quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Praia da Barra - Construção do Obelisco


Construção do Obelisco na Praia da Barra, Gafanha da Nazaré - 1959

Não achamos o descanso


"A razão por que não achamos o descanso
é porque o buscamos onde não está"




António Vieira (1608 - 1697)
Padre e escritor português

In Escrito na Pedra do PÚBLICO

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Todos os Santos e Fiéis Defuntos


Os meus saudosos  pais
Novembro começa bem com Todos os Santos e Fiéis Defuntos. Depois voltamos à vida com as suas exigências envolventes que motivam trabalhos e geram esquecimentos. Mas em novembro, em todos os novembros, jamais esqueceremos os dois primeiros dias.
Como é meu hábito, gosto de visitar o nosso cemitério. Entro e deambulo livremente. Vou para visitar familiares e amigos, muitos familiares e muitos amigos. E falo com eles, rio e sorrio de histórias partilhadas, de conversas e convívios animados. Tantos rostos que me saúdam e me seguem quando me afasto, ao jeito de quem suplica que fique mais um bocadinho. E quantas vezes respondi a esse apelo para confirmar idades e datas de quem repousa naquele chão sagrado.
Naqueles dias, apreciei o carinho posto nas campas que ostentam nomes que me foram próximos e muitos outros que nunca vi na vida. E com que amor foram ornamentadas. Flores e mais flores de todas as cores e preços. Mas também me cruzei com campas abandonadas. Há tantos que não têm quem se lembre deles!
Os crentes, como eu, não se esquecerão dos nunca lembrados.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

O Etnográfico regressará logo que possível


O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) completou, no dia 1 de Setembro, 38 anos de existência e estará a preparar as próximas atuações para breve. As limitações impostas pela pandemia cancelaram as suas atuações, mas logo que possível os festivais de folclore voltarão a animar o nosso  povo. O GEGN não descurará os ensaios para regressar em força, com a reconhecida dignidade.

Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré foi eletrificada há 82 anos

Igreja Matriz já com relógio

Faz hoje, 1 de Novembro, 82 anos que a Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré recebeu a energia elétrica para a respetiva iluminação. De facto, até aí, a iluminação era feita à luz das velas. Aliás, eu nasci à luz de um candeeiro a petróleo ou da vela, em 24 de Novembro de 1938. Aquele melhoramento foi possível graças à criação e inauguração da Cooperativa Elétrica das Gafanha da Nazaré, em 1939.

NOTA: Na torre é visível o relógio oferecido por Sebastião Lopes Conde e Manuel Carlos Anastácio, segundo acta de 13 de Novembro de 1930. A foto é, pois, anterior à eletrificação. Ainda é visível a marca da legenda alusiva à oferta,.

domingo, 31 de outubro de 2021

Um livro prodigioso

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Disse que A arte de viver em Deus é um livro prodigioso, não só porque desfaz muitos preconceitos acerca daquilo em que os cristãos acreditam, mas sobretudo, porque abre, em todos os capítulos, janelas para o passado, para o presente e para o futuro.

1. Na crónica do domingo passado, referi-me a um belo livro de Eduardo Paz Ferreira, Como salvar um mundo doente [1], com o qual aprendi muito. Cumpre o que o título promete. Agora, acabo de ler o livro mais recente de Thimothy Radcliffe, A arte de viver em Deus [2]. Este título poderia sugerir a banalidade de mais uma obra para a estante de auto-ajuda espiritual. O subtítulo, A imaginação cristã para elevar o real, também não parece muito convidativo. Puro engano. O próprio autor está consciente dessa possível confusão. Quando as pessoas se afastam das igrejas, é uma tentação “vender” um Cristianismo bonito e seguro, não demasiado exigente. Talvez uma espiritualidade gentil seja mais simpática e sedutora: acender uma vela e ver onde se está no eneagrama da personalidade. O apelo da fé torna-se apenas uma sugestão sem compromisso.
Julga que semelhante publicidade e comercialização do Cristianismo está condenada a falhar, sobretudo, porque a espiritualidade cristã é tudo, menos uma segurança. Uma fé domesticada atraiçoa o que constitui o seu âmago que é a aventura da transcendência. O Cristianismo é atractivo porque nos convida a ser ousados e a entregar incondicionalmente as nossas vidas. É a porta aberta para o infinito. A imaginação é a porta pela qual nos furtamos aos limites de qualquer modo reducionista de ver a realidade.

Amigos para a vida

A vida longa não pode deixar de cultivar amizades, apesar dos distanciamentos e dificuldades dos contactos apetecidos Radicados um pouco por todo o país e pelo estrangeiro, ficamos imensas vezes limitados às variadas formas de comunicação centradas no mundo digital. E mesmo aí, não conseguimos vencer barreiras que nos permitam a proximidade necessária. De vez em quando, porém, muito se esclarece e lá conseguimos associar os apelidos às pessoas de quem há anos fomos muito próximos. Depois, há a alegria espontânea e compreensível.
Há meses, identifiquei um amigo de infância num restaurante. Não me reconheceu. Eu tinha a barba crescida e as mudanças físicas que a idade determina. Mas lá acabámos por ser iluminados por uma luzinha que se acendeu no cérebro do meu amigo. E algumas memórias vieram à tona para gáudio de ambos.
Um outro, que não via há muitos anos, lembrou-se de mim. Não conhecia os meus contactos, mas lembrou-se de uma hipótese com alguma lógica. “Como tu sempre andaste ligado à Igreja, recorri a um clérigo”, garantiu-me. E telefonou. Começou a tratar-me por senhor! Esclareci de imediato e o tu cá tu lá proporcionou a conversa telefónica interrompida há décadas.
Confesso que me comovem os encontros com os amigos da infância e juventude porque são sempre motivos para refazer amizades e para todos evocarmos momentos inesquecíveis que não podemos nem devemos perder.
Os que navegam nas redes sociais podem contactar-me. O meu nome de guerra é Fernando Martins  e o rosto aí fica. 

Fernando Martins

Domingos Cardoso: um poema para este domingo



E EU FUI TALVEZ FELIZ SEM O SABER 
Maria  Amélia de Carvalho e Almeida in “Ao Sabor das Marés”, p. 193

Domingos Cardoso

Eu fui talvez feliz sem o saber
Quando a felicidade eu procurava
E, cego, via em tudo o que encontrava
A negação do bem e do prazer.

Nessa busca ansiosa pelo ter
As minhas energias dissipava
E impotente e incapaz não enxergava
Que o principal da vida é sempre o ser.

O Tempo deu-me a doce regalia
De ver agora claro o que eu não via
Que é quase sempre em vão o que sofremos.

Depois de uma procura tão a sós
Sei que a felicidade mora em nós
Se amarmos o que somos e o que temos.

Domingos Freire Cardoso

In “Por entre poetas”

Farol da Barra de Aveiro

Farol da Barra de Aveiro - inaugurado em 1893

Para delícia de quem aprecia imagens do passado, aqui partilho mais uma relíquia da nossa terra. O farol da Barra de Aveiro, localizado na Gafanha da Nazaré, é o mais alto de Portugal e apresenta-se como motivo de visita obrigatória.

sábado, 30 de outubro de 2021

A dança das horas continua


A dança das horas continua e continuará. O hábito vem de há muito e cá para nós não mudará tão cedo. De sábado para domingo, lá para as duas da manhã, atrase uma hora e iniciamos o horário de Inverno. Mas não se esqueça para não ficar baralhado.

Forte da Barra para os mais saudosistas

Forte da Barra

 O Forte da Barra é sempre motivo de interesse para os mais saudosistas. Quem, como eu, acompanhou ao longo de décadas as transformações por que passou aquele recanto da nossa terra não pode deixar de gostar desta fotografia.

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