Toda a gente sabe que as faltas dos professores são uma alegria para os alunos. Os "furos" ou "feriados" oferecem aos estudantes a oportunidade de nada fazerem de útil, normalmente, trazendo aos mesmos atrasos nos estudos e tempos livres indesculpáveis nos tempos de hoje. As escolas deviam, desde há muito anos, organizar-se para responder a este problema, já que legislação nesse sentido não falta. Tem faltado, isso sim, vontade para ocupar os alunos com actividades úteis, quer ao nível dos estudos curriculares, quer ao nível da aquisição de conhecimentos gerais, que são a base da cultura das pessoas.
O primeiro-ministro José Sócrates anunciou ontem que essa triste realidade dos "furos" vai acabar, tendo sublinhado que as Escolas vão ter de ultrapassar esse problema, com uma organização adequada. É natural que os professores existentes nas escolas não sejam em número suficiente para dar resposta a todos os "furos", mas a verdade é que o assunto vai ser resolvido. Pelo menos foi essa a impressão que me ficou, depois de ouvir José Sócrates.
F.M.
terça-feira, 5 de abril de 2005
segunda-feira, 4 de abril de 2005
CEP rende homenagem ao Papa de Fátima
Os Bispos portugueses, reunidos em Fátima para a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), prestaram hoje homenagem à figura do Papa João Paulo II, falecido no passado sábado.“Foram quase 27 anos em que percorremos os caminhos da Igreja, conduzidos por essa grande figura de Pastor. Aqui em Fátima disse-nos em 1982 que o Pastor é aquele que vai à frente, para identificar os perigos e apontar os novos caminhos da peregrinação do Povo de Deus. Ele foi, para toda a Igreja, esse Pastor, que decididamente, com passada larga, tomou sempre a dianteira, apontando obstáculos a vencer mas, sobretudo, rasgando novos caminhos, alguns nunca andados nem imaginados”, disse o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na abertura dos trabalhos da reunião magna do episcopado.“A sua morte provocou uma invulgar unidade da humanidade, de cristãos de todas as confissões, de homens crentes de outras religiões, de Governos e de Instituições, de degelo de posições rígidas, na manifestação do que de melhor está guardado no coração do homem e no âmago das culturas. Esta unidade universal, verdadeiro sinal de uma esperança nova, tornou-se no ‘ex-libris’ deste pontificado”, acrescentou. Considerando que a morte de João Paulo II “foi salvificamente fecunda”, o Patriarca disse que “a nossa comunhão com ele é também uma recolhida acção de graças ao Senhor da Igreja, pelo Pastor que nos deu e uma prece, a ele que já está na comunhão dos Santos, que continue a interceder pela Igreja, que precisa de continuar o seu caminho no tempo, não rejeitando nada da grandeza do drama humano”. (Para ler mais, clique ECCLESIA)
Arcebispo de Braga é o novo presidente da CEP

O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, é o novo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Foi eleito hoje, dia 4 de Abril, na Assembleia Plenária da CEP, que está a decorrer em Fátima.
O vice-presidente é D. António Montes, Bispo de Bragança e Miranda, e o secretário passou a ser D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa.
O Conselho Permanente é composto por D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa (por inerência), D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, D. António Marto, Bispo de Viseu, e D. José Alves, Bispo de Portalegre e Castelo Branco.
As eleições para as diversas comissões realizar-se-ão posteriormente. A Assembleia Plenária da CEP prolonga-se até dia 7 de Abril.
Mensagem do Bispo de Aveiro sobre a morte do Papa

