sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Perguntas sobre o Natal. 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Os Evangelhos escrevem sobre a realidade histórica, mas foram escritos por quem, à luz do fim, já acreditava que Jesus é o Messias, “o Filho do Deus vivo”. Assim, na sequência da crónica da semana passada e da explicação apresentada, continuo a responder a perguntas que muitos me fazem sobre o Natal.
São José é o pai de Jesus? A teologia não é um tratado de biologia e anatomia. São Paulo escreverá de modo simples: Jesus, “nascido de mulher”, para dizer que é da nossa raça, que é o que se lê também nos evangelistas. Mas Ele é especial, único. Para mostrar que João Baptista é especial, os Evangelhos dirão que foi concebido quando a mãe, Isabel, já não podia ter filhos. Quanto a Jesus, acreditando que Ele é o Filho de Deus, a revelação definitiva de Deus como Pai/Mãe, escreverão que foi concebido pelo Espírito Santo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

PORTO DE AVEIRO - Localização privilegiada

 
O porto de Aveiro possui ainda uma infraestrutura ferroviária com ligação ao corredor ferroviário da Rede Transeuropeia de Transportes. Os acessos rodoviários, em autoestrada, são pouco congestionados e ligam o porto às principais cidades do País e a Espanha. A fluidez destes acessos torna o porto de Aveiro um importante nó de desenvolvimento do sistema de transportes.



Porto de Aveiro

Com uma localização privilegiada na costa ocidental da Península Ibérica, o porto de Aveiro serve o vasto hinterland económico da zona centro e norte do país e o centro de Espanha.
Sendo uma infraestrutura portuária nacional com planeamento recente, possui uma área bem ordenada e integrada, dispondo de 7 terminais especializados com aproximadamente 4 Km de cais e 2 zonas logísticas intermodais.
É um porto multifuncional, posicionando-se primordialmente ao serviço dos diversos setores industriais da região. Regista um movimento de cerca de 5 milhões de toneladas, tendo amplas áreas para armazenagem a descoberto e a coberto.
A disponibilidade de espaços, associada ao seu habitual descongestionamento, permite que o porto de Aveiro seja uma referência na movimentação de cargas de projeto. O terminal multiusos Norte oferece capacidade não só para o manuseamento e armazenagem, mas também para as atividades de montagem de elementos de grande volume, cujo transporte não é possível realizar por via terrestre. A Autoridade Portuária procura estudar e oferecer as melhores soluções, à medida de cada projeto.
O porto de Aveiro possui ainda uma infraestrutura ferroviária com ligação ao corredor ferroviário da Rede Transeuropeia de Transportes. Os acessos rodoviários, em autoestrada, são pouco congestionados e ligam o porto às principais cidades do País e a Espanha.
A fluidez destes acessos torna o porto de Aveiro um importante nó de desenvolvimento do sistema de transportes.

Nota: In Porto de Aveiro

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Eça de Queirós no Panteão Nacional

"Maior homenagem a Eça será reeditá-lo, estudá-lo e, acima de tudo, lê-lo".

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa

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Como português e leitor de Eça de Queirós, assumo o que sugeriu o nosso Presidente Marcelo: "A maior homenagem passa por ler os seus livros."
Os seus livros, alguns que já reli, fazem parte da minha Biblioteca. E hoje, ao assistir à trasladação dos restos mostais do insigne escritor para o Panteão Nacional, cheguei a comover-me. O seu valor, indiscutível, tardou em ser reconhecido. O que importa é que já está no lugar que lhe era devido. E agora, o mais importante é relê-lo, quanto antes, para não cair num poço sem fundo.

Arte Xávega


Arte Xávega. Puxar o barco para a praia. Confesso que não sei se já morreu. Quem sabe?

A flor


Uma flor do nosso jardim. Vale muito mais que mil palavras, para mim, claro!

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Cara de D. Dinis

Esta é a cara que a ciência deu ao rei D. Dinis

Reconstituição facial 3D baseada em dados arqueológicos, antropológicos e genéticos foi apresentada nesta terça-feira. Estudo é inédito em Portugal. O rei-poeta que refundou o país morreu há 700 anos.

