segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Efeméride: O Rei D. Carlos e seu filho D. Luís Filipe são assassinados

D. Carlos e D. Luís



Neste dia, em 1908, no Terreiro do Paço, foram assassinados D. Carlos, rei de Portugal, e seu filho primogénito, D. Luís Filipe. Sucedeu a D. Carlos o seu segundo filho, D. Manuel II, último rei do nosso País. Com sangue, deram-se passos decisivos para a República.
Por princípio cristão e humanista, não aceito a pena de morte nem aplaudo assassinos. Houve e há quem o faça. Concordo com as revoluções, pela capacidades que elas têm ou podem ter de repor a justiça, abrindo portas a uma sociedade mais fraterna e mais humana, mas defendo que é possível tudo isso num clima predominantemente pacifista. Gandhi ensinou-nos isso.
Não acredito que possa ser possível, num ambiente democrático, voltar à Monarquia, mas creio que a República ainda não pôs de pé, entre nós, os propalados ideais republicanos, de liberdade, igualdade e fraternidade. Os ideais são inatingíveis, mas torna-se imperioso apostar na aproximação.
A morte de D. Carlos e de seu filho não dignificou a República nascente e penso até que, mais dia menos dia, um novo regime se poderia impor, numa Europa em mudança. Ainda há Monarquias, como toda a gente sabe, curiosamente em países democráticos e progressistas, onde as pessoas vivem em paz, sem guerras mesquinhas, como as que envolvem os Presidentes das Repúblicas. Por mais que se diga que o Presidente o é de todos os concidadãos, a verdade é que tudo serve para denegrir a sua imagem. Vejam os meus amigos o que acontece com o Presidente Cavaco Silva. É sempre preso por ter cão e por não o ter.

domingo, 31 de janeiro de 2010


Uma revolução democrática ou a vitória de extremistas?

«A queda da monarquia em Portugal, ocorrida há exactamente um século, não foi uma surpresa. O descontentamento com a evolução do regime que saíra da revolução liberal agudizara-se nas últimas décadas do século XIX - em particular após o Ultimato inglês de 1890 -, e a revolta falhada de 31 de Janeiro de 1891, no Porto, fora um aviso de que a monarquia podia ser derrubada por um golpe militar.»

Leia mais aqui

Arte para começar este domingo


Van Gogh

Diocese de Aveiro: Colecta das missas para o Haiti

Só agora soube que neste  fim-de-semana, por proposta da Cáritas aceite pelo nosso Bispo, a recolha das ofertas nas celebrações destina-se ao Haiti. Quem não puder ou não tiver o hábito e a devoção para participar nas missas, pode, se assim o desejar, contribuir para a reconstrução do Haiti e para dar de comer aos milhares de desalojados e órfãos. Sejamos generosos.

