domingo, 24 de fevereiro de 2008

Almoço/Debate com o Dr. José Roquette

No Seminário de Aveiro, 26 de Fevereiro, às 12.30 horas

ÉTICA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL NAS EMPRESAS

Por iniciativa da ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores, vai ter lugar no Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro, no próximo dia 26 de Fevereiro, terça-feira, pelas 12.30 horas, um almoço/debate com o Dr. José Roquette, que falará sobre ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS.
Este encontro será, igualmente, a oportunidade para retomar a actividade regular da ACEGE em Aveiro através de um conjunto de palestras mensais sobre os temas relacionados com a vida, por vezes difícil, daqueles que procuram viver a empresa com responsabilidade e valores.

Pobreza em Portugal





Há muito se sabe da pobreza em Portugal. Os números elevados dos que passam fome ou vivem em situações degradantes são divulgados de vez em quando. Agora sublinha-se que “Portugal é um dos oito países da União Europeia onde se registam os níveis mais elevados de pobreza nas crianças.” Não haverá forma de resolver o problema? As políticas não poderiam pôr na agenda esse tema como PRIORITÁRIO?

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 66

Seca do bacalhau antiga (clicar para ampliar)

AGENTES DE EDUCAÇÃO: O MESTRE-ESCOLA

Caríssima/o:

Vamos hoje encontrar uma figura impagável e inapagável da nossa memória colectiva. Ler o P. João Vieira Resende é um refrescar dessa mesma memória que se quer sempre viva e interpelante. Os [] indicam-nos as páginas da Monografia onde se encontram estas imagens:

«Antes que chegassem, porém, os pioneiros da instrução, ou fosse o professor primário, ou fosse o capelão permanente, depois pároco da Gafanha, como viviam estes povos, isolados do convívio social, entregues à crítica situação de primários, aos seus instintos semi-bárbaros? [207]
Viviam no seu deserto, na mais completa rudez; se quiseram afinar as suas almas e levantar-se ao nível de homens civilizados, viram-se na dura necessidade de desdobrar as suas energias, gastas nas lides de remexer as areias, num outro plano, todo de formação espiritual e de sacrifícios, o qual consistia em reservar uma parte da noite para aprender o abc, que um mestre improvisado insuficientemente lhes ia ensinando. Pouco avançavam com uma instrução tão rudimentar e subministrada a conta-gotas por um ou outro mestre particular. Mas que podia ele fazer sem método, em noites de inverno, à luz mortiça da candeia, em uma espécie de sala incómoda, onde penetrava o vento e caía a chuva? Ainda assim, lá se iam desbravando aqueles cérebros broncos, fechados às claridades da instrução.
Conhecemos na Encarnação o senhor mestre Manuel das Neves que ensinou, com certo gosto e proficiência, algumas dezenas de rapazes a ler, escrever e contar. Ainda existem alguns homens que lhe devem o pouco que sabem.
Este tinha sido precedido por outro mestre, o João Gramata, irmão da Joana Maluca.
Na Cale da Vila também a mocidade aprendia com Domingos Fernandes Caleiro.
O povo respeitava-os muito, e por isso os tratava com muita deferência, chamando-lhe o “Senhor Mestre”.
E antes destes, quantos! Devemos, pois, render preito a estes homens, a estes “Senhores Mestres” pelo amor que tiveram à instrução e pelo muito bem que fizeram.
Em tão rudimentares escolas eram sempre muito poucos os que alguma coisa aprendiam e inúmeros os que não passavam do soletrar, pois que os frequentadores delas eram, em geral, homens já feitos que pouco ou nada aproveitaram.
Cansados pelos trabalhos do dia, como poderiam aplicar-se convenientemente ao estudo, a cair de sono e com mestres inaptos?!
Mestres e discípulos, ainda que animados de muito boa vontade, deixavam sempre uma obra incompleta, ficando muito limitado o número dos que mal sabiam ler e pior assinar o seu nome.»[208]

Aqui fica a minha modesta mas sincera homenagem, o meu “preito a estes homens, a estes 'Senhores Mestres', pelo amor que tiveram à instrução e pelo muito bem que fizeram”!
Que este “AMOR” e este “BEM” iluminem ainda hoje as nossas Escolas!

