quarta-feira, 19 de março de 2008

Na Linha Da Utopia


Páscoa, a festa da Humanidade!

1. Chega-se à Páscoa mediante a realização do caminho vivido. A Páscoa não vem de fora, brota de dentro. Sendo em si um acontecimento de percepção definitiva e intemporal, a sua lembrança na história de cada ano vem recordar-nos que há VIDA para além da vida diária. As festividades pascais não chegam de forma instantânea, nem são umas tantas coisas que se saboreiam, comem, bebem ou cantam. O sentido autêntico da Páscoa quer corresponder ao dar largas à nossa própria interioridade, abrindo as janelas do coração à esperança que insiste sempre em triunfar sobre tudo aquilo que a retarda... Como há dias de forma muito interessante dizia Bento Domingues, «fora do amor não há salvação». A Páscoa quer ser a festa do amor que brota da fonte inapagável de Deus-Pessoa e que quer “jorrar” para uma vida (e)terna.
2. A Humanidade como a conhecemos está repleta de histórias, pensamentos, concepções, filosofias, políticas, visões de personalidades que foram alavancando o futuro. Muitas dessas formas de ler a vida e as sociedades, com os impulsos do progresso, foram passando à história, e muitas delas mesmo, levadas ao limite, originaram grandes guerras e divisões sociais. Que o diga o Séc. XX! Quanto mais as concepções foram ou vão absolutizando a história concreta das coisas mais a fronteira foi ou vai resvalando para o limitado, “cego” e mesmo absolutizador interesse particular. Essa foi sempre a matriz das ideologias totalitárias, que a partir da parte procuraram explicar “tudo”. Já em contrapartida, quanto mais ampla é a abrangência do coração humano mais essa “revelação” se abre de forma integrada à totalidade de todo e cada ser humano. Este é o “passo” definitivo que faz perdurar na história da humanidade as visões supra-históricas como o pensamento das grandes filosofias ou religiões.
3. Compreender o verdadeiro sentido da Páscoa (judeo-cristã) obriga a situarmo-nos acima das coisas diárias. Pelo recolhimento, na busca de elos de unidade entre o que somos, fazemos e desejamos de melhor. Na Páscoa Deus e o ser humano encontram-se, superam-se, transcendem-se, libertam-se na “liberdade” do Amor. Na Páscoa, a história que foi visitada (no Natal) não é fechada, não é “eterno retorno”, é abertura sem fronteiras, convite que inclui quem quer “tocar” o ilimitado, quem alia todas as “razões” e todo o “sentir” emocional; como na vida existencial, tudo se junta, tudo se liberta e tudo se transfigura. Tal como o grão de trigo... Mas para dar fruto é preciso plantar e cuidar. Sendo da “razão” que não se pode esperar fruto onde não se semeou, para o surpreendente Amor Absoluto de Deus…nunca é tarde. A Mesa está posta! Mesmo para “Quem” habita nas “encruzilhadas” dos caminhos. Basta “querer” (reviver) para ser Páscoa! Tão fácil, mas tão difícil. Que todos os “filhos” queiram a Mesa do Pai!

Alexandre Cruz

Viagem de finalistas diferente

Finalistas do 12º ano de colégio de Vagos,
Aveiro, vão a Cabo Verde
fazer experiência de voluntariado

A viagem de finalistas para 10 alunos do Colégio Nossa Senhora da Apresentação, em Vagos, na diocese de Aveiro, vai ser diferente. O destino é Cabo Verde, com sol, praia, calor, mas em espírito de voluntariado e não de férias turísticas.
O sonho foi surgindo na cabeça de Carla Santos, aluna do 12º ano da área de desporto, que o partilhava com um colega e com o professor de Educação Moral e Religiosa Católica.
“Eles achavam que a ideia de fazer voluntariado estava muito distante das suas possibilidades”, afirma à Agência ECCLESIA Jorge Carvalhais, professor de Português, Inglês e Educação Moral e Religiosa Católica no Colégio Nª Sº da Apresentação e também Director da turma que vai partir em voluntariado.
Talvez pela sua experiência de quatro anos de voluntariado no nordeste do Brasil com os missionários da Boa Nova, o docente acompanhou de perto este projecto que, recorda, “começou quando os alunos frequentavam o 9º ano”.
Dia 23, Domingo de Páscoa, 10 alunos acompanhados de sete professores rumam à Ilha de Santiago, em Cabo Verde, para uma semana de voluntariado.

