domingo, 5 de outubro de 2008

Dia Internacional do Professor

Pérolas...
Fazendo jus ao nome deste blogue, e porque também partilho a ideia de que devemos privilegiar o que é positivo na nossa vida, apeteceu-me narrar este episódio. Num mundo tão conturbado, como aquele em que vivemos hoje, nomeadamente, no meio escolar, presenciei, hoje, uma cena tão insólita, quanto pitoresca! Circulava a professora por entre os alunos, para lhes dar apoio nas tarefas que realizavam, quando foi interpelada por um miúdo de 10 anos, com ar vivaço e muito observador: – A senhora professora que idade tem? Surpreendida pelo inesperado da pergunta e porque esperava, mais uma vez, ouvir algo pouco agradável, relativo à sua provecta idade, escusou-se a uma resposta imediata e tentou ganhar tempo: – A idade duma senhora não interessa, muito menos a da tua professora... Sempre ouvira dizer que não se pergunta a idade a uma senhora! Aquele aluno ainda não vivera o suficiente para já conhecer essas regras de cortesia. Há coisas que só o tempo nos ensina. O aluno continuava insistente: – Sabe, é que a senhora parece mais nova! A senhora veste roupa de uma mulher jovem... como as de 30 anos! Se até aí estava surpreendida com a pergunta do miúdo, então é que ficou perplexa! À saída da aula, voltou a insistir: – A senhora parece mais nova que a minha mãe, que tem 37 anos! É verdade, é verdade! Uma senhora, no patamar dos sexagenários, ouvir um piropo de tão profunda benevolência, só podia ter uma reacção! Uma enorme hilaridade, algum conforto pelo meio e... sentir a sua auto-estima em movimento ascendente! Afinal, a Escola também é alfobre de futuros cavalheiros... daqueles que se prezam… quiçá, algum D. Juan... O sol brilhou, resplandeceu no rosto enlutado da professora, a quem recentemente falecera um ente querido. E... porque considero que são as coisas boas da vida que nos devem merecer atenção e apreço, aqui vai a narração do episódio.
Madona
01.10.08

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 97

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O DESENHO
Caríssima/o: Sinceramente, para mim, assunto a esquecer! Desenho!? (Agora é 'educação visual' ou 'EV'...) A nossa escolaridade decorreu no período pós Segunda Guerra Mundial: penúria, tristeza, cinzento. Os lápis de cor eram em caixinhas de meia dúzia, curtinhos e tinham de ser poupadinhos para todo o ano. Os livros eram a uma só cor, apenas o de leitura se dava ao luxo de ter imagens coloridas... Os professores não nos mandavam ilustrar os nossos escritos, o desenho era outro: desenhar um copo, um funil, uma caneca... Isto nem tem nada de extraordinário, só que se o traço saía do trilho devido era a desgraça: a borracha era dura como pedra e não apagava, borratava e tanto mais quanto mais se teimava... até ao desastre final que era a folha rasgada! E agora? Mas o que mais irritava é que o Armando pegava no lápis e, sem a mínima dificuldade, em menos de um 'já', tinha o vaso desenhado e com uma flor! Bem olhava para a mão dele e para a cara, mas aquilo saía sem uma sacudidela ou um trejeito, tudo natural. Ora, se ele faz, ... vamos a isto!... Desta vez, não rasgou o papel, mas o vaso ficou de crena, qual navio encalhado no paredão da Meia-Laranja! Chegada a quarta classe, o apuro refinava: o desenho tinha de ter sombreado. O Professor bem exemplificava, até no quadro preto, e chamava a atenção para a zona onde batia a luz, era tudo mais que evidente. Vamos à prática... Oh, desgraça, agora a sombra ocupava o espaço do desenho, como que a esconder o cilindro que fora posto sobre a secretária. Nada de desanimar: com uma pontinha de papel rasgado e mesmo com a ponta do dedo, com cuidadinho, vamos dar certo volume redondo ao cilindro... Olha, dá-me a impressão que até o papel está com pena do artista! Manuel
NOTA: Ao pensar numa ilustração para este texto do meu amigo e colaborador Manuel, lembrei-me que seria curiosos descobrir um desenho feito por um gafanhão antigo. Mexendo em papéis doutros tempos, que por aqui vou tendo, veio-me à mão um caderno de trabalhos escolares de João Simões Amaro. Não sei se ainda é vivo. Mas se for, terei muito gosto em lho oferecer. O desenho foi feito em 16 de Junho de 1930. O professor, penso eu, seria José Ferreira de Oliveira. Não haverá por aí outras curiosidades para partilhar? Fico à espera.
FM

Implantação da República – 5 de Outubro

Celebra-se hoje, 5 de Outubro, a implantação da República em Portugal. Depois de mais de sete séculos de Monarquia, regime que criou o nosso País e o impôs no mundo, em especial com a gesta dos Descobrimentos, veio a República para nos governar. Não importa analisar, hoje e aqui, o que houve de bom e de mau em cada regime. Isso fica para os historiadores. Mas importa sublinhar que a Nação portuguesa, com Monarquia e com República, tem sabido navegar através dos tempos, quantas vezes enfrentando procelas, sem nunca deixar que a barca lusa se afundasse. Celebrar a República é celebrar, sobretudo, a coragem dos que se bateram por mudar o rumo de Portugal, na esperança de melhores dias para os portugueses. Valeu a pena? Cada um que julgue, mas haverá quem concorde e quem discorde. Como em tudo. As mudanças, normalmente, são ditadas pelo desejo de melhorar. E não vale a pena admitir que os republicanos lutaram por benefícios pessoais. A luta pelo poder, ontem como hoje, visa, sem dúvida, o bem comum. E os ideais pelos quais nos devemos bater, na religião, na política e fora dela, são metas que todos devemos ousar no dia-a-dia, para chegar a uma sociedade mais justa e mais fraterna. A Monarquia cumpriu o seu papel. A República estará a cumprir o seu. Mas está nas nossas mãos ajudar o País a permanecer fiel aos valores da sua matriz e aos desígnios de quantos o legaram às gerações presentes e futuras. A dois anos da celebração do centenário da República, importa agora que todos saibamos recordar o 5 de Outubro de 1910, não com a preocupação de acusar seja quem for, muito menos apostando em encontrar o que de mal se fez, mas procurando descobrir o que de positivo tem acontecido até hoje. Para que Portugal continue a realizar-se no mundo.
FM

sábado, 4 de outubro de 2008

Jovem talentosa canta Ave Maria

Uma jovem inglesa talentosa, de 12 anos, canta Ave Maria. Este vídeo foi-me gentilmente enviado pela Eneida. Aqui fica a partilha. Obrigado por este momento muito bonito.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Tradições das Gafanhas

Em Galafanha, pode ler Tradições da Gafanhas. Um texto que reflecte, com rigor, a vida difícil das mulheres gafanhoas, que conseguiram, à custa de muitas canseiras, transformar areias estéreis em terra fértil.

Sínodo dos Bispos no Vaticano

De 5 a 26 de Outubro, vai decorrer no Vaticano mais um Sínodo dos Bispos, tendo por tema-base “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Nesta XII Assembleia Geral Ordinária dos Bispos, participam 253 delegados, estando garantido mais tempo para intervenções livres. Portugal terá como delegados D. Anacleto de Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa, e D. António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto.

Casa Major Pessoa

A Casa Major Pessoa, que vai ser um museu de Arte Nova, já é um sucesso, mesmo antes de abrir as portas oficialmente. O Jornal de Notícias diz que foi visitado, desde Novembro de ano passado, por 8350 pessoas. O sucesso, espera-se, vai continuar.

O Dia Começou Bem

Numa sala de exames cardiológicos, no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, pude ler, numa folha colada na parede:
UM SORRISO...
- Não custa nada e rende muito;
- Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá.
Dizia mais, mas isto é suficiente para começar bem o dia, todos os dias do ano.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Fio do Tempo

EUA: o plano de fundo(s) 1. O mundo estava em suspenso. A campanha dos candidatos à presidência americana ajudou à aprovação do plano da injecção de 700 mil milhões de dólares no chamado mercado monetário. Astronómico! É uma realidade impressionante o encadeamento ao jeito de dominó da economia do mundo nos sistemas americanos. Uma megadependência construída nos últimos dois séculos, também na fronteira dos valores da “liberdade” (das pessoas aos mercados), que quase ninguém quer assumir verticalmente mas que quase todos vivem no dia-a-dia. O dinheiro, como dizem os analistas, está injectado; mas a reflexão do plano de fundo é a tarefa mais urgente a ser realizada. 2. Com certa ironia, mesmo que subjectiva, os americanos falam de si mesmos como se fossem o mundo. Os “outros” ficam…! O Senado aprova o plano para tranquilizar o povo dos Estados Unidos, mesmo sabendo-se que essa tranquilidade é transnacional, mundial. Quando a água acalmar proximamente, de facto, observar-se-á a pequenez que somos para os persistentes endeusamentos das várias ideologias, até das ciências económicas. Quantas afirmações referidas, pensamentos ditos, sentenças proclamadas de pânico diante do desabar das pretensas, mas ilusórias, seguranças. Mesmo exaltando-se a «confiança» como valor, todos espelha(ra)m a desconfiança extrema. 3. As coisas são como são. Já que deste modo a América toca todo o mundo (ainda que segundo alguns no requiem diante dos novos mundos asiático e sul-americano), já que a sobrevivência do Ocidente e da Europa (realista) precisam mesmo dos EUA, então que se concretize a reflexão ética mundial urgente sobre qual o papel das economias nas sociedades actuais. O plano não pode ser um remendo. No pano de fundo continuam a pairar as mesmas incertezas das concepções injustas. Seja hora dos sábios! Não dos que produziram a crise, mas dos que a pagam.

Acordo Ortográfico

O PÚBLICO online referiu hoje que a nova ortografia já devia estar a ser ensinada nas escolas, na linha do que afirmou o linguista Malaca Casteleiro. De facto, Malaca criticou o Ministério da Educação pela ausência de um calendário para a entrada em vigor do novo acordo ortográfico no ensino do Português. "É lamentável que, da parte do Ministério da Educação, ainda nada tenha sido dito quanto à aplicação do novo acordo", considerou Malaca Casteleiro, à margem da cerimónia de abertura do 7º Colóquio da Lusofonia, que decorre em Bragança até domingo.

Sinais úteis de presenças incómodas

Gosto de ler entrevistas. A entrevista é hoje uma modalidade frequente de comunicação, onde a pessoa se mostra a si mesma, ao seu mundo interior e às suas vivências. Aí se vê a riqueza de muitas vidas e, também, o vazio e o sem-sentido de tantas outras. Por vezes, o entrevistador indaga sobre a adesão religiosa do entrevistado. Não deixa de ter interesse poder ver como muitos falam de si na relação com o mundo do religioso. Outros não precisam que se lhes pergunte. Faz parte das suas vivências e preocupações, mesmo que a sua posição, perante Deus e a Igreja, não seja de adesão total ou de prática regular. Li a entrevista de Fernando Nobre na “Notícias Magazine” de 21 de Setembro. O fundador e presidente da AMI é um homem fascinante pela sua generosidade e entrega, com o ideal evangélico de “fazer o bem sem olhar a quem”, expondo-se a perigos constantes e animando missões de ajuda médica e de promoção humana nos países mais pobres do mundo e no meio das mais perigosas e exterminadoras situações de guerra. Quando há anos estive na televisão, em directo, com Fernando Nobre, a convite do jornalista José Manuel Barata Feio, admirei a sua serenidade, cultura e capacidade de reflexão, em relação a problemas difíceis e melindrosos - era o caso que ali nos reunia - que não se apreciam com demagogias, nem com opiniões superficiais. Fernando Nobre, que preside a uma associação não confessional, laica, como ele próprio diz na entrevista, fala do seu “respeito pelos missionários, seja de que tendência forem”. Vai-os conhecendo por esse mundo fora, a viver e a lutar, nas situações mais difíceis e penosas, como “pessoas com imensa fé que conseguem fazer um trabalho extraordinário em prol dos outros”. E conta, mais adiante, que ao dirigir-se para uma missão muito difícil de ajuda às vítimas do tsunami, no Sri Lanka, esperava-o, no aeroporto, um padre que ele não conhecia, nem por ele era conhecido. Ostentava um cartaz com o seu nome e disse-lhe que soubera da sua vinda, por um relatório da Comissão dos Direitos Humanos na Ásia e que chegaria naquele mesmo avião. Foi graças a este padre que, como ele, vivia a urgência do amor e da solidariedade, que se pôde montar, de imediato, em rede de colaboração, a missão urgente de ajuda a um povo destruído. Impressionam-me, pelos preconceitos e pelas omissões e entraves que provocam, as atitudes de gente, dita evoluída e preocupada com os outros, que fala da Igreja e do fenómeno religioso, com desdém e arrogância. Atitudes ao arrepio da realidade e da verdade objectiva, que nada constroem e muito destroem. Pessoas livres e comprometidas, sabem distinguir, colaborar e aceitar colaboração. A Igreja e os cristãos coerentes são incómodos, mas estão sempre presentes onde faz falta, mormente ante a dor e a miséria de tanta gente. É o seu dever. Também ele precisa de apoio. António Marcelino

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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