quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Efeméride aveirense

1880 - 20 de Novembro
Numa reunião de prelados do Continente, efectuada em Lisboa na presença do ministro da Justiça, foi resolvida a extinção da Diocese de Aveiro pelos arcebispos de Mitilene e de Braga e bispo de Lamego. Votaram pela sua conservação o arccebispo de Évora e o bispo de Bragança e abstiveram-se de votar os bispos de Coimbra e do Porto.
In "Calendário Histórico de Aveiro"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cavaco Silva lamenta falta de diálogo entre Ministério da Educação e Sindicatos

Face à incapacidade para dialogar, entre o Ministério da Educação e os Sindicatos dos Professores, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje ter "muita pena" que o seu apelo para a serenidade do sector não tenha aparentemente surtido efeito. Estou em crer que, mais dia menos dia, o momento do diálogo soará. Portugal não pode continuar a assistir a posições irredutíveis, sob pena de se prejudicarem de forma irreparável os alunos, mola real da vida do Ministério da Educação e dos Professores.

Jubileu do Carmelo de Aveiro

O Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, escreveu uma Nota Pastoral sobre o Jubileu do Carmelo de Cristo Redentor. Nela sublinha: “A paz, o silêncio e a contemplação são fontes de alegria e de esperança, espelhadas no olhar puro e simples de quem, habitado por Deus, reparte o amor e a esperança pelo mundo e retira com suavidade e mansidão deste mesmo mundo a vaidade, a ganância, o orgulho, a inveja e a maldade. Os caminhos humanos do nosso tempo estão frequentemente marcados pela rotina, pela corrida e pela pressa e obrigam-nos a passos distraídos e a viagens desencontradas que nos distanciam da verdade, do bem e do belo e nos afastam de Deus e das pessoas.”

Nostálgicos do religioso abundam por aí

Falar de religião, brincar com temas religiosos, pôr a ridículo os sentimentos das pessoas crentes, proclamar o agnosticismo pessoal, cultivar dúvidas e propalar convicções de quem as transformou em certezas próprias, parece hoje ser moda e oportunidade aproveitada por gente que tem tribuna livre e antena aberta, e, ainda por cima, recebe por utilizá-las a seu belo prazer, que muitas vezes é a seu mau gosto. Uma nostalgia do religioso que talvez os psicanalistas possam explicar e que o povo já explicou quando disse: “Quem desdenha quer comprar”. Este campo vai sendo ocupado por políticos, legisladores, jornalistas, humoristas, gente de certa cultura, muitos deles incapazes de reconhecerem as suas limitações culturais e incapazes de calar os gritos interiores que os povoam. Fazem lembrar crianças que nasceram e brincaram no adro da Igreja e voltam lá, mais tarde, para apedrejarem telhado, quando não mesmo o interior do templo. Deste modo, mostram, também, a aprendizagem necessária para viver numa sociedade democrática plural, para aceitar os direitos humanos fundamentais, para respeitar opiniões e vivências diferentes, relacionadas com aspectos importantes da vida, como a liberdade de consciência, que tem na liberdade religiosa uma expressão essencial. Por vezes, o produto publicitado de diversos modos passa quase despercebido, como semente que se lança à terra, sempre na esperança de que caia em terra onde, mais tarde ou mais cedo, se gere dúvida ou repulsa. Acontece assim com gente que tanto fala e escreve sobre desporto como política internacional, com políticos que tanto bajulam como desprezam, com humoristas gastos que, com a sua pitada que suja os sentimentos religiosos de outros, mendigam sorrisos e aplausos, que já mal conseguem de outro modo. Não ando, nem nunca andei na vida, à caça de bruxas e aprendi cedo a respeitar os outros, conhecidos ou desconhecidos, que pensam como eu ou que divergem livremente de mim. Mas, como compro os jornais e os leio, procuro estar atento ao que neles se diz e a quem o diz. Comunicar também é semear e a parábola do trigo e do joio é, para este tempo concreto, uma advertência que não me pode deixar indiferente, mesmo respeitando o comunicador. Leio no Público (4.11.08) o artigo que aí escreve semanalmente, e mais de uma vez, um dos seus jornalistas de opinião que eu leio habitualmente. Desta vez escreveu: “Em certo sentido, a eleição do próximo Presidente dos Estados Unidos da América é a notícia mais esperada desde a ressurreição de Jesus Cristo - embora esta última ainda não tenha sido confirmada, dois mil anos depois”. Outra qualquer opinião sobre religião far-me-ia passar ao lado. A ressurreição de Jesus Cristo, pese embora a racionalistas, agnósticos ou ateus, será sempre a verdade central do cristianismo, aquela sobre a qual o silêncio é traição. Por isso mesmo, a piada não me deixou insensível. Está equivocado o jornalista em causa. Nenhuma verdade cristã está mais confirmada do que esta, pois que nem sempre a razão é o melhor caminho para a verdade. A vida dos crentes é, desde há dois mil anos, a melhor prova da ressurreição de Cristo e continuará sê-lo até ao fim dos tempos. Quem ama a sua vida, até ao ponto mais alto de a entregar por aquilo em que acredita, avaliza a verdade da sua fé. Milhares de cristãos convictos que se entregam, por completo, à causa de Jesus Cristo, e dão, se necessário, ontem como hoje, a própria vida ao martírio, que provam senão isso? Em plena consciência e de modo livre não se dá a vida por uma simples opinião ou crença, qualquer que ela seja. Nunca a ressurreição de Jesus Cristo foi provada por argumentos da razão. A adesão à fé é um acto de amor. A razão mostra, por factos consequentes, que acreditar não é um absurdo, mas a forma mais pura da liberdade. A compreensão das coisas mais profundas requer sempre meios adequados. Quem endeusa a razão empobrece a liberdade humana. O crente é um homem livre, por isso mais homem e mais senhor da sua vida.
António Marcelino