AVEIRO NA REDE INTERNACIONAL DE CIDADES ARTE NOVA

Casa Major Pessoa
Foi aceite a candidatura da Câmara Municipal de Aveiro a uma rede internacional de cidades Arte Nova, anunciou a autarquia. Com a adesão a esta rede, fica aberta a porta às candidaturas a fundos comunitários destinados à salvaguarda e promoção da corrente Arte Nova. Também já foi anunciado que o Museu Arte Nova de Aveiro vai ficar instalado na Casa Major Pessoa, no Rossio, casa recentemente restaurada. Esta opção vem, sem dúvida, valorizar o património cultural e histórico da cidade e região, sendo, ainda, uma mais-valia para o turismo local e mesmo nacional.

As coisas que as pessoas sabem!


ESTE ANO A PÁSCOA É MUITO CEDO!!!


Alguém sabia que:
A Páscoa é sempre o primeiro Domingo depois da primeira lua cheia depois do equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano.
Ora bem, assim sendo, este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!).
1) A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo, como este ano (23 de Março), será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.
2)Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos). A última vez que foi em 22 de Março foi em 1818.
Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa mais cedo do que a deste ano. E digam lá que sabiam esta....!!!!
:
NB: Foram várias as mensagens de amigos portadoras desta curiosidade. Aqui a partilho com todos, porque o saber não ocupa lugar. Boa Páscoa para todos.

Do silêncio faz-se comunicação



Calcorreava, não há muito tempo, os trilhos da Serra da Freita, quando deparo, repentinamente, com um grupo de jovens, a pouca distância de mim. Estavam sentados e em silêncio. Ao princípio, fiquei um pouco preocupado, pois o “meu” silêncio exige muito, mas mesmo muito, de mim – ainda que estivesse sem cronómetro ou outro equipamento de medida, estava a iniciar um “treino” espiritual, onde não queria ser perturbado, a não ser pelo sentir, o mais possível, o pulsar do coração da vida, na relação de mim com Deus, com os outros e comigo próprio. Ainda por cima, sabemos, em regra, o que queremos, mas nem sempre sabemos como chegar lá. Assim, os “intrusos” não me eram desejáveis naquele momento.
Tinha, ainda, que contar com o factor surpresa, sempre presente nestas coisas, para além do medo de não ficar sedento para encontrar a fonte do silêncio que buscava. E se eu não tiver, afinal “sede”? Desisto e tento para a próxima?
Por paradoxal que pareçam estas e outras dúvidas, que muito inquietam, vão sendo acompanhadas por um estranho estado de paz e serenidade, que me invade, através de um silêncio que se ouve cada vez melhor e onde a palavra está cada vez mais presente. Não uma palavra qualquer, antes uma palavra de vida e de comunicação com o Criador.
Estava eu absorvido com esta catadupa de incertezas – quando começo a escutar um dos cânticos mais recitados nas celebrações litúrgicas: “Nós somos as pedras vivas da Igreja do Senhor/ Povo sacerdotal Igreja Santa de Deus/ Nós somos as pedras vivas do templo do Senhor.”
Afinal, o factor surpresa deste “treino” já estava ali, bem presente, mas da forma mais inesperada que eu podia imaginar. As palavras da Carta de São Paulo aos Romanos dizem-nos: “Que insondáveis são os Seus juízos e impenetráveis os Seus caminhos!” ( cf. Rm 11,33). Por momentos pareceu-me que havia alguém a dizer-mas aos meus ouvidos.
É desta graça de Deus que procurarei falar, amanhã.

