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Figueira da Foz: Poesia na cidade

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Ares de Outono: Soneto de Florbela Espanca

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Outonal Caem as folhas mortas sobre o lago; Na penumbra outonal, não sei quem tece As rendas do silêncio… Olha, anoitece!  — Brumas longínquas do País do Vago… Veludos a ondear… Mistério mago… Encantamento… A hora que não esquece, A luz que a pouco e pouco desfalece, Que lança em mim a bênção dum afago… Outono dos crepúsculos doirados, De púrpuras, damascos e brocados! — Vestes a terra inteira de esplendor! Outono das tardinhas silenciosas, Das magníficas noites voluptuosas Em que eu soluço a delirar de amor… Florbela Espanca, “Charneca em Flor”, in “Poesia Completa”

Mundo perigoso

«O mundo tornou-se perigoso,  porque os homens aprenderam a dominar a natureza  antes de se dominarem a si mesmos.» Albert Schweitzer (1875-1965),   teólogo, filósofo, músico e médico alemão

Escritores e a Ria de Aveiro — 5

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«Eu nunca tinha visto a ria de Aveiro. Daí — dirão — este meu entusiasmo. Ora a laguna, com os seus múltiplos canais, seus campos encharcados, seus horizontes abertos, sua exuberância de luz e seu sonho de distância — é bela sempre e cada vez mais, afirmam os que todos os dias se banham no mistério da sua extensão panorâmica. A ria de Aveiro — é uma maravilha. Fujo a descrevê-la, porque isso não está agora no meu programa. Faltam aos meus olhos os palácios de mármore, as colunas de oiro, as igrejas erguidas em renda, as margens coalhadas de sonho e arte: S. Maria degli Scalzi, S. Marcuola, a casa de Contarini, e a distância de oiro sobre gaze de azul de S. Giorgio Maggiore. Mas — lembro-me de Veneza… Uma Veneza despida, no seu estado imaculado, em plena exuberância primitiva, onde se adivinha a vontade de Deus, de tudo ficar como ele a criou. Maravilha contemplativa! O canal segue até o mar, lá pr’a baixo, nem eu sei pr’a onde. E as margens respiram humildade e humildade; ...

Tirania

«Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua» Platão (-427/-347), filósofo e matemático da Grécia Antiga

Criminosos são criminosos

O Médio Oriente é uma esquizofrenia geral, mas criminosos são criminosos «A culpa é de Bush? Sim, mas também é da Al-Qaeda e dos iraquianos, dos xiitas e dos sunitas, do Irão e da Rússia, de Assad e das milícias sírias em revolta. Culpados são os curdos e a Turquia, os mujahedins e os taliban, os egípcios e os líbios, os israelitas e os palestinianos, o Qatar e a Arábia Saudita, a França e a Inglaterra, o Hamas e o Hezbolhah, e por aí fora. Arranjem-me um país inocente na região, uma potência local que tenha as mãos limpas, um grande país mundial que nunca lá tenha metido o bedelho!» Texto de Domingos Amaral

Carlos Fiolhais denuncia pseudociências

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Carlos Fiolhais Na “Visão” desta semana, Carlos Fiolhais denuncia pseudociências de que toda a gente ouve falar e muitos apreciam e seguem. Na abertura da entrevista, o jornalista Luís Ribeiro apresenta-o como «triturador de homeopatas, naturopatas, astrologias» e outras “ciências” que não passam de embustes. Estou com ele.  Realmente, tal como Carlos Fiolhais, recebo muitos e-mails cheios de aldrabices, incluindo tratamentos milagrosos à base de frutos e plantas, capazes até de erradicar o cancro do nosso organismo. Também recebo denúncias não provadas, calúnias infames, informações sem sentido, muitas vezes dirigidas a pessoas honestas, obviamente de cores políticas opostas às dos seus divulgadores e difamadores. E fazem-nos covardemente, sob a capa do anonimato no suporte da Net.  Já por várias vezes tive de devolver a pseudonotícia com a informação de que se trata de uma descarada mentira, cuja fonte não é mencionada. Alguns dão-se ao estúpido luxo de enviar text...

Figueira da Foz: Poesia na cidade

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A Nossa Gente

Com a vida agitada que levamos, nem sempre damos conta de pessoas que ao nosso lado se entregam, de formas muito variadas, à comunidade a que pertencem, pessoalmente ou nas instituições.  Tanto quanto me é possível, vou dando nota de pessoas e organizações que, não se fechando em si mesmas, oferecem  contributos preciosos para o desenvolvimento do nosso viver em comum. Permitam-me que vos encaminhe por aqui e aqui . Boas leituras sobre excelentes exemplos para todos seguirmos, cada um a seu modo.

Servir e não servir-se

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Crónica de Frei Bento Domingues  no PÚBLICO de ontem 1. Dizem-me que a papolatria, que denunciei várias vezes nestas crónicas, morreu. Era um culto hipócrita usado para esconder as manobras anticristãs da Cúria vaticana e de algumas cúrias diocesanas. Quando o Papa Francisco manifestou que esses poderes arbitrários seriam desmantelados, os ratos não abandonaram a barca. Criaram redes, internas e externas, de sabotadores das iniciativas da liderança de Bergoglio. Segundo essa opinião, não se trada da defesa da liberdade e do pluralismo na Igreja que, aliás, raramente tiveram um clima tão favorável. Procura-se semear alguns escândalos e multiplicar as insinuações para convencer os carreiristas clericais e os dirigentes de movimentos e instituições da Igreja de que o argentino está velho e um tumor no cérebro seria o responsável pelos seus desmandos doutrinais. A voz diária das missas na capela de Santa Marta, os discursos e as mensagens, a enumeração das quinze doenças...

Ares de Outono: Jardim da Figueira da Foz

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Há muitos que passam pelos jardins, públicos ou privados, a correr. A vida assim o exige inúmeras vezes. Mas se tivermos um bocadinho de calma, há sempre algo de diferente nos jardins por onde passamos apressados. Tendo por tema as estações do ano, podemos garantir que novidades não faltam  em cada planta que nasce, cresce e envelhece: em cada flor que rebenta e se faz adulta até fenecer. O mesmo com os troncos, ramos, folhas e frutos. Com todas as suas formas e tonalidades variegadas.  Hoje, no jardim municipal da Figueira da Foz. Encontrei-me com esta árvore que, na sua copa, permite apreciar vários tons.