quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Eugénio de Andrade — CALCEDÓNIA

                             

CALCEDÓNIA


Afinal os romanos eram
como eu: amavam
os lugares onde a grandeza
e a solidão
andam de mãos dadas.

Eugénio de Andrade

In “POESIA”



Miguel Torga — Dunas da Gafanha

Estufa - Gafanha da Encarnação

“É certo que de cada popa se vê um Portugal diferente, conforme a latitude: verde e gaiteiro em cima, salino e moliceiro no meio, maneirinho e a rilhar alfarroba no fundo. Camponeses de branqueta e soeste a apanhar sargaço na Apúlia, marnotos a arquitectar brancura em Aveiro, saloios a hortelar em Caneças, ganhões de pelico a lavrar em Odemira, árabes a apanhar figos em Loulé. Metendo o barco pela terra dentro, é mesmo possível ir mais além. Assistir, em Gaia, à chegada do suor do Doiro, ver transformar em húmus as dunas da Gafanha, ter miragens nos campos de Coimbra, quando a cheia afoga os choupos, fotografar as tercenas abandonadas do Lis, contemplar, no cenário da Arrábida, a face mística da nossa poesia, ou cansar os olhos na tristeza dos sobreirais do Sado. Mas são vistas… Imagens variegadas dum caleidoscópio que vai mudando no fundo da mesma luneta de observação.”

Miguel Torga

In PORTUGAL

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Postais Ilustrados




Sou do tempo dos postais ilustrados que, entretanto, foram substituídos pelas mensagens via Internet. O mesmo estará a acontecer com as cartas. E daqui a uns anitos haverá outras formas de comunicar.
Vem isto a propósito de hoje ter encontrado no sótão uma caixa com Postais Ilustrados (alguns a preto e branco). Um deles, o que publico aqui, tinha uma nota, assinada, que dizia assim: "Oferece para a sua amada coleção."
Confesso que não me lembrava dessa coleção, mas se a minha amiga o disse, quem sou eu para duvidar?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

 


Maçã assada com bagos de romã é uma receita do Antigo Testamento. Transcrevo-a com o maior respeito pelos autores e editores do livro  “A BÍBLIA contada pelos Sabores”, com receitas de Albano Lourenço da Quinta das Lágrimas. O prefácio é de José Tolentino Mendonça, o cardeal, pois então, e as fotografias são de Valter Vinagre. Edição de ASSÍRIO & ALVIM.


1 maçã
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de água
1 romã

Lave a maçã retire os caroços. Coloque a maçã num tabuleiro e regue com o mel e a água. Leve a assar a 170.º C durante 10 minutos. Retire do forno e corte a maçã em quartos. Retire os bagos da romã e disponha no meio do prato. Coloque a maçã em volta e regue com a calda do assado.


Nota: Esta foi a forma que encontrei para divulgar um livro que apreciei bastante, não só pelas receitas, mas ainda pelo Prefácio de Tolentino Mendonça e pelas ilustrações.

Nomes dos barcos




"Antigamente, e numa altura em que navegar era mais do que uma simples aventura, os nomes estavam de alguma forma ligados a santos, invocando deste modo a sua proteção. Por exemplo a frota de Vasco da Gama era composta entre outros pelas naus S.GABRIEL e S.RAFAEL. As naus e galeões da carreira da Índia, durante os séc. XVI e XVII tinham na sua esmagadora maioria nomes de santos."

Nota: Do site Portos de  Portugal 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Apto para navegar!



Quem havia de dizer que um dia eu seria navegador? Pois é verdade. Por proposta do Carlos Duarte, recebi lições dele e do meu filho Pedro para navegar no alto mar. Adaptado ao leme, fiquei preparado para dirigir um barco bacalhoeiro, rumo à Terra Nova. Os meus professores souberam recomendar-me que não me aproximasse das praias e que me desviasse o mais possível das embarcações, sobretudo em momentos de temporais. Não me esquecerei que o mar, por vezes, é traiçoeiro.
Obrigado pela oportunidade que me deram e pelas lições que recebi.

Fernando Martins

 

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Pensar antes de votar

O fim de semana serve para descansar, no meu caso… Embora, presentemente, esteja em descanso permanente. Isto acontece porque já não posso assumir compromissos com horas marcadas. E assim vou andando, um tanto ou quanto atento às notícias. Ontem, por exemplo, acompanhei os debates televisivos na perspetiva das próximas eleições de 10 de Março. Em dada altura comecei a ficar saturado. Foi mais do mesmo.
Há políticos que se repetem até à exaustão. E cá para nós, vai ficar tudo na mesma. Prometem, prometem tudo e mais alguma coisa. O povo português tem tido azar. Não há no lote candidatos carismáticos, aqueles que marcam a diferença. Mas eu vou votar. Será que nós, os portugueses, vamos ter melhor sorte desta vez?

Livres. Para onde queremos ir?

Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Aparentemente, não há nada que o ser humano tanto preze como a liberdade. Mas, tendo de optar entre a segurança — intelectual, espiritual, social, política, religiosa... — e a liberdade, não se sabe quantos ficariam do lado da liberdade e não da segurança.
Dostoiévski disse-o de modo ácido e também sublime num texto em que também se critica a Igreja de Roma. Fá-lo em Os Irmãos Karamázov, no poema de Ivan com o nome O Grande Inquisidor.
A história passa-se em Espanha, em Sevilha, nos tempos terríveis da Inquisição, precisamente no dia a seguir a um “magnificente auto-de-fé” em que foram queimados de uma assentada, na presença do rei, da corte, dos cardeais e das damas mais encantadoras da corte e da numerosa população de Sevilha, quase uma centena de hereges. Cristo “apareceu, devagarinho, sem querer dar nas vistas e... coisa estranha, toda a gente O reconhece.” Mas o cardeal inquisidor aponta o dedo e manda que os guardas O prendam. E é num calabouço do Santo Ofício que lhe diz que no dia seguinte O queima na fogueira como ao pior dos hereges. E a razão é que a liberdade de fé tinha sido para Cristo a coisa mais preciosa. Não foi Ele que disse tantas vezes: “Quero tornar-vos livres?”

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Santo André no jornal PÚBLICO

Depois de uma visita

O PÚBLICO de hoje oferece aos seus leitores um texto da jornalista Maria José Santana sobre o Navio-museu Santo André, que recomendo aos meus amigos. Sublinha a jornalista que nos 75 anos do navio também cabem os 50 anos do 25 de Abril. Recorda ainda que esta embarcação fez parte da frota portuguesa e funciona como uma extensão do Museu Marítimo de Ílhavo, juntamente com o Centro da Religiosidade Marítima. Neste fim-de-semana está em festa. 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Santo André celebra 75 anos

Navio-museu Santo André

Nos dias 24 e 25 de fevereiro, sábado e domingo, assinalam-se os 75 anos da primeira viagem do Navio-Museu Santo André. No dia 24, às 16h, no Museu Marítimo de Ílhavo, inaugura-se a exposição temporária “Ideologias do Mar: confrontos e narrativas”. No domingo, dia 25, às 15h, Marcos Bola Filipe, antigo tripulante, levará os visitantes a conhecer a Casa das Máquinas no navio atracado no Jardim Oudinot (Gafanha da Nazaré). Às 16h30, associando os 75 anos do Navio aos 50 anos do 25 de Abril, será inaugurada a exposição temporária “Mar revolto: memórias de 1974”, que será o ponto de partida para a Conversa de Mar “A greve dos bacalhoeiros em 1974”, que contará com a presença de Armando da Silva Teixeira, antigo Moço e Aprendiz de Escalador, e Carlos Marques Fernandes, Radiotelegrafista.

NOTA: Informação  transcrita de o Correio do Vouga

Praia da Vagueira

Praia da Vagueira

Passei hoje, em visita rápida, pela praia da Vagueira. Gosto de andar por lá pela serenidade que por ali sinto, apesar de ter vida própria há bastante tempo. A praia começa a rivalizar, no bom sentido, com a Barra e a Costa Nova, que conheço desde menino. Quando chegamos somos recebidos por um carapau ou sardinha em monumento para que se saiba que nos restaurantes há pratos de qualidade.
Não sei nem posso imaginar se há registos sobre as frequências balneares equivalentes às outras praias, mas por ali sinto-me bem e isso é o que me interessa.

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