Vítor Amorim

terça-feira, 18 de março de 2008

Na Linha Da Utopia




As bolsas, o Tibete e os Jogos de Pequim

1. Dos últimos tempos aos últimos dias, o “efeito dominó” tem marcado o ritmo dos reajustamentos da economia mundial às novas configurações da globalização em curso. Neste cenário, “economia” vai sendo a palavra mais que repetida ganhando contornos, infelizmente (dizemos) de que “tudo” é economia; o que seria um “meio” cada vez mais vai sendo um “fim” em si mesmo, o que proporciona ambientes de estratégia e posicionamento em ordem mais ao progresso do “ter” desmesurado que no sentido de uma justa “justiça social” como referencial das chamadas sociedades desenvolvidas. Entre tantas e múltiplas causas da “crise” (ainda que se procure sempre fugir a esta palavra desmotivadora) do reajustamento é a própria especulação dos mercados americanos; especulação, um “sinal” que, de algum modo, se procura “ter mais olhos que barriga”.
2. Do outro lado do mundo, ou melhor, (hoje) ali ao lado, na China que se prepara para a “imagem” simpática e publicitária dos Jogos Olímpicos do próximo verão, vive-se o que já, felizmente, vai tendo repercussões: a histórica chacina da China sobre o Tibete vai ceifando vidas. Diversas instâncias dos Direitos Humanos e da ordem política vão lançando forte alerta sobre Pequim. Resta saber o que fará a capital do gigante acordado imperial chinês. Sabe-se de muita desumanidade daqueles lados e de que as próprias condições das áreas do “trabalho” continuam a anos-luz de uma dignidade condigna dos humanos. Mas tudo avança, tudo tem avançado, quase numa opção de “cegueira” dos poderes ocidentais, privilegiando-se as trocas comerciais aos pressupostos da dignidade humana. Claro que as realidades não são lineares; mas é certo que o novo paradigma (menor) chinês vai abrindo caminhos de retrocesso em termos de humanidade global.
3. Reparando na história do Tibete, podemos identificá-la com muitas das histórias de povos que, anexados à força, procuram a sua legítima autonomia. Assim aconteceu com o Tibete que, na sua história recente, em 1950 foi invadido pelo regime comunista sendo “província” anexada e nos inícios de 1999 foi vítima de forte campanha ateísta pelo regime de Pequim. Os factos que nestes dias temos observado são a continuação desta ofensiva e da busca de autonomia. Pelo mundo fora aqueles que, efectivamente se identificam com a liberdade “livre” não podem pactuar com a actuação do regime comunista “híbrido”. Que sentido terá, neste quadro, a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim na China, quando lá se tem procurado iludir a realidade que agora se testemunha no Tibete? Para os atletas os jogos são importantes. Para as instâncias sócio-políticas só nas condições de humanidade e paz os jogos fazem sentido.
4. Também sabemos que os efeitos da pressão internacional, mesmo desta forma, podem ajudar à prevalência dos Direitos Humanos e da consequente autonomia dos povos e da liberdade religiosa. Quem dera que, no mundo global, todas as apostas fossem projectadas na humanidade dos humanos! Também o Tibete continua como símbolo dessa árdua luta da liberdade no Séc. XXI.

Alexandre Cruz

Prós e Contras com optimismo



No Prós e Contras de ontem e hoje reinou o optimismo. Ainda bem que se bate nessa tecla, porque de derrotistas está Portugal cheio. O tema até veio a propósito com a crise financeira que está a alastrar pelas principais Bolsas mundiais. A Economia em Portugal ali esteve representada por umas tantas das principais empresas nacionais e algumas estrangeiras em laboração ou em perspectiva de laboração no nosso País. E, claro, foi muito bom ouvir gente optimista, embora aceitando e denunciando algum realismo.
Ouvi acentuar a importância da formação contínua e da educação, da exigência e da necessidade de acreditarmos em nós próprios. Ouvi falar do turismo de qualidade e de nele envolvermos o nosso património histórico. Ouvi dizer que urge aceitar a avaliação, num mundo em mudança, onde a competição é lema de todos os agentes económicos. Ouvi que é necessário apostar na qualidade e no rigor, mas também na ousadia e na determinação, aceitando os desafios e a autodisciplina. E mais um pormenor: alguém lembrou que o Estado e as pessoas devem pagar o que adquirem em tempo normal, porque assim todos ganharemos.
Numa sociedade de lamentações e de pessimismos, foi salutar sentir que o nosso ego precisa de estímulos e que há quem assuma essa vertente como fundamental ao progresso, em todas as frentes. Ainda bem.

FM

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