Lucinda Canelas e
Teresa Firmino

Li aqui 

GAFANHA - Colónia Agrícola


A Colónia Agrícola da Gafanha foi inaugurada numa segunda-feira, 8 de Dezembro de 1958, dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal. Contudo, o processo desenvolvido até àquela data foi demorado e complexo. Aliás, a sua existênci legal data de 16 de Novembro de 1936.

decreto-lei 27 207.

Frota Bacalhoeira


 A exposição revela uma seleção cativante do vasto acervo fotográfico de António Aboim, constituído por 612 negativos de 57 navios bacalhoeiros, nos portos de Leiões e Douro. Este conjunto, agora propriedade do Museu Marítimo de Ílhavo, oferece uma visão única da nossa frota de pesca longínqua.

A exposição pode ser vista junto ao Navio Museu Santo André.

O Rei da Gafanha


Leite de Vasconcelos sublinha, na sua Etnografia Portuguesa, referências literárias à Gafanha, nomeadamente, O Rei da Gafanha e A Gafanha. A primeira é a tradução de uma peça francesa intitulada Le Roi e a segunda trata de um escrito de Campos Lima, que o próprio Leite de Vasconcelos não pôde estudar convenientemente.
Diz o etnógrafo, citando Eduardo Noronha, que "Le Roi é uma comédia em quatro actos, original de G. A. de Caillavet, Robert de Flers e Emmanuel Arène. Foi representada pela primeira vez em 24 de Abril de 1908, no Teatro das Variedades em Paris. Foi traduzida para português com o título de Rei da Gafanha por Cunha e Costa & Machado Correia, por causa da exaltação [política] dos ânimos, por um lado, e como recordação das piadas da Gafanha atribuídas ao José Luciano de Castro, por outro.
Representou-se pela primeira vez no D. Amélia, em Lisboa, em 20 de Dezembro de 1908. Incumbiram-se dos papéis principais: Augusto Rosa, António Pinheiro, José Ricardo, Chaby Pinheiro, Ângela Pinto, Emília de Oliveira, Alexandre de Azevedo, Henrique Alves, etc.
Foi representada uma segunda vez por Amelie Dicterle, Hebert, Louvain e Titts, e actores Lormel, Calvin, artistas de uma companhia francesa, de segunda ordem, no Amélia, em Lisboa, de passagem para o Brasil.
É quanto sei."


Foto: Leite de Vasconcelos

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Primeira Junta da Paróquia da Gafanha da Nazaré

PARA NÃO CAIR NO ESQUECIMENTO

“Aos dois de Janeiro de mil novecentos e catorze, achando-se reunidos na casa das sessões da comissão paroquial Administrativa desta freguesia da Gafanha do Concelho de Ílhavo os cidadãos José Ferreira de Oliveira, João Sardo Novo, Jacinto Teixeira Novo, José Maria Fidalgo, Manuel Ribau Novo, membros efectivos da referida comissão durante a gerência de vinte e sete de Outubro de mil novecentos e dez a trinta e um de Dezembro de mil novecentos e treze, e os cidadãos José da Silva Mariano, Manuel José Francisco da Rocha, Manuel Conde, Alberto Ferreira Martins, João Sardo Novo, ultimamente eleitos membros efectivos da nova junta da Paróquia desta freguesia da Gafanha, como consta das respectivas actas arquivadas na secretaria da Câmara Municipal deste concelho e na secretaria do Governo Civil deste distrito, os membros daquela comissão administrativa e o senhor regedor desta freguesia, Silvério Vieira, que também estava presente, à vista da nota comprovativa da referida eleição emanada do Governo Civil, transmitiram aos membros da nova Junta todos os poderes que em virtude da mencionada eleição lhes foram conferidos.

Cesário Verde: Ave-Maria

AVE-MARIA

Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.

Batem carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!

Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.

Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!

E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de louças e talheres
Flamejam, ao jantar alguns hotéis da moda.

Num trem de praça arengam dois dentistas;
Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Os querubins do lar flutuam nas varandas;
Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!

Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.

Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.

Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!

Cesário Verde

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