quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Que fronteira separa a realidade da ficção?

Aprenderemos a flutuar?

José Tolentino Mendonça



Não sei que fronteira separa aqui a realidade da ficção, mas aceito escutar, entre a literatura que as revistas nos servem no Ano Novo, o que o século XXI trará à reinvenção dos quotidianos. Garantem-nos que, de uma forma ou de outra, nos converteremos todos em "tech-nómadas". Que reaprenderemos a arrumar os nossos pertences e passaremos a viajar com uma mala só. Que navegaremos pela Web de um modo mais articulado, inteligente e portátil, mas também que voltaremos a andar descalços. Que a ideia de propriedade ou o registo das patentes vão ser reequacionados, pois entraremos cada vez mais num tempo de "difusão em contínuo e à distância". Que aprenderemos igualmente a relativizar o tempo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PÚBLICO: Preparativos para ajuda do FMI a Portugal já começaram

«Apesar dos desmentidos que foram ontem emitidos por várias capitais europeias sobre a iminência de um recurso de Portugal ao Fundo de Estabilidade do euro e ao FMI, os preparativos técnicos para essa eventualidade prosseguiam muito confidencialmente, podendo gerar uma primeira discussão formal entre os ministros das Finanças da zona euro já na próxima semana.
Os Governos alemão, francês e espanhol, a par da Comissão Europeia, negaram estar a exercer qualquer tipo de pressão sobre Portugal para pedir a assistência financeira do Fundo de Estabilidade do euro (EFSF na sigla inglesa), como foi relatado por vários jornais europeus. Mas, de acordo com o que o PÚBLICO apurou, as discussões prosseguem muito discretamente ao nível técnico sobre o que poderão vir a ser os termos e as necessidades de uma assistência a Portugal, por enquanto estimada entre 60 e 100 mil milhões de euros.»
Ler mais aqui

NOTA: Aqui chegados, há que aprender. O FMI poderá ser a única e mais urgente porta para a resolução da nossa quase bancarrota. Os nossos políticos, os que temos, infelizmente, não sabem, não querem ou não podem dar volta a isto. O FMI, no tempo da governação de Mário Soares, já cá esteve e não morreu ninguém. Pôs as contas em ordem e foi-se embora. Voltámos agora a cometer os mesmos erros, isto é, a gastar mais que havia para o dia-a-dia, e temos novamente de recorrer aos de fora para nos ajudarem a governar a casa. Tal qual como as famílias que gastam por mês mais do que ganham e que, um dia, têm mesmo de pedir apoios e conselhos a quem sabe mais.
Então o que é que vai suceder? Os estranhos entram em Portugal, mandam calar os nossos governantes, dizem que agora ninguém discute nada porque passámos a vida a discutir em vez de resolver os problemas, ditam leis indiferentes aos protestos de toda a gente e o país, finalmente, poderá tornar-se viável. É pena, mas não haverá volta a dar-lhe. Esta, que me lembre, será a segunda visita do FMI. Será que não aprendemos com os nossos erros?

FM

Relançar o voluntariado em Portugal



No Ano Europeu do Voluntariado, Fernanda Freitas, coordenadora nacional da iniciativa, fala à ECCLESIA dos projectos para os próximos meses


«Ser voluntário é fazer a diferença, começando pela vida pessoal. Uma coisa é ajudar, outra é um compromisso. Quando se assume interiormente o voluntariado, está a assumir-se um compromisso de missão para concretizar uma ajuda que não é apenas espontânea. Quando fazemos uma acção de voluntariado ficamos mais cheios e felizes. Não há que ter medo de o assumir. É uma entrega extraordinária que nos torna diferentes e melhores pessoas, com mais competências sociais e afectivas.»
 
Ler a entrevista aqui

ÍLHAVO: 113.º aniversário da restauração do município

Câmara Municipal de Ílhavo

 A Câmara Municipal de Ílhavo vai celebrar o 113.º aniversário da restauração do município na próxima quinta-feira, 13 de Janeiro, pelas 18.30 horas, no Centro Cultural de Ílhavo.
Segundo a autarquia ilhavense, esta iniciativa assume como referência principal o programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Ílhavo, integrando uma apresentação que assinala o final da obra de Qualificação Urbana da Antiga EN109 e o início de mais três novas obras deste importante programa que está em execução, aproveitando a oportunidade dos Fundos Comunitários do QREN.

