PLANO NACIONAL DE LEITURA vai ser implementado
Tudo se conjuga para que um Plano Nacional de Leitura venha a ser implementado pelo Ministério da Educação, de mãos dadas com o Ministério da Cultura, durante dez anos. A premência desta medida é suficientemente conhecida e sobre ela já aqui escrevemos uma curta nota. Em Portugal lê-se pouco, lê-se mal, e nem tudo o que se lê é compreendido pelos leitores. Não vale a pena fugir a esta realidade.
O Plano vai dirigir-se aos alunos das escolas de todos os graus de ensino, às famílias e às mais diversas organizações civis, numa tentativa de promover os livros e de criar hábitos de leitura, começando precisamente pelos mais novos e tendo em conta que urge combater a iliteracia (incapacidade de entender o que se lê), tão sentida pelo nosso povo.
O relatório ligado a esta iniciativa sublinha que "A escola é praticamente a única instituição com possibilidades de contornar os problemas de iliteracia em Portugal", enquanto salienta que se lhe exige "que ensine a ler", mas também que "seja capaz de ensinar a gostar de ler para o resto da vida".
Reconhece-se, também, que as "práticas tradicionais de ensino de leitura e da escrita, oferecidas pela escolas, não são suficientes para a aquisição de competências leitoras em qualidade e quantidade" , mas ainda com capacidade "para fazer face aos desafios das sociedades contemporâneas".
O projecto será faseado e progressivo, começando pelos jardins-de-infância e escolas do 1º Ciclo, para atingir o pleno em 2009, quando chegar a todos os alunos e a todas as escolas.
A "fim de evitar algum desnorte típico da introdução de novas abordagens metodológicas", o Ministério da Educação deve proceder à "elaboração de orientações muito precisas para as escolas", pode ler-se no relatório, já divulgado pela comunicação social.
F.M.