segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Museu Marítimo de Ílhavo: Exposição de fotografia

No próximo dia 19 de Outubro, pelas 17 horas, será inaugurada uma exposição de fotografia, “A Maritime Album – 50 fotografias e as suas histórias”, com selecção de John Sarkowski e textos de Richard Benson. Esta exposição, que se integra na celebração do 7.º Aniversário da Ampliação e Remodelação do Museu Marítimo de Ílhavo, foi cedida pelo Mariner’s Museum, Virgínia, EUA).

O Fio do Tempo

O significado de Família
1. Uma das questões que saltam à vista nos debates sobre as pretendidas alterações legislativas para o casamento de pessoas do mesmo género é a confusão, que faz despertar a urgência, em se considerar o que é a família ou o que não o é. O aliciante táctico das temáticas ditas de fracturantes, chamando de modernidade a cada nova fractura, é o novo aliciante de algumas convicções políticas. Por trás dessa modernice está o pano de fundo ideológico da rasgada “liberdade” em desprestigiar, quando não até ridicularizar, tudo o que tem o nome de tradicional. Nas modas, novelas e cinemas, a família, comunidade primordial, sofre as maiores afrontas… 2. Chamar-se intencionalmente de «família tradicional» à família de sempre será o maior engano que se vai multiplicando. Também é estratégica a colagem à noção única de família de outras formas de contratos (ou mesmo sem estes!). Encostando-se à família como comunidade vital e consagrada, reivindica-se um conjunto de direitos (afastando-se os deveres) para assim conseguir levar a água ao moinho, até no plano legal. Se todas as formas de vida merecem o saudável e tolerante respeito, todavia, todas as opções, eticamente, quererão ser aprofundadas à luz da consciência e dignidade humana, e não ser trampolim ideológico-político ou bandeira de generalização social. 3. A família com o pai, mãe, filhos, filhas, netos, avós, tios, merece hoje uma forte apologética em sua defesa, para o bem social. As novas formas que esquecem a diversidade (até de género) são já o reflexo da ausência em fechamento das complementaridades, facto que empobrece o ideal da experiência humana. Os tempos sociais são de não pensar muito e de juntar tudo no mesmo saco, e puxar pelo nome família para reivindicar direitos. Salvo o devido respeito, em consciência recta, não será por aqui que o tecido social conseguirá garantir um conjunto de princípios e valores insubstituíveis às comunidades… A caravana passa!

(Des)compensação

Era a 1.ª aula desse dia, do início da semana. Tudo indiciava que depois de um fim-de-semana, as energias repostas, quer pela parte docente, quer pelos discentes, o trabalho escolar, fluiria como os acordes de uma melodia! Estava a “Sora”, corruptela da corruptela “Setora”, a fazer um registo escrito no quadro, ainda de ardósia preta, em vias de extinção nas escolas hodiernas, quando é interpelada por um aluno, educadamente. Interrompendo a tarefa, em que estava concentrada, consciente que a aula é um processo dinâmico em que interagem várias forças em simultâneo, escuta, atentamente, o aluno e passa a inquirir a causa daquela interpelação. Ficou surpreendida, tanto mais, por que aquele aluno era dos tais a quem apetece passar a mão pelo pêlo, isto é, fazer uma carícia no cabelo, fazer uma brincadeira, etc. Ele não era daqueles a quem, se o professor dá um dedo, arrebanha logo o braço inteiro. Era educado, dócil e… até tinha uns olhos verdes que lhe faziam renascer a esperança... à “Sora”! É importante referir que isto se passou numa aula de gente miúda, que está ainda, na 1ª década da sua existência. Diz lá J..., estou pronta a ouvir-te! Replica a Profª, brandamente. – Aqui pode-se jogar às cartas? – Já disse que não quero que aqui, na aula, se acusem uns aos outros! Mais cedo ou mais tarde, eu descubro aquilo que estão a fazer! – Não é nada disso, “Sora”! É que isto é uma seca! A Profª... que no seu mister é obrigada a falar pelos cotovelos, a Profª... que atinge o limite dos decibéis permitidos pelos ouvidos e pelas cordas vocais... emudeceu! Não sei quanto tempo, não sei que expressão perpassou pelo seu rosto... mas um pensamento pungente ensombrou aquela criatura, que falou com os seus botões: – Gastei parte do fim-de-semana, a preparar o trabalho das aulas, incluindo as diversas partes que devem compor uma aula: a didáctica e a pedagogia, sempre presentes! No final… recebo este “bouquet” de flores, como (des)compensação)! E… há, ainda, quem não compreenda, valorize, respeite o trabalho dos Professores! Madona