FM

sábado, 30 de janeiro de 2010

HAITI: E tudo correu de forma excelente

Gerir a ajuda - Envolver quem precisa

“Não sabes a alegria que me deu todo este processo” – confidencia o Padre Serrano, coordenador do serviço social dos Jesuítas para o Haiti, em carta recente aos amigos. 
O processo referido diz respeito à descarga e distribuição da ajuda alimentar à população, após as peripécias do transporte de São Domingos para as localidades de destino.
“Uma alegria ligada a uma nova compreensão da situação, a uma referência muito concreta às pessoas, a uma nova forma de gerir a ajuda… Há que integrar as pessoas no próprio processo” – esclarece, emocionado e satisfeito. 
E para ilustrar a sua convicção, afirma: “Quando se amontoaram à nossa porta, recordo a voz e o rosto de Soucet, uma mulher vigorosa que exigia alimento, com irritação ostensiva. Recordo o meu temor perante tanta gente. Agora vejo caras amigas, pessoas com as quais se comparte e trabalha pela mesma causa… Agora temos segurança e protecção mais forte do que aquela que podiam brindar-nos as forças militares, temos o acompanhamento de quem pretendemos ajudar” – atesta, concluindo o seu precioso e comovente relato.
Gerir a ajuda, envolvendo os próprios necessitados, ouvindo-os e responsabilizando-os, reconhecendo as suas capacidades e valorizando-as, confiando no acerto da informação que chega e da que é transmitida – eis a proposta desafiante.
“Enquanto nos reuníamos para organizar a distribuição, um grande número de pessoas começou a dar murros na porta, pedindo alimento” – adianta aquele responsável que, de forma pedagógica, continua, “ suspendemos a reunião e pensámos no pior. Foi preciso chamar a polícia, mas a multidão não dispersou.”
E o Padre Serrano anota que, para se irem embora, foi preciso fazer a promessa de eu ir falar com eles, logo que pudesse, e de, no dia seguinte, lhes darmos da ajuda recebida.
“Nessa tarde tivemos uma excelente assembleia de moradores. Reconheceram ser necessário tempo para organizar a distribuição e nós verificámos que também eles deviam beneficiar dos bens chegados. Dei-lhes conta do nosso medo e dos sentimentos de insegurança.”
Garantiram que naquela zona seriam os garantes da ordem e da paz, organizaram-se para receber a ajuda e comprometeram-se a descarregar os camiões. 
“E tudo correu de forma excelente” – remata o coordenador do apostolado social dos Jesuítas para a zona das Antilhas.
Este modo de proceder está em profunda consonância com o pensamento social cristão que sempre descobre nas desgraças uma oportunidade de superação e de promoção dos atingidos. 
O “plano de reconstrução” do Haiti deve basear-se nos direitos humanos e ter em conta o princípio da subsidiariedade, valorizando as capacidades das pessoas e das suas organizações. Esta advertência é feita pelo representante da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Silvano Tomasi, que destaca como fundamentais os direitos: à vida, à nutrição, à agua, ao desenvolvimento, a uma esperança de vida adequada, a um trabalho digno. E acrescenta: “Estes direitos já estavam em grande medida ausentes”. 
A tragédia veio mostrar a sua falta, realçar a urgência da sua realização e indicar o caminho da superação: todos somos responsáveis uns pelos outros; cada um deve ser tido em conta nas suas aptidões e contribuir com o que pode; tem de haver quem coordene e impulsione as iniciativas adequadas às capacidades das pessoas e às exigências das situações. 

Pe. Georgino Rocha

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 169

PELO QUINTAL ALÉM – 6



A LARANJEIRA



A
Manuel de Mira e Maria Merendeira
Samuel e Silvandira
António da Rita



Caríssima/o:


a. É sempre com sensação repousante que me passeio por baixo das laranjeiras. O meu amigo Weber dizia que era preciso meter o nariz entre as folhas das plantas e respirar assim o oxigénio... Mas não é só, também o aroma das flores... e o zumbido das abelhas. E as memórias que saem destes troncos...

e. Não se plantavam laranjeiras nos nossos quintais. Escrevia o Padre Rezende, em 1940, que se ensaiavam os primeiros pomares...
Ali na nossa zona, foi o ti Samuel quem mais porfiou e conseguiu melhor êxito. Até me lembro que num Cortejo dos Reis levou uma laranjeira que arrancou e envasou! Bons tempos!
(Ficam para altura mais apropriada as aventuras dos gaios e dos melros que lhe rondavam o quintal e o espiavam para o golpe certeiro...)

Nesta altura de frio, surgia no ar o pregão:
- Laranjas de Miiiira! Laranjas de Miiiira!
Não me perguntem pelas laranjas, se eram doces ou azedas...
Eram palavras e imagens de encantamento: laranjas nunca vistas; Mira terra lá muito longe; e burro e carroça como nos apresentavam os livros!

Hoje podemos ver algumas laranjeiras pelos quintais e ouvir os queixumes de quem esperava pelos frutos; porém os químicos sorrateiros e a atrevida mosca mediterrânica adiantaram-se e apoderaram-se das promessas do ano...

i. Da laranjeira aproveitam-se as laranjas, o tronco e ramos, as folhas e as flores.

Era como fada boa quando oferecia um pau, guardado como tesouro e apresentado ao ti Manuel da Rita, o mago que do torno extraía o Pião!
As nossas monas a seu lado, triste figura! E a rijeza? As nossas, de pinho; aquilo era como se de azeite, moles que até as picadas alargavam; era cada lasca!...

E das flores? Deixem que nos falem as noivas!...

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

https://galafanha.blogspot.com/

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue