domingo, 5 de fevereiro de 2006

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Preocupações
Todos gostamos de saborear momentos de tranquilidade e de paz; corremos por isso, porque achamos que a paz não tem preço e vale todos os esforços.
Sentimos e queixamo-nos da pressa da vida e, em certos dias, muito gostaríamos de horas que multiplicassem os minutos por dois ou por três; mas os relógios mantêm-se fiéis aos ritmos de sempre.O tempo não se mede pelo comprimento dos dias; o que o valoriza é o que nele pomos e fazemos; é a densidade com que o vivemos.
O cristão não vive com saudades do futuro, nem com as angústias do não-feito no passado. O Homem de fé está sempre procurando e vivendo o permanente, o presente de Deus; e não se envergonha de dizer que procura o Senhor, mesmo já O possuindo.
“Todos Te procuram”, diziam as pessoas que O encontraram; e a Sua missão era, exactamente, deixar-Se encontrar, para que a Paz e a tranquilidade serenasse os corações e acabasse com angústias e preocupações.
Deus quer a Felicidade para todos os Seus filhos; a Boa Nova, que é o Seu Filho entregue por nós, há-de estar ao alcance de todos, porque quantos O conhecem sentem a urgência do anúncio; é obrigação falar; “ai de mim, se não pregar o Evangelho”.

: In "Diálogo", 1060 - V DOMINGO COMUM - Ano B

sábado, 4 de fevereiro de 2006

O PRAZER DE RELER

VIRTUALIDADES Eça, sempre
Mário Bettencourt Resendes*
Um fim de semana de Inverno, para mais com a visita inesperada e belíssima da neve, convida à leitura. E aí, apesar das muitas aquisições recentes que aguardam a sua vez, apeteceu um regresso ao eterno Eça. Afinal, na literatura é, no mínimo, duvidosa a recomendação de Cesare Pavese, que aconselha a não voltarmos a lugares onde se conheceu a felicidade. Uma vista de olhos à estante e lá veio a «Ilustre Casa de Ramires», numa edição já «velhinha» dos «Livros do Brasil», com «fixação de texto e notas» de Helena Cidade Moura e capa de Lima de Freitas. Bastou começar e logo nos enredámos, com o prazer de sempre, nas desventura do ilustre fidalgo Gonçalo. Mais de um século depois, reencontrámos, com um misto de fascínio e mágoa, muito do Portugal que hoje corre, nostálgico e deprimido. Com a devida vénia ao autor e contando com a benevolência dos leitores, vai hoje a crónica recheada de citações da prosa magnífica de Eça de Queiroz. À página 138, quando Gonçalo se debate com o terrível dilema de, para conseguir o ambicionado cargo de deputado da nação, ter de mudar de partido e reconciliar-se com o governador civil, até à altura seu grande adversário pessoal e político na terra, eis como o fidalgo se deixa convencer pelos argumentos de um amigo: «Escute, homem! Você quer entrar na política? Quer. Então, pelos Históricos ou pelos Regeneradores, pouco importa. Ambos são constitucionais, ambos são cristãos. A questão é entrar, é furar. Ora, você, agora, encontra, inesperadamente, uma porta aberta. O que o pode embaraçar? As suas inimizades particulares? Tolices!» Veio, é claro, depois de algum «suspense», o ambicionado lugar em São Bento. E Gonçalo nem sequer se coibiu de depois facilitar o «acesso» do governador civil, inimigo de outrora, à sua impoluta irmã, senhora bem casada, mas que tinha ficado, de solteira, com um fraco pelo homem. Enfim, coisas da política novecentista (?) Retenha-se, finalmente, como paradigma do génio de Eça, o penúltimo parágrafo do livro: «Os fogachos e entusiasmos, que acabam logo em fumo, e juntamente muita persistência, muito aferro quando se fila à sua ideia. A generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios, e sentimentos de muita honra, uns escrúpulos, quase pueris, não é verdade ? A imaginação que o leva sempre a exagerar até à mentira, e ao mesmo tempo um espírito prático, sempre atento à realidade útil. A viveza, a facilidade em compreender, em apanhar. A esperança constante nalgum milagre, que sanará todas as dificuldades. A vaidade, o gosto de se arrebicar, de luzir, e uma simplicidade tão grande que dá na rua o braço a um mendigo. Um fundo de melancolia, apesar de tão palrador, tão sociável. A desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe, até que um dia se decide e aparece um herói que tudo arrasa (...) Assim, todo completo, com o bem e o mal, sabem vocês quem ele me lembra? - Quem? - Portugal». Vale sempre a pena revisitar todo o Eça...
: *Jornalista
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Ilustração. Eça de Queiroz

Antigo Bispo da Guarda vai ser homegeado

Homenagem a
D. António dos Santos,
com a publicação
de um livro, que
vai ser enviado
a todos os padres
da Diocese da Guarda
A diocese da Guarda irá prestar uma homenagem ao anterior pastor, D. António dos Santos, num livro a publicar brevemente. “Uma iniciativa de D. Manuel Felício – bispo actual – que será enviado a todos os padres no início da Quaresma” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Francisco Barbeira, do jornal «A Guarda». Este opúsculo – com cerca de 40 páginas - terá a mensagem que D. António dos Santos dirigiu a toda a diocese no momento da saída; a homenagem feita pelo clero da diocese e será ilustrada com fotografias sobre estes momentos” – realçou. Para além destes dados históricos, o livro contém a biografia do antecessor de D. Manuel Felício e uma listagem de todos os bispos da diocese. Com o título «D. António dos Santos – Bispo da Guarda», o livro é editado pela «Veritas».
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Fonte: Ecclesia

Primeira reacção à crise dos "cartoons" de Maomé

Vaticano diz que liberdade de expressão
não autoriza ofensas aos crentes
O Vaticano reagiu hoje à polémica sobre os "cartoons" com o profeta islâmico Maomé, postulando que a liberdade de expressão não autoriza à ofensa às convicções religiosas. No seu primeiro comentário público sobre a polémica que agita o mundo muçulmano, mas também a Europa e os EUA, o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, declarou hoje que "a coabitação dos homens exige um clima de respeito mútuo para favorecer a paz entre os homens e as nações". Em comunicado, o Vaticano acrescenta que o direito à liberdade de expressão não inclui "o direito de ferir os sentimentos religiosos dos crentes".
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Fonte: PÚBLICO

Um poema de Vinícius de Morais

O rio Uma gota de chuva A mais, e o ventre grávido Estremeceu, da terra. Através de antigos Sedimentos, rochas Ignoradas, ouro Carvão, ferro e mármore Um fio cristalino Distante milénios Partiu fragilmente Sequioso de espaço Em busca de luz. Um rio nasceu.

CITAÇÃO

"A vida numa sociedade livre e aberta implica que interiorizemos limites. Não limites impostos pelo Estado, mas pela cultura, pela educação, pela civilidade. São eles que nos obrigam a agir não apenas de acordo com leis que são sempre imperfeitas e intrusivas, mas seguindo os mesmos critérios de bom senso e equilíbrio sem os quais não poderíamos nunca conciliar o nosso direito a termos convicções fortes com o direito dos outros a que não lhas imponhamos. É isso que dá corpo a uma tolerância que queremos substantiva e não baseada no relativismo e na ausência de valores."
: José Manuel Fernandes In PÚBLICO

UCP: SESSÃO COMEMORATIVA DE ANIVERSÁRIO

A cultura é a verdadeira
solução para
os problemas
da sociedade
- Afirmou o Cardeal Patriarca na arranque das comemorações do Dia Nacional da Universidade Católica-

O Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa (UCP) celebra-se, como habitualmente, no primeiro Domingo de Fevereiro, este ano sob o lema “Por uma Cultura Superior Católica”. Ontem (3 de Fevereiro), no arranque das comemorações, D. José Policarpo, Magno Chanceler da UCP, sublinhou que "a cultura é uma batalha que não está ganha, nunca está ganha, mas é uma batalha que, conscientemente, nenhum de nós pode aceitar perder, porque, mais do que nunca, os grandes problemas do presente e do futuro das nossas sociedades têm soluções políticas, técnicas e económicas, mas nenhuma delas é verdadeiramente humana e definitiva se não se enquadrarem na única, que é a solução cultural".
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(Para ler mais, clique aqui)

Foto do dia

FAROL DA BARRA DE AVEIRO
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O Farol da Barra de Aveiro foi inaugurado em 31 de Agosto de 1893, estando presentes o ministro das Obras Públicas, a Câmara Municipal de Ílhavo e o respectivo pároco.
O foco luninoso, que até 1936 era alimentado a petróleo, passou nessa data a ser servido por energia eléctrica.
As visitas ao Farol só são possíveis, mediante autorização da Capitaniado Porto de Aveiro.

Efeméride aveirense

1905 - Por alvará deste dia, foram aprovados os novos estatutos da "Associação Comercial de Aveiro", elaborados em Assembleia Geral de 29 de Dezembro de 1904, passando a benemérita colectividade a denominar-se "Associação Comercial e Industrial de Aveiro".
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1912 - Começou a publicar-se em Aveiro "A Voz do Povo", como semanário defensor dos interesses do trabalho: terminou em 10 de Março do mesmo ano. Em 4 de Novembro de 1917, reapareceria como quinzenário independente, literário e noticioso. Em 13 de Novembro de 1920, editar-se-ia como semanário independente. Foi sempre dirigido por Firmino Soares Andrade Cadete.
: Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

UCP: Sessão solene enaltece valores da liberdade e da tolerância

No âmbito do Dia da Universidade Católica Portuguesa, que se assinala domingo, realizou-se hoje, no Auditório Cardeal Medeiros, em Lisboa, uma sessão solene, em que foram enaltecidos os valores da liberdade e da tolerância
João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos, recordou as consequências dos totalitarismos e das várias intolerâncias que marcaram a história do século XX. "A liberdade e a tolerância não nasceram do combate contra a religião, muito menos contra o Cristianismo. A liberdade e a tolerância nasceram da convicção judaico-cristã de que existe uma lei moral mais alta", afirmou João Carlos Espada. O Dia da Universidade Católica Portuguesa celebra-se domingo e vai ficar marcado por uma eucaristia na Igreja do Seminário da Luz, em Lisboa, celebrada pelo vice-reitor da Universidade.
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Fonte: RR

TRABALHADORES EM SITUAÇÃO PRECÁRIA

Um quinto dos trabalhadores por conta de outrem em situação precária
Num dossier intitulado «A Precariedade - números, factos e consequência», entregue no ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, a USL refere que os contratos precários (contratos a termo, temporários, sazonais e outros) atingem trabalhadores de todas as idades, profissões e habilitações.
No entanto, a camada mais jovem acaba por ser a mais afectada, sendo que quase dois terços (61,2%) dos jovens (menos de 25 anos) a trabalhar por conta de outrem têm um vínculo precário, de acordo com os dados da USL, a que a agência Lusa teve acesso.
Por tipo de contrato, os contratos a termo representam 80,3% dos trabalhadores, enquanto que 19,7% têm contratos temporários, sazonais ou outros.
Sublinhando que 14% dos trabalhadores com contratos não permanentes são «altamente qualificados», a USL aponta o exemplo do Hospital Egas Moniz em que 115 dos 410 enfermeiros são contratados a prazo.
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(Para ler mais, clique SOLIDARIEDADE)

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