Manuel

Na Linha Da Utopia



Património de Aveiro no Moliceiro

1. (Aceitámos o repto lançado...) Há breves dias ocorreu mais uma oportuníssima tertúlia promovida pela Associação dos Antigos Alunos da Universidade de Aveiro (http://www.aaaua.ua.pt/), entidade atenta na dinâmica da mobilização nas mais variadas áreas de iniciativa, sempre aberta à comunidade em geral tendo como especial referência os antigos alunos da academia aveirense. O local destas iniciativas de periodicidade (sensivelmente) mensal é o Hotel Moliceiro. Um espaço ex-libris da cidade que, numa visão de “hotel como cultura”, acolhe esta habitual linha programática de reflexão e debate sobre assuntos que dizem respeito a todos os cidadãos, quer da cidade e região quer da “aldeia” do mundo actual. Desta vez o tema era «o património aveirense»; e que melhor local para o acolher que um (Hotel) Moliceiro!...
2. Sempre que esta reflexão vem à ribalta juntam-se muitas vozes de zelo cuidadoso a par dos sentimentos de ansiedade sobre o que vai ficando por cuidar. Passado, presente e futuro entrecruzam-se neste reconhecimento admirável aos que “deram a vida” (e em que lutas!) por um património aveirense mais preservado e amado. Mas também se reconhece a continuada carência de elos de ligação potenciadores de uma comunidade que viva, conheça, estude, aprecie e se identifique com o seu património cultural. Dos canais (sempre adiados) da Ria de Aveiro, aos canais das comunicações articuladas e programáticas entre todos os “agentes” ainda paira “ruído” no ar, não chegando um cómodo dizer-se que “estamos disponíveis” como se o futuro se fizesse de uma simples “boa vontade” sem o agarrar determinado dos processos de forma concreta, parceira e objectiva.
3. Até quando as causas do património terão de ser uma “luta”? Não corresponderá ele ao que de melhor temos para viver com qualidade e partilhar com quem nos visita? A história dos que edificaram no tempo entidades como a ADERAV (Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro: http://www.aderav.com.sapo.pt/) mostra-nos que a determinação do “agarrar” a causa salvou Aveiro de “cegueiras” contra o património. Os esforços contemporâneos também são muitos. Alguns, seja sublinhado, como a Rota da Luz, surgem mesmo como plataforma de visibilidade nunca vista para Aveiro. Mas, cá dentro, numa mesma “mesa”, a “rede” poderá despertar as 1001 potencialidades… O primeiro passo é sempre o querer, valorizando o essencial que une a região e suas gentes. Embarcar num mesmo “moliceiro visionário” pode multiplicar caminhos e rentabilizar estratégias. Ninguém que pense a cultura, que “tenha” património e que ame a região pode ficar de fora (do que é público, da sociedade civil ao religioso ou privado). E podem uns ovos-moles ajudar a criar pontes!...
4. Agora só pessoalmente: das coisas que lançam grande interpelação é o facto de em Portugal existirem muitas redes de turismo espanholas a organizar os nossos roteiros do património regional / nacional… Sem palavras, pena. Claro, a nossa menor visão ou o desentendimento são (lhes) um presente caído do céu! (E depois, em Portugal, falta-nos a auto-estima!...)

Alexandre Cruz

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A fome de peixe

Clicar na imagem para ampliar

Será que alguém duvida da esperteza das aves marinhas? Elas sabem que a traineira leva peixe e do bom. E como a fome aperta...

Museu de Ílhavo no PÚBLICO de hoje



Na pesca do bacalhau

Inaugurado em 1937, o museu situa-se desde 2001 em novas e modernas instalações, desenhadas pelos arquitectos Nuno e José Mateus. Dedica boa parte do seu espaço à relação dos habitantes locais com a água. Duas exposições permanentes evocam dois dos eixos centrais desse tema: a pesca do bacalhau nas águas da Terra Nova (em lugres à vela, de madeira, servindo de base a flotilhas de dóris a remos, tripulados por um só homem) e a faina da ria de Aveiro (pesca e apanha do moliço). Um pólo exterior do museu acolhe o antigo arrastão Santo André, lançado à água em 1948 e que correspondeu à fase seguinte da pesca ao bacalhau, já mecanizada. Este navio-museu inaugurado em Janeiro de 2007 vale bem uma visita: podem ver-se a casa das máquinas, a cozinha e refeitório, os camarotes e até o grande porão do bacalhau.

Museu Marítimo de Ílhavo, Av. Dr. Rocha Madail, Tel. 234 329990
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Fonte: PÚBLICO de hoje

GUILHERME D’OLIVEIRA MARTINS

Não é todos os dias que encontramos homens íntegros no exercí-cio de funções relevantes e mesmo na vida de todos os dias. Sei que os há. Mas na política, área mais visível, embora haja pessoas respeitáveis, são mais, na minha opinião, as que agora dizem uma coisa e amanhã o seu contrário.
Guilherme d’Oliveira Martins é uma personalidade polivalente e multifacetada. É socialista, escritor, foi ministro dos Governos de António Guterres e deputado, é docente universitário, confe-rencista, militante católico, presidente da Centro Nacional de Cultura e Presidenta do Tribunal de Contas.
Fala sobre literatura, história, direito, filosofia, política, arte e religião, entre outros assuntos, sempre com elevação. Já Eduardo Prado Coelho, que o admirava, sublinhava a sua cultura global. Quando foi nomeado para o Tribunal de Contas, logo surgiram vozes de protesto pelo facto de ele ser socialista. Que iria pactuar com o Governo, era o mínimo que dele se esperava. Mas esses arautos da desgraça, que vêem nos outros aquilo que são, enganaram-se.
Guilherme d’Oliveira Martins, como pessoa honesta, não perdeu tempo com esses críticos. E uma vez no Tribunal, começou a exercer as suas funções com a independência que o caracteriza. Na sequência de outras decisões, em que reprovou contas do Governo de José Sócrates, também o Tribunal a que preside não deu luz verde a um empréstimo que a Câmara Municipal de Lisboa queria contrair para pagar dívidas. Choveram os protestos. Mas Guilherme d’Oliveira Martins já respondeu que se limitava a cumprir a lei. E disse mais: se não concordam com ela, os legisladores que a alterem.

FM

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