sábado, 5 de julho de 2008

PONTES DE ENCONTRO

As energias renováveis e o futuro do homem Diz o provérbio popular, e com toda a razão, que “a necessidade aguça o engenho.” A pensar já no que o futuro, não muito distante, nos reserva, uma equipa de estudantes do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveu, há pouco tempo, aquele que poderá ser, segundo os seus autores, o sistema de energia solar mais eficiente do mundo, tendo em conta o seu baixo custo. Trata-se de um disco côncavo de concentração solar com 3,7 metros de largura, construído com uma leve armação de finos tubos de alumínio e coberto com espelhos. É capaz de concentrar a luz do Sol mil vezes mais num único feixe, criando calor suficiente para fundir uma barra de ferro. No centro do disco, que faz lembrar uma antena parabólica, há um tubo, em forma de serpentina. No interior deste tubo, circula água que se transforma instantaneamente em vapor, que irá, accionar uma turbina de um gerador de energia eléctrica, que será fornecida, localmente, a qualquer habitação, desde que esta esteja preparada para tal. Se juntarmos a esta tecnologia, já testada, mas ainda em fase de aperfeiçoamento, outras que estão em desenvolvimento ou já em funcionamento pleno, tais como os colectores solares térmicos, que captam a radiação solar, transformando-a em vapor que depois é convertido, pelo mesmo processo do MIT, em energia eléctrica; os painéis solares fotovoltaicos, que convertem directamente a luz solar em energia eléctrica, para muitos especialistas, considerada uma das mais promissoras formas de aproveitamento da energia solar; as miniturbinas eólicas, que produzem energia solar através da acção do vento e que poderão reduzirem a factura energética entre 50 e 90 por cento; os sistemas de aquecimento a biomassa, a partir do aproveitamento da matéria orgânica (resíduos das florestas, agricultura e combustíveis) e que, quando usados no aquecimento doméstico, podem representar importantes ganhos económicos e ambientais ou ainda as bombas de calor geotérmico, que aproveitam o calor do interior da terra para o aquecimento dos lares, temos razões para irmos tendo esperança, no que a esta parte energética diz respeito. Há que não esquecer, também, a energia das ondas. Pelo que se verifica, muitas destas formas de energia dependem da luz solar (o que, actualmente, é uma limitação) e nenhuma, só por si, é auto-suficiente, funcionando em modo de complementaridade, a que se juntam a energia hídrica e, para quem a tiver, a nuclear. Dinamizar a investigação e descobrir outras formas de energias renováveis é uma necessidade prioritária e o tempo não pára, para se terem descuidos ou faltas de empenho. Já não se pode pensar em termos da duração do petróleo, assunto sobre o qual existem várias opiniões, mas que este é (agora) muito caro e a transição é inevitável. O conceito de serem só os cidadãos a receber energia eléctrica de rede pública também tem que ser alterado, passando estes a injectarem energia na rede eléctrica, sempre que o consumo nas suas moradias for inferior às suas necessidades. Ainda não estamos em nenhum oásis; longe disso. Muitos interesses políticos e económicos irão surgir, e nem sempre pelas melhores razões. O preço do petróleo continuará a transformar o modo de vida da generalidade das pessoas, até que o reequilibro energético pós-petróleo seja possível de atingir e não dependamos, como até aqui, de uma minoria de países teocráticos ou onde a democracia muito deixa a desejar (excepção para a Noruega), como acontece, presentemente. O sector dos transportes também sofrerá profundas alterações, não só com a introdução dos carros híbridos, que já vão circulando um pouco por todo o lado, mas, também, dos veículos eléctricos e a hidrogénio (uma área onde há muito a investigar), ainda que o sector ferroviário, moderno e eficaz, deva ser o privilegiado, no transporte de pessoas e bens. Fora disto, não há alternativas, a não ser que o homem prefira, no caso de não querer ou não saber vencer a gravíssima crise energética actual, deixar que seja esta a derrotá-lo, definitivamente!
Vítor Amorim

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Jacinta encanta no Centro Cultural de Ílhavo

