sábado, 15 de abril de 2006

Gotas do Arco-Íris - 13

PARA ALÉM DO ARCO-ÍRIS...
Caríssimo/a: Hoje terei de pedir desculpas aos senhores Teólogos e à minha Professora de Física, ... mas a culpa é do arco-íris... E já agora aproveito para relembrar a minha velha Mestra da Doutrina [que não me repreenda...] e os companheiros [que não se riam muito...] Foi-nos explicado o prisma óptico, no velho Liceu... E do prisma e do arco-íris à Páscoa foi um pequeno salto da imaginação, colocando dois prismas seguidos; e, se o primeiro origina a decomposição da luz, o segundo actuará na composição... Mas que confusão aí vai nessa cabeça!... O pobre-de-mim tenta explicar-me: A LUZ, vinda do ALTO, ao atravessar esta face, a face ANUNCIAÇÃO/NASCIMENTO, aspergiu mistérios de alegria que irradiaram no CANTO DOS ANJOS, na EPIFANIA, na APRESENTAÇÃO NO TEMPLO, no BAPTISMO, nas BODAS DE CANÁ, no ANÚNCIO DO REINO, na TRANSFIGURAÇÃO e na EUCARISTIA; surgindo a dupla face, a do AMOR, tudo se torna mais denso e difícil, com a emersão dos mistérios da dor: a AGONIA, a FLAGELAÇÃO, a COROAÇÃO DE ESPINHOS, a CONDENAÇÃO À MORTE, o TRANSPORTE DA CRUZ, a FUGA DOS AMIGOS, a CRUCIFIXÃO... Com o grito: - TUDO ESTÁ CONSUMADO!, atravessa a outra face, a face MORTE/RESSURREIÇÃO, e a LUZ radiosa ascende ... Santa Páscoa! Manuel
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NB: Porque não sei se amanhã poderei estar por aqui, resolvi inserir o "Gotas do Arco-Íris" neste momento. Afinal, trata-se de um texto para reflectir nesta quadra de tanto significado para os seguidores de Jesus.
FM

Igreja quer antigo Convento das Carmelitas

Erro histórico pode e deve ser reparado
O padre João Gonçalves, pároco da Glória (Sé), é uma das pessoas que defende a entrega incondicional do antigo convento das Carmelitas à Igreja, como forma de reparar um «erro histórico cometido exclusivamente por motivos ideológicos, há 95 anos», quando após a implantação da República, em 1910, o Governo de então entregou a propriedade do convento à Câmara Municipal de Aveiro.
Como o convento foi feito para o serviço da Igreja, o padre João Gonçalves lembra que «quando temos um bem que não nos foi legitimado, não há razão para continuarmos a manter a sua propriedade e, muito menos, quando os seus legítimos proprietários existem e reivindicam os seus direitos».
Para o padre José Belinquete, autor do livro «As Carmelitas em Aveiro – Ontem e Hoje», publicado em 1996, a entrega do antigo convento à Igreja é a melhor forma da Câmara de Aveiro reparar a «injustiça cometida contra o próprio edifício conventual», quando, em 1905, o Executivo municipal de então, liderado por Gustavo Ferreira Pinto Basto, conseguiu convencer o Governo a autorizar a demolição de parte do convento, incluindo parte da igreja conventual, para a abertura de uma avenida, que nunca o chegou a ser construída porque o projecto não avançou para Nascente, avenida que deu lugar à actual Praça Marquês de Pombal. Para este padre, o imóvel deve «voltar às origens religiosas», pelo que a autarquia «não deve continuar a pô-lo ao serviço de outras funções civis, como tem acontecido desde a implantação da República», como parece que irá novamente acontecer se aí for instalado o prometido Juízo Tributário.
Monsenhor João Gaspar, investigador e autor de inúmeros livros sobre Aveiro e único aveirense membro da Academia Portuguesa da História, considera que o Executivo municipal tem competência para ceder à Igreja, por um período de 50 anos, o direito de utilização do convento, mantendo a autarquia a propriedade do imóvel, tal como aconteceu durante o período em que o edifício esteve ocupado pela PSP.
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(Para ler todo o artigo do jornalista Cardoso Ferreira, clique Diário de Aveiro)

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Mensagem Pascal do Bispo de Aveiro

PÁSCOA DE CRISTO,
VIDA NOVA A VIVER! Páscoa de Cristo! Tesouro a descobrir, Amor em primeiro lugar, Esperança a desfrutar, Graça a saborear, Vida Nova a viver! Páscoa de Cristo! Maravilha a contemplar, Dom a acolher, Momento a festejar, Rumo a prosseguir, Vida Nova a viver! Páscoa de Cristo! Mistério a desvendar, Luz a iluminar, Vitória a alcançar, Dádiva a partilhar, Vida Nova a viver! Páscoa de Cristo! Morte que foi vencida, Tristeza ultrapassada, Coragem readquirida, Medo já sem lugar, Vida Nova a viver! Páscoa de Cristo! Fé a testemunhar, Alegria a comunicar, Certeza a não perder, Bússola a nortear, Vida Nova a viver! Páscoa de Cristo! Novidade a agradecer, Riqueza a desfrutar, Fonte a alimentar, Festa sem terminar, Vida Nova a viver!
“Se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é vã…Se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens.” ( 1 Cor 15, 14 e 19) “ Não tenhais medo. Procurais Jesus, o Crucificado? Não está aqui: ressuscitou como tinha dito…Ide dar a notícia aos irmãos...” (Mat 28, 5 e 10) Feliz e Santa Páscoa para os cristãos e para quem procura Deus de coração sincero!
António Marcelino,
Bispo de Aveiro

Um artigo de Alexandre Cruz

Páscoa,
o florescer do ideal 1. Se há tempo para tudo, “agora” é Páscoa! Não é só tradição, agarrada ao passado, como se fosse uma pegada de dinossauro o centro das atenções dos olhares curiosos. Não é isso, é Páscoa, é a vida em jogo! É a “visão pascal”! Ainda que com as doces amêndoas e os cuidadosos folares regionais (com ou sem ovos) a marcarem a sua presença, mas a razão de toda essa rica doçura é mesmo a Páscoa! São milhares as viagens do norte ao sul, do litoral ao interior, familiares e amigos que nesta quadra encurtam as distâncias e se tornam presentes uns com os outros para partilharem este “momento”. E tudo porque a vida é mesmo para ser vivida, e não para se perder num corre-corre que esqueça as pessoas e os momentos importantes. O ritmo do tempo e dos calendários que marca a nossa vida, traçado no mapa da história que nos precedeu, não existe ao acaso. Em época de florescer da primavera vem a Páscoa lembrar-nos e convidar-nos a robustecer o “ideal”, o “sonho”, a esperança. É por isso que o tempo não cíclico, não é sempre a mesma “coisa”, os dias de vida por vezes parecendo mas não são iguais; dessa perspectiva do tempo repetitivo, sempre à volta, numa giratória donde não pudéssemos fugir, daí já vimos nós, pois essa foi a fase histórica do pensamento grego que acabaria por ser superada, em qualidade de sentido, pela cultura judeo-cristã. Esta veio dizer-nos que a vida é uma caminhada irrepetível, inclonável, sempre em forma de subida, de aperfeiçoamento histórico até ao (Jesus) Absoluto Pessoal que vence o “tempo” abrindo a história à “eternidade”… 2. Ao falar-se de “Páscoa”, dando significado à palavra e sentido à tradição agora tornada (muitas vezes em excesso) estratégia comercial, quer assinalar-se a pertença a uma continuidade que procura assumir a vida num sentido dinâmico de construção, de “passagem”. É verdade, a vida não é produto descartável, é convite a respirar renovação e esperança! É o maior tesouro e por isso importa bem preservá-lo, cuidá-lo, como a planta…alimentá-lo, regá-lo! Grandes são as vidas que se conhecem e sabem que no “nada” não se vai a lado nenhum e que só com metas, etapas, itinerários e desafios, se vai subindo a qualidade de vida e do ideal que se procura para ser feliz. Grandes são os que, nesta apressada viagem da história dos nossos dias, vão ganhando sábia equidistância crítica (mas compromisso) em relação a si próprios e à vida da sociedade. O mundo, mesmo o mundo das “rejeições” ao projecto existencial mais profundo de cada ser humano, cada vez mais espera dos que dão sentido pleno à Páscoa, ao Natal, ao Domingo. Estes, simples e inabaláveis nas suas colunas fundamentais do SER, dando sentido ao tempo, encontraram a raiz mais profunda da dignidade humana. 3. “Hoje”, ao acolher-se a “Páscoa”, todas as expressões exteriores de alegria, festa e convívio terão sentido…mas tanto mais pleno quanto mais o tempo que precedeu a Páscoa foi de auto-conhecimento e de exigência construtora. Haverá algum bom atleta que chegue à vitória sem exigente treino?! De modo algum! Assim também nas questões fundamentais da vida e na conquista do ideal que se procura, o “treino” pode-se comparar a este pensar e reforçar do ideal, o que fará florescer sentimentos e dias melhores, que saibam vencer as tempestades da vida. A “Páscoa”, enquanto “passagem”, faz-nos perguntar sobre “o que fica de nós e em nós(?)” num mundo em que tudo passa. A resposta a esta difícil questão obriga-nos a dar mais valor ao que tem mesmo valor. Haverá Páscoa sem paz e sem sentido renovado de vida e de “fé”? Chegará simplesmente o hábito social?!... Seria como o ir para um banquete de casamento e não comer nem beber nada, tudo ficaria incompleto, a meio do caminho, um puro engano, faltaria o essencial. A autêntica Páscoa de há dois mil anos, pelo seu “dar a vida” que abre janelas infinitas, ajuda-nos e inspira-nos à renovação de todos os ideais, para que as cores da esperança encham as medidas de cada coração humano! Paz a todos que habitamos nesta grande casa que é o mundo!...

SEXTA-FEIRA SANTA

Primeiro e definitivo
passo para
a nossa redenção
Três horas da tarde. À mesma hora, numa sexta-feira de há quase dois mil anos, Jesus Cristo morreu na cruz. Morte infamante que o Filho do Homem suportou para remir todos os pecados da humanidade. Daquele tempo, de hoje e de sempre. Jesus aceitou as acusações da hierarquia judaica e a sentença decretada por um político romano covarde, sem protestos e sem revoltas. Sem reivindicações e sem testemunhas que abonassem o Seu bom comportamento na sociedade. Também sem advogados que pudessem falar do seu amor à justiça, à verdade, à paz e ao amor. Sem o testemunho de cegos a quem Ele deu a possibilidade de ver, de surdos a quem Ele deu o dom de ouvir. De leprosos que Ele limpou, de mortos que Ele fez regressar à vida. De gente a quem deu de comer, quando pouco havia para repartir por milhares de pessoas que deixaram tudo para O escutar. Jesus, com a Sua entrega ao suplício por nós, quis assumir o sacrifício, séculos antes profetizado, para redimir os pecadores, oferecendo-lhes, como caminho de libertação, um mandamento novo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.” Com o Seu sacrifício supremo, Deus feito Homem veio mostrar a cada um de nós e a todos que até a morte pode ter sentido. Pela Sua morte, veio a garantia de uma vida nova para todos, assente na certeza da ressurreição que Ele próprio experimentou três dias depois. É por isso que os crentes, os que acreditam que Jesus é o Redentor da humanidade, vêem na Sua morte de cruz, ao lado de dois criminosos, o sinal de resgate que nos faz filhos de Deus e herdeiros da vida eterna. A nossa tristeza desta hora, humanamente compreensível, vai passar muito em breve pela alegria da vitória de Cristo sobre a morte. Com a ressurreição de Cristo, na Páscoa da libertação, culminam todas as tristezas, todas as dúvidas, todas as hesitações. E todos então poderemos cantar aleluias. A morte de Jesus Cristo é, verdadeiramente, o primeiro e definitivo passo para a nossa redenção.
Fernando Martins

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Um artigo de Tiago Mendes, no Diário Económico

A minuta
O corporativismo em algumas universidades portuguesas é tanto mais condenável quando esperamos que elas sejam pólos de excelência e exemplos a seguir.
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A endogamia, no contexto do ‘job market’ universitário, consiste na contratação preferencial de indivíduos da mesma instituição. Do ponto de vista da racionalidade, a endogamia é perfeitamente entendível: trata-se de uma forma de protecção mútua entre agentes que estabelecem, de forma não necessariamente explícita, um contrato de protecção mútua. Num país de cidadãos avessos ao risco, o comportamento não surpreende. Mas se a endogamia é racionalmente entendível, ela não é, obviamente, aceitável. Uma universidade que pretenda fazer investigação e oferecer ensino de qualidade, não pode fechar-se ao exterior nem ter um corpo docente receoso de competição. O corporativismo que existe em algumas universidades portuguesas é tanto mais condenável quando esperamos que elas sejam pólos de excelência e exemplos a seguir.
Um caso caricato chegou-me há dias ao conhecimento. Rezava assim: um cientista português, radicado no estrangeiro, respondera a um concurso duma universidade portuguesa, publicitado na internet. A sua candidatura fora desqualificada, informava a Reitoria da instituição em causa, por não incluir “a minuta de candidatura”. A dita “minuta”, que não era referida no anúncio nem estava acessível ‘online’, não passava de um formulário no qual se requeriam o nome próprio, a filiação e a referência do concurso. Só a informação relativa à filiação não era deduzível da restante candidatura. Conclusões? Duas. Uma geral e uma particular.
A primeira: é nos pequenos detalhes que muitas vezes se percebem as grandes diferenças. Este tipo de requerimentos, essencialmente burocráticos, mesquinhos e alimentadores da mediocridade, não se coadunam com uma cultura meritocrática. Erguer este tipo de “muralhas”, de forma kafkianamente engenhosa, para proteger os habitantes do “castelo” não é prática admissível numa instituição onde a busca de conhecimento seja o móbil maior. A segunda: só com uma invejável dose de ingenuidade conseguiremos não suspeitar que a instituição em causa, a Universidade de Lisboa, tenha encorajado, ao mais alto nível, a contratação preferencial de pessoas da casa.
Confesso-me particularmente à vontade para expor este caso por não ter qualquer relação pessoal ou profissional com o visado (o biólogo Miguel Araújo). Cumprindo, ‘en passant’, a máxima de que a justiça deve ser cega. Não fora a seriedade da questão, mais a autonomia universitária, e o título do texto poderia ter sido “A 334ª” - a medida “essencial” e “emblemática” que faltaria à desburocratização do país. Como assim não é, opto por citar o visado nesta história: “Não há planos tecnológicos, estratégias de Lisboa ou protocolos com o MIT que resistam a uma burocracia cuidadosamente arquitectada para defender os interesses da mediocridade instalada. Assim, não vamos lá.” Pois é.
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Nota: A burocracia ridícula e castradora anda por aí à solta. Ao transcrever este texto, muito oportuno, de Tiago Mendes, pretendo, tão-só, mostrar como o País tem andado. Manietado pela burocracia, que está comodamente instalada em todo o lado, não é possível progredir. E ainda há quem lute, com todas as garras, contra o processo em curso de acabar com ela.
FM

Aveiro: Ecomuseu da Troncalhada

Uma tradição que deve ser
conhecida Troncalhada é nome de marinha de sal que a autarquia aveirense preservou e mantém em funcionamento, na época própria, para garantir a tradição. Fica ali bem perto da saída de Aveiro, na rotunda que dá acesso às praias da Barra e da Costa Nova. Quando se entra nessa rotunda, segue-se em direcção às Pirâmides e à esquerda, quem olhar vê logo a antiga marinha, em pleno funcionamento. Penso que esta época de férias para alguns, sobretudo para quem estuda, é uma excelente oportunidade para ficarem a conhecer uma actividade que tem tendência para desaparecer da nossa paisagem lagunar. O Ecomuseu da Troncalhada está bem cuidado e preparado para receber visitantes. Há guias para orientarem a visita e para explicarem o que muitos gostarão de saber: como se fabrica o sal, a partir da evaporação da água salgada depositada nas janelas do céu, como lhe chamou o artista multifacetado Almada Negreiros.

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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