sexta-feira, 28 de agosto de 2009

D. Hélder Câmara morreu há dez anos

Completaram-se ontem dez anos sobre a morte de D. Hélder Câmara, o Bispo que mostrou ao mundo um outro modo de olhar o homem sofredor. Tive o grato prazer de o ouvir, há anos, na Sé de Aveiro, cheia como um ovo, em cerimónia simples presidida por D. Manuel de Almeida Trindade. D. Hélder dirigiu a quem estava uma mensagem simples e fraterna, habitual na sua pessoa. Ficou no meu espírito a ideia de um homem de fé, que acreditava numa justiça social assente na Boa Nova de Jesus Cristo.
Leia mais aqui

Crónica de Férias: Reencontro

Carla Bruni com Sarkozi
:
E não disse alguém que
o melhor do mundo são as "adoráveis criancinhas"?
Foi num dos seus habituais passeios de bicicleta, nesta planície, ensolarada e abraçada pela ria, que se encontraram. Uma lojinha do comércio local, onde as pessoas ainda contam como tal e estabelecem relações de boa convivência, foi o cenário deste insólito episódio. Deparou com aquela cliente a procurar as peças de joalharia que mais lhe convinham, como souvenirs da sua estadia na terra natal. Os seus entes queridos que haviam ficado em terras de Sarkozy/Carla Bruni, o casal mediático que anda nas bocas do mundo, decerto aguardavam com expectativa, as surpresas que iriam de avião, para chegarem mais depressa ao seu destino. Sem qualquer assunto específico ou importante, entabularam conversa e sem mais nem p’ra quê, o tema versava a preservação do ambiente. Ouvia-a deliciada, defender com unhas e dentes, o ambiente e as formas como colaborava e se empenhava para fazer valer os seus princípios. Pasmava como aquela criatura preconizava a utilização mínima dos sacos plásticos, que, na sua opinião, deveriam ser pagos nos supermercados. Era uma posição vanguardista e, também, algo polémica, mas arrebatava o anuimento desta veraneante. Era tal a convicção com que debatia e defendia as suas posições que até, numa sugestão ali dada, para reduzir o consumo dos famigerados sacos plásticos, declarava que usava uma bacia para trazer o peixe, quando o comprava à beira de sua casa. Dentro da carteira, havia sempre um saquinho desdobrável para o que desse e viesse e num ímpeto de demonstração da sua eficácia, pega nele e oferece-o àquela ilustre desconhecida! Admirável, como encontrava uma pessoa que partilhava, tão cabalmente, os seus princípios ecológicos. Palavra puxa palavra, até que se identifica como professora e mais... como tendo sido aluna da sua interlocutora. Um abraço bem apertado selou e fez reviver a amizade de outros tempos, numa época em que eram ambas muito jovens, com apenas 3 anos de diferença na idade. Depois de uma troca efusiva de palavras, num revivalismo de épocas passadas, nos bons velhos tempos em que caminhavam na construção e realização dos seus sonhos, dá-se um flash de memória. Aquela cliente, residente em França, faz a retrospectiva da sua vida passada, relatando os passos mais marcantes do seu percurso docente. Encontra-se em França, a leccionar Português aos filhos dos emigrantes, numa licença concedida para o efeito. Aqueles Portugueses, apesar do enorme esforço de aculturação, ainda conseguem ter disponibilidade mental para transmitir aos filhos a língua pátria que os viu nascer. Mérito, muito mérito nesta atitude de transmissão da sua língua-mãe, que, apesar de já não ser a dos seus filhos, ainda tem peso de bilinguismo. E... não está provado que quantas mais ferramentas um jovem possuir para enfrentar a vida, mais probabilidades tem de sucesso? O acervo de línguas também entra nesse cômputo. E... poliglota é a ambição de muitos e foi, durante algum tempo, um sonho acalentado pela autora destas linhas. Que bom é podermos compreender os nossos irmãos de paragens exóticas, no seu linguajar, sem precisarmos de intérpretes ou de qualquer ajuda exterior. Revelam, apenas, um sinal de inteligência, estes emigrantes, que se demarcam daqueles, que noutras épocas vinham passar as vacanças a Portugal e construir a maison dos seus sonhos numa evidência de novo-riquismo balofo. Falavam Francês, em público, com os seus rebentos, como forma exibicionista de demonstrarem que já tinham andado por outras paragens e, quiçá, fazerem crer do sucesso alcançado na vida. Revelou à sua antiga teacher, no tom brejeiro e decidido, marca da sua personalidade, que em breve iria para a retraite. Comungava da opinião de muitos docentes que estão desencatados com as políticas educativas, praticadas neste país e que nos últimos tempos têm feito correr rios de tinta. Que não, que ainda não sentira vontade... de lhe seguir os passos para a retraite..., apesar da onda de descontentamento que varre a classe. Ainda se sente com genica e vai desfrutando do lado pitoresco da profissão, no contacto com uma faixa etária irreverente, sim, mas também muito espontânea e que lhe alimenta o seu espírito jovem. E... não disse alguém que o melhor do mundo, são as “adoráveis criancinhas”?
Mª Donzília Almeida 27.08.09

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Os dez nomes mais originais das listas às autárquicas

Se gostar de saber quais são os nomes mais originais das listas às autárquicas, veja aqui. Mas não se ria, porque o seu também pode ser original, sem saber.

