segunda-feira, 5 de maio de 2025

Dia da Mãe

Para este domingo, esteve programado o Dia da Mãe, data que os filhos jamais poderão esquecer. A verdade é que só agora pude evocar a data. 
Dia cheio, decerto com algumas banalidades, mas ainda estou a tempo de evocar a minha saudosa e querida mãe. Como era o mais velho (o meu único irmão foi o Armando, que faleceu há anos). Escusado será dizer que o meu pai, a minha mãe e o meu irmão permanecem bem vivos no meu espírito.
Voltando à minha mãe, sinto ser minha obrigação afirmar que nunca me deixa sozinho, tal a força o seu amor. E recordo como ela me tratou durante uma grave doença pulmonar. Estaria condenado a ser internado num sanatório do Caramulo, mas fiquei em casa. Ela garantiu ao médico, Dr. Ribau, que faria rigorosamente tudo quanto ordenasse para eu me salvar. E assim aconteceu.
Um beijo com muita ternura para a minha querida mãe, Rosita Facica. 

sábado, 3 de maio de 2025

Não chores pelo que perdeste


NOTA: Das Redes Sociais


 

Homenagem a Francisco

Pára e Pensa

Um jornalista perguntou uma vez ao Papa Francisco: Como gostaria de ser recordado depois de morrer? E Francisco respondeu textualmente com estas palavras: “Era um bom homem e fez o que pôde.”
Estou convicto de que, agora que partiu, a melhor homenagem que se lhe poderia prestar seria cada um, cada uma, nas suas respectivas condições de vida, fazer sinceramente seu o mesmo desejo de recordação após a sua própria morte: “Era uma boa pessoa e fez o que pôde.”
Não haja dúvidas: o mundo seria diferente.

Anselmo Borges
Padre e professor de Filosofia

Sábado, 3 de Maio de 2025

As nuvens desafiaram-me


 

sexta-feira, 2 de maio de 2025

PADRE CÉSAR - Capelão Militar

O CAPELÃO MILITAR PARAQUEDISTA
QUE SALTAVA À FRENTE PARA DAR CONFIANÇA



HÁ DEZ ANOS, CÉSAR FERNANDES TORNOU-SE PÁROCO DA GAFANHA DA NAZARÉ, APÓS 28 ANOS DE SERVIÇO NAS FORÇAS ARMADAS COMO CAPELÃO MILITAR PARAQUEDISTA, ONDE FOI “PAI” E “COMPANHEIRO” DE MUITOS MILITARES EM MISSÕES INTERNACIONAIS DE PAZ.

César Fernandes, o mais velho de seis filhos de Adelino e Ludovina, nasceu há 72 anos, em Calvão. Aos 12 anos, entrou no seminário local, tendo transitado dois anos depois para o Seminário de Santa Joana em Aveiro. Após a sua formação no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas no Porto, em 1979, foi ordenado presbítero na Igreja Matriz de Calvão, iniciando o serviço pastoral na paróquia de Aradas.
Em 1981, foi chamado ao serviço militar, obrigatório para todos os cidadãos portugueses do sexo masculino. César Fernandes foi incorporado nas Tropas Para-quedistas pertencentes à Força Aérea Portuguesa e colocado na Base Operacional de Tropas Para-quedistas Nº 1. Meses mais tarde, foi integrado no 113º curso de paraquedismo na Base Escola de Tropas Para-quedistas em Tancos. Terminado o curso com aproveitamento e regressado à sua anterior Unidade, aí completa os dois anos obrigatórios de serviço militar. Quando terminou esta missão de dois anos, foi surpreendido com o convite do Patriarca de Lisboa, Ordinário Castrense de Portugal, D. António Ribeiro, para ser capelão militar efetivo do quadro de capelães. Abraçou a missão em dois locais - na base militar de S. Jacinto, onde permaneceu 10 anos, e em Tancos, onde desenvolveu grande parte do seu serviço militar, terminando em dezembro de 2007 o seu percurso com a patente de tenente-coronel paraquedista.
César Fernandes realizou cerca de 10 missões internacionais de implementação de paz, acompanhando os vários batalhões de paraquedistas, em geografias como Bósnia, Kosovo e Afeganistão. Como capelão militar paraquedista dava apoio espiritual e emocional, celebrava a missa e aumentava a confiança dos militares, ao entrar também no avião e a ser o primeiro a saltar. O seu papel foi além de capelão, dizendo emocionado: “Fui um pai e um companheiro para muitos militares”.

Os 27 anos dedicados às Forças Armadas deram-lhe não só “amigos eternos”, como “a melhor parte” da sua vida. Aos 56 anos encerrou este capítulo do seu percurso, motivado pelo desgaste físico que obrigou a uma artroplastia de quadril para substituir parte da articulação do fêmur por uma prótese.
Motivado pelo serviço à comunidade, regressou à sua Diocese de Aveiro, tendo assumido a missão de Prior da paróquia da Gafanha da Nazaré, em agosto de 2015. Nessa ocasião, adiantou como desafios pastorais a “humildade, a generosidade, a proximidade e a colaboração, porque o objetivo da Igreja também é o bem do ser humano no seu todo”.
Há uma década que trabalha de “segunda a segunda”. Só no ano passado, as Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, conseguiram que agendasse três dias de férias. E se este é o momento que identifica como o mais feliz dos seus últimos dez anos, indica que a pandemia de Covid-19 foi o mais triste. “Foi uma dor de alma ver as igrejas vazias e rezar a missa sem a comunidade cristã. Celebrar as cerimónias pascais sem pessoas marcou-me muito”, recorda.
A sua jornada começa habitualmente às seis horas e meia da manhã com uma caminhada de 50 minutos em Aveiro, onde vive. Às nove já está na Paróquia, a coordenar as várias atividades. Na sua secretária há dossiês, documentos e livros, destacando-se a autobiografia do Papa Francisco que se encontra a ler. Fala do pontificado de Francisco com entusiasmo, elogiando o seu trabalho na renovação interna da Igreja, na sua maior abertura à sociedade e na atenção às periferias da sociedade.
Dez anos depois, e a caminho de completar 73 anos, César Fernandes partilhou já com o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro Ramos, a intenção de “descansar” e “ir para casa”. Revela que quer dedicar-se à família, em particular às suas duas irmãs com quem vive. Sente que é um dever, uma vez que “nunca teve tempo”.
Mas, enquanto o capítulo na Paróquia da Gafanha da Nazaré não se encerra, César Fernandes prossegue a sua missão, que descreve recorrendo às palavras do Santo Padre: “Às vezes, o Pastor vai à frente para orientar o caminho; por vezes está no meio para ser um deles; outras vezes vai atrás para acolher os que estão em último, não deixando ninguém para trás.”Nas suas palavras: “Enquanto aqui estiver quero ser este Pastor.”

NOTA: Transcrito, com a devida vénia, de "ÍLHAVO - revista" da CMI, edição de Março de 2025

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Tolentino Mendonça - Quatro tiros no coração

 

Certas manhãs chegava
esmagado pela luz
longo, frívolo, ofensivo
qualquer gesto aludia
a uma espécie de tremor
a tristeza daqueles que não pertencem
a lugar algum

vivia tudo num instante
a solidão, os rancores
as alegrias dos outros
o silêncio do Outono

nunca o amor tocara o seu corpo
com a intensidade do medo
tornou-se parte de um rito
nem perto, nem longe
da palavra justa

ele só pedia
«não me digam nada»


José Tolentino Mendonça


Do livro "A noite abre meus olhos"

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

https://galafanha.blogspot.com/

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue