quinta-feira, 22 de junho de 2017

UM DIA DIFERENTE...…

Crónica de viagens de Maria Donzília Almeida

“A maravilha em preservar sempre viva criança interior é que podemos abandonar, sempre que necessário, o cárcere da vida adulta!” 

Valeria Nunes de Almeida e Almeida

Daqui houve nome Portugal

Porta Estandarte

Palácio Duque de Bragança

Casa Brasonada

Anjo

Centro Histórico

Varandas Floridas

O pau
Este ano, o Dia Mundial da Criança teve um sabor diferente. Sobretudo para um grupo de meninos já crescidinhos, a que eu, carinhosamente, chamo JovenSeniores. E, já que há uma segunda infância, regressámos à nossa meninice. Neste dia, por todo o lado se organizam visitas de estudo, que antigamente se chamavam passeios da escola. A componente pedagógica sempre presente. Assim, é frequente ver-se por esse país fora, bandos de “passarinhos”, de chapeuzinhos todos iguais, sob a supervisão dos educadores. Vão inculcando, empiricamente, as regras da cidadania, numa educação cívica, que deve começar no berço. Lá diz o povo “De pequenino, se torce o pepino!”
Com a irreverência própria das crianças, lá foi o grupinho aos cuidados do prof. João, com destino a Guimarães. Mas, as traquinices desta gente de vários palmos e meio, depressa se manifestaram. Têm muita vivacidade, estas “crianças”!
A 1.ª travessura aconteceu em Campanhã, onde nos esperava um minigrupo, que fora de carro, com uma placa feita de um tosco ramo de árvore, onde se lia: Bem-vinda a US da Gafanha da Nazaré. A placa, tal como usam os guias turísticos, passou de mão em mão, até que foi entregue, por unanimidade, ao menino mais traquina e espigadote. Era o porta-estandarte à altura! Desta forma, ninguém se perderia do grupo e o mestre podia seguir tranquilo, sem receio de alguma ovelha tresmalhada.
E de mochila às costas, lá seguiu o grupo para mergulhar na história, na arquitetura e na descoberta da urbe.
Guimarães, uma antiga cidade romana, foi escolhida por D. Afonso Henriques como capital do Reino de Portugal após a sua vitória, na Batalha de São Mamede em 1128.
Começámos pelo Castelo. Guardo, na memória de uma remota visita, a chave enorme com que o porteiro nos abriu a porta. Hoje, há portaria eletrónica. As “crianças” empoleiravam-se, nas escadas de granito, carcomidas pelo tempo. “Cuidado, não se debrucem nas ameias”, ouvia-se a voz do “Menino do Pau.” “Há zonas perigosas!”
No século X, a Condessa Mumadona Dias manda construir, na sua herdade de Vimaranes, um Mosteiro que sofria constantes ataques por parte dos mouros e
normandos. Houve a necessidade de construir uma fortaleza para defesa dos monges e da comunidade cristã, que vivia em redor. Surge assim o primitivo Castelo de Guimarães. No século XII, com a formação do Condado Portucalense, vêm viver para Guimarães o Conde D. Henrique e Dª Teresa que mandam realizar grandes obras de ampliação. Diz a tradição que teria sido, no castelo, que os condes fixaram residência e aí terá nascido D. Afonso Henriques. Perdida a sua função defensiva, o Castelo entra num processo de abandono e degradação progressiva até ao século XX.
Seguiu-se a visita ao Palácio Ducal, construído no século XV pelo primeiro Duque de Bragança. Acabou por cair em ruínas, tendo sido restaurado durante a ditadura de Salazar. O museu abriga belas peças de mobiliário renascentista, soberbas tapeçarias flamengas e tapetes persas. Hoje é usado como residência oficial do Presidente da República.
Percorrendo o centro histórico, entre outros monumentos, visitámos a igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Oliveira, fundada por D. Afonso Henriques. Foi restaurada no reinado de D. João I para comemorar a sua vitória, na Batalha de Aljubarrota, em 1385. Famosa pela torre em estilo manuelino, a igreja é também conhecida por uma curiosa lenda segundo a qual teria sido plantada, à sua frente, uma oliveira para fornecer de azeite as lâmpadas de altar.
Guimarães, “o berço da nacionalidade” é uma cidade rica em património que merece uma visita mais dilatada. Mas há “criancinhas” que se cansam com as longas caminhadas e não fosse o “Menino do pau”, alguma se teria desorientado.
Ao fim da tarde, todos regressámos de comboio, exaustos mas com mais conhecimento e cultura na sua bagagem.

22.06.2017

FOGOS FLORESTAIS — ESTARÁ TUDO DITO?


Nestes últimos dias, já vi, li e ouvi tanto sobre a causa dos fogos florestais que até fiquei baralhado. As contradições são tão evidentes que nem ouso tomar posição sobre o assunto. Sou leigo na matéria e daí não sairei, mas gostaria de saber mais sobre o tema. Continuarei, no entanto, a procurar o esclarecimento, porque os fogos florestais, que são uma constante entre nós, precisam mesmo de ser erradicados das nossas matas. 
Neste ínterim, li um texto interessante, que aqui partilho. Foi escrito por Henrique P. Santos,  que, ao que suponho, percebe disto. Pode ser lido aqui

GAFANHA DA NAZARÉ VAI TER ESPAÇO DO CIDADÃO


A Câmara Municipal de Ílhavo vai disponibilizar à população da Gafanha da Nazaré um novo espaço de atendimento, o Espaço do Cidadão, reforçando desta forma a Rede Municipal de Atendimento Digital Assistido no Município de Ílhavo, que passará a contar com dois espaços: o EdC de Ílhavo e o EdC da Gafanha da Nazaré. Esta novo espaço vai funcionar na Junta de Freguesia, abrindo portas na próxima segunda-feira, 26 de junho.
São mais de setenta serviços que o munícipe encontra num só espaço, podendo, por exemplo, solicitar a revalidação da Carta de Condução, 2.ª via e substituição, entregar despesas da ADSE, efetuar a alteração de morada no Cartão de Cidadão, solicitar o Cartão Europeu de Seguro de Doença, fazer o pedido de chave móvel digital, entre outros.
Neste espaço são, assim, disponibilizados serviços da ADSE, do SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da CGA - Caixa Geral de Aposentações, do IMT e da AMA.
Com abertura marcada para as 11h00 da próxima segunda-feira, o Espaço do Cidadão vai funcionar às segundas-feiras, das 09h00 às 16h00, com interrupção para almoço.

Fonte: CMI

quarta-feira, 21 de junho de 2017

DIA MUNDIAL DO YOGA

Crónica de Maria Donzília Almeida 

                                        

"O fraco nunca perdoa. 
O perdão é a característica do forte" 

Mahatma Gandhi 


Quando viaja pelo oriente, qualquer ocidental se deixa, facilmente, impregnar pelo misticismo da civilização hindu. Um país mágico onde se sente a presença de mestres espirituais como Mahatma Gandhi e Krishnamurti, onde a atmosfera rescende a especiarias, onde a vista se deslumbra com o colorido dos saris, onde o culto religioso abrange formas tão diversificadas, como o hinduísmo, budismo e islamismo, deixa a sua marca no visitante mais distraído. 
A minha atração pela prática do yoga surgiu na idade imortalizada por Balzac, em “A Mulher de Trinta Anos”, mas foi na idade madura, de passagem pela Índia, que a sedução foi total. 
A palavra yoga deriva do sânscrito e é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia. A palavra está associada às práticas meditativas tanto do budismo como do hinduísmo. Neste, o conceito refere-se a uma das seis escolas (āstika) ortodoxas da filosofia hindu e à sua meta rumo ao que esta escola determina como suas práticas. Fora da Índia, o termo yoga costuma ser associado tipicamente ao hata-ioga e suas asanas (posturas) ou como uma forma de exercício. 
O yoga é uma filosofia de vida ancestral que remonta a cerca de cinco mil anos e é considerada, hoje, também, como uma ciência e  como uma medicina alternativa e de prevenção. 
Na sociedade ocidental, o yoga tem, fundamentalmente, a finalidade de revitalizar o corpo físico, melhorar a concentração e  apaziguar a mente atribulada, através da redução dos níveis de stress. 
Trata-se de uma prática dinâmica, profunda, agradável e desafiante que une o nosso corpo físico, os sentidos, a consciência e a mente num único ser, levando cada um de nós a um crescente bem estar, auto conhecimento e felicidade. 
As aulas de yoga são baseadas na permanência em posturas (asanas), conciliadas com técnicas respiratórias (pranayamas), com técnicas de relaxamento (Yoganidrá), de limpeza e purificação (krias), de canalização de energia (bandhas) e de vocalizações (mantras) que ajudam no processo de concentração e descongestionamento energético do corpo e da mente. Todas estas práticas específicas do yoga conjugadas, durante as aulas, proporcionam um desbloqueio energético dos músculos e da coluna vertebral. Há um processo de flexibilização, de força e de compressão das nossas glândulas endócrinas, do nosso sistema nervoso central e dos nossos órgãos internos. Tudo isto influencia positivamente o funcionamento dos nossos sistemas fisiológicos (respiratório, circulatório, digestivo, nervoso, endócrino, reprodutor, muscular e esquelético). 
Numa sessão de prática, é possível sentir benefícios no bem estar geral. Após um mês já podemos sentir a veracidade desde grande empreendimento e, com três meses, os benefícios gerais começam a manifestar-se de maneira muito intensa e clara. Mas é depois de um ano que obteremos as conquistas mais duradouras! 
Os frutos desta prática milenar não se limitam apenas ao corpo, ao emocional e à mente, mas também de um modo muito acentuado nas realizações pessoais e profissionais. A tão necessária prosperidade recebe um forte aliado, assim como a harmonia e a satisfação existencial. 
Na minha opinião, além da prevenção na saúde, estes últimos pontos são os que mais satisfação me trazem bem como a milhares de vidas em todo o planeta. Fazer chegar o yoga aos alunos da melhor maneira possível é, acima de tudo, estudar todos os métodos, respeitá-los e ensiná-los, de forma humilde, com devoção à prática, com discernimento e amor. Compreender o que é mais importante para cada aluno a cada instante, é a meu ver o que um professor de yoga procura trabalhar. 
Fazendo um paralelismo, consideramos um bom médico aquele que para além de saber ouvir e observar o doente, se esforça por continuar a aprender, a atualizar-se e a respeitar terapêuticas alternativas, utilizando a experiência e o conhecimento do mundo inteiro em benefício da prevenção e da cura das maleitas da humanidade. 
É isso que espero, na minha prática semanal, desta terapia e desta filosofia de vida e recomendo vivamente, a quem quiser atingir aquele estado, de bem-estar, harmonia…o Nirvana para os orientais. 

