quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A Obra da Rua não quer dinheiro do Estado

Educar é coisa do coração


Acolher para educar filhos sem pais?
António Marcelino


Disseram os jornais que o Ministério da Segurança Social ia dar uns milhões a instituições que recebem crianças e jovens sem família ou de famílias desestruturadas, porque o seu número cresceu e as respostas são insuficientes. Ora, neste país, fascinado pelo Estado Providência, existe a Obra da Rua, com Casas do Gaiato em Paço de Sousa, Miranda do Corvo e Setúbal, para as quais os serviços do Estado deixaram de mandar crianças. Ali há belos espaços para as receber e uma pedagogia qualificada para as preparar para a vida. Desde o Padre Américo, um educador que nunca se esquecerá, muitas centenas de crianças e jovens por ali passaram e são hoje gente séria e comprometida na sociedade. Com igual amor e competência, os Padres da Rua seguem o exemplo do mestre em Portugal, em Angola e em Moçambique.
E porquê esta cegueira e discriminação? Porque a Obra da Rua não quer receber dinheiro do Estado, nem imposições que destruam o seu carisma próprio e o seu caminho educativo, validado pela feliz recuperação de gente criada na rua e aí abandonada. Faz pena ver como jovens funcionárias do Ministério nunca perceberam que, antes de mais, “educar é coisa do coração”. A Obra não recusa o diálogo com gente que saiba, respeite e ajude. Não aceita, porém, gente que apenas impõe. E tem razão. Há várias teses de doutoramento sobre a pedagogia do Padre Américo. Será que a gente que por lá passa a dar ordens já as leu?
Será crime, digno de castigo, o trabalho e as condições defendidas pela Obra da Rua, nomeadamente dispensar o dinheiro do Estado e exigir respeito deste?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ainda sobre o livro do Papa "A Infância de Jesus"


Li no PÚBLICO online de hoje  


«A virgindade da mãe de Jesus Cristo é uma verdade “inequívoca” da fé. Os católicos já o sabiam, mas a doutrina é reafirmada pelo Papa Bento XVI que, num livro posto à venda esta quarta-feira, afirma também que não havia burro nem vaca no presépio de Belém.

"Maria é um novo início; o seu filho não provém de um homem, mas é uma nova criação: foi concebido por obra do Espírito Santo”, escreveu o Papa em A Infância de Jesus, lançado esta quarta-feira em Portugal e noutros países.
“Jesus, nascido de Maria, é plenamente homem e plenamente Deus, sem confusão e sem separação”, refere uma das passagens divulgadas após a apresentação, na terça-feira, no Vaticano.
O Papa entende que a virgindade de Maria e a ressurreição de Jesus devem ser vistas pelos católicos como “pilares da fé” porque são sinais inegáveis do poder criador de Deus. “Se Deus não tem poder sobre a matéria, então Ele simplesmente não é Deus”, escreveu, segundo a Reuters.
O livro dedica uma secção à adoração do Jesus recém-nascido pelos Reis Magos e diz que apesar de ele próprio acreditar que o episódio tenha acontecido, refere que nenhum fundamento da fé seria abalado caso se verificasse tratar-se de uma construção baseada numa ideia teológica.»

Nota: Texto e foto do Público

Um novo livro do Papa



As narrativas da infância de Jesus contidas nos primeiros capítulos dos evangelhos de Mateus e Lucas não são lendas nem reconstruções fantasiosas. Nem são um "midrash", isto é, uma interpretação da Escritura através de um estilo típico da literatura hebraica. São «história, história real, acontecida, certamente história interpretada» com base na Palavra de Deus.

É este o entendimento de Bento XVI no livro "A infância de Jesus" (ed. Princípia, 112 pp.), o terceiro volume de Joseph Ratzinger dedicado ao Nazareno. É o regresso do teólogo e exegeta que com esta parte dedicada à vinda de Cristo ao mundo conclui a obra que há muitos anos queria redigir, e que acabou mesmo por escrever, não obstante ter sido eleito pelo conclave reunido após a morte de João Paulo II.

