terça-feira, 9 de dezembro de 2008

NATAL - 2008

NATAL Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha deram-lhe o seu alento, o seu calor. De palha, o berço, mas também de Amor. Desce luz, desce paz de cada telha. Nem um carvão aceso nem centelha de lume vivo. A dor era só dor, até que a mão trigueira dum pastor floriu em pão, em leite, em mel de abelha. Natal. Nasceu Jesus. Dias de festa. Até o cardo é hoje rosa, giesta, até a cinza arde, como brasa. E nós? Que vamos nós dar a Jesus? Vamos erguer tão alto a sua Cruz que não lhe pese mais que flor ou asa.
Fernanda de Castro In “Natais… Natais” Antologia de Vasco Graça Moura
NOTA: Ilustração: Adoração do Menino Jesus à Beira-Mar, xilogravura de João Carlos Celestino Gomes (1899-1960)

Gafanha da Encarnação: Vila há quatro anos

A Câmara Municipal de Ílhavo em cooperação com a Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação realiza hoje uma acção comemorativa do 4º aniversário da elevação da Gafanha da Encarnação a Vila, que hoje se assinala. Pelas 13 horas, realiza-se um almoço de trabalho com representantes das forças vivas da Vila da Gafanha da Encarnação, no Restaurante da ANGE (Associação Náutica da Gafanha da Encarnação). Na agenda deste encontro evocativo, estão questões ligadas aos investimentos perspectivados pela Câmara Municipal de Ílhavo para o próximo futuro, assim como a dinamização social da Vila da Gafanha da Encarnação, rentabilizando o potencial de intervenção das suas Entidades e Associações.

Na Universidade de Aveiro: 60 anos - Direitos Humanos em Globalização?

Nos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Amanhã, 10 de Dezembro, 21 horas, Grande Auditório da Reitoria da UA
Abertura: Coral da Associação Amizade – Associação de Imigrantes dos Países de Leste (Porto) Lançamento: FÓRUM UNIVERSAL – 3 ANOS, 30 IDEIAS – DEBATE SOBRE A ACTUALIDADE Conferência: com Pedro Jordão, do Centro de Estudos Internacionais António Eloy, da Amnistia Internacional Portugal Adriano Moreira, da Academia das Ciências de Lisboa Moderação: Teresa Soares, da UA:UNESCO Encerramento: Danças Tradicionais de Leste
NOTA: Entrada livre

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

CNE - Corpo Nacional de Escutas

Hoje apareceu cá em casa um calendário do CNE - Corpo Nacional de Escutas. O agrupamento da Gafanha da Nazaré andou a vender calendários, não só para angariar fundos, mas também para espalhar, pela comunidade, a mensagem escutista. Ela já é bastante conhecida, aqui e no mundo, mas é sempre bom mostrar a sua pujança e actualidade.
Olhando para as legendas de cada página, percebe-se facilmente a importância desta organização fundada por Baden Powell, para a formação da juventude. Valores como empreendedorismo, experiência de equilíbrio a vários níveis, fermento de comunidade, de paz, de fraternidade. Mais espaço de evangelização, verdade, justiça, amizade e respeito pelo ambiente, entre muitos outros, são um desafio para quantos ousam vestir a farda, seguindo os seus princípios e leis.

Ti António da Bicha

A propósito da evocação que o Ângelo Ribau fez sobre um pobre de pedir, António da Bicha, recebi do João Marçal um comentário que, pela oportunidade dos esclarecimentos, aqui insiro, de forma mais visível.
Lembro-me bem do ti António da Bicha; foi alguém que sempre conheci e que portanto considerava como fazendo parte da realidade dos meus tenros anos. No seu percurso diário era às vezes acompanhado pela garotada dentro daquelas zonas a que chamávamos "cantos". Logo a seguir o grupo era substituido. Segundo a minha mãe era oriundo duma família com posses mas a perda da mulher atirou-o para aquele desinteresse pela vida. O desgosto provocou-lhe alguma fragilidade emocional que o levou a tingir as galinhas do capoeiro de preto. Quando andava na primária e contei isto aos meus amigos de aventuras, resolvemos uma tarde de verão explorar o lugar onde tinha a sua cabana num areal da Gafanha de Aquém. Lá estava o capoeiro e a criação era toda preta, mas esta de origem.Tinha um sobretudo que mais parecia uma manta de retalhos: ele próprio ia acrescentando pedaços de tecido como telhas sobrepostas num telhado. Era uma figura do nosso quotidiano cuja lembrança fez com que lhe atribuíssem o nome de uma rua na Gafanha da Nazaré.
João Marçal

HINO À IMACULADA

Se outrora uma prece eu te ergui, Em desespero, sim, que mãe eu sou, Foi porque acreditei! E agora eu estou A louvar-te e agradecer-te o que vivi! Fizeste renascer em mim a Esp’rança, Foste amparo na dor, na amargura. Eu te elevo meu olhar com ternura, Qu’em Ti, misericórdia sempre alcança. És a Mãe a quem sempre se recorre, Que em toda a adversidade nos socorre, Na nossa peregrinação sofrida! O Teu manto a todos nós protege, Seja crente ou seja até herege, De todos és a Mãe muito querida! Mª Donzília Almeida 08.12.08

domingo, 7 de dezembro de 2008

Morreu Alçada Baptista

“O escritor e jornalista António Alçada Baptista morreu hoje aos 81 anos. António Alçada Baptista nasceu em 1927 na Covilhã. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Alçada Baptista tem uma vasta obra literária publicada. Esteve também ligado ao jornalismo e à edição. Foi ainda cronista. Identificado por muitos como “o escritor dos afectos” e um defensor da liberdade Alçada Baptista foi um dos fundadores da revista “O tempo e o Modo”, que marcou gerações. Era ainda editor da Moraes Editora. Alçada Baptista foi condecorado com a Ordem de Santiago, com a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo pelo Presidente Ramalho Eanes e com a Grã Cruz da Ordem do Infante pelo Presidente Mário Soares. Inês Pedrosa, directora da Casa Fernando Pessoa, lembrou, em declarações à TSF, o “homem de causas”: “Foi um homem de causas, dos direitos do homem e da democracia. Mas temo que seja esquecido enquanto escritor para ser lembrado enquanto pessoa”. O corpo vai ser velado na Igreja das Mercês, em Lisboa, sendo amanhã levado para o Cemitério dos Prazeres.”
Esta foi a notícia que hoje à noite me surpreendeu no PÚBLICO online. Inesperada, como todas as mortes o são, por mais evidentes que elas se tornem, atingiu-me profundamente, como se fosse a morte de um amigo próximo. Há anos que me habituei a ler Alçada Baptista, à medida que os seus livros foram aparecendo no mercado. Havia no que escrevia um não sei quê que mexia comigo. A serenidade que deixava transparecer no que dizia e escrevia? A familiaridade que me tornava próximo do que contava? Os afectos que se reflectiam no meu espírito? A naturalidade que dele emanava? As causas em que me envolvia? A simplicidade com que escrevia e falava? As reflexões que me suscitou? As estórias que contava como poucos? A sua vastísima cultura? A naturalidade com que aceitava os outros, independentemente das suas opções? Talvez um pouco de tudo isto. Podia não concordar com tudo o que defendia, podia discordar das suas posições, mas gostava de ler este escritor memorialista que me envolvia na sociedade que ele próprio vivenciou e que o definiu como homem bom, de afectos, de amores, de paixões, de entusiasmos, de projectos, de consensos, de diálogos. Paz à sua alma. Fernando Martins

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