Para a minha idade, frio de rachar, como diz o nosso povo. Nem as águas da ria e do mar conseguiram amenizar a temperatura. Foi o que senti numa curta saída feita a correr. O sol, contudo, brilhava lá no alto, mas nem assim subiu a temperatura. Olhando a ria, captei esta imagem. Não é neve, não senhor. mas tão-só o reflexo dos raios solares nas águas serenas da laguna,
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
A tempestade
A Tempestade é um desenho original de Amadeu de Sousa Cardoso para o álbum "XX Dessins,1912". Num estilo que o impôs ao mundo como grande artista, esta imagem está no meu computador para eu a apreciar quando o abro. A arte faz parte da vida do homem desde o tempo da pré-história. Cerca-nos por todo o lado, no que pisamos, vemos e sentimos. Contudo, com a pressa, nem sempre lhe damos o devido valor. E este desenho faz todo o sentido nesta terra de mar e ria, tão propícia a tempestades.
Festas no Património Imaterial
Festa da Vista Alegre
quer entrar no registo nacional
Procissão pela Ria |
Na reunião da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), realizada ontem, 4 de fevereiro, foi aprovado por unanimidade o parecer prévio positivo, no âmbito da candidatura apresentada pela Fábrica da Vista Alegre ao registo Nacional do Património lmaterial das festas em honra de Nossas Senhora de Penha de França,
Entretanto, o vereador do PS, Pedro Martins, lembra que a autarquia deve prestar atenção a outras festividades do nosso município, com vista ao mesmo registo, nomeadamente, a Procissão pela Ria e Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes,
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Eça de Queirós terá razão?
Portugal está a atravessar a pior crise
Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: — mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não — pelo menos o Estado não tem: — e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior — e sem cura.
Eça de Queirós,
in 'Correspondência (1891)
li no Citador
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Mulher ao leme do moliceiro
![]() |
Mulher ao leme do moliceiro |
Engana-se quem pensa que a mulher era, no século passado, uma tradicional dona de casa que faz a comida, lava a roupa, trata dos filhos e cuida da horta. Por esta foto, publicada no livro "Aveiro — Imagem de um século", do espólio de João Sarabando, organizado por Jorge Sarabando, podemos facilmente concluir que a mulher da beira-ria participou ativamente nos trabalhos, ao lado do marido, Conheci uma mulher da minha família, Anunciação Facica, que tinha cédula que a autorizava a circular na ria na apanha de moliço e noutras tarefas.
Políptico de Santa Joana Princesa
Um texto de Paulo Miranda

«O políptico de Santa Joana Princesa é uma pintura do arquiteto Luiz Cunha para a igreja homónima também de sua autoria, em Aveiro (1976). É um quadro composto por sete partes, que recria o retrato da Padroeira de Aveiro e a sua exemplar vida de devoção a Jesus Cristo. No centro deste políptico, o autor reproduz a tábua do séc. XV, uma das obras-primas da iconografia portuguesa, de uma forma fiel mas pessoal, acrescentando elementos novos.
Ao seu redor existem seis partes que contam a vida desta infanta, filha de D. Afonso V e irmã de D. João II.»
Ler mais aqui
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Dia dos Namorados no Museu!
14 de fevereiro, sábado,
15 horas,
limitado a 15 casais
O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) está a organizar um programa especial para casais, tendo por pano de fundo a celebração do Dia dos Namorados, 14 de fevereiro, destacando-se um embarque numa viagem romântica no referido museu. o convite reza assim: «Venha namorar a bordo do “Faina Maior”, conhecer as aventuras românticas de grandes marinheiros e tirar uma foto num cenário muito especial e terminar com um lanche à luz de “velas”.»
Ao convidar todos os apaixonados o MMI oferece «um conjunto de atividades que vão deixar o romance no ar… Entre estas, destacamos uma sessão de histórias e contos românticos em frente ao aquário de bacalhaus, uma fotografia só para namorados num lugar especial do Museu, ou um lanche com muitas doçuras na cafetaria».
Embora não possa paticipar com a minha mulher, a Lita, auguro a todos os casais um dia muito feliz, com votos de continuidade, por muitos e muitos anos.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Recordando o Padre Manuel Maria
Hoje, sem saber porquê, recordei o Padre Manuel Maria Carlos. Não estava em maré de nostalgias, mas as memórias não têm hora própria para nos dominarem. E para o homenagear, lembrei-me de publicar um texto seu, que um dia, em resposta a um pedido meu, teve a gentileza de me enviar para publicação no Timoneiro, jornal mensal da nossa comunidade. Voltarei ao assunto mais tarde.
O texto do padre Manuel Maria Carlos ser lido aqui.
As vantagens de não se julgar infalível (1)
Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO
![]() |
Bento Domingues |
1. Dizem-me que estou a ficar viciado no Papa argentino. É possível. Seja como for, o seu pontificado retomou, de forma original e surpreendente, o impulso meticulosamente abafado de João XXIII (1881-1963). Este filho de camponeses pobres, de Sotto il Monte (Bergamo), foi uma bênção inesperada para um mundo dividido e ameaçado por um confronto nuclear. Já muito idoso teve a ousadia de provocar um abalo sísmico numa Igreja obsessionada com dogmas e anátemas, ao convocar o Vaticano II, o concílio do acolhimento universal e do diálogo irrestrito. Consta que este bispo pobre, piedoso e cheio de humor sempre se sentiu bem na companhia de hereges, cismáticos e não-católicos. Destruiu barreias e construiu pontes, em todas as direcções, sem nunca se julgar infalível.
Não esqueço que já passaram várias gerações e que, hoje, é difícil imaginar o que se passou, na Igreja, entre 1958 e 1962. Além disso, em Portugal, esse concílio não foi nem preparado, nem acompanhado, nem recebido.
Mudanças no mundo
«Sê a mudança que queres ver no mundo»
Gandhi
1869-1948
NOTA: O problema é que falamos e barafustamos mas pouco fazemos para mudar o mundo para melhor, mesmo à nossa volta.
sábado, 31 de janeiro de 2015
O riso e a transcendência
Crónica de Anselmo Borges
no DN
![]() |
Anselmo Borges |
1. Uma vez, uma jovem estudante pediu-me para fazer um trabalho sobre o riso. Porquê? Queria entender porque é que a mãe, entrando na igreja para a celebração da missa de corpo presente da avó, ao deparar-se com o cadáver, começou a rir.
Diferença essencial entre o ser humano e os outros animais é o riso e o sorriso. Eles são manifestação da inteligência superior e de transcendência.
Perante o cadáver, seja ele de quem for, mas sobretudo de um ente próximo e querido, íntimo, há um choque de emoção e razão, sobrepondo-se a razão. De um modo ou outro, acabamos por nos rever no cadáver, a nossa posição futura está ali, desabando então, frente àquela figura coisificada, toda a vaidade e todo o ridículo da soberba e grandeza imaginada, que vão ser pó ou cinza. E aí está a tensão que obriga a transcender. Por outro lado, antes ainda, depois ou em concomitância, está aí a revolta: a minha mãe não foi nem é esta coisa cadavérica aí em frente. No limite do trágico, sobrevém o riso, clamando transcendência. É a explosão do conflito entre o intolerável do que se mostra e uma transcendência para que se aponta.
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