O sucessor de João Paulo II encontra uma Igreja Católica num mundo em mutação, em que mais de metade dos fiéis vive na América, percentagem que ultrapassa largamente a Europa (26,1%). Segundo o Anuário Pontifício 2004, o número de católicos baptizados em todo o mundo era de 1,071 mil milhões de pessoas (17,2% da população mundial).A distribuição de católicos por continentes é a seguinte: América, 50%; Europa, 26,1%; África, 12,8 %; Ásia, 10,3%; Oceânia, 0,8 %. Três quartos dos católicos vive, portanto, fora da Europa.A América é também o continente com maior percentagem de católicos em relação à população total: América, 62,4% de católicos; Europa, 40,5%; Oceânia, 26,8%; África, 16,5%; Ásia, 3%.O pessoal empenhado nas actividades pastorais da Igreja ascende aos 4 milhões e 200 mil. A vitalidade crescente do Catolicismo na Ásia e na África não consegue compensar a queda das vocações sacerdotais: 416.329 padres em 1978, 405.450 em 2003.A Igreja conta com 4. 695 Bispos; 405. 058 sacerdotes (dos quais 267.334 diocesanos); 30.097 diáconos permanentes; 54.828 religiosos; 782.932 religiosas (das quais 51.371 de vida contemplativa); 28.766 membros de institutos seculares; 143.745 missionários leigos; 2.767.451 catequistas; 112.982 seminaristas maiores.
Fonte: Ecclesia
quarta-feira, 20 de abril de 2005
O Pároco da aldeia global
Não podemos admirar-nos da explosão informativa que rodeou a morte de João Paulo II e a reeleição do novo Papa. Houve muitas horas, fotos, páginas, grafismos, análises e debates que exploraram até à exaustão as hipóteses de acerto e formatação do 264º Sucessor de Pedro. A primeira impressão que emerge deste todo pode reduzir-se a uma banalização teatral dum acontecimento tão importante para a Igreja como a eleição do Homem da Cadeira de Pedro. Jesus, antes da escolha dos Doze (com Pedro incluído) passou uma noite em oração.
Escolher homens para desempenhos sobre - humanos é um acto que os homens não sabem fazer, por inteiro, com perfeição.Mas este “Pároco da aldeia global” atravessa um pouco o mundo inteiro nas suas mensagens directas e indirectas, encíclicas, cartas, homilias e cem maneiras de falar ao urbe e à orbe. Por vezes a linguagem é técnica, mais entendida pelos teólogos, canonistas ou liturgistas.
Outras vezes é directa, frontal, sobre guerra, paz, ética, dinheiro, jovens e idosos, raças e ideologias, prantos e alegrias do quotidiano dum povo, duma comunidade, duma Igreja local, duma aldeia perdida. O Papa acaba por revestir e encarnar o carácter universal da Igreja mesmo quando reafirma e estimula os desafios das comunidades perdidas nos confins da terra.Como em qualquer aldeia se fala do Pastor, do que partiu e do que se espera, em tempo de comunicação sufocante é desse homem “super-homem” que se fala e discute, com os olhos postos naqueles que interpretam o melhor que sabem a vontade de Deus e as necessidades espirituais mais prementes da Igreja e do mundo de hoje. No Colégio eleitor se colocaram todos os afluentes do grande rio da história da Igreja. Por isso o mundo seguiu perplexo a abertura dessa Casa - A Capela Sistina - que ficou fechada à chave para que dela saísse um homem com o poder das chaves - que acaba por ser o “pároco” da aldeia global.
