes Pereira [Faculdade de Letras da Universidade do Porto]

domingo, 22 de maio de 2016

Primeiros Diáconos Permanentes da Diocese de Aveiro

22 de maio de 1988
Da esquerda para a direita: Carlos Merendeiro, Fernando Reis,
João Casal, Afonso Henrique, D. Manuel, Augusto Semedo,
Sousa e Silva (não foi ordenado), Joaquim Simões, Fernando Martins
 e Daniel Rodrigues. Falta o Luís Pelicano.
Lita, Luís Pelicano, Afonso Henrique e Joaquim Simões

Fernando Reis e esposa Margarida
Padre Georgino,  nosso mestre de jornada
D. António Marcelino
Os primeiros diáconos permanentes da Diocese de Aveiro foram ordenados no dia 22 de maio de 1988 pelo nosso bispo, D. António Marcelino, estando presente como convidado especial D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo Emérito de Aveiro. Completam-se hoje, precisamente, 28 anos. Desse primeiro grupo fazia parte eu próprio com a noção da responsabilidade plena da entrega ao serviço da Igreja, como Ministro Ordenado, para o serviço que o meu bispo entendesse por bem nomear-me. 
O grupo não era grande, mas percebi em todos a certeza de que se encontravam preparados para servir e não para serem servidos, máxima que continua a inspirar-nos. 
Para memória futura, permitam-me que refira os que assumiram a ordenação. São eles:

Afonso Henrique Campos de Oliveira, de Recardães
Augusto Manuel Gomes Semedo, de Águeda
Carlos Merendeiro da Rocha, da Gafanha da Nazaré
Daniel Rodrigues, da Glória
Fernando Reis Duarte de Almeida, de Óis da Ribeira
João Afonso Casal, da Glória
José Joaquim Pedroso Simões, da Gafanha da Nazaré
Luís Gonçalves Nunes Pelicano, da Palhaça
Manuel Fernando da Rocha Martins, da Gafanha da Nazaré

Destes nove, três já se encontram junto do Pai, decerto com outras tarefas ou no merecido descanso. São eles o Carlos Merendeiro da Rocha, o Daniel Rodrigues e o João Casal. O Carlos com a paixão pela catequese, o Daniel com o entusiasmo pela defesa de causas na comunicação social, em especial na área da Pastoral dos Ciganos, e o João Casal com o gosto enorme pela implantação de Grupos Cáritas nas paróquias. Foram para mim, e com certeza para muitos, exemplos de vida pelo testemunho de fé nas comunidades em que trabalharam com um dinamismo  que eu de perto bem conheci.
Aos restantes, que eu saúdo com muita amizade e a quem endosso votos de saúde, otimismo, paz, sentido de partilha e amor à Boa Nova de Jesus Cristo, na certeza de um mundo novo, quero prometer que rezarei por todos. 

Augusto Semedo 
Permitam-me uma palavra especial ao meu querido amigo Augusto Semedo, em recuperação pelo AVC que o atacou. Quero testemunhar-lhe a minha gratidão pela sua vida que ajudou a cimentar a minha fé. Em hora dolorosa para mim, deixou tudo para me acompanhar ao Hospital onde fui socorrido no momento exato de um enfarte. O Semedo foi e é um cristão de fé sem barreiras junto dos feridos da vida, integrado na Sociedade de São Vicente de Paulo e não só. Pela oração, pela exemplo, pela cultura, pela pastoral e pela ação sem alardes um muito obrigado, meu caro Semedo. 

Fernando Martins

Para saber mais sobre o Diaconado Permanente na Diocese de Aveiro clicar  aqui 

Figuras de santidade

Crónica de Frei Bento Domingues 

Padre Américo

Agustina escreve o hino mais belo sobre a condição humana, 
que deveria figurar em todas as escolas do mundo

1. A incerteza, sublinhada pelo Papa Francisco, acerca da sua vinda a Fátima, em 2017 - “Um momento, ainda não disse que vou, mas que gostaria de ir…” - não ajuda o apetecido desenvolvimento comercial da preparação de um evento marcante nos anais do Santuário mais rico do país. O investimento exige um quadro estável para os negócios. Fátima, com 55 hotéis disponíveis, não deixará os seus peregrinos sentir o que eram as agruras e privações de há cem anos!
O bispo de Leiria-Fátima está, no entanto, absolutamente convencido que o argentino virá, a menos que problemas com a saúde o impeçam [1].
Nesta vinda ainda não se fala de um programa para pôr a Igreja portuguesa a mexer, acusada, em alguns sectores, de estar muito parada e só reagir quando vê os seus interesses corporativos ameaçados. Como, porém, dispomos da imagem de Nossa Senhora a viajar pelo país e pelo mundo, compreende-se que os católicos lusitanos, no geral, não sofram de ansiedade com as propostas da nova evangelização. Esperam que a “debandada da juventude” se cure com a idade.
Oiro sobre azul seria que a presumível visita papal coincidisse com a canonização dos pastorinhos e a beatificação da Irmã Lúcia, embora haja outros casos bem colocados na fila de espera.

sábado, 21 de maio de 2016

Faleceu o António Gandarinho

O Gandarinho já repousa 
no coração maternal de Deus


A triste notícia do falecimento do António Gandarinho apanhou-me de surpresa esta tarde. Todas as mortes de familiares e amigos próximos, como é o caso, deixam-nos perplexos, não obstante sabermos que somos finitos e apesar da fé nos garantir que depois da vida terrena ingressamos no seio maternal de Deus. 
A amizade que me unia ao António Gandarinho vem desde a juventude, quando convivemos na JOC (Juventude Operária Católica), onde ele exerceu, pela ação e pelo exemplo, funções diretivas, testemunhando, no dia a dia, ele no mundo do trabalho e eu no mundo académico, a fé em Jesus Cristo, na esperança da ressurreição em Cristo. Não era dos que falavam muito, mas sabia ouvir, indicar caminhos de bem, propor soluções de justiça, de verdade e de vida alicerçada na sua qualidade de batizado e de militante cristão, pugnando pela justiça social em favor de todos os trabalhadores e de todos os homens de boa vontade.
Sempre vi o António Gandarinho como um servidor da Igreja, dando o exemplo de simplicidade e disponibilidade, atento aos mais sofredores, orante, generoso, solidário e amigo de toda a gente. E como dirigente da Ação Católica inquietava-se quando algum jocista faltava às reuniões. Era preciso que todos vivessem, no mundo do trabalho, e não só, o famoso e ainda atual método do fundador da JOC, Joseph Cardijn, assente no Ver, Julgar e Agir, que levava ao conhecimento dos problemas dos jovens trabalhadores, analisando-os à luz dos princípios cristãos, para depois se atuar em conformidade, tendo em conta a doutrina social da Igreja. A meta fundamental seria a dignificação da juventude operária, numa época em que não havia sindicatos livres e à altura de defenderem, com legitimidade, os seus interesses e valores. 
Depois de casado, o seu dinamismo de cristão não diminuiu, integrando-se ou colaborando com associações, irmandades e instituições da paróquia. Passou para a LOC (Liga Operária Católica), foi Ministro Extraordinário da Comunhão mais de 30 anos, membro da antiga Comissão Fabriqueira e do Grupo Bíblico, defendendo que, «sem conhecimento da Palavra de Deus, os católicos não podem dar grande fruto, através do testemunho» — confidenciou-me numa entrevista que um dia me concedeu.
Recordo já com saudade o António Gandarinho, e nesta hora, dolorosa em especial para a família, apresento os meus pêsames com as minhas orações pela sua alma à esposa, Evangelina Filipe Teixeira, e aos filhos, Maria da Nazaré, Paulo Manuel, Dorinda Maria, Marco António e Carla Patrícia, bem como aos restantes familiares e aos muitos amigos. 

Fernando Martins

NOTA: O funeral realiza-se na igreja matriz da Gafanha da Nazaré na próxima segunda-feira, 23 de maio, pelas 15h30. A missa de 7.º dia terá lugar na próxima sexta-feira pelas 19h00 e será presidida pelo nosso bispo, D. António Moiteiro.

Bruce Springsteen é um «profeta bíblico»

O concerto do "Boss" narrado por José Tolentino Mendonça


«A noite pertence a Bruce Springsteen. E o concerto desta quinta-feira pode bem ser contado como essa poderosa revelação»: é com estas palavras cheias de acordes que José Tolentino Mendonça descreve o concerto do cantor e compositor norte-americano que atuou em Lisboa, no primeiro dia do festival "Rock in Rio".
Em texto publicado hoje na página do jornal Expresso, o padre e poeta escreve que «por duas horas e três quartos, unindo canções quase sem pausas, ao jeito do fumador que acende compulsivamente os cigarros uns nos outros, e está ali ocupado unicamente com a sua obsessão, Bruce foi ele próprio» para as 67 mil pessoas que, segundo a organização, assistiram ao concerto.
«Ouvíamo-lo apenas a arrancar para os músicos o sinal "um, dois, três" e a deixar-se ir: a guitarra, a harmónica, a garganta recôndita e o resto, claro. Os braços levantados, os saltos, as palmas, a noite transformada em paisagem sonora, o microfone partilhado com o público, o avanço pela plataforma para ser tocado por um mar de mãos, para propagar-se também fisicamente, mostrando que não podia estar nem mais entregue, nem mais próximo», refere o vice-reitor da Universidade Católica.
Para Tolentino Mendonça, Bruce Springsteen «é um cowboy do asfalto. Um profeta bíblico. Um aborígene que vem até nós descendo o rio na sua jangada. Um sonhador insone. Um soldado cheio de ferimentos, a maior parte deles incuráveis, dos combates do amor. Um vigia da alegria e dos seus abismos. Um narrador para a solidão dos homens e para a invencível esperança. Ele é tudo isso. E também uma central alquímica de altíssima voltagem, uma rebentação de vida que não resigna, um incrível fenómeno estelar em expansão».

Ler mais aqui 

Também o jornal do Vaticano se refere Bruce Springsteen. Ver aqui 

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