sexta-feira, 14 de julho de 2023

Dia Mundial da Liberdade de Pensamento

O Dia Mundial da Liberdade de Pensamento celebra-se anualmente a 14 de julho. A liberdade de pensamento é um direito consagrado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, adotada a 10 de Dezembro de 1948.


Segundo o artigo 18:

“Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.

CORRUPÇÃO


Não há dia nenhum sem corrupções anunciadas nos órgãos de comunicação social. Fico espantado como políticos e homens públicos se envolvem sem vergonha, frequentemente, nas áreas do crime.
As autoridades policiais e judiciais fazem buscas em casas de figuras conhecidas que se apressam a declarar a sua inocência, com olhares espantados de quem não fez mal a uma mosca.
Depois, quando as autoridades denunciam os crimes, os investigados pregam a sua inocência. O pior é que a nossa justiça trabalha vagarosamente e até parece que tudo cai em saco roto.
Toda a gente séria do nosso país, que existe no nosso velhinho Portugal, não merecia tanto escândalo. E o problema é que estas rondas policiais, as provas de acusação e as audiências trabalham a passo de caranguejo e tudo se evapora no tempo. E a vida continua. Entretanto, muitos crimes prescrevem e ninguém vai preso. Querem nomes? Não caio nessa, mas todos sabemos o que acontece a certos vigaristas de nomes sonantes, na política e fora dela. É uma pândega!

Estou no meu sótão

Hoje furei a barreira e entrei no meu sótão. Não caí quando subi pela escada, que não é assim tão grande, e entrei num espaço de silêncio. A Nina correu à minha frente e está sentada numa mantinha, junto à única janela,  dormitando e mirando, cá de cima, o que se passa lá em baixo. A paz absoluta invade-me e nem me dá para dormir. É claro que terei de perder algum tempo para fazer umas arrumações.
Realmente, um sótão é onde está tudo e mais alguma coisa, à espera do sítio certo. Mas isso vai devagar, que por aqui não passam visitas. Apenas se ouve o silêncio. E até tenho a sensação de que ouço, de vez em quando, o rumor do mar!

quinta-feira, 13 de julho de 2023

AR PURO NO NOSSO QUINTAL


Dia quente e vontade de respirar ar puro fizeram-me sair de casa para me instalar ao ar livre. À sombra de um guarda-sol de praia, no cimentado que rodeia a nossa casa, sinto-me outro. Realmente, precisamos muito do ar livre.
Aqui instalado, ouvi agora mesmo o sino da nossa Igreja bater as seis horas da tarde, no meio de uma tranquilidade quase absoluta. O jardineiro, que já cortou a relva, está a dar os últimos retoques, dando por finda  a sua tarefa na nossa casa. Depois, fico apenas eu a ver os gatos que a Lita trata como “gente” e que conhece como ninguém.
Ali está o pompom preto e branco e a preta, uma gata mãe ou avó dos que por aqui vivem regalados. Tenho para mim que não haverá outros tão felizes como estes. Alguns comensais cá de casa devem andar debaixo das árvores e dos pinheiros que nos purificam o ar que respiramos.
Quando estamos por casa, apesar de tudo muito tranquilos, damos mais valor à vida. E então, quando já temos dificuldade em caminhar bem, mais apreciamos a natureza que nos rodeia. É o meu caso.
Se disser que aqui respiro uma tranquilidade perfeita, se assim se pode dizer, hão de pensar que estarei a exagerar. Mas não. Estou muito bem.
Agora vou tirar umas fotografias ao arvoredo que me rodeia. Apreciem então o resultado.

F. M. 

A obrigação de escrever todos os dias...

Tenho andado preguiçoso. Há, realmente, dias assim. Não acertava com assunto de interesse. De repente, passei por um quarto e olhei para a cama antiga que acolhe, por vezes, quem precisa de dormir. E achei bonita esta decoração do século passado. Cumpri o desafio de escrever todos os dias.

terça-feira, 11 de julho de 2023

CONVIVER COM ANTIGOS ALUNOS É UMA SENSAÇÃO INEXPLICÁVEL

Não podemos esquecer 
os que não puderam estar entre nós







Conviver com antigos alunos que conheci ainda meninos e agora são avôs é uma sensação inexplicável. No almoço com eles para o qual fui convidado, senti uma enorme emoção, apesar de este encontro surgir na sequência de outros. Por estranho que possa parecer, desta vez teve um sabor especial. A pandemia não permitiu nem aconselhou convívios e a vida passa a correr. E eu, agora com 84 anos de idade, senti, de forma mais expressiva, a força e a ternura da amizade.
Nesta idade, as emoções têm outro sabor. Olhamos para trás e tudo fica mais distante, mas frente aos antigos alunos todas as antigas vivências têm um sabor mais refinado, ficando gravado na alma com renovado sabor.
A simpatia e a amizade precisam, realmente, destas festas, onde a conversa não cansa e os sorrisos abertos e espontâneos deixam marcas indeléveis que perduram até ao fim da minha existência terrena.
Durante o repasto,  nunca me cansei de olhar e recordar os meninos a quem ensinei as primeiras letras. E da minha memória, já cansada pelo tempo que corre apressado, revivi olhitos bem abertos e escancarados à vida nova proporcionada  pela escola e pelos amigos da sala de aula e dos recreios, naquele tempo com muros que separavam os meninos das meninas, uma atitude masoquista da política salazarista.
Tudo isso me fez recuar no tempo durante o almoço cuidadosamente preparado e servido com eficiência mas saboreado quase sem interromper a conversa entre os presentes, lembrando, simultaneamente, alguns que já partiram para o seio de Deus ou emigraram.
Sinto-me imensamente feliz por me ter encontrado e por conviver com os meus queridos alunos de há tantos anos. São estas coisas que me dão coragem para viver e para partilhar o que me vai na alma.
No final, fui presenteado com uma jarra de cristal onde foi gravado o meu retrato. Muito obrigado a todos.