Após o sucesso no Aveirense, na apresentação do seu novo trabalho denominado "Convexo", numa homenagem a Zeca Afonso, com o público a aplaudir de pé a cantora de jazz Jacinta, o mesmo aconteceu no Centro Cultural de Ílhavo. 500 pessoas assistiram a uma autêntica “aula” de jazz, com Jacinta a cantar os clássicos, passando pelos blues até ao mais puro dos improvisos vocais e instrumentais, com especial incidência no diálogo com o saxofonista, que, por momentos, fez lembrar o célebre Omette Coleman, ao imprimir, na consistência do improviso, toda uma técnica e um registo que fez o público, mesmo timidamente, bater com os pés, fazendo ouvir o estalar dos dedos. Paulo de Carvalho mostrou que a idade não conta, já que continua “a ser músico com a sua voz”, como gosta de afirmar, e o “diálogo“ com Jacinta foi deslumbrante, o que também aconteceu no início do espectáculo com o acordeonista. Jacinta continua no caminho que a poderá levar ao estrelato da música de jazz, desde que saia desta país, é claro, e a sua voz quente e possante, aliada à capacidade de transmir ao público as emoções que o jazz permite a quem o canta ou toca e a quem o ouve, deixando-se embalar por essa expressão musical que, segundo José Duarte, não se aprende nas escolas, nasce com as pessoas. No final Jacinta foi aplaudida carinhosamente, não fosse ela também da Gafanha da Nazaré!

 Carlos Duarte

Liberdade tranquila

O amor
INGRID: Amor à vida, sem ódios As reportagens televisivas sobre a chegada de Ingrid Betancourt à liberdade mostraram uma mulher feliz, mas tranquila. Sem raiva, sem ódios, sem acusações e no céu. Onde os seus filhos, que a receberam como quem recebe alguém que ressuscitou, são a sua lua e as suas estrelas. Agradeceu a Deus e aos homens que tornaram possível o seu regresso à liberdade e à vida e pediu que se não esquecessem dos que continuam presos às mãos e às armas dos guerrilheiros colombianos. A minha referência a esta atitude marcada “pela positiva”, de uma mulher que se limita, no fim de um cativeiro desumano, a respirar, serenamente, o ar da liberdade, vem precisamente por causa desse exemplo raro nos dias que correm. Palmas para Ingrid pelo seu testemunho de amor à vida, sem ódios… e tristeza pelos que não são capazes de condenar os métodos dos guerrilheiros da Colômbia

A HERA em acção em Eixo

Protecção do Forno Romano
e requalificação da Ponte da Balsa
A HERA - Associação para a Valorização e Promoção do Património convida todos os seus amigos e todos os apaixonados pelas marcas do passado, para participarem na inauguração da primeira fase da protecção do forno cerâmico romano de Eixo, Aveiro, e da requalificação da Ponte da Balsa, na mesma localidade. Será no próximo domingo, dia 6, a partir das 10.30 horas, em Eixo. Estas iniciativas representam um momento histórico para a HERA, pois o processo de valorização do forno, que levou ao projecto final de cobertura e valorização, começou e foi acompanhado pela associação, representando o seu primeiro projecto, denominado ARQUEOLARIA. O empenho da HERA, associado à confiança e apoio da Junta de Freguesia de Eixo, fizeram com que o "sonho" de valorização duma importante parte da história de Aveiro se tornasse realidade.
Neste mesmo dia, serão feitas algumas comunicações sobre importantes mudanças na direcção da HERA.

A Net oferece-nos coisas interessantes!

O cariz internacionalista
do povo português é peculiar:
: - Se tem um problema para ultrapassar... diz que se vê grego;
- Se alguma coisa é difícil de compreender... diz que é chinês;
- Se trabalha de manhã à noite...diz que é um mouro;
- Se tem uma invenção moderna e mais ou menos inútil... diz que é uma americanice;
- Se alguém mexe em coisas que não deve... diz que é como o espanhol;
- Se alguém vive com luxo e ostentação... diz que vive à grande e à francesa;
- Se alguém faz algo para causar boa impressão aos outros... diz que é só para inglês ver;
- Se alguém tenta regatear o preço de alguma coisa diz que é pior que um marroquino;
- Mas quando alguma coisa corre mal... diz que é à PORTUGUESA!!! Texto enviado pelo Ângelo Ribau

Ana Moura canta o fado

Um bom fado tem sempre lugar em qualquer parte. Este é mesmo para os que gostam.