Li aqui

Mais sociedade para melhor Estado

Semana Social 2012 - 22 a 25 de novembro


Guilherme d´Oliveira Martins, um dos coordenadores da Semana Social 2012, apresenta em entrevista à Agência ECCLESIA as principais preocupações presentes no programa do evento, num momento de crise económica e desafios políticos para o futuro de Portugal. 


Entre 22 e 25 de novembro, no Porto, terá lugar a próxima sessão das semanas sociais, subordinada ao tema “Estado Social e Sociedade Solidária”. Segundo a organização, trata-se de uma problemática premente, atendendo à conjuntura atual e ao reconhecimento da importância da intervenção da Igreja nas questões sociais.

Agência ECCLESIA (AE) - «Estado Social e Sociedade Solidária» é o tema da semana social: este acontece devido ao debate em curso na opinião pública em Portugal? 
Guilherme d’ Oliveira Martins (GOM) – Esta reflexão acontece não apenas em Portugal, mas em toda a Europa e no mundo. Estes temas estão todos na ordem do dia e, em especial, em Portugal.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Hoje, numa fugida ao Porto...

 Ó Porto, Cidade Invicta

Estação de S. Bento

 Crepúsculo

Hoje, numa fugida ao Porto, a minha cidade comercial, por excelência, captei estas imagens, de um dia de pleno outono!
Aí, a canção do Rui Veloso veio à tona e "Quem vem e atravessa o rio.....junto à Serra do Pilar....Vê um velho casario que se estende até ao mar..." soou aos meus ouvidos, com o encanto de sempre!
É bom mergulhar nesta cidade que mexe, ao ritmo, duma qualquer cidade europeia e o sotaque tripeiro... é do norte..."carago"!

Ó Porto, Cidade Invicta,
Tantas compras eu lá faço!
A bons preços, estou convicta,
Por isso aí vai um abraço!


Mª Donzília Almeida
20.11.2012

IDOSOS ABANDONADOS


As histórias reais de idosos abandonados não são um fenómeno só de agora. Desde sempre existiram e não faltam relatos de cenas em que os velhos eram esquecidos.. O assunto volta à tona de água, responsabilizando-se a presente crise como razão primeira do abandono dos idosos. Talvez… 
Diz-se que o Governo vai estudar o assunto para depois legislar em conformidade, porventura com vontade de castigar os responsáveis por esses atos criminosos. Só não poderá legislar sobre os afetos que não existem. E o problema está aí. 
Noticia-se que os velhos são retirados dos lares para as famílias poderem sobreviver com as suas pensões de reforma. Diz-se que as residências dos filhos e netos não têm quartos nem espaço para os pais e avós. Sublinha-se que os empregos, quantas vezes longe de casa, não permitem oferecer a atenção devida aos mais velhos. 
O Estado, que também devia cuidar dos que durante a vida contribuíram para as contas públicas, não tem alma nem sensibilidade para isso. E agora, pelo que se sabe, não tem dinheiro para nada. O dinheiro dos contribuintes, destinado à sua sobrevivência na hora da reforma, foi depositado nos cofres estatais e evaporou-se! Os velhos estão condenados a respirar o ar que ainda não se paga. 
O problema está, contudo, na falta de afetos. Se eles existissem, não haveria idosos abandonados à sua triste sorte. Ficam esquecidos nos hospitais, nos lares onde raramente são visitados pelos familiares, em suas casas sem condições de vida dignas de um ser humano. 
Morreu o espírito de vizinhança, o sentido da proximidade, o gosto pela partilha, a capacidade de diálogo em especial com os menos jovens, a humanidade que gera fraternidade e a bondade que alimenta o amor. 
Há velhos acolhidos, respeitados, ouvidos, cuidados e tratados com todo o carinho. É verdade. Mas hoje apeteceu-me falar apenas dos velhos abandonados como lixo que já não presta para nada. Prometo, contudo, que voltarei ao tema, para falar dos que, no fim da vida, têm quem olhe por eles com amor sem medida, tal é sua dimensão. 