António Rego
Cardeais portugueses felizes com a escolha de Bento XVI
::
D. José Policarpo e D. Saraiva Martins dizem que a Igreja tem um grande Papa
Os dois Cardeais portugueses que participaram no Conclave, D. José Policarpo e D. Saraiva Martins, consideram que a Igreja Católica tem um grande Papa, disponível para a missão e aberto ao mundo.O Patriarca de Lisboa aponta como exemplo desta atitude a própria escolha do nome Bento XVI, fazendo referência a São Bento, padroeiro da Europa, o fundador dos Beneditinos que fez face à descristianização do Velho Continente.“São Bento representa um recomeço da Evangelização da Europa depois do período caótico da invasão de Roma pelos povos que nós chamamos bárbaros. Com a Ordem Beneditina ele está na base do que foi a Nova Evangelização da Europa”, disse em declarações recolhidas pela Rádio Renascença.D. José Policarpo considera que a escolha do Cardeal Ratzinger não pode ser entendida como “uma aposta na continuidade”, explicando que a continuidade “é da Igreja como tal”.“A Igreja é uma realidade e no final do séc. XX e início do séc. XXI marcou um ritmo muito próprio e a meu ver irreversível. A continuidade da Igreja há-de ser feita pela Igreja toda e com o Papa à frente", explica.Sobre a figura de Bento XVI, o Patriarca de Lisboa fala “num homem que garantirá a continuidade da Igreja, uma realidade de tal maneira implantada e visível e que se tornou nos últimos tempos uma referência para religiões e culturas, sobretudo nas grandes causas como a defesa da paz, do homem, da dignidade humanidade, dos pobres".O Cardeal José Saraiva Martins, por seu turno, considera o novo Papa como “um homem extraordinário, de grande cultura e profunda espiritualidade, que conhece bem a doutrina da Igreja e o mundo em que vivemos”. “Esta eleição é um grande dom de Deus para a Igreja”, assegura à RR.O Cardeal português da Cúria Romana conhece bem o novo Papa e afiança que será um “digno sucessor de João Paulo II”, recusando os rótulos de rigidez e intolerância atribuídos a Bento XVI.“Quem diz essas coisas não conhece o Cardeal Ratzinger, que eu conheço bastante bem. Pessoalmente é um homem extremamente amável, muito sensível, educado, diria mesmo fora do comum”, acrescenta.Sobre os passos a dar no início do Pontificado, D. José Saraiva Martins assinala que o caminho traçado por João Paulo II não pode ser contornado, de modo especial no que diz respeito à relação com os jovens. “Eles são o futuro da Igreja e da sociedade, a Igreja tem de estar sempre ao lado dos jovens”, observa.
Agência Ecclesia
Primeira mensagem de Bento XVI

Caros irmãos Cardeais,
Caríssimos Irmãos e Irmãs em Cristo,
Todos vós, homens e mulheres de boa vontade!
1. Graça e paz em abundância para todos vós! (cf. 1Pe 1,2)
No meu espírito convivem nestas horas dois sentimentos contraditórios. De um lado, um sentido de inadequação e de humana perturbação pela responsabilidade que ontem me foi confiada, enquanto Sucessor do apóstolo Pedro nesta Sede de Roma, cara a cara com a Igreja universal. Por outro lado, sinto em mim uma viva gratidão a Deus que " como nos faz cantar a liturgia " não abandona o seu rebanho, mas condu-lo através dos tempos, sob a orientação daqueles que Ele mesmo elegeu como vigários do seu Filho e constitui pastores.
Caríssimos, este íntimo reconhecimento por um dom da divina misericórdia prevalece, acima de tudo, no meu coração. E considero este facto como uma graça especial oferecida pelo meu venerado predecessor, João Paulo II. Parece-me sentir a sua mão forte a apertar a minha; parece-me ver os seus olhos sorridentes e ouvir as suas palavras, dirigidas a mim em particular, neste momento: "Não tenhas medo!"
A morte do Santo Padre João Paulo II, e os dias que se seguiram, foram para a Igreja e para o mundo inteiro um tempo extraordinário de graça. A grande dor pelo seu falecimento e o sentimento de perda que deixou em todos foram atenuados pela acção de Cristo ressuscitado, que se manifestou durante tantos dias na onda de fé, amor e solidariedade espiritual, culminada nas suas exéquias solenes.
Podemos dizer que o funeral de João Paulo II foi uma experiência verdadeiramente extraordinária, na qual se percebeu, de algum modo, o poder de Deus que, através da sua Igreja, quer fazer de todos os povos uma grande família pela força unificante da Verdade e do Amor (cf. Lumen gentium, 1). Na hora da morte, conformado ao seu Mestre e Senhor, João Paulo II coroou o seu longo e fecundo Pontificado, confirmando na fé o povo cristão, congregando-o em volta de si e fazendo sentir mais unida toda a família humana.
Como não sentir-nos sustentados por este testemunho? Como não perceber o encorajamento que vem deste acontecimento da graça?
(Para ler a Mensagem na íntegra, clique aqui)
NB: Tradução e foto da Ecclesia
Igreja Católica ainda mais humana
A boa nova da eleição de um novo Papa apanhou-me de surpresa, em viagem. A eleição do sucessor de João Paulo II estaria por dias ou horas, mas depois das primeiras votações, sem resultados, os comentadores levaram-me a pensar que dentro do Conclave haveria grupos de pressão a favor de três correntes: a dos conservadores, em torno do Cardeal Ratzinger; a dos liberais, à volta do cardeal Martini; e uma outra, a terceira via, com vários candidatos, onde estaria o Cardeal José Policarpo. Portanto, acreditei que a escolha do Papa demoraria mais umas boas votações. Afinal, não foi assim.
Pensando melhor, os cardeais de hoje conhecem-se muito bem, com os meios de comunicação social a mostrarem ao mundo os dons e as capacidades de cada um, ao mesmo tempo que revelam os problemas e anseios dos homens e mulheres do nosso tempo, aos quais a Igreja Católica tem de dar respostas. Por isso, a lógica da eleição rápida.
Quando muitos, mesmo entre os católicos, esperariam um Papa mais jovens, os 115 cardeais deram à Igreja um Sumo Pontífice de 78 anos, idade em que a grande maioria das pessoas se encontra ou sonha com a reforma. O Espírito Santo, cuja intervenção de animador da Igreja os católicos aceitam, religiosamente, deu-nos, então, um Papa que tem de o ser para as necessidades de hoje.
Joseph Ratzinger é um dos mais conceituados teólogos da actualidade, foi confidente de João Paulo II, foi formado no Vaticano II, é um homem de uma grande cultura e um profundo conhecedor das necessidades da Igreja. É considerado extremamente metódico, mais de gabinete do que de grandes multidões, mas humilde e capaz de diálogo. Cumpriu uma missão espinhosa, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e daí os olhares desconfiados de alguns. Mas a verdade é que uma instituição multissecular, como é a Igreja Católica, tem de preservar os seus valores fundamentais e é preciso alguém que tenha a tarefa de olhar por eles.
Isto não significa que seja proibida a evolução em campos secundários, e muitos são, pelo que é de prever que, mais século menos século, haja ordenação presbiteral de homens casados, diaconisas e até presbíteras solteiras ou casada. Mas já não acredito que a Igreja venha a aceitar o aborto ou a eutanásia e o casamento de homossexuais, sejam homens ou mulheres.
Pessoalmente, gostaria que o novo Papa intensificasse o diálogo ecuménico e inter-religioso, que implementasse a aproximação intercultural, que estabelecesse uma maior aproximação à ciência e aos cientistas, e que levasse a Igreja a ser ainda mais humana, no contacto permanente com os mais pobres, os excluídos e os perseguidos, através de novas e mais criativas formas da promoção da justiça social. Mestra em humanidades, a Igreja devia, no entanto, privilegiar o hábito de caminhar de mãos dadas com os que sofrem, no corpo e na alma, as injustiças humanas, como tantos missionários já o fazem.
Gostaria, também, que no interior da Igreja houvesse uma maior participação democrática, sem contradizer a forma hierárquica de governo que está na sua essência. Que a co-responsabilidade eclesial, tão apregoada, fosse levada à prática no dia-a-dia, e que os jovens fossem estimulados a assumir tarefas que os envolvessem nas comunidades com mais empenho. O funeral de João Paulo II mostrou que a juventude também está na Igreja e todos sabem que o futuro da Igreja depende da juventude de hoje.
Gostaria que a Igreja olhasse, com outros olhos, para a Ásia, para a África e para a América Latina, onde há multidões sem eucaristia dominical e sem condições de vida dignas do século XXI. E por fim, gostaria que a Igreja descobrisse caminhos de reevangelização da Europa, no diálogo permanente com todos os homens e mulheres que aspiram por um mundo melhor.
Há quem fale do Ratzinger teólogo, do Ratzinger "guardião da fé" e do Ratzinger, agora Bento XVI, Pastor Universal dos Católicos, que será bastante diferente dos dois primeiros e muito capaz de nos surpreender a todos. Eu confio sinceramente na sua inteligência e no seu amor à Igreja, como confio na sua capacidade para ser o Papa de que precisamos.
Fernando Martins
BENTO XVI promete continuar Vaticano II
Hoje, na sua primeira missa depois da eleição para ocupar a cátedra de Pedro, celebrada na Capela Sistina, o novo Papa, Bento XVI, afirmou que se compromete a prosseguir a obra do Concílio Vaticano II, que abriu a Igreja ao Mundo.
"Afirmo com grande determinação a minha vontade de continuar a obra do Concílio Vaticano II, pelo mesmo caminho dos meus antecessores e na fidelidade e continuidade da tradição de dois mil anos da Igreja", declarou Joseph Ratzinger, diante dos cardeais que ontem o elegeram como o novo Papa.
Bento XVI também prestou uma homenagem ao seu antecessor, João Paulo II, que "deixa uma Igreja mais corajosa, mais livre, mais jovem. Uma Igreja que, de acordo com o seu exemplo, olha com serenidade o passado e que não tem medo do futuro".
Bento XVI foi eleito ontem à tarde pelos 115 cardeais-eleitores, após quatro votações. O fumo branco (símbolo da escolha de um novo Sumo Pontífice) começou a sair da chaminé do Vaticano cerca das 16.50 horas (hora de Lisboa), quinze minutos antes dos sinos da Basílica confirmarem a escolha do sucessor de João Paulo II.
Perto das 18 horas, o nome do cardeal Joseph Ratzinger foi anunciado e o novo Papa falou pela primeira vez à multidão reunida na Praça de São Pedro. "Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram-me – um simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor. Consola-me o facto do Senhor trabalhar e agir mesmo com instrumentos insuficientes e acima de tudo entrego-me às vossas orações”, afirmou, na curta declaração que antecedeu a sua primeira bênção “Urbi et Orbi” (a Roma e ao Mundo).
Fonte: PÚBLICO e outros jornais.
BENTO XVI: Um humilde trabalhador da vinha do Senhor

O Cardeal Joseph Ratzinger, de 78 anos, é o novo Papa da Igreja Católica, assumindo o nome de Bento XVI.
Uma das figuras fortes durante o Pontificado de João Paulo II, no qual assumiu as funções de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento XVI nasceu a 16 de Abril de 1927, na diocese de Passau, Alemanha.
Estudou na Escola Superior de Filosofia, em Freising, e na Universidade de Munique.
Foi ordenado sacerdote a 29 de Junho de 1951. Em 1953 doutorou-se em teologia com a tese "Povo e casa de Deus na Doutrina da Igreja da Santo Agostinho" e quatro anos depois obteve a livre docência com um trabalho sobre a "Teologia da História de São Boaventura". Posteriormente leccionou em várias universidades da Alemanha, cultivando uma grande cultura teológica.
A atenção mediática começou a recair sobre ele quando foi conselheiro do Cardeal Firngs, um dos motores do II Concílio do Vaticano, no qual Bento XVI participou como perito. Aos 35 anos era uma verdadeira estrela teológica e, mais tarde, destacou-se na defesa da fé perante o marxismo e o ateísmo crescente da juventude, no Maio de 68.
Foi membro da Comissão Teológica Internacional, de 1969 a 1977.
Eleito Arcebispo de Munique, a 24 de Março de 1977, foi nesse mesmo ano criado Cardeal por Paulo VI e terá sido, em 1978, um dos mais fortes defensores da eleição do Cardeal Karol Wojtyla.
João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, presidente da Comissão Bíblica Pontifícia, e presidente de Comissão Teológica Internacional, a 25 de Novembro de 1981. Renunciou ao governo pastoral da Arquidiocese, a 15 de Fevereiro de 1982. Desde 2002 era o Decano do Colégio Cardinalício e o mundo habituou-se a vê-lo nos últimos dias, a presidir às celebrações das exéquias de João Paulo II.
Nos últimos anos assumiu-se como um dos homens chaves na definição da Ortodoxia na Igreja Católica e um dos mais importantes colaboradores de João Paulo II.
Foi presidente da Comissão para a preparação do Catecismo da Igreja (1986-1992), um trabalho monumental que procura apresentar o essencial da fé cristã num modo pedagógico e directo.
Octávio Carmo, da Ecclesia
BENTO XVI: Um humilde trabalhador da vinha do Senhor

Bento XVI, Joseph Ratzinger, foi eleito Papa, ontem, sucedendo, assim, ao carismático João Paulo II. E quando se apresentou aos romanos, como seu Bispo, e ao mundo, como pastor universal da Igreja Católica, sublinhou que não passava de "um humilde trabalhador da vinha do Senhor".
"Consola-me o facto de que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio nas vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados na sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado", afirmou o já Papa Bento XVI.
terça-feira, 19 de abril de 2005
Diocese de Aveiro atenta à eleição do Papa

Iniciou-se ontem, no Vaticano, como temos anunciado neste espaço, o Conclave para a eleição do Papa. Atento a esse grande acontecimento, o Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, em nota tornada pública,sublinha:
"A Igreja Diocesana une-se, numa atitude de total confiança em Deus, a todas as Igrejas Diocesana do Mundo, em oração por aquele que Deus já escolheu e que nos dará a conhecer, através da mediação dos cardeais da Igreja, chamados a votar segundo a sua consciência". Assim, pede que, "logo que se saiba quem foi o eleito, repiquem, festivamente, os sinos das nossas igrejas e capelas, como sinal da alegria de todo o Povo de Deus".
Acreditando que já estará eleito o novo Papa, chamado a servir a Igreja de Roma e a Igreja Universal, D. António presidirá à Eucaristia de acção de graças, no próximo sábado, dia 23, às 19 horas, na Sé Catedral.
Para esta celebração litúrgica, o Bispo de Aveiro convida todos quantos nela possam participar, sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, membros da comunidade civil e muito especialmente os jovens.
Capela Sistina: Fumo negro às 11 horas
Vários milhares de pessoas, de Roma e do estrangeiro, reuniram-se esta manhã na Praça de São Pedro, aguardando a “fumata” vinda da chaminé da Capela Sistina. O fumo negro saiu pouco antes das 11 horas, em Lisboa (mais uma hora em Roma), pela segunda vez em poucas horas, mas não desmobiliza peregrinos, turistas e curiosos.
Esta tarde, pelas 15 horas, haverá nova série de escrutínios, prevendo-se a segunda “fumata” possa ser vista por volta das 18 horas. Se for branca, será acompanhada pelo repicar dos sinos da Basílica de São Pedro.
A chaminé, pequena e algo distante, fixa todos os olhares no Vaticano e a cor pouco definida do fumo, quando começa a sair, já gerou algumas confusões.
Como aconteceu ontem, as autoridades locais fecharam ao trânsito a Via della Conciliazione, a grande avenida que desemboca na Praça de São Pedro.
Colaboração dos leitores

LINDA PRENDA, PAPÁS
"É para os papás, a minha primeira prenda". Esta dedicatória está no verso da ecografia, foi escrita pelo médico que a efectuou, pertence a um casal que a guarda religiosamente. A mamã é enfermeira e o papá é bancário. O bebé, hoje um jovem universitário, tinha, ao tempo, quatro semanas.
Naquele minúsculo ser, vê-se o coração a configurar-se e já em movimento. Daí em diante, tudo será uma vida em expansão, um corpo em configuração, uma pessoa em gestação.
Andava maravilhado com esta notícia e chega pela Antena Um a novidade de que a National Geographic filmou toda a evolução da vida intra-uterina, do ovo ao parto e se propõe oferecer essa prenda no Dia da Mãe, celebrado no 1º domingo de Maio. Oferece-o em vários cinemas e, mais tarde certamente, em serviços de televisão. Pode assim entrar-nos pela casa dentro. E quem não tiver preconceitos de qualquer espécie, pode verificar o que está fundamentalmente em causa quando se debatem questões relacionadas com a interrupção voluntária da gravidez ou, em linguagem mais verdadeira, com o aborto. O ser humano em crescimento como se pode ver na ecografia, já tem coração e já se pode sentir o seu batimento, às quatro semanas.
O filme vem assim confirmar o que, há muito, se vem dizendo, a partir de inúmeros estudos científicos.
Todas as outras questões, que são muitas e complexas, não podem ignorar e sacrificar esta vida germinal em desenvolvimento. A melhor prenda para quem tem de decidir - os pais e não apenas a mãe ou os deputados da Nação ou a presidência da República - será, sem dúvida, a alegria responsável da defesa e promoção de quem aguarda vez para aparecer e revelar toda a pujança da sua vida. A melhor prenda de uma sociedade é ver o seu futuro garantido, a partir dos cuidados do presente.
Georgino Rocha
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