Carreira das Neves no CUFC

BÍBLISTA FALA DE SÃO PAULO
Na próxima quarta-feira, 15 de Outubro, o biblista Carreira das Neves, Prof. Jubilado da Universidade Católica Portuguesa, vai falar sobre São Paulo, na perspectiva dos desafios que “o apóstolo” lança ao cristianismo. O encontro, integrado no Ano Paulista, começa às 21 horas, no CUFC, e destina-se aos crentes e não crentes. Também aos não crentes, porque a cultura não tem fronteiras nem limites. Já agora, permitam-me que acrescente que se destina a gente de todas as idades, porque o conferencista sabe falar da Bíblia numa linguagem que todos entendem. Dá gosto ouvi-lo, pela profundidade dos seus conhecimentos, apresentados num tom muitas vezes intimista.

O DESGRAÇADO QUE COMPROU O 'LISA'

Habituámo-nos a viver na sociedade em que nascemos. E de tal modo estamos identificados com ela, que nem sequer pensamos que se torna urgente contribuir para uma nova ordem social, que nos dê segurança e nos proporcione um futuro mais feliz. As recentes crises, no entanto, acordaram-nos para a triste realidade de que vivemos numa sociedade periclitante. Ora sentimos que vivemos num paraíso de liberdade total, ora acordamos com a ideia de que a justiça social e o bem-estar pessoal e colectivo não passam, quase sempre, duma miragem. O artigo de João César das Neves no DN de hoje faz-nos pensar um pouco. “A essência do nosso sistema económico é a liberdade de iniciativa. Cada um pode apresentar no mercado os produtos que quiser e, se forem preferidos pelos clientes, terá sucesso e prosperidade. Foi este sistema que gerou o incrível desenvolvimento da humanidade nos últimos dois séculos. Mas é também este mecanismo de experiência e tentativa, risco e atrevimento, que cria a instabilidade latente e recorrente na nossa vida. O tumulto não é acidente fortuito, mas elemento nuclear. Pode dizer-se que o capitalismo só floresce à beira do abismo.”

domingo, 12 de outubro de 2008

O Fio do Tempo

Martti Ahtisaari
O Diálogo Nobel da Paz
1. A mediação e o diálogo foram reconhecidos com o Nobel da Paz 2008. Teoricamente defendem-se os diálogos: ecuménicos, interculturais, inter-religiosos, e até estamos em 2008 – Ano Europeu para o Diálogo Intercultural. Na prática concreta, eles continuam a ser olhados com desconfiança, medo e mesmo mesquinhez, como se a aceitação clara do diálogo para determinados sectores da vida das sociedades significasse a perca da própria identidade. Quando tal acontece – e esse receio persiste – estamos diante de identidades fechadas; qual cegueira que impede o aprofundamento do seu essencial, este que gera pontes de entendimento e cooperação com as outras diversidades. A actualidade respira este desejo do diálogo mas também este lento impedimento bloqueador da ilusória segurança. 2. Felizmente a academia elegeu a capacidade de MEDIAÇÃO DE PAZ como digna de mérito, no sublinhar os rasgos máximos da conciliação humana. O professor, antigo presidente finlandês, Martti Ahtisaari, que ao longo de três décadas realizou numerosas mediações (re)conciliadoras em três continentes, tendo sido eleito entre 197 personalidades e organizações, é o laureado deste ano com o Prémio Nobel da Paz. Nasceu na Rússia, a 23 de Junho de 1937 e, diz-se pelo seu percurso, andou desde criança com a mala às costas, como peregrino da reconciliação dos povos e da Paz. Com 71 anos de idade, este Santo dos tempos actuais coloca no mapa dos destaques internacionais as práticas de diálogo, mediação e cooperação como o caminho… 3. Da nomeação Nobel recorda-se que Martti Ahtisaari teve uma série de sucessos nas mediações de paz tendo sofrido um importante revés, o Kosovo. Também esta mesma realidade sofrida nos ajuda a compreender que os percursos da história não são lineares mas têm recuos e que, por isso, também na complexidade das conjunturas actuais, o diálogo como plataforma de encontro superador vale mais que todo o crude do mundo! Seja! Alexandre Cruz

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