TRANSMISSÃO E PROFISSÃO DA FÉ, UM PROBLEMA EM ABERTO

Muita gente da Igreja parece não ter entendido ainda que esta está posta perante um desafio que não a pode deixar indiferente: a opção inadiável dos cristãos por uma fé consciente, esclarecida e socialmente comprometida. Gerações de católicos portugueses, hoje adultos às portas da velhice ou já entrados nela, receberam a fé num contexto pacífico e normal; o da família cristã tradicional que a transmitia, bem como a hábitos religiosos, consciente de que era esse um seu dever em relação aos filhos, ao lado de outros igualmente indiscutíveis. Já vai tempo em que muitas famílias deixaram de o fazer, conservando, porém, alguns desses hábitos, hoje já frequentemente vazios de conteúdo religioso, mas com cargas sociais, pouco ou nada consequentes na vida do dia a dia. Assim se passa ainda, um pouco por todo o lado, em relação ao baptismo, à primeira comunhão, ao casamento, ao funeral, à festa do padroeiro e a outras tradições religiosas locais. De há tempos para cá verifica-se, porém, que muitas crianças já não são baptizadas, muitos jovens baptizados deixam de casar na igreja, as festas dos santos se foram paganizando, alguns costumes religiosos desapareceram e que apenas resta, como preocupação familiar que se defende a todo o custo, o funeral com padre. Também a prática dominical regular foi diminuindo para gente mais nova e o denominado preceito pascal já não passa de uma piedosa recordação dos mais velhos. Verifica-se que a vida se organiza à margem da fé ou de qualquer influência religiosa e que o compromisso cristão não tem nada de vinculativo no dia a dia para muita gente que ainda se afirma como tal. Acresce que foram surgindo na sociedade focos de laicismo agnóstico e mesmo de ateísmo militante, gozando de pelouros de informação e de acção, que os tornam mais influentes do que o são por força própria. Alguns deles se vão encarregando de dar publicidade aos problemas da Igreja e à incongruência dos cristãos, para daí tirarem proveito para as suas posições e ideologias. A verdade, porém, é que, na Igreja Católica, mormente depois do Vaticano II, não têm faltado iniciativas válidas que procuram a renovação dos seus membros, grupos e comunidades, quer no sentido de esclarecerem e motivarem as suas opções, quer de se abrirem para uma presença e acção válidas e eficazes na sociedade. É verdade que o mundo mudou e continua sujeito a mudanças sociais e culturais. Os cristãos, como cidadãos deste mundo, não estão imunes às influências emergentes, nem podem viver com gente instalada e sem projectos. O que aparece mais urgente neste contexto e antes de mais é transmitir uma fé esclarecida que se exprima numa adesão livre e comprometida, a nível pessoal e comunitário. Ao longo da história tanto os cristãos como a Igreja, comunidade de crentes que mantêm viva a sua consciência de missão, nunca tiveram vida pacifica, embora em tempos e lugares concretos, as suas vidas tenham gozado de algum descanso e conforto. Esses tempos, porém, acabaram e hoje o convite é estarem acordados e vigilantes como as sentinelas, e activos como quem assumiu um compromisso de vida do qual vai depender a vida de tantos outros. Cada vez mais a catequese ou a formação cristã das crianças, jovens e adultos é um ensinamento para a vida e não uma ilustração doutrinal religiosa, ainda que também seja esta. Não se compadece com ser administrada por gente imatura ou não preparada, mas exige cada vez mais educadores da fé que sejam, ao mesmo tempo, testemunhas vivenciais da fé que professam e do valor vital do ensinamento doutrinal que propõem. Tudo na Igreja deve ser ensinamento para a vida dos crentes e proposta séria para todas pessoas de boa vontade que procuram caminhos consistentes e abertos para a sua vida e que são muitos milhares. Por isso, a Igreja tem de viver um processo contínuo de conversão evangélica. A sua natureza e identidade, assim como a sua missão permanente e singular, assim lho pedem e exigem, e não faltam pessoas de todos os quadrantes que esperam dela uma palavra viva. António Marcelino

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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