FM

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


Olho por Olho

«Olho por olho, e o mundo acabará cego»

Mohandas Gandhi
(1869 - 1948)

Li no PÚBLICO de hoje

Nota: Penso que raramente prestamos atenção ao que dizem e fazem os grandes vultos da história, na linha do positivo. E também, já agora, ao que nos dizem, com a sua vida e humildade, os homens bons deste mundo. A afirmação bíblica do «olho por olho, dente por dente» mostra, claramente, que a guerra provoca mais guerra, o ódio mais ódio. Em contrapartida, o amor e a bondade só podem alimentar mais fraternidade e mais paz.

sábado, 17 de novembro de 2012

A alegria de uma funcionária de bar

Menina Olga

Ontem, sexta-feira, a minha colabora assídua e atenta aos que se passa à sua volta sublinhou, em jeito de homenagem, o ambiente de trabalho em que está inserida, que é uma escola da Gafanha da Encarnação. Escreveu a sua já habitual Crónica de um Professor, em que frisou o trabalho da funcionária do bar, a Menina Olga, por sinal minha ex-aluna. E fê-lo com tal simpatia, que não resisto a chamar a atenção dos meus leitores para a Crónica da professora  Donzília Almeida,  que refere:

«E, como há tantos trabalhadores, nesta escola, apesar dos cortes que se têm verificado, neste setor, é quase raro o dia, em que não há bolinho... no bar! Criam-se assim, pequenas pausas no trabalho, para descomprimir, refazer energias e comunicar o que vai na alma dum professor atribulado! As palavras, essas fluem como as cerejas: quando se puxa uma, vêm aos molhos e adoçam e retemperam as mais das vezes. Por detrás de tudo isto, está, sempre, o rosto amistoso e franco, da Menina do Bar (ou será da Menina do Mar... aqui, tão perto!?) que reparte, magnanimamente, o seu sorriso, por todos! Não tem mãos a medir, nos pequenos e grandes breaks que preenchem o quotidiano laborioso do professor! Que nunca lhe falte a alegria, pois com ela vem sempre acoplado o seu sorriso encantador!»

Aqui ficam os meus parabéns aos funcionários das escolas que, apesar das crises e das ameaças que por todos os lados esvoaçam, ainda conseguem partilhar sorrisos encantadores. 
Ler a crónica aqui

FM


Átrio dos Gentios em Guimarães


"João Lobo Antunes e cardeal Gianfranco Ravasi: 
um dueto cordial e abrangente sobre a vida humana

Foi em Guimarães o primeiro diálogo da edição portuguesa do Átrio dos Gentios, estrutura da Igreja Católica criada no Vaticano para promover o diálogo entre crentes e não crentes.
Em dueto o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho da Cultura, e o neurocirurgião João Lobo Antunes.
Perante centenas de pessoas presentes no grande auditório da Universidade do Minho, o prelado afirmou que a sociedade tem de voltar às grandes questões sobre a vida e o mundo, num tempo cheio de «banalidade».
«Uma das grandes tragédias do nosso tempo é que as grandes perguntas já não se coloquem», sublinhou.
«Nós procuramos algo que nos supera», apontou o cardeal, acrescentando que que existem mais concordâncias do que discordâncias no que diz respeito ao tema escolhido para a edição portuguesa, "O Valor da Vida"."

Ler mais aqui

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Apreciar o outro...

"Quem aprecia as características do outro, 
amplia a mente, o coração e a vida "

Padre Joseph Kentenich
(1885-1968)

Nota: Aqui não há lugar para a inveja, mas apenas para a simplicidade de ver o que há de bom no outro.

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