Nem tudo se resolve a pensar


Laurinda Alves, na sua crónica de hoje, no i, diz, citando ETTY HILLESUM, a judia holandesa que esteve em campos de concentração, que "A pensar nunca resolvo o assunto. Não é a pensar que uma pessoa consegue sair de estados de alma difíceis. Nesse caso outra coisa tem de acontecer. Então, deve-se ser passivo e escutar. Estabelecer outra vez contacto com um bocadinho de eternidade."

Fim de Agosto: angústia para muitos professores

Fim de Agosto. Com ele vem sempre a angústia para milhares de professores do nosso país. Nunca sabem se serão colocados e onde. Se ficam na mesma escola ou se são atirados para longe. Se o que ganham dá para as despesas e se vale a pena abandonar a família, simplesmente para subirem uns pontos na lista, na esperança de um dia se aproximarem da sua residência habitual, junto dos seus. Nunca senti na pele e no espírito situações dessas, nem sequer imagino o sofrimento que isso provoca. Nunca soube o que foi viver na dúvida profissional e na incerteza de ter ordenado. Nunca experimentei abandonar a família para garantir o sustento. Portanto, tenho algumas dificuldades em me pôr no lugar dos professores deste tempo. Também não sei, com rigor, como é nos outros países da UE, os que estão connosco no mesmo barco. Só sei que não é humanamente aceitável, numa democracia que prega a justiça social, viver uma realidade, ano a ano repetida, de angústia sufocante. No final do mês de Agosto. Fernando Martins

Barquinho solitário

O barquinho solitário que vi um dia destes levou-me a pensar que às vezes mais vale estar só que mal acompanhado. Por estar só é que eu apreciei o barquinho. Se houvesse outros, quiçá maiores, nem daria por ele. E ali estava a viver solidão? Descanso? Abandono? Espera? Ou esquecido?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Passeios poéticos na Ria de Aveiro

Para os que ainda não tiveram o prazer de participar nos passeios poéticos na ria de Aveiro (Canal Central) e para aqueles que queiram repetir a experiência, propomos uma nova viagem no próximo dia 12 de Setembro, pelas 21h30m. Ponto de encontro: cais de embarque dos barcos moliceiros, em frente ao posto de Turismo da Rota da Luz. Tema: José Afonso. Todos poderão participar activamente lendo poemas de José Afonso ou muito simplesmente ouvindo e desfrutar do ambiente poético. Esta será a última viagem poética de 2009, organizada pela Livraria Buchholz, com a colaboração do Grupo Poético de Aveiro. Tem a particularidade de ser feita à noite e fazer parte das iniciativas de homenagem a José Afonso na cidade que o viu nascer. É grátis, mas sujeita a inscrições que serão feitas na Livraria Buchholz a partir de hoje. Se preferirem, poderei fazer as inscrições dos interessados. Inscrições limitadas a 30 lugares.

O teu rosto na varanda das memórias é feito de sol

NA VARANDA DAS MEMÓRIAS O teu rosto na varanda das memórias é feito de sol.
Sento-me no banco velho do jardim, e há palavras novas que se vêm sentar no meu regaço. Um pássaro cansado de céu pousa no muro do outono, e os meus olhos voam até ao sul, agitados e brilhantes, no sol do teu sorriso. Era o tempo das cerejas, e a idade dos rios correndo na euforia das tardes, até ao mar das palavras quentes. Elas diziam tanto… nada dizendo, afinal. Mas isso que era nada e era tudo bastava para o pôr-do-sol ser o horizonte dos teus olhos nos meus. E as cerejas eram sempre rubras, tão doces, tão maduras na idade. A cerejeira já não existe, mas eu permaneço na varanda. Sentada no sossego das lembranças, afago o sol no meu regaço, o sorriso do teu rosto.
Turíbia

Arrastão "Maria Teixeira Vilarinho"

A propósito do post sobre o arrastão "Maria Teixeira Vilarinho", recebi um esclarecimento do Ângelo Ribau, que publiquei no Galafanha. Pode ser lido para se ficar a saber a sequência das firmas ligadas a duas famílias.

Uma Ideia para Portugal

Barra de Aveiro
"O mar tornou-nos grandes no mundo. Temos a responsabilidade de olhar o mar na sua dimensão actual, de cuidar dele de forma coordenada e sustentada, aproveitando oportunidades económicas, potencial turístico e fontes energéticas. De o olhar como network marítimo, logístico e social. De o defender nas suas componentes naval e marítima."
Fernando Braz de Oliveira,
Comandante da Marinha Portuguesa
Fonte: Jornal i

Ainda as Uniões de Facto: para meditar...

Quinto e último: a enorme virtude do Estado consiste na capacidade de proteger os outros das nossas decisões individuais. Um pai canadiano não vê problemas em permitir que a sua filha de 13 anos dê a volta ao mundo em solitário num barco à vela. É uma família com dinheiro, unida. A protecção de menores, porém, decide até ao final deste mês se lhe retira a tutela da criança. Quem tem razão? Da mesma forma, a lei protege melhor os filhos de um casal do que a ausência dela. A questão não é a liberdade de quem quer viver junto - é a forma como isso afecta os filhos. Esta é a eterna luta na sociedade, e nada tem a ver com conservadorismo ou libertarismo - tem a ver com o facto de, para sermos verdadeiramente livres, alguém ter de medir se as nossas decisões livres afectam a liberdade dos outros.
.
Ler tudo aqui e aqui

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

https://galafanha.blogspot.com/

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue