sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Um artigo de Laurinda Alves, no CV


O CORAÇÃO E A RAZÃO

Como se prova o amor entre duas pessoas? E como é que sabemos que temos as ideias claras? E qual o melhor entendimento sobre esta ou aquela questão? O que faz sentido agora também vai estar certo mais adiante?
Estas e outras dúvidas recorrentes obrigam-nos a pensar e a procurar respostas. Ainda que a sensação seja resolver tudo pela via da razão, na realidade aquilo que mais transforma a nossa vida é aquilo que sentimos e em que acreditamos, Nem sempre aquilo que compreendemos nos leva mais longe, porque nem sempre a compreensão racional nos traz sentimentos positivos de que precisamos para avançar.Um dos grandes mistérios da vida é justamente este de não podermos provar tudo cientificamente. E muito do que não se prova pela razão, prova-se pelo coração. Comprova-se existencialmente, pela via dos sentimentos, dos afectos e das relações que vamos criando.
:
Leia mais no Correio do Vouga

Porto de Aveiro

Entrada da Barra: Foto de Dinis Alves


PORTO DE AVEIRO

O Porto de Aveiro, visto de cima e de vários ângulos, é uma belíssima obra de arte da natureza. Nem sempre a olhamos com a devida atenção, é verdade, mas há muita gente disponível para nos oferecer belezas raras. As fotografias que mostrarei sobre o Porto de Aveiro são de Dinis Alves, que teve a amabilidade de mas enviar, o que agradeço.

Citação

“A oração, como fenómeno humano, é transversal às várias religiões, culturas e épocas”
José Tolentino de Mendonça, in XIS

Sabedoria de Confúcio

COPO DE ÁGUA O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal num copo-d'água e bebesse. -"Qual é o gosto?", perguntou o Mestre. - "Ruim ", disse o aprendiz. O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e a levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse: - "Beba um pouco dessa água." Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou: - "Qual é o gosto?" - "Bom!" disse o rapaz. - "Você sente gosto do sal", perguntou o Mestre? - "Não" disse o jovem. O Mestre então sentou-se ao lado do jovem, pegou na sua mão e disse: - "A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então, quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo. Torne-se um lago..." Nota: Enviado por leitor amigo

Zeca Afonso



O CANTOR DA LIBERDADE
MORREU HÁ 20 ANOS

O cantor da liberdade, Zeca Afonso, morreu há 20 anos. Morreu fisicamente, mas a sua memória e o seu talento continuam vivos entre nós, tal a força e a originalidade da sua arte. Era um cagaréu, pois nasceu em Aveiro, na freguesia da Glória, em 2 de Agosto de 1929.
“Nasci em Aveiro; lembro-me de que jogava o pião e a malta dizia: -‘Ó pião de Aveiro, ó pião de Ovar…’; foi uma infância turva, ligada a uma tia que foi praticamente a minha mãe; vivia numa espécie de paraíso.” Assim o recorda Monsenhor João Gaspar, no seu livro “Caminhar na Esperança”, onde também recorda outras figuras gradas da nossa terra.
Mais adiante, lembra: “Descobri que sou neto de um livre-pensador de Aveiro, […] um republicano que esteve ligado a um movimento importante de renovação escolar. Chama-se Domingos José Cerqueira, […] que chegou a fazer uma ‘cartilha’, a segunda depois da ‘Cartilha Maternal’, de João de Deus.”
Depois desta evocação, para referenciar o artista que o mundo português, e não só, bem conhece, pela sua contribuição para a reconquista da liberdade e da democracia em Portugal, é justo sublinhar que Zeca Afonso influenciou toda uma geração que fez da arte de cantar a arte de despertar consciências para o respeito pela dignidade do homem. Cantando, soube acordar muita gente para que assumisse a luta pela instauração da democracia entre nós.
O artista da liberdade faleceu em 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, tendo-nos deixado uma mensagem muito expressiva, como recorda Monsenhor João Gaspar. “Nós não devemos apagar fogueiras, mas atear chamas!...”.
Talvez com a imagem de Aveiro e da sua Ria, disse noutra altura, cantando: “… tempo que leva tempo, meus amigos / regressam ternamente a suas casas; / com eles edifico uma morada! / Que Deus reme connosco na viagem!”

Fernando Martins

Um artigo de D. António Marcelino

MODERNIDADE
DE QUE TANTO SE FALA

Há anos recebi, a seu pedido, um jornalista de um jornal diário. Começou por uma pergunta, para mim sem pés nem cabeça. Por delicadeza tentei perceber e ir respondendo, mas logo fui por ele interpelado, perguntando-me se eu não sabia o que era a modernidade. Sem intenção de magoar ou humilhar, perguntei-lhe, por minha vez, o que é ele entendia por modernidade porque, sabendo-o eu, perceberia talvez a que propósito vinha a sua intervenção. Assim nos podíamos entender e tornar possível, entre nós, um diálogo válido. Retorquiu-me, incomodado, que o entrevistador era ele e não tinha que me dar nem explicações, nem respostas. Conclui que o bom do homem, com aquele incómodo e arrogância, não sabia nem fazia a mínima ideia do que dizia quando falava de modernidade. Apenas trazia consigo, bem forte, o preconceito de que a Igreja era contra…
Tenho, agora, a mesma sensação, quando ouço perorar, com entusiasmo, ministros e seus ajudantes, deputados e analistas, jornalistas e políticos de primeira linha, e até professores e cidadãos que se presumem de eruditos. Sempre todos em grande consonância. A torto e a direito, falam sobre assuntos diversos, não esquecendo, porque dá estatuto, de se referirem à modernidade e suas exigências. Muitos a traduzem por um laicismo serôdio, que quer atirar a Igreja para a sacristia, acordar velhas lutas e tirar-lhe qualquer influência na vida das pessoas e da sociedade. Alguns vão lá mais longe, porque nunca deram o salto no tempo de modo a purificar as tensões, fazendo perdurar as divisões de pensar e de agir, como se o mundo tivesse parado ou se reduzisse para sempre a dois blocos incomunicáveis, sempre dispostos a denegrir-se e a atacar-se mutuamente, na esperança de que algum deles morra ou desista primeiro.
A história diz-nos que a afirmação de um pensamento autónomo, quer religioso quer político, que está na origem da modernidade, nasceu como oposição a uma Igreja, demasiadamente influente nos povos da Europa, com falhas nos processos de relação e intervenções que extravasavam o sagrado. Embora o diagnóstico tivesse alguma objectividade, o movimento não foi facilmente aceite pela gente da Igreja, por razões que a história explica. As reacções iam provocando novas tensões num mundo ávido de autonomia. E, como a dogmatismos incómodos se iam contrapondo outros que o não eram menos, a serenidade para reflectir sobre os caminhos andados e projectar os futuros, não foi muita.
Deste modo, a Igreja foi sendo considerada empecilho do mundo novo que começava a nascer, com outros critérios e projectos. Esta ideia foi vingando. O poder político que surgia na Europa, por vezes com novas alianças religiosas contrárias ao catolicismo, foi carregando as cores, o pensamento filosófico que gerara a primeira ideia e a alimentava, deram suporte a movimentos políticos diversos que, impacientes ou com outros ventos no bojo, optaram pela perseguição e pela decisão de extermínio da Igreja e da sua anterior influência histórica. Vitórias passageiras, porque, não obstante as falhas inegáveis, não se apagam séculos de cultura, de promoção social e de desenvolvimento variado. Mas foram ficando marcas, acumulando-se preconceitos e sonhados, irreversivelmente, novos projectos de sociedade.
João XXIII, por terras onde andara antes de eleito, vivera experiências diversas de tensões, políticas e religiosas. Secundando gestos importantes de antecessores, toma a decisão profética de um concílio que ajude a Igreja a converter-se ao Evangelho das origens e a tentar a reconciliação com o mundo, dado que é sua vocação servi-lo. Abrem-se, então, caminhos novos de reconhecimento da legítima secularidade, da vantagem do diálogo aberto da Igreja com as realidades terrestres. A modernidade traz consigo um apoio à personalização, um direito à participação e ao pluralismo. Não permite, porém, sem perigo de perdas graves, o apagamento da história, a subversão dos valores, a ética das relações, a protecção social de uns, em detrimento de outros

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Papa anuncia documento sobre a Eucaristia

Bento XVI vai assinar, em breve,
a Exortação pós-sinodal relativa
ao Sínodo dos Bispos de 2005


"MISTÉRO EUCARÍSTICO"

O Papa anunciou hoje que assinará, em breve, a Exortação pós-sinodal sobre a Eucaristia, relativa ao último Sínodo dos Bispos que se decorreu no Vaticano, em Outubro de 2005. Este documento recolherá as indicações surgidas desta reunião magna, dedicada ao "Mistério Eucarístico”.
O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de Bispos que representa o episcopado de todo o mundo e tem como tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja, com o seu conselho, para procurar soluções pastorais que tenham validade e aplicação universal. Sendo um órgão consultivo, oferece “proposições” e não posições definitivas.
A partir destas propostas, Bento XVI teve a missão de redigir a exortação apostólica pós-sinodal, o documento baseado nas “proposições” aprovadas pelos padres sinodais. Para realizar este trabalho, o Papa contou com uma ajuda específica, um Conselho pós-sinodal de Bispos, eleitos tanto pela assembleia (12 membros) como por ele mesmo (3 membros).
:
Leia mais

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue