segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ainda o falecimento do Padre Lé

Padre Lé

Da homilia do Bispo de Aveiro, D. António Francisco

«De si, caríssimo Padre Lé, conservarei sempre o testemunho exemplar de quem acolhe, agradece e vive o sacerdócio como dom gratuito do amor eterno de Deus e como serviço permanente àqueles a quem Deus o enviara. Recordarei a fidelidade exigente à oração, a centralidade dada à Eucaristia diária, o sentido de comunhão e de delicadeza com o seu bispo e um jeito tão amigo, alegre e fraterno de ser irmão dos sacerdotes. Sempre que aqui o visitei sentia-o envolto no carinho daqueles a quem se deu por inteiro e por que não referir a ternura com que os mais pequeninos do Jardim de Infância do nosso Centro Social Paroquial o saudavam e identificavam a sua Escolinha com o nome do seu Fundador! Louvo a sua liberdade interior, a sua determinação nas convicções e o seu despojamento, sempre revelado numa vida simples que todos admirávamos.»

É hora de voltar...

Resolvi regressar à primeira casa. Afinal, não há amor como o primeiro. Bem tentei frequentar novos ares, mas não me adaptei. É certo que gosto de mudanças, de mudar de sítio, de procurar novos horizontes em todas as janelas e portas da casa que habito.
Obrigado pela vossa compreensão.

Fernando Martins

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Hora de mudar

Pela-Positiva mudou para aqui

Obrigado pela visita

Fernando Martins

Crónica de um Professor: De pequenino se torce o pepino!

Por Maria Donzília Almeida

Iniciar uma aula com gente miúda, depois de um intervalo alargado, é sempre um trabalho árduo para o professor. Aquietar aquele fervilhar constante, aquela energia incontida, é tarefa hercúlea para o docente que quer iniciar a sua aula de qualquer disciplina.
Quando as criancinhas, numa imitação pura do mundo dos adultos, começam a imiscuir-se no mundo dos afectos, surgem cenas inesperadas e até divertidas. Amores não correspondidos sempre foram o mote para divagações de poetas, artistas de vários quadrantes, até a sétima arte neles se inspira.
Percorria as coxias da sala de aula, quando observa a B.M. (sem W!!!) a desenhar coraçõezinhos no braço estendido do J.A. Este estava, embevecido, a seguir com os olhos o traço firme da mão da sua pretendida. Como a aula estava a começar, advertiu a teacher que deveriam acabar com a brincadeira, sem se ter apercebido da comunicação daquelas duas almas.


- Recolhe agora o braço, aconselhou, brandamente, num propósito pedagógico de dar início às actividades.
A custo, obedeceu à ordem, mas um misto de tristeza e contrariedade toldou o seu rosto vivo de sorriso fácil, sempre alojado ao canto dos lábios.
Após uma breve pausa, chamou de mansinho a teacher e falando quase em surdina, confessou-lhe:
- Agora que ela está a atirar-se a mim!
Considerando que ainda há bem pouco tempo, a donzela pretendida usava a força das mãos, para lhe dar com os pés, e de todo o seu dispêndio de energias posto na conquista, é de acalentar qualquer esforço de entendimento e de harmonização dos sentimentos……De pequenino se torce o pepino!
As aulas sucederam-se, o convívio manteve-se e as arremetidas do D. Juan subiram de nível.

10.02.10

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Estamos a navegar em terrenos muito pantanosos

Nas malhas da liberdade

PorAlexandre Cruz

1. O tecido social da comunidade só consegue fluir criativamente no princípio basilar da liberdade. Esta liberdade, em sociedade de democracia amadurecida, revela-se como o pilar estruturante que garante o exercício da pluralidade e da respeitosa tolerância. Conseguir conviver com a diferença de opinião, de ideia, crença, política, visão estratégica, eis os sinais claros de que a liberdade é nossa companhia constante e que esta preserva o exercício público de todos e o particular de cada um. No século XX, à medida que os poderes da comunicação foram crescendo, estes foram sendo um palco preferencial do exercício da opinião, conveniente quando vem a favor, inconveniente, quando a opinião não é favorável. Estamos a navegar em terrenos muito pantanosos, onde as fronteiras da liberdade devem coexistir com as da responsabilidade colectiva.

Um poema de Rainer Maria Rilke



O Homem que Lê



Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.


E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira

Jorge Sampaio, por muito menos, não demitiu Santana Lopes?

A triste sina de Portugal


Desde que me conheço, sempre senti que o nosso País teve de enfrentar enormes desafios para prosseguir na sua caminhada rumo ao futuro. Em alguns períodos da sua história, porém, soube ocupar um lugar cimeiro no concerto das nações. Nos Descobrimentos, por exemplo.
Nos dias de hoje, o caos que se tem instalado entre nós, visível por todos os que sabem ver, não nos pode conduzir a lado nenhum, de progresso e de dignidade. Quem está atento ao que se diz na comunicação social não pode deixar de reconhecer que assim é.
António Capucho, Conselheiro de Estado, defendeu ontem que, face aos escândalos justa ou injustamente ligados ao primeiro-ministro, o PS deveria propor ao Presidente da República um seu militante para ocupar o lugar de José Sócrates, já que ele não apresenta a sua demissão.
Penso que Portugal está farto de políticos, quando precisa de estadistas impolutos, respeitados e respeitadores. Afinal, o Presidente Jorge Sampaio, por muito menos, não demitiu Santana Lopes?

FM

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