sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Um livro de Álvaro Garrido

Livraria Santa Joana - Aveiro
7 de março
18 horas


“Cooperação e Solidariedade: Uma História da Economia Social”,  um livro de Álvaro Garrido, conta a história das organizações que deram origem ao conceito de “economia social”: das corporações medievais às misericórdias, das organizações mutualistas às cooperativas, do paternalismo patronal do século XIX aos seguros sociais. 
Em Portugal, esta “ideia nova” transformou-se num variado movimento associativo, pouco suscetível de enquadramento nas diversas versões do Estado-Providência.
A apresentação deste livro será feita pela Profª. Doutora Raquel Campos da Universidade Católica Portuguesa.

Nota: Texto da divulgação do lançamento do livro no dia 7 de março, pelas 18 horas, na Livraria Santa Joana, em Aveiro. 

Júlio Verne nasceu neste dia

Nasceu neste dia, 8 de fevereiro de 1828, o escritor de aventuras e ficção científica, Júlio Verne, que me deliciaram na minha já longa juventude. "Cinco Semanas em um Balão" "Viagem ao Centro da Terra", "Da Terra à Lua", "Vinte Mil Léguas Submarinas" e "A Volta ao Mundo em 80 Dias" terão sido as que mais me entusiasmaram.
Depois, com a idade em crescendo, os interesses literários foram-se adaptando às circunstâncias. Mas Júlio Verne faz parte das minhas boas memórias.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Um poema de Fernando Pinto do Amaral


SEVER DO VOUGA

Era sempre de noite que chegávamos
como num sonho antigo, erva crescendo
entre faróis acesos e a lua

Todos sorriem nesse calendário
de páginas iguais umas às outras
e a solidão dos anos trás ainda
a este pátio as vozes esquecidas:
primos que nunca soube de onde vinham,
almoços e jantares e um fumo alegre
subindo na penumbra da cozinha.

Hoje o outono desce lento e frio
sobre ruínas de alma e alguns prédios
construídos agora na encosta.
Que silêncio é este? Que palavras
resistem ao murmúrio desta morte?
Um cão que ladra sob um céu de infância,
as sombras de ninguém longe de mim.


Nota: Do livro FOLHAS, LETRAS & OUTROS OFÍCIOS 21,
do Grupo Poético de Aveiro

Lembrando o passado


Esta foto foi registada no jardim da casa dos meus pais. Eu e um amigo de sempre, o Manuel Olívio, estávamos vestidos a rigor, com fato e gravata. Ambos usávamos óculos, tínhamos cabelo que era um regalo e ao lado uma velha macieira que todos os anos dava fruta que se fartava. Do lado esquerdo dos fotografados ainda se vê a bomba de tirar água para regar as flores e as árvores. Pela rua, duas mulheres vestidas de negro, regressavam a suas casas, porventura vindas da missa. Acho que ainda éramos solteiros. Um registo, afinal, para ganhar ânimo para o trabalho.

PAPA responde a hipócrates

“Ninguém se escandaliza se eu der uma bênção a um empresário que talvez explore pessoas: e este é um pecado muito grave. Mas escandalizam-se se eu der a bênção a um homossexual. Isto é uma hipocrisia”

Papa Francisco

CARNAVAL — 13 de fevereiro

Não seria necessário, mas sinto que é preciso anunciar que temos o Carnaval com porta aberta no próximo dia 13, mas no domingo anterior já haverá ensaios na rua. Não é uma festa do meu agrado, mas aprecio as pessoas que investem muito nos festejos carnavalescos e noutros. Não me perguntem porquê porque não sei responder. E sempre fui assim.
Quando era miúdo apreciava o meu irmão que se mascarava com um amigo, o Albino, e lá iam os dois dar umas voltas pela Gafanha da Nazaré. Disfarçam as vozes para o pessoal não os identificar e assim se divertiam. Era o entrudo da gente simples, que outros procuravam bailaricos nas eiras mais à mão ou em recintos fechados a pagar a entrada.
Por temperamento, talvez, ficava sempre de lado e o carnaval dos simples também passou de moda. Agora, há grandes cortejos que atraem multidões. Haja alegria para todos, sim senhor, que na quarta-feira começa a quaresma.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Canais de TV parciais?

UMA QUESTÃO

"Certos canais de televisão colocam no ar comentadores de politica interna exclusivamente oriundos do mesmo lado do espetro político. Percebe-se que tal possa dar jeito à agenda política que pretendem favorecer, mas será que, jornalisticamente, isso não os envergonha?"

FÉRIAS

Monumento ao Bacalhau na minha terra

Uns diazitos de férias para espairecer, mesmo por casa. O ritmo da vida também cansa e eu precisava de alguma folga para olhar o mundo, apesar do limite dos meus espaços. Por aqui, nesta terra que foi do bacalhau, com os horizontes das redes sociais, ainda vou vendo e lendo notícias com guerras em tantos recantos do mundo. E, meditando um pouco, na minha longa vida nunca houve paz. 
Perto ou longe, os arautos das desgraças vão construindo conflitos. Mas a paz existe e está dentro de nós. O problema é que nem sempre a sabemos aplicar nos ambientes em que labutamos e nos divertimos.

NOTA: Podem apreciar, por detrás do monumento, o símbolo real do fim da construção naval em madeira.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

A religião confrontada com a razão crítica

Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Afinal, o que justamente nos indigna noutros também já esteve presente, de uma forma ou outra, entre nós. E será que a tentação não continua lá?
Vamos dar exemplos.

Não foi há 1000 anos - muitos de nós ainda se lembram perfeitamente disso - que as mulheres só podiam entrar nas igrejas com o véu e que a missa era em latim, e as pessoas ali estavam durante uma hora ou mais a ouvir e a dizer o que exprimimos no dito: “Para mim, é chinês.”
Tudo indica que, enquanto pôde, o clero controlou a vida sexual dos fiéis, a ponto de o historiador Guy Bechtel afirmar que a fractura entre a Igreja Católica e o mundo moderno se deu essencialmente na teoria do sexo e do amor: “Onde Estaline se detinha à porta da alcova, a Igreja pretendia deslizar para o meio dos lençóis”, pois o diabo estava também, e sobretudo, dentro da cama. A confissão inquisitorial centrada na actividade sexual terá sido causa determinante na descristianização da Europa. Neste sentido, o historiador católico Jean Delumeau afirmou: “As minhas investigações históricas convenceram-me de que a imagem do Deus castigador e vingativo foi um factor decisivo de uma descristianização cujas raízes são antigas e poderosas.” Os homens e as mulheres começaram a abandonar a Igreja, quando recusaram a confissão do seu território sexual, isto é, quando contestaram a invasão do segredo da intimidade, considerado um direito inalienável. Ah! E o carácter hediondo da pedofilia!...

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Grupo Columbófilo da Gafanha da Nazaré

A MAIS ANTIGA ASSOCIAÇÃO DA NOSSA TERRA


Sede do GCGN em dia de festa


Em 15 de janeiro de 1952 foi fundada a mais antiga associação da nossa freguesia, ainda em atividade: Grupo Columbófilo da Gafanha da Nazaré. Foram seus fundadores João Nunes Bola, Joaquim Robalo Campos, Augusto Francisco Ferreira e Joaquim Pereira.
O Grupo tinha como objetivos principais cuidar, criar, selecionar e treinar pombos-correios para competição em concursos, quer a nível nacional quer internacional, organizados pela Federação Portuguesa de Columbofilia.
Atualmente, João Manuel Bola preside à Assembleia Geral; Adelino Jorge Pinheiro Pina preside à Direção; Filipe José Ribeiro preside ao Conselho Técnico; e Vítor Manuel Marques Serôdio preside ao Conselho Fiscal.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

MOLICEIROS - AMADEU DE SOUSA



Vão no longe moliceiros
De asas brancas, a voar,
Ao vento, leves, ligeiros,
Por sobre a ria a singrar.
Vão no longe moliceiros
De grandes velas a arfar.

Andam na faina do dia,
Desde a manhã ao sol-pôr.
Buscam nas águas da ria,
— O moliço, verde cor.
Andam na faina do dia,
Colorido, encantador.

Vogam num lago de prata,
Circundado de cristal,
Qual sonho de serenata
Numa noite sensual!
Vogam num lago de prata
Sob o céu celestial.

Cortam as ondas de espuma
Pelas águas a boiar,
E essas vagas, uma a uma,
Vão mais longe desmaiar.
Cortam as ondas de espuma
Erguidas na preia-mar.
 Parecem os bandos de aves,
Que no céu vão a subir,
E depois voltam, suaves,
Muito leves, a cair.
Parecem os bandos de aves,
A luz do sol a fugir.

Descrevem curvas serenas,
Como talhada magia,
Umas maiores, mais pequenas,
Duma estranha bizarria.
Descrevem curvas serenas
Nas transparências da ria.

As proas são rendilhadas
por coloridas pinturas,
Com frases adequadas
As populares formosuras.
As proas são rendilhadas,
São ornadas de figuras.

Vão no longe moliceiros,
De asas brancas a voar...
Singram na ria altaneiros,
A luz do sol, ao luar,
Vão no longe moliceiros,
— Majestoso deslizar!

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