Manuela Ferreira Leite: afirmações de mau gosto

“Eu não acredito em reformas,
quando se está em democracia…”
Mal vai o País quando um político brinca com coisas muito sérias. E se esse político é um chefe partidário, então começamos a ficar confusos. Manuela Ferreira Leite, líder do maior partido político da oposição, cometeu uma gaffe do tamanho do caos em que vive o PSD. A nossa democracia precisa de muito mais do que afirmações de mau gosto. “Até não sei se não é bom haver seis meses sem democracia” não pode ser tida como tirada irónica, como veio o PSD esclarecer. A ironia não estava no rosto nem no tom de voz de Ferreira Leite. Ela estava mesmo a falar a sério, compenetrada do que estava a dizer. Não houve ali nenhum esgar que denunciasse a intenção de brincar. E mesmo que houvesse, seria sempre uma brincadeira, como quem conta uma anedota numa festa íntima. Não era o caso. Tenho pena que o PSD não acerte com um líder carismático para fazer valer os seus ideais. Assim, meus caros amigos do PSD, o PS não pode deixar de dar graças a Deus para que Ferreira Leite continue de saúde, pelo menos, até às próximas eleições. A derrota do PSD começa, assim, a definir-se. O que é pena. É que um partido do Governo sem oposição que seja alternativa corre a tentação de esquecer o diálogo com a sociedade.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Se quereis conhecer Deus

“E, se quereis conhecer Deus, não vos preocupeis em querer decifrar enigmas. Olhai antes ao vosso redor e vê-l’O-eis a brincar com os vossos filhos. E olhai para o espaço e vê-l’O-eis a caminhar nas nuvens e a estender na luz os Seus braços, descendo com a chuva. Vê-l’O-eis sorrindo nas flores, erguendo-se em seguida para agitar as árvores com as Suas mãos.” 

 In “O Profeta”, de Khalil Gibran

Aveiro: Canal Central antigo

As gavetas e velhos arquivos são sempre um manancial de recordações. Desta feita, encontrei este postal sobre o Canal Central, que partilho com os meus amigos mais velhos. Os que, afinal, talvez mais gostem de recordar imagens que nos não saem da memória. Quem quer colaborar, enviando-me as suas velhas fotos?

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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