terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Bar do Jardim 31 de Agosto para a Paróquia



O Bar do Jardim 31 de Agosto será cedido à Fábrica da Paróquia da Gafanha da Nazaré, após a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) proceder às obras de reabilitação desse espaço, situado nas proximidades da Igreja Matriz. 
A cedência do imóvel acontecerá após a assinatura de um protocolo, o qual foi aprovado na reunião do executivo municipal de Ílhavo realizada no passado dia 11 de janeiro. 
O imóvel, que se encontra em estado de abandono e com marcas de vandalismo, irá albergar, após a sua recuperação, a Mordomia da Festa em Honra da Nossa Senhora da Gafanha da Nazaré, que aí poderá realizar quermesses para a angariação de fundos para a Festa que se realiza no final de agosto. 
A CMI realça que “a cedência deste imóvel não permitirá a exploração comercial”, de modo a salvaguardar “os interesses dos comerciantes locais”.

Fonte: Correio do Vouga

Barragens a bater no fundo


Apesar da chuva que tem caído com persistência aqui pelos nossos lados, com Ria e Mar à vista, a calamidade da seca noutras regiões do país preocupa as pessoas e os estudiosos. Se o excesso de chuva prejudica as culturas, a falta dela gera preocupações a nível agrícola, mas não só.
No PÚBLICO li que “as barragens algarvias estão a bater no fundo, temendo-se o pior dos cenários no Verão”.
 Portugal, país pequeno, está cheio de contrastes, mas já não sei se tal é bom ou mau. O que sei é que temos de viver no país que temos, apesar de tudo,  com a beleza dos seus contrastes.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A vida é feita de mudanças!

Os meus leitores e amigos hão de notar que, frequentemente, altero o rosto do meu blogue, pelo simples motivo de gostar de mudar de roupa. Não há outros motivos para além do que disse. Portanto, não estranhem que eu aprecie novos ares, novas paisagens e outras roupagens. 
Não é a vida feita de mudanças? Ai de nós se estagnamos!

domingo, 14 de janeiro de 2024

Seca do Bacalhau



O bacalhau que se comia nas nossas casas era preparado com cuidado. Depois de sair dos navios bacalhoeiros, entrava nas secas, onde era lavado com cuidado, não fosse dar-se o caso de, com a pressa, o danificar. Quando tal acontecia, baixava de categoria e o prejuízo era inevitável.
Espalhado pelas mesas de arame, com ordem e calma, o sol que o curava tinha de vir com vento. Depois era a escolha por tamanhos (miúdo, corrente, crescido, graúdo e especial).
Mulheres de lenço na cabeça e quando o sol apertava usavam chapéus de palha, que a moda daqueles tempos não apreciava rostos tostados.
Depois veio o processo  da secagem em estufas. Diziam que não era higiénica a secagem ao sol.

A tempestade das bênçãos

Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

1 Penso que para ninguém faz sentido casar-se por um período determinado de tempo. É perfeitamente claro que não há casamentos a prazo, ele é para a vida toda: “Até que a morte nos separe.” O que se passa é que a vida é o que é e pode acontecer que, de facto, tenha um termo, podendo mesmo chegar a um ponto em que a separação pode ser até obrigatória - quando há violência, por exemplo, e a educação dos filhos está em perigo.
Nestas circunstâncias, como aliás tinha escrito Bento XVI quando era apenas o professor Joseph Ratzinger, desde que tenham sido satisfeitos todos os deveres de Justiça em relação com o primeiro casamento, por exemplo, no caso de haver filhos, e se há um novo amor, com verdadeiro compromisso na dignidade e na fidelidade cristãs, e se os filhos são educados na fé cristã, já me aconteceu dar uma bênção e admitir esses casais à comunhão. Aliás, Francisco já deu orientações para estes casos.

sábado, 13 de janeiro de 2024

Velhas fotos para reviver

A Lita de lacinho com a avó e duas tias 

Rever fotografias é, normalmente, um prazer. E se forem antigas, então o prazer é redobrado. Foi o caso de hoje. Ao abrir uma caixa de cartão, encontrei velhas fotos já muito adulteradas pelo tempo. Sem ser técnico destas artes, nem de outras, dei-me ao gosto de tentar aperfeiçoar algumas, nem sempre com êxito. De qualquer modo, a Lita ficou muito satisfeita ao recordar quem a criou desde que nasceu.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Carismas na Igreja Católica

"Diz-se que se corre o risco, neste momento, de novas divisões na Igreja. Esses movimentos reconhecem as grandes e originais dimensões do espírito reformista do Papa Francisco. O grande empreendimento deste Papa é a promoção de uma Igreja sinodal que implica caminhar juntos na comunhão, na participação e na missão. Isto, ao nível de toda a cristandade, é um longo acontecimento que nunca pode estar resolvido. É uma Igreja em processo de mudança e quem não perceber isto não entende nada da originalidade da intervenção do Papa Francisco. É ele próprio que acaba de nos incitar a “não ter medo da diversidade de carismas na Igreja”. Pelo contrário, devemos alegrar-nos por vivenciar esta diversidade. Os cristãos precisam de compreender e viver o dom da diversidade. Se formos guiados pelo Espírito Santo, a riqueza, a variedade, a diversidade, nunca provocam conflito."

Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

UM POEMA DE SOPHIA


É com o frio que nos lembramos 
mais da Primavera e das Flores

Sophia


As rosas

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

CARNE DE CÃO

A televisão anunciou hoje que a Coreia do Sul pôs fim ao consumo da carne de cão. Não será motivo para grande espanto quando por todo o mundo se  come carne de diversos animais. Para a nossa cultura, porém, carne de cão não está nos nossos hábitos. E logo me lembrei de um livro de José Luís Peixoto — Dentro do Segredo - Uma viagem na Coreia do Norte — publicado em 2012, onde o escritor relata o facto de por lá se comer carne de cachorros. Fui confirmar, não fosse dar-se o caso de eu estar enganado. E lá vem na página 107: — “Comi carne de cão de duas maneiras: sopa de cão e cão frito. Frito sabia a pombo. Vinha num pequeno prato uma porção de carne desfiada e fígado. Não trazia temperos fortes. Cortado em tiras finas, o fígado frito sabia a iscas. O montinho de carne desfiada sabia a pombo”. E a descrição continua, mas fico-me por aqui. Já imaginaram se a moda pega?

ÉLIO TAVARES — Um homem bom



O HOMEM DO LEME

Em qualquer navio, que nos mares navega,
vai sempre, firme no seu posto,
o HOMEM DO LEME!
Suas hábeis mãos giram sem cessar a roda,
ora a bombordo, ora a estibordo,
enquanto o seu olhar na bússola se fixa,
para o rumo manter sempre certo.
Lá vai, sempre atento, o TIMONEIRO,
quer navegue em mar chão e sereno,
quer afronte as alterosas vagas.
Leva na alma a mais certa bússola.
— Nossa Senhora dos Navegantes,
e no coração os seus maiores amores,
invisíveis mas sólidas âncoras,
que o prendem à terra distante e querida:
a mulher, os filhos, os pais saudosos!
E murmura, como em prece, o homem do leme:
— Roda que dos meus me apartaste,
leva-me de novo, segura e certa,
para junto daqueles que tanto amo!

Élio Tavares


NOTA: Evoco hoje um amigo que colaborou no TIMONEIRO. Élio Tavares era o seu nome e morava na Praia da Barra. Nunca conheci a sua família e vivia numa solidão serena, apesar de tudo. Morreu há muitos anos e nunca cheguei a saber se tinha espólio literário. Escrevia muito. Prosa e poesia ficava ao meu critério, mas era impossível publicar tudo.
Um dia foi residir para um hospital-Lar na Tocha. Indaguei e fui visitá-lo. Estranhei a sua escolha. Tinha sofrido da doença de Hansen [Lepra] como dizia, mas estava curado.
Estava sentado na cama... a escrever. E lá me deu mais textos para o nosso jornal. Depois faleceu. Há muitos anos. É justo que o evoque com saudade. Paz à sua alma.

Fernando Martins

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

O nosso Cortejo dos Reis

Em memória de uma nossa vizinha que participava
regularmente no Cortejo. Já "vive" com o Menino Jesus  da sua devoção

Desde que me conheço, sempre arranjei tempo para viver por dentro o nosso Cortejo dos Reis. Em menino, levei pela mão o meu irmão Armando, que todos na família tratávamos por Menino… Os nossos presentes, amarrados na ponta de uma cana, eram o nosso orgulho, penso que por causa de um bacalhau com bom aspeto.
O nosso pai, Armando Grilo, foi levar-nos a Romelha (ou Remelha?) para fazermos todo o percurso a pé. O meu irmãozito não falava muito, mas lá me seguia.
Durante o percurso, até à Igreja matriz, vivenciámos a alegria que envolvia toda a gente. Só parávamos na apresentação dos Autos de Natal, nos sítios previamente estabelecidos. E chegámos à Igreja Matriz.
Cansados, mas satisfeitos pelo que pudemos apreciar. Olhámos um para o outro, sem saber que fazer. Os nossos pais não andavam por ali. Que fazer? Rumámos a casa com os presentes.
Quando chegámos, os nossos pais, admirados, atiraram-nos, no meio de gargalhadas:— Então não entregaram os presentes ao Menino Jesus?
Entre ingénuas gargalhadas a minha mãe atirou: — Vai à igreja, Armando, e paga os presentes.

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