quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pergunta pertinente

Recebi, há momentos, um e-mail interessante, que aqui partilho, pela sua oportunidade e graça. Se calhar, o ancião até terá alguma razão, embora saibamos que há muitos jovens que, pela sua formação, capacidade criativa, envolvimento social, cultural, espiritual, político, artístico e científico, são bastante dignos das gerações passadas e futuras. FM
Um arrogante estudante universitário, a passear junto à praia, resolveu explicar a um cidadão sénior, que estava calmamente sentado nos degraus que levavam à praia, porque é que era impossível a geração mais velha compreender a sua geração. - "Você cresceu num mundo diferente, realmente quase primitivo", disse o estudante suficientemente alto para todos ouvirem.
- "Os jovens de hoje cresceram com televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, o homem a andar sobre a lua. Nós temos a energia nuclear, naves espaciais, telemóveis, computadores extremamente rápidos... e muito mais." Após um breve silêncio, o cidadão sénior respondeu: - Tem razão, jovem. Nós não tínhamos essas coisas quando éramos novos... por isso inventámo-las! E já agora, diga-me, seu arrogante, o que é que está você a fazer pela próxima geração?

Não vale a pena votar para as legislativas no PSD?

Eu não tenho experiência de vida partidária nem aspiro a tê-la, mas não dispenso, como nunca dispensarei, a intervenção política, como cidadão livre e consciente das suas obrigações cívicas. Respeitando as posições partidárias, como importantíssimas para a vida democrática, tenho dificuldades em entender a posição de alguns membros dos nossos partidos políticos, sobretudo quando criticam as decisões dos chefes democraticamente eleitos. Como é o caso, claro e a vários níveis, do PSD, com tantos militantes responsáveis a denunciarem como más as listas para as legislativas aprovadas superiormente pelos órgãos oficiais e propostas por Manuela Ferreira Leite. Não vejo isso em nenhum outro partido, por enquanto. A leitura que faço, muito simplesmente, é esta: Os sociais-democratas que protestam querem dizer, muito abertamente, que não vale a pena votar nas listas do PSD. Será? Fernando Martins

Efemérides Aveirenses: Mendes Leite

20 de Agosto de 1887

Neste dia, em 1887, faleceu na sua casa, na rua do Seixal, o insigne aveirense Dr. Manuel José Mendes Leite, soldado-combatente, jornalista, deputado, governador civil, impoluto cidadão e, sobretudo, legislador-parlamentar, a quem se ficou a dever a proposta da abolição da pena de morte em Portugal, nos crimes políticos.

Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

FESTIVAL DO BACALHAU: A festa já começou

Capital Portuguesa do Bacalhau


“O sucesso do ano passado motivou-nos para fazer mais e melhor”, garantiu o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, na abertura oficial do Festival do Bacalhau 2009, integrado no programa das festas do Município Mar Agosto. 
O autarca ilhavense agradeceu a todos os que souberam viver as energias positivas, para se pôr de pé este festival, “que começou aqui”, no Jardim Oudinot, no ano passado, quando ele tinha “pouco tempo de vida”. Sublinhou que o Concelho de Ílhavo é a “Capital Portuguesa do Bacalhau”, graças à acção das empresas que ainda o pescam e comercializam, referindo a importância de valorizarmos os factores de “atractividade” do Município e região. 
Ribau Esteves salientou a aposta feita na área concelhia em “crescer com gente nova”, contribuindo para a valorização da nossa região turística. Depois de enaltecer a acção do professor João Reigota, grão-mestre honorário da Confraria Gastronómica do Bacalhau, que foi “alma mater deste festival", o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo agradeceu a todos os que contribuíram para a organização deste evento, que fica à espera de 150 mil visitantes, número alcançado no ano transacto. 
Haverá animação musical, exposições, artesanato, cinema ao ar livre e muita festa, até ao próximo domingo. Parte do resultado líquido do Festival do Bacalhau será canalizada para o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo. 