Fernando Martins

XXXVIII FESTIVAL DE FOLCLORE NA GAFANHA DA NAZARÉ

Presidente da CMI entrega lembranças a um grupo


Na hora da exibição

Realizou-se recentemente, 8 de Julho, o XXXVIII Festival Nacional de Folclore, organizado pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, com o propósito de conviver com todos os que apreciam e respeitam as tradições que nos foram legadas pelos nossos antepassados. Junta-se a esse facto a celebração dos 40 anos da fundação do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN).
Do programa, constou a inauguração de uma mostra, Volumes e Traços, do artista Carlos Matos, nosso conterrâneo, no auditório Mãe do Redentor, Igreja Matriz, a receção aos grupos e ranchos na Casa Gafanhoa – Museu Etnográfico –, com abertura oficial do Festival, o jantar na Casa da Música, o desfile e Festival propriamente dito.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Américo Aguiar vai ser nomeado cardeal

 
Li agora no PÚBLICO online que o Bispo Auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, vai ser nomeada cardeal no próximo consistório, 30 de setembro. Américo Aguiar é o bispo com maiores responsabilidade na organização da JMJ que vão ter lugar em Portugal,  em agosto.

domingo, 9 de julho de 2023

Carlos Matos expõe no salão da Igreja Matriz

Exposição encerra na terça-feira

Carlos Matos junto de trabalhos seus






Depois da participação na Eucaristia de hoje, na Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, desci apressado para apreciar e meditar sobre uma exposição de um artista da nossa terra, Carlos Matos, que conheço há anos. No final da celebração, o nosso prior, Pe. César, recomendou aos participantes, aliás, que não deixassem de visitar a exposição, patente num espaço anexo ao Salão Paroquial.
Dirigi-me para lá, não só para dar um abraço ao artista, mas também para me deliciar com a sua expressão artística, onde sobressai, com grande nitidez, uma espiritualidade que nos envolve plenamente. Escultura em madeira e pintura que ornamentam qualquer espaço de uma casa de bom gosto.
Recomendo que passem por lá quanto antes, porque a exposição encerra na próxima terça-feira. Porém, se não puderem, têm como alternativa visitar o seu atelier, “Nicho D’Artes” , Rua João dos Santos, Gafanha da Nazaré.

Nota: Sobre Carlos Matos pode ler mais aqui 

sábado, 8 de julho de 2023

Faleceu José Mattoso - Um Homem Bom e Sábio

A minha homenagem 
a um Homem Bom e Sábio

«Temos alguma coisa a dizer. Sem dúvida. Se formos capazes de, em contrapartida dos delitos e horrores do nosso tempo, oferecermos mais amor e bondade. Mais do que quê? Mais do que temos oferecido, é claro. Mais, porque o que temos oferecido não é, nem será nunca, suficiente. Mais, porque os pobres e oprimidos deste mundo vivem na miséria e são nossos irmãos. Mais, porque o que podemos fazer é apenas símbolo do que seria preciso.
Não sabemos como se faz esta contabilidade do mais e do menos. Só sabemos que temos de abandonar muitos preconceitos, de alijar muita carga inútil e de oferecer mais amor e bondade. Temos de converter o nosso coração, e deixar que a Palavra, que é o próprio Jesus Cristo, produza em nós a metanoia. Temos de acreditar, com uma fé inteira, na eficácia dos gestos simbólicos que Jesus nos ensinou a fazer. Então, por meio de um olhar novo sobre o mundo, seremos capazes de ver o que nele já existe de divino, e que é semente e promessa de unidade. E tendo visto a marca do divino, deixar que ela solte em nós esse amor e bondade que são a marca da verdadeira fraternidade.»

José Mattoso

In “LEVANTAR O CÉU — Os labirintos da Sabedoria”

NOTA: Quando li a notícia da partida de José Mattoso para o seio de Deus, fiquei sem palavras. Ouvi-o presencialmente e  testemunhei a sua comoção durante uma conferência. Só fui capaz de selecionar um excerto de um dos seus livros.  F. M.

Sobre o silêncio: há muitos silêncios. 3

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias

Continuamos com a urgência da cultura da pausa e do silêncio. Repetindo, chama-se, como diz o jesuíta Juan Masiá, professor em Tóquio, cultura da pausa à tradição oriental de dar importância aos silêncios numa conversa, às margens numa folha escrita ou num quadro, aos intervalos entre as palavras, aos vazios nas letras, aos espaços livres na arquitectura, ao não dito na mensagem, à receptividade na contemplação. Parar para ouvir o silêncio e contemplar: em vez de olhares para ti e eu olhar para mim, deixemo-nos olhar ambos pela "Realidade-Assim-Sempre-Presente cuja aura comum nos envolve". Sai de ti, para te encontrares no Todo. Deixa o eu superficial, transcende, descendo até ao eu profundo e ao "Assim-Sempre-Presente", que se manifesta. Sem pausas de silêncio, como poderíamos ouvir uma mensagem ou uma sinfonia? Sem intervalos, margens e vazios nas letras e entre frases, como poderíamos ler e entender? E verdadeiramente viver, indo ao essencial?

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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