JOÃO PAULO II
- UM TESTEMUNHO QUE NOS ENRIQUECEU A TODOS
Comecei a escrever estas palavras quando, preso à catadupa de notícias que chegavam ao mundo inteiro, se ia dizendo da gravidade do estado de saúde do Papa, cuja vida, presa por um fio, estava a chegar ao seu termo.
Invadiu-me, então, uma forte emoção que não tentei reprimir. Algumas lágrimas, nascidas de um coração sensível, que aceitava, sem reticências, o querer de Deus, marejaram-me os olhos. Lágrimas de sentida gratidão.
O Papa é um mortal, como qualquer de nós. A sua fragilidade física, a aumentar cada dia, vinha-me preparando para momentos de inevitável pesar. João Paulo II é um irmão, muito chegado, que me entrou, por inteiro, no coração e na vida, e me permitiu a experiência pessoal, já iniciada com Paulo VI, de tocar de perto e com uma normalidade inesquecível, a possibilidade de uma Igreja hierárquica próxima das pessoas, o calor da comunhão fraterna a estimular, cada dia, o sentido de serviço, a abertura a todos, sem excepção, porque ele sabia que em todos se esconde e se pode encontrar o Deus amor, que de mil modos actua e se revela.
Todos os bispos, por força da sua missão, mantêm uma especial relação com o Papa, com encontros pessoais regulares, pelo menos de cinco em cinco anos, em visitas programadas. Para além destes encontros com João Paulo II que, para mim, foram vários, dado os trinta anos de episcopado que estou prestes a completar, muitos outros se proporcionaram pela minha participação em três sínodos dos bispos com a presença diária do Papa, e nos vários simpósios dos bispos da Europa, realizados em Roma. Ainda nas suas vindas a Portugal ou em idas minhas a Roma, por motivo de reuniões e congressos com audiência papal. Sempre encontros gratificantes.
Foi também a concelebração eucarística em grupo na capela pessoal do Papa e, meia dúzia de vezes, a refeição à sua mesa de todos os dias.
Toda esta proximidade gerou estima, amizade e admiração e até um certo à-vontade. Podíamos, então, fazer perguntas ao Papa e estabelecer uma conversação que nada tinha de formal. João Paulo II favorecia muito esta aproximação, com o seu interesse, bom humor e conhecimento da nossa língua, fazendo questão de falar e querer que falássemos em português.
No sábado à noite estava a celebrar a Confirmação numa paróquia da diocese, quando a notícia, por demais esperada, chegou. Convidei o povo a rezar e a agradecer o grande dom à Igreja e ao mundo, que foi João Paulo II e pude, então, aplicar logo por ele a Sagrada Eucaristia. Dei graças a Deus por assim ter sido. Foi para mim o momento mais propício para acolher, para rezar, para agradecer.
Eu sei que o Papa continua vivo. O muito que nos deixou é património da Igreja e da humanidade. Não o quero perder. Não o podemos perder.
António Marcelino, Bispo de Aveiro
Exéquias pelo Papa na Sé Catedral
Sob a minha presidência, haverá exéquias solenes na quinta-feira, dia 7, na Sé Catedral de Aveiro, às 19 horas. Dado que os Bispos de Portugal se encontram em assembleia plenária em Fátima, de segunda a quinta-feira, só nesse dia posso estar, como é meu desejo e meu dever.
Para esta celebração convido os presbíteros e os diáconos, os consagrados e os leigos, os jovens e os adultos, a diocese e a cidade, representantes das paróquias e dos movimentos apostólicos.
Convido, também, as diversas instituições da comunidade civil e todas as pessoas de boa vontade, porque, para ninguém, João Paulo II é uma pessoa estranha.
Peço a todos os párocos que organizem, nestes dias, celebrações de sufrágio pelo Santo Padre de modo a que todos os paroquianos se possam associar, em oração fervorosa, por João Paulo II e, em serena reflexão, pelo que a sua vida significou e significa para a Igreja, para o mundo, para cada um de nós.
António Marcelino,
Bispo de Aveiro
Sé de Aveiro: Exéquias solenes em memória do Papa
Na Sé de Aveiro, D. António Marcelino presidirá, na próxima quinta-feira, pelas 19 horas, às exéquias solenes, em memória do Papa João Paulo II.
Entretanto, o prelado aveirense confessou à Renascença estar muito emocionado com a forma como o mundo está a reagir à morte de João Paulo II, tendo frisado que a abertura demonstrada nos últimos dias pela China para um novo relacionamento com a Igreja Católica já é uma graça do falecimento do Papa.
D. António Marcelino considerou que João Paulo II levou, durante o seu Pontificado, o diálogo ecuménico a um patamar tão elevado, que o próximo Papa não pode deixar de continuar.
Todos as pessoas são convidadas a participar nesta cerimónia, que se realiza no dia anterior ao funeral do Papa João Paulo II.
Papa enfrentou regimes e sistemas

Só na generosidade, solidariedade e no compromisso com os outros, o Homem descobre a sua própria vida. "Foi isso que fez de João Paulo II, não só um grande pastor da Igreja mas um grande símbolo da humanidade", realçou D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na homilia da celebração de domingo, na Sé de Lisboa. Nesse abraçar "apaixonadamente o destino da humanidade, agigantou-se a energia espiritual de um grande crente", afirmou o Cardeal de Lisboa, que é também o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. A força deste homem que o fez percorrer o mundo e "enfrentar as grandes causas da humanidade foi a força da fé".
"A sociedade contemporânea, na variedade de religiões e culturas, nas contradições paradoxais entre desejos anunciados e caminhos percorridos, no traumatismo de páginas da história que todos gostaríamos de esquecer, o ateísmo e a descrença assumidos como valores, parece mais antagónica que convergente com este anúncio de esperança cristã", referiu o purpurado. João Paulo II - sublinha D. José Policarpo - foi "um dos que ousaram percorrer corajosamente esses caminhos".
Na sua primeira visita a Portugal, recorda o Patriarca de Lisboa, João Paulo II disse-lhe: "bispo é aquele que vai sempre à frente" e que "discerne caminhos novos". Durante o Pontificado deste Papa, "tivemo-lo como pastor corajoso. Sempre à frente com passada rasgada e decidida. Não escondendo o peito das ameaças que pesam sobre a Igreja e sobre o homem. Chocando o mundo e surpreendendo muitos. Galvanizando multidões", disse na homilia o Patriarca de Lisboa.
No seu caminho pastoral, João Paulo II enfrentou "regimes e sistemas"; "quebrou tabus" e "abriu as portas do diálogo entre culturas e religiões", sublinhou D. José Policarpo.
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