F. M. 

Crónica de Férias: Passeio na marginal

PRIMEIRA OU TERCEIRA IDADE?
O dia amanhecera cinzento. Uma sarria daquelas que as más-línguas apelidam de chuva molha-tolos, foi a companhia dos veraneantes que escolheram para as suas férias, aquela Ria a gosto. Deambulava pela marginal duma Nova Costa do Prado, com um visual diferente, remoçado, atractivo e desafiador de uns largos passeios na calçada. Mais apeteceria dizer do calçadão, pois se calhar, não fica atrás dessas longas avenidas que atraem os turistas ao Rio de Janeiro. Sim, é de facto uma delícia passear-se, no amplo espaço agora criado, na marginal desta zona balnear de casas às risquinhas e tradições seculares. Abrindo aqui um parêntesis, é de louvar o esforço de descentralização do poder que emergiu após a revolução de Abril e que não se pauta só pelo negativo. Há que ter uma visão crítica das coisas, mas reconhecer e dar o devido valor a quem o tem. Aqui, neste particular, estão as autarquias em destaque, já que, numa dinâmica de regionalização bem patente, têm dado cartas, no que concerne ao desenvolvimento local, quer no interior, outrora relegado para segundo ou terceiríssimo plano, quer mesmo no litoral. Aqui é notório o avanço que foi dado às infra-estruturas locais, para melhor e mais efectivamente servirem as populações residentes. Foi, como referido atrás, numa dessas marginais que acompanha a ria no seu curso, que encontrou aquele trio de sexagenárias. O alarido era tanto, no veículo que conduziam, de quatro rodas, que chamava a atenção dos transeuntes. Como chamar-lhe? Bicicleta? Não. Pois não tem apenas duas rodas. Triciclo, também não. Quadriciclo? Não existe ainda em linguagem corrente, mas será, a curto prazo, incorporado, para designar uma nova realidade linguística e um novo meio de transporte! Sem gastar qualquer combustível poluente para a atmosfera, que agradece; apenas movido pelo esforço físico de pedalar. E que bem o faziam a Nor, a Lia e a Dá! Detentoras duma já madura idade, faziam coro na gargalhada fácil e estridente e desafiavam os casais jovens que passeavam com os seus rebentos. Cruzou-se com elas, numa pequena paragem do seu circuito turístico e aí, se formou, rapidamente, um quarteto para a galhofa! Não dizem que rir é a melhor terapia? E... que melhor época do que as férias, para fazer do riso umas termas recuperadoras de energias? Sem dúvida que ali, naquele passeio pela marginal, capitalizaram uma grande reserva de saúde para aplicação futura. E... honra seja feita aos fautores daquele calçadão, que retempera as forças depauperadas, nas liças da vida hodierna. Parabéns à autarquia local, pelo prazer que proporcionou a este quarteto de gente madura, que sintetizou a boa disposição ali auferida, da seguinte forma:
Primeira ou terceira idade? Que importa, se há juventude? Não tenham de nós, piedade! Na meia, está a virtude! Mª Donzília Almeida 17.08.09

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SOL DA MEIA-NOITE

O José Vilarinho enviou-me, há dias, notas do seu diário de bordo, com belíssimas fotografias. Umas já as publiquei. Outras ficaram em arquivo. Como algumas pessoas me falaram da beleza das fotografias, aqui ficam mais duas, para regalo de quem sabe apreciar coisas bonitas.
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O Gafanhão humanizou a duna

A Gafanha foi feita pelos gafanhões. Com suor, muito suor, e lágrimas. Humanizou as dunas como ninguém o havia feito.
Leia aqui

ÍLHAVO: Mar Agosto 2009 - Festas do Município


No âmbito das Festas do Município de Ílhavo - Mar Agosto 2009 –, vai realizar-se de 19 a 23 de Agosto, como tenho vindo a anunciar, o Festival do Bacalhau no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré. A Cerimónia de abertura do festival vai decorrer amanhã, quarta-feira, dia 19 de Agosto, pelas 18 horas, no “Porão de Salgado” do Navio-Museu Santo André. 
A dimensão socioeconómica e cultural do bacalhau é uma aposta fundamental que a Câmara Municipal de Ílhavo tem vindo a assumir de forma crescente, numa opção pela diferenciação do Município de Ílhavo, enquadrada na frase “O Mar por Tradição”. 
O Festival do Bacalhau integra diversas actividades e espectáculos, bem como a Mostra Gastronómica das Tasquinhas de Bacalhau, que conta com a presença de nove Associações, nomeadamente, a Confraria Gastronómica do Bacalhau, Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, Confraria Camoniana, Associação de Solidariedade Social da Gafanha do Carmo, Associação Cultural e Recreativa Chio-Pó-Pó, Grupo folclórico “O Arrais”, Grupo de Jovens “A Tulha” e Bombeiros Voluntários de Ílhavo. 
Haverá, ainda, venda de padas de Vale-de-Ílhavo, mostra e provas de vinhos, matinées de cinema ao ar livre (em ecrã gigante), bares com esplanadas, mostras de artesanato, stand de exposição de empresas, animação para crianças e concertos nocturnos, com as “Just Girls”, “Roberto Leal”, “José Cid”, “Per7ume” e “Rita Guerra”. 

Ver programa aqui

Fonte: CMI

Padre Jeremias Vechina entre nós de férias

D. Manuel de Almeida Trindade
tinha grande admiração
pelo padre Jeremias
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No domingo participei na eucaristia das 11.15 horas, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, presidida pelo padre Jeremias Vechina, meu colega da escola primária, na já famosa, para os da minha idade, Escola da Ti Zefa. Não via o padre Jeremias há anos e gostei de estar com ele alguns minutos. Esteve doente há pouco tempo. "Desta safei-me", disse-me. Também gostei da homilia que fez, com nível, ou não fosse ele um conhecido especialista em espiritualidade.
Quando cheguei a casa, veio-me à memória o tempo da escola. E dele recordei a alegria natural e permanente, bem como a facilidade com que fazia amizades com todos os colegas. Ainda recordei a sua caligrafia, com a inclinação para trás, ao contrário do que era habitual.
Depois, a minha memória continuou até que cheguei à admiração que D. Manuel de Almeida Trindade, que foi Bispo de Aveiro, tinha pelo padre Jeremias e pela sua cultura espiritual, como um dia me disse. E fui à cata de algum escrito de D. Manuel, onde essa admiração estivesse patente. Localizei, então, no livro do nosso antigo bispo - Apontamentos de Retiros - um retiro orientado pelo padre Jeremias, em Fátima, entre 13 e 17 de Junho de 1983. Só algumas passagens:

  Conferência da manhã: “Uma conferência doutrinalmente profunda. O Padre Jeremias começou por evocar o centenário da morte de Santa Teresa de Ávila e o papel que ela desempenhou no século em que viveu. O seu papel foi servir de ponte: ensinou os teólogos (teólogos da escolástica decadente) a rezarem e a serem ‘espirituais’: e ensinou os espirituais a recorrerem à teologia (e aos teólogos) para que a sua espiritualidade tivesse fundamentos sólidos e não fosse devocionismo epidérmico.” Mais adiante, diz: “Belas palavras as do Padre Jeremias acerca da esperança a partir do pensamento de S. João da Cruz.”
Outra Conferência da manhã: “Bela conferência do Padre Jeremias sobre a maneira como o homem provocou a ausência de Deus e como Deus procura afirmar a sua presença de amor, chegando a sentar-se no banco dos réus, no lugar do homem… Esta ‘ausência’ de Deus é sentida pelos místicos da maneira mais viva. S. João da Cruz fala nas ‘noites escuras em que Deus parece que se esconde – os terríveis silêncios de Deus!” Fico-me por aqui para não cansar os meus leitores. Apenas quis recordar o meu amigo padre Jeremias, sublinhando, levemente, a sua espiritualidade e a admiração que D. Manuel de Almeida Trindade tinha por ele.

 Fernando Martins

Centro Cultural de Ílhavo: Exposição de Trabalhos dos Alunos Finalista

Esta exposição, patente ao público até 27 de Setembro, reúne um conjunto de obras de jovens criadores que, após um longo tempo de aprendizagem, se disponibilizaram a participar nesta mostra promovida pelo Centro Cultural de Ílhavo. Trata-se de uma acção fundamental para promover a criação artística de todos os que escolheram esta área de intervenção. A motivação subjacente à realização desta exposição revela-se como uma oportunidade de apresentação do trabalho desenvolvido por jovens artistas plásticos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

AGOSTO: Férias de Emigrantes

Encontros e Reencontros
Sempre foi agradável encontrar e reencontrar amigos. Com eles, trocamos impressões, emoções e sensações. Recordamos e revivemos momentos felizes e menos felizes. Partilhamos sonhos e sentimos a cumplicidade de muitos ideais experimentados há longos anos. E é nas férias de Agosto, normalmente, que se revêem cúmplices de vivências da meninice e juventude. Neste Agosto já reencontrei alguns. Uns que identifiquei de imediato; outros que deixaram alguns traços, muitas vezes imperceptíveis, na minha memória cheia de brancas. São denunciados uns pela voz, outros pelos olhos, uns por sinais desvanecidos do rosto, nunca pelo cabelo ou falta dele. Depois, lá vem uma frase que desencadeia um processo interminável de sequências, como a história das cerejas. Pegamos numa e logo agarrada a ela vem um cacho apetitoso. Por estes dias, senti a amizade de antigos alunos que pararam apressados os carros para um abraço do outro lado da rua. Vi quanto emigrantes regressados para férias manifestaram a sua alegria por me encontrarem, “com muito bom aspecto”, sublinham. Sempre há amigos muito gentis! Ouço histórias de dificuldades ultrapassadas, do bem-estar que por aqui talvez não pudessem ter, da vaidade natural de filhos e netos que singraram na vida, mas também do que os liga ao torrão natal, “as suas raízes” que permanecem bem agarradas ao coração. Com tudo isto, vêm à baila as notícias da região que lhes chegam pelo meu blogue e que ajudam a mitigar saudades sem medida, com apelos para que continue. Com votos de bom regresso, aqui fica a promessa da minha presença junto de todos, com um abraço amigo. Fernando Martins

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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