sábado, 21 de agosto de 2010

O peixe… estava no fundo do prato



PRATO DA ABUNDÂNCIA


Prato em faiança tradicional portuguesa que, às refeições, ficava ao centro da mesa e nele eram colocados os garfos correspondentes ao número de pessoas presentes, para que, desse prato, todos pudessem comer o escoado (“Coziam-se em água as batatas cortadas às rodelas com couves, que depois eram escoadas e colocadas no prato com um pouco de azeite. O peixe… estava no fundo do prato.”). Quando não estava a ser usado servia como adorno na cozinha.
Centro do prato: Decoração policromada, em parte estampilhada, em tons de verde, azul, amarelo, rosa e castanho tendo ao centro composição com postas de peixe com barbatanas, rede, talheres cruzados e 30 pintas azuis.
Significado: O peixe é um dos mais antigos símbolos da arte cristã, simboliza o milagre da partilha e da multiplicação, quanto mais peixe se reparte, mais peixe aparecerá. Os talheres, os utensílios usados às refeições.
As pintas azuis simbolizam o dinheiro que surgiu por milagre na boca do peixe quando foi pescado, ou seja, o resultado do trabalho na pesca (simbolizado também pela redes pintadas), ou do trabalho no campo.
Beira do prato: Decoração policromada, em parte estampilhada, em tons de verde, lilás, rosa e castanho-claro, com uma serpente pintada na caldeira do prato e sete composições vegetativas de parra, uvas, espiga de trigo e papoila, na beira.
Significado: As sete composições significam os dias da semana, simbolizadas pela espiga de trigo e pelas uvas as necessidades diárias e o milagre da partilha e multiplicação do pão (que dá vida ao mundo) e do vinho (sangue da vida), quanto mais pão se reparte, mais pão aparecerá.
A serpente simboliza a tentação e o pecado, sempre presentes todos os dias e todas as horas, servindo para lembrar que os devemos evitar.

Texto da OFICINA DA FORMIGA – Cerâmica Tradicional
http://www.oficinadaformiga.com/ - oficinadaformiga@gmail.com

Para recordar Alexandre O'Neill, no dia da sua morte




A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer


A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.

Alexandre O'Neill

TRABALHO COMO MAÇADA E SOFRIMENTO...


Encostar os feriados

Anselmo Borges


É um paradoxo. As pessoas que trabalham, ali pela quinta-feira, já começam, aliviadas, a desejar umas às outras bom fim-de-semana. Cá está a constatação do trabalho como maçada e sofrimento. Mas, por outro lado, de vez em quando, lá volta o debate sobre a diminuição do número dos feriados e a necessidade de encostá-los à segunda ou à sexta-feira. Porque é preciso trabalhar e produzir mais. Por causa da concorrência e da crise.
É sobre isso que queria reflectir hoje, começando por esclarecer que até posso ser favorável à diminuição do número de feriados, mas não concordo com que passem automaticamente para a segunda ou para a sexta-feira. A razão dessa oposição não está propriamente na defesa dos dias santos da Igreja Católica, mas essencialmente na antropologia e na simbólica dos feriados.
É verdade que o trabalho tem essa dimensão de esforço e sacrifício. Só quem nunca trabalhou é que o não sabe. Por isso, os gregos associavam-no aos escravos - daí, a expressão "trabalhos servis". A palavra deriva de tripalium (três paus), instrumento romano de tortura. O livro do Génesis põe na boca de Deus: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto."

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carro antigo no Jardim OUdinot


Num recanto do Jardim Oudinot, ao lado da tenda das potencialidades económicas, custurais e artesanais, está em exposição este automóvel "Morris", conservado a rigor e com ar desafiador para nos levar a dar uma voltinha. Propriedade do industrial Rui Costa e Sousa, faz publicidade ao "Sr. Bacalhau", uma marca que se impôs no mercado pela qualidade do produto que oferece.
Embora não seja um bom volante nem maluco por carros, confesso que senti vontade de conduzir este automóvel, um carro com história...

Artesanato no Festival do Bacalhau


Na "Oficina da Formiga", um espaço de artesanato com qualidade, o negócio está à vista. O Festival do Bacalhau não é só gastronomia. O artesanato da região de Ílhavo, as potencialidades económicas ligadas à pesca e transformação do "fiel amigo", bem como  a cultura da Faina Maior, são outros motivos de interesse. O Festival encerra no domingo.

Almoço no Festival do Bacalhau


Hoje, o almoço foi no Festival do Bacalhau. Obviamente, comi bacalhau, com o sal no ponto certo para o meu gosto. O vinho que me serviram, em caneca, era muito saboroso. A acompanhar, pada de Vale de Ílhavo; a encerrar melão e café. Antes do prato principal, provei os bolinhos de bacalhau, com o dito em dose jeitosa para afogar a batata. Não esperei muito e ali encontrei gente com apetite para degustar o melhor bacalhau do mundo. O pessoal gosta disto. E como é tempo de férias.ali abancaram famílias inteiras. Gostei de ver. Prometo repetir...

FM

Navio-museu Santo André celebra aniversário na próxima segunda-feira




Na próxima segunda-feira, 23 de Agosto, o navio-museu Santo André, ancorado na ria, junto ao Jardim Oudinot, vai celebrar o 9.º aniversário, com visitas gratuitas entre as 10 e as 18 horas. No encerramento da visita, será feita a entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”.
Os 50 melhores trabalhos estarão expostos até ao fim deste mês, no Santo André.

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