Vai-se enraizando, nas escolas portuguesas, o hábito de importar tradições que nada têm a ver connosco. Ontem, por exemplo, crianças das nossas escolas vieram a minha casa pedir um contributo para o Halloween, sem saberem lá muito bem o porquê deste peditório. Tanto quanto sei, esta iniciativa foi estimulada, entre os alunos, pelos professores de Inglês, talvez com base em projectos pedagógicos. E à partida penso que tais projectos poderiam muito bem ter por base tradições portuguesas.
Portugal, em geral, e a nossa região, em particular, têm tradições riquíssimas que mereciam ser mais aproveitadas pelos professores e pelas escolas, de todos os graus de ensino, não se justificando, a meu ver, qualquer recurso ao que se faz e ao que existe no estrangeiro, nesta linha.
Há anos, ainda tentei explicar às crianças que havia tantas coisas interessantes, de matriz regional, para se envolverem e para mostrarem as suas capacidades criativas, mas senti que estava a malhar em ferro frio. A professora de Inglês é que sabe e estava tudo dito.
Ora, eu penso que os professores, sejam eles de que disciplina forem, devem informar-se, quando chegam a uma escola de uma região diferente das suas, quais são as tradições que urge reviver, para que o património cultural que nos tem servido de matriz não se perca. Agora, andar a importar tradições, em tempos da necessidade de preservar as riquezas que herdámos, não me parece muito bem.
Fernando Martins
terça-feira, 1 de novembro de 2005
DIA DE TODOS OS SANTOS
OS SANTOS NÃO SÃO GENTE QUE ESTÁ FORA DO MUNDO
Celebra-se hoje, 1 de Novembro, a festividade do Dia de Todos os Santos. A Igreja Católica recorda todos os que, pelos seus méritos, mereceram ser acolhidos no seio de Deus, para aí gozarem da felicidade eterna. O número desses santos, que ultrapassa, de longe, o número dos que a Igreja Católica designou para ocuparem lugares especiais nos altares, não tem limites, tantos devem ser eles. E desses, quantos não serão nossos familiares e amigos…
É bom, pois, que os recordemos e que os seus testemunhos de arautos do bem e da verdade nos estimulem, para no dia-a-dia contribuirmos para a construção de um mundo mais fraterno. E também é correcto pensarmos e dizermos que afinal a santidade não é qualquer coisa de extraordinário, porque está ao alcance de todos nós, na vivência dos acontecimentos de todos os dias.
Os santos não são gente que está fora do mundo e da vida, exibindo rostos macerados pelas penitências e pelos sacrifícios, mas são gente que trabalha, que luta pela verdade, que vive ideais nobres, que procura construir uma sociedade mais justa, que é solidária, que experimenta a caridade, que dialoga com Deus e com todos, que cultiva o bem. Os santos estão connosco e são muitos de nós; os santos caem e levantam-se, renascendo constantemente; os santos alegram a vida pela felicidade que espalham à sua volta. Por isso, os celebramos hoje, na certeza de que um dia estaremos com eles, e com Deus, para gozarmos a alegria plena.
Fernando Martins
MÊS DE NOVEMBRO - MÊS DAS ALMAS
“Bem-aventurados os que morrem no Senhor, que repousem dos seus trabalhos, porque as suas obras os acompanham (Ap 14,13)”No mês de Novembro encontramo-nos em pleno Outono, esta estação do ano que tanto me fascina, pelo encanto da natureza que se recolhe para o Inverno, das folhas que se revestem dos mais belos tons antes de caírem, como a mostrar a nobreza do entardecer da vida, que se recolhe e se despede serenamente antes de repousar no silêncio do mistério!... E mesmo o nevoeiro denso que em muitos dias de Outono nos envolve, também isso é um convite ao recolhimento, mesmo ao mistério que diz a nossa existência.
Talvez tenha sido por isso que a Igreja, na sua admirável pedagogia da fé que respeita os ritmos da natureza, tenha escolhido o mês de Novembro para nos recordar o mistério da morte, com a celebração dos fiéis defuntos logo no início, a 2 de Novembro, e dedicando todo o mês à meditação da morte e à contemplação do purgatório. Novembro é o mês das almas!É assim que o recordo, desde a minha infância: ‘mês das almas’. A missa era muito cedo, lá pelas quatro ou cinco da manhã, para que também os lavradores pudessem participar antes de irem para o leite.
(Para ler todo o texto, clique ECCLESIA)
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
PORTUGUESES MAIS PESSIMISTAS
Sondagem revela que portugueses estão mais pessimistas
A confiança dos portugueses na situação económica pessoal e do país para 2006 está no nível mais baixo dos últimos dois anos, segundo o Barómetro de Outubro da Marktest para o DN e TSF, divulgado esta segunda-feira.
Invertendo a tendência de subida registada em Setembro, o estudo de opinião relativo a Outubro mostra que 56,8% dos inquiridos acha que a situação económica do país vai estar pior no próximo ano, contra 14,6% que considera que ela vai melhorar.
Para 23,7% a economia do país vai ficar na mesma no período que se prolonga até ao próximo ano.
Em termos de finanças pessoais e familiares, o pessimismo ainda é maior, com 58,2% a considerar que a situação vai estar pior durante o próximo ano.
Pelo contrário, 10,3% dos inquiridos acha que vai estar melhor em 2007, enquanto para 23,7% não vai haver alteração.
O Barómetro de Outubro da Marktest para o DN e TSF foi realizado entre 18 e 21 de Outubro, com 805 entrevistas, sendo de 3,45% a margem de erro.
Fonte: Diário Digital
Não há Vida Boa sem Autodomínio
O HOMEM FAZ-SE OU DESFAZ-SE A SI MESMO
O homem faz-se ou desfaz-se a si mesmo. O homem controla as suas paixões, as suas emoções, o seu futuro. Consegue-o canalizando os seus impulsos físicos para conseguir realizações espirituais. Qualquer animal pode esbanjar a sua força realizando os impulsos físicos sempre que os sente. Compete ao homem canalizá-los para fins mais produtivos que a satisfação dos impulsos. Ninguém se tornou ilustre por fazer o que lhe apetecia. Os homens insignificantes fazem o que querem - e tornam-se nuns Zés-Ninguém. Os grandes submetem-se às leis que regem o sector em que são grandes.
O autodomínio é sempre recompensado com uma força que dá uma alegria interior inexprimível e silenciosa que se torna no tom dominante da vida. O autodomínio é a qualidade que distingue os mais aptos para sobreviverem. O mais importante atributo do homem como ser moral é a faculdade de autodomínio escreveu Herbert Spencer. Nunca houve, nem pode haver, uma vida boa sem autodomínio; sem ele a vida é inconcebível. A vitória mais importante e mais nobre do homem é a conquista de si mesmo.
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'
In "Citador"
FILARMONIA DAS BEIRAS ENCERRA FESTIVAIS DE OUTONO
Sábado, 5 de Novembro, 21.30 horas, Teatro Aveirense
Esta semana chega ao fim os «Festivais de Outono». Para além de três recitais de canto e piano e um de música ibérica, poderá ainda assistir ao Concerto de encerramento, no próximo Sábado, 5 de Novembro, no qual a Orquestra Filarmonia das Beiras apresentará mais um dos seus fabulosos espectáculos, desta vez acompanhada pelo Coro da Fundação Conservatório Regional de Gaia e por Valerian Shiukaschvili, o vencedor do 1º Prémio da 1ª edição do Concurso Internacional de Piano «Helena Sá e Costa» em 2004.
Iniciativa da Universidade de Aveiro e da Fundação João Jacinto de Magalhães, com o apoio da Câmara Municipal e do Teatro Aveirense, os Festivais de Outono estão a inundar Aveiro com uma série de concertos de diferentes géneros, épocas e estilos musicais e juntar artistas de grande relevo nacional e internacional.
Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN
INDEPENDÊNCIA
As greves dos juízes e magistrados deram que falar, mas não tiveram grande importância. Primeiro porque, como notou há tempos Miguel Sousa Tavares, são irrelevantes alguns dias perdidos numa justiça que demora eternidades a dar qualquer passo. Depois, porque as greves não abalaram o prestígio da justiça portuguesa, pelo simples facto de que esse prestígio já não existe.
As greves foram estimuladas pelo primeiro-ministro, quando demagogicamente anunciou, logo no discurso de posse, a redução das férias judiciais. A coisa foi apresentada como se os profissionais da justiça gozassem dois meses de férias, quando se tratava de os tribunais fecharem dois meses. Os juízes e magistrados que trabalham no duro ficaram indignados. A partir daí, a questão situou-se no mero plano sindical. Apesar do estado lamentável em que se encontra a justiça em Portugal, não se viu grande preocupação dos grevistas em melhorá-la. Pior ouviram-se vozes bramando estar ameaçada a independência dos tribunais.
Decerto que a independência judicial é um valor básico do Estado de direito. Mas, por cá, ela tem significado sobretudo a autogestão pelas corporações do sector, cómoda para o poder político. O resultado está à vista - e, assim, o cidadão não tem a quem pedir contas pelo péssimo funcionamento da justiça. Por isso é positivo que se vá cumprir finalmente o preceito constitucional que atribui aos órgãos de soberania a definição da política criminal. Ao Ministério Público cabe participar na execução dessa política, não defini-la. Não chega, porém. O poder político precisa de ter uma intervenção mais activa na organização do sector. Para que a justiça portuguesa não continue a absorver meios humanos e financeiros acima da média europeia, sem lograr um mínimo aceitável de eficácia.
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