AVEIRO: "Diálogos na Cidade"


A Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro prossegue a 31 de janeiro o primeiro ciclo “Diálogos na cidade”, com a conferência “1.ª República e a Igreja Católica”, proferida por Mons. João Gonçalves Gaspar, na Paróquia de Santa Joana, às 21h00.
“Uma conversa sobre Portugal, o mundo e a Igreja Católica” abre o segundo ciclo de encontros, com a presença do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, e do jornalista José Manuel Fernandes, num encontro que decorre às 21h30, no Teatro Aveirense.
A iniciativa termina a 19 de maio, com a presidente da Federação de Bancos Alimentares, Isabel Jonet, e do diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre Tolentino Mendonça, que falam sobre o tema “Todos diferentes, todos iguais”, também no Teatro Aveirense, às 21h30.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Grupo Etnográfico Canta as Janeiras


Ainda não refeito das emoções do Cortejo dos Reis, que hoje como sempre vivi à minha maneira, e já o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré me trazia mais uma tradição, com o cantar das janeiras. E com um pedido: «Transmita no seu blogue os nossos votos de um Ano Novo muito próspero e feliz a todos os gafanhões espalhados pelo mundo.»
Eles aqui ficam com esta melodia intemporal!

Gafanha da Nazaré: Cortejo dos Reis com ares de renovação

A Sagrada Família com o Anjo


Realizou-se hoje na Gafanha da Nazaré o Cortejo dos Reis, de tradição secular. Desta feita, com ares de renovação, que os tempos são outros. Mais exigência, sob o ponto de vista artístico. Ainda bem, para não se sentir qualquer tipo de desânimo.

Padres Francisco e Pedro José


Em jeito de agradecimento pela participação de tanta gente, o nosso Prior, Padre Francisco Melo, valorizou o espírito de renovação, sentido na forma como os autos foram representados, mas também no modo como alguns “quadros” foram cuidadosamente preparados. Tudo, referiu, «para que esta tradição se mantenha; tradição que é de alegria, de cor, de festa, de encontro, mas também de liberdade, porque não houve inscrições nem foi preciso pagar para as pessoas participarem; hoje todos fomos Reis, porque viemos ao encontro do Deus-Menino com as nossas ofertas».

A chefe Custódia

A chefe Custódia e 80 escuteiros do agrupamento 588 do CNE trabalharam o tema “Mulheres da Seca e Pescadores da década de 40 do século passado». Apresentaram-se a rigor, porque consideraram importante divulgar imagens que tendem a diluir-se. As chefes e as escuteiras mostraram as mulheres da seca; os chefes e os escuteiros exibiram os pescadores. «Eu acho que foi muito bom apostar-se na renovação do Cortejo dos Reis e,  como São Pedro ajudou, houve muita participação e muitas prendas para o Menino», garantiu-nos.

Margarida Vilarinho com seu pai, Manuel Alberto


O Manuel Alberto participa nesta festa há 50 anos. E disse: «é com paixão que vivo estes momentos.» Sabe todos os papéis dos autos de cor e nos ensaios chama sempre a atenção para a necessidade de «estarem atentos, porque pode ser preciso substituir algum que falte por doença ou outro motivo».
Recordou que um dia recebeu os Reis Magos da varanda da casa da D. Conceição Vilarinho, atual residência da D. Ester Morais, anexa à igreja matriz. Foi uma maneira de ultrapassar uma dificuldade surgida pela morte de Manuel Fidalgo Filipe (o Perrana). Os papéis desapareceram e tivemos de improvisar com a ajuda do Padre Domingos. Depois tudo se resolveu.
O Manuel Alberto explicou que, quando aparece alguém com vontade de viver esta experiência, ensina-lhe  o que tem a dizer, «exigindo  o melhor, porque nem todos nascem para atores». E garantiu: «quando um dia eu não puder, não falta quem possa substituir-me.»


O carro do moinho, com quadra e sacas

A Ascensão Rocha estava num grupo da Marinha Velha que apresentou uma cena dos Moinhos do Tio Conde (pai e filho). Houve alguma investigação para se apurar o possível da realidade. Fizeram sacas para o milho e para a farinha, que «as meninas levavam à cabeça», e até fizeram umas quadras para ensinar algumas tradições.
Lembrou que os lavradores levavam o milho e outros cereais ao moinho, trazendo em troca a farinha, descontando em peso o correspondente ao trabalho do moleiro. Quando não havia vento, não havia farinha. Então deixavam o cereal e procuravam a farinha mais tarde. Quem não tivesse cereais podia comprar a farinha. Ainda ouvi histórias da boroa, mas isso fica para outro dia.

Rei Herodes ostenta a sua coroa

Assisti ao auto “Palácio de Herodes”, onde o rei sanguinário recebeu os Reis Magos. Bem ensaiados, trajes cuidados, som muito bom. E como sempre a simpatia do povo da nossa terra.
Depois foi a cerimónia do “Beijar o Menino”, com Reis Magos, com as suas ofertas (ouro, incenso e mirra), pastores e o povo. Os cânticos bonitos que passam de geração em geração. E, se não me engano, o Rei Herodes andava por ali disfarçado.
O leilão das ofertas foi durante a tarde.

Fernando Martins

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