O DRAMA CONTINUA NO CENTRO DO PAÍS


O drama continua no centro do país. Todos os anos é isto… Mas desta feito o drama é muito maior. Dezenas de vidas foram ceifadas sem dó nem piedade pelo inferno de fogo. 
É muito triste, mas não se vislumbra solução. Tenho para mim, e digo-o com muita mágoa, que depois dos funerais e do rescaldo a vida volta à normalidade. Diz-se que vão ser apuradas as causas, elaborados relatórios, feitos estudos e projetado  o tão propagado planeamento florestal. Pode ser, mas fico com o meu ceticismo, em relação à questão dos incêndios numa das maiores manchas verdes da Europa. 
Para meditarmos em tudo isto, sugiro a leitura de algumas crónicas editadas aqui.

ILHA TERCEIRA — FORTE DE S. SEBASTIÃO

Crónica de Júlio Cirino

Forte de S. Sebastião
Pousada no interior do Forte

Vacas no local onde se desenrolou a Batalha da Salga, tendo por pano de fundo os ilhéus das cabras 
O Forte de S. Sebastião está localizado no Porto de Pipas e começou a ser construído em meados do Séc. XVI. Dada a sua posição estratégica, foi cobiçado por corsários de várias nacionalidades: franceses, ingleses, argelinos e espanhóis. Por exemplo, em 1581, os terceirenses, ao serviço de D. António Prior do Crato, resistiram galhardamente às investidas da armada de Filipe II, na qual a metralha do Forte de S. Sebastião teve importância preponderante para a debandada da esquadra espanhola na Batalha da Salga. Na famosa carta de 1582, Ciprião de Figueiredo, corregedor dos Açores, mostra bem o pensar dessa gente: “antes morrer livres que em paz sujeitos”. Porém, em 1583, os espanhóis voltaram a investir, desta vez sob o comando de D. Álvaro de Bazan. Após uma luta ardorosa e sangrenta, conseguiram apossar-se da última parcela de território português. 
Mas não foi fácil! Apesar de os invasores já pisarem solo terceirense, numa tentativa extrema de se defenderem, as nossas tropas soltaram perto de 2.000 cabeças de gado o que complicou bastante a investida do inimigo. Foi uma carnificina para os homens, de ambos os lados, e para o gado! 
Em 1943, em plena II Guerra Mundial, as dependências do forte foram cedidas às tropas britânicas. Debaixo do túnel de acesso ao forte, existe uma placa com a seguinte inscrição:

 “Lápide comemorativa da chegada das Forças Britânicas em 8 de Outubro de 1943 de conformidade com as cláusulas de acordo Luso-Britânico, de Agosto de 1943, com o consentimento do Comandante Militar da Terceira brigadeiro João Tamágnini de Sousa Barbosa e o Comandante da Força, Vice-Marechal do Ar Geoffrey Bromet, onde estabeleceram o seu primeiro Quartel-General.” 

Em 2006, o forte foi requalificado em “Pousada Histórica”. Esta pousada está pintada de cor ocre, com as portas e janelas ornamentadas por aduelas brancas. No pátio existe uma pequena piscina, mesmo ao lado da pousada, e um vistoso restaurante no extremo oposto. 

Angra do Heroísmo, 7 de Julho de 2017

FESTIVAL DE FOLCLORE DA GAFANHA DA NAZARÉ


O XXXIV Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré vai realizar-se no dia 8 de julho próximo, no Jardim 31 de Agosto, contando com a participação de quatro ranchos, que se juntam ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), organizador deste evento dedicado aos amantes da etnografia, em geral, e do folclore, em particular.
A receção aos ranchos e entidades vai ter lugar às 17 horas, seguindo-se a visita à Casa Gafanhoa, onde decorrerá a cerimónia de boas vindas e entrega de lembranças.
Os membros e dirigentes dos ranchos visitantes, do GEGN e entidades oficiais participarão num jantar, iniciando-se logo depois o desfile e a abertura oficial do festival. O festival propriamente dito começará às 22 horas.
Participam no XXXIV Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré os seguintes Ranchos:
Rancho de Santa Maria de Touguinha, Vila do Conde; Rancho Folclórico de Cabeça Veada, Porto de Mós; Rancho Folclórico “Os camponeses" de Malpique, Constância; Rancho Folclórico Rosas do Lena, Batalha; e o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.

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