quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Dia dos Fiéis Defuntos


Hoje, 2 de novembro, celebra-se o Dia dos Fiéis Defuntos, em Portugal e no mundo. Celebra-se tradicionalmente pela Igreja Católica, um dia depois da Festa de Todos os Santos, 1 de novembro. Para o cristão, a morte é a passagem para a fase definitiva e eterna da vida, em união com a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Se é verdade que todos os dias, ou muito frequentemente, recordamos os nossos entes queridos, revivendo encontros, conversas e cenas de tantos momentos, de mistura com amores, amizades, e trabalhos, também é normal trazermos para o presente os que, de várias formas, contribuíram para a nossa formação a vários níveis.
Para além dos familiares, próximos os mais afastados, somos “visitados”, continuamente, pelos amigos de todas as horas, desde a infância, até à nossa velhice.
Quantas vezes brinco com quem na minha infância brinquei, com os velhos com quem revivi histórias que jamais saem da minha memória, de professores e mestres que me encaminharam na vida. Mas são, para mim, alguns familiares os mais presentes. Pai, mãe, avós, tios e tias, irmãos, primos e primas, mas ainda os vizinhos e colegas das escolas por onde passei.
Convivi com imensos amigos em tantas iniciativas, desde a juventude até à idade em que me encontro, com memória suficiente para me sentir rodeado por todos, na certeza de que o reencontro com os que mais me amaram  será quando Deus achar por bem levar-me para o seu aconchego maternal.
Neste dia, uma flor fresca e viva do nosso jardim.

Fernando Martins

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Um soneto de Manuel Alegre

 

 

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre

Desafios do Mar Português

Museu Marítimo de Ílhavo
18 de Novembro



O Seminário “Desafios do Mar Português” está de regresso, com a 11.º edição, que se realiza no dia 18 de novembro, no Museu Marítimo de Ílhavo, integrado nas comemorações do Dia Nacional do Mar. Desta vez, o seminário terá como mote a exposição temporária “Mar Oceano: Legado de Mário Ruivo”, patente no Museu Marítimo de Ílhavo, e assinalará o 25.º aniversário do Relatório da Comissão Mundial Independente para os Oceanos.

Fonte: CMI

A guerra

Desde que nasci, houve sempre guerras devastadoras e com mortes sem conta. De algumas pouco sabíamos e as notícias eram incompletas e manipuláveis. Presentemente, as guerras são vistas em todo o mundo em direto. 
Horrível é tudo o que os nossos olhos contemplam e impensável o que virá depois. Famílias destroçadas, povoações em cacos, mortes sem conta. E no fim, quem ficará a ganhar? Ninguém!
Não será a nossa geração que ficará a saber o futuro do mundo dito civilizado, depois desta guerra.

Do sonho à pobreza extrema

Era eu menino quando uma família gafanhoa resolveu emigrar para a Argentina. Conheci-a de perto porque a minha mãe era amiga do casal. O marido e pai foi à frente para conhecer o terreno. Vislumbrou futuro e chamou mulher e filhos. Ainda tenho na memória o rosto e o sorriso deles.
Vendida a casa e demais propriedades, lá partiram todos ao encontro do chefe de família, como se dizia. A felicidade do reencontro e a esperança num futuro muito melhor estava no peito inchado de todos. E lá foram…
Nunca mais se falou deles. Soube que chegaram a ter uma quinta, certamente arrendada, e que vendiam produtos agrícolas nos mercados. Os anos passaram, até que um dia, em conversa com um parente, soube do desaire.
A vida, que lhes sorriu nos primeiros anos, deu uma reviravolta. A derrota e a miséria instalaram-se. Não conseguiram ultrapassar a desdita. A pobreza extrema chegou. Tornaram-se pedintes nas feiras e onde calhava. Não sei se há herdeiros…

Fernando Martins

Notas: 
1-Texto publicado no livro "Gafanha da Nazaré - 100 anos de vida";
2- Frequentemente, encontro conterrâneos nas ruas por onde passo, cujos nomes já fugiram da minha memória. Conheço-os de vista, mas não os identifico. Depois, ouvido o nome, saltam para o presente memórias vivas guardadas em gavetas bem recheadas. Hoje, por exemplo, quando viajava por uma rua  da nossa terra, lembrei-me de uma família amiga que emigrou e que nunca mais regressou.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

A vida cristã não é espiritual?

"Os jovens entrevistados no âmbito de um estudo são quase unânimes em considerar que a vida cristã não é espiritual. É por isso que decidiram dirigir-se a outras experiências, para encontrar lugares e contextos nos quais a sua demanda pudesse ser satisfeita. Estamos muito impressionados com estas afirmações: como é possível não colher o potencial espiritual da vida cristã? É verdade que é preciso interrogar-se sobre o que é que os jovens andam à procura, mas também fazer um exame de consciência sobre a qualidade espiritual das experiências que são vividas e propostas pela comunidade eclesial."

Foto e texto da Pastoral da Cultura

Dia das Flores


Hoje é o Dia das Flores. Por onde quer que passemos há muita gente com flores e todos os caminhos se cruzam nos cemitérios. Amanhã, 1 de novembro, é o Dia de Todos os Santos. No fundo, é o Dia dos Fiéis Defuntos, aqueles que viveram como nós, mas que já estão nos nossos corações e memórias.
Os crentes aceitam que estão no seio de Deus. Os não crentes celebram as boas recordações que eles nos legaram. E a melhor forma de os recordar, para pessoas sensíveis, ainda são as flores, em especial as que são cultivadas com carinho a pensar nas campas que acolhem os restos mortais daqueles que são ou foram os nossos entes queridos.

Dia Mundial das Cidades - Gafanha da Nazaré


Neste dia, 31 de outubro, há três celebrações que mereciam algumas palavras, em jeito de homenagem: Dia Mundial da Poupança, Dia das Bruxas e Dia Mundial das Cidades. Como não tenho tempo para as três, resolvi optar pela última da lista.
O Dia Mundial das Cidades leva-me a pensar que uma povoação que se enquadre naquele título tem de se apresentar com dignidade: Limpa, asseada, com nível social, cultural e artístico. E se à partida não reúne essas qualidades, têm os moradores de lutar por elas, devendo contribuir para isso.

Nota: Sobre o Dia Mundial da Poupança, nem quero pensar nisso. Estou ou estamos todos cansados de poupar que nem queremos falar do assunto; e sobre o Dia das Bruxas, nem uma palavra. Não há por aí tantas bruxas e bruxedos?

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Estou nas minhas sete quintas




Para não haver confusão, tenho um quintal com relvado, árvores de fruto e galinhas a correr quando sentem gente, mas não sou adepto de andar por lá a trabalhar.  Contudo, a Lita adora. É curioso. As  galinhas parece que andam sempre esfomeadas. E nós só fazemos algo quando nos apetece, sempre sem pressas. Até se dorme a sesta, tranquilamente.
Hoje deu-me para ver fotografias de tantos anos. Umas recuperáveis com as novas tecnologias, e de outras até aproveitamos recantos. Gostaria de aprender mais umas coisinhas sobre a edição de fotos, mas não descubro quem tenha tempo e pachorra para me ensinar. E sem ajudas, vou fazendo  o que posso e sei.
Boa semana para toda a gente, mesmo para os que se vão esquecendo que a vida tem de continuar com otimismo.

Fernando Martins

Crianças brincam à guerra



«As crianças brincam à guerra
É raro que brinquem à paz
porque os adultos
desde sempre fazem a guerra,
tu fazes “pum” e ris;
o soldado dispara
e um outro homem
não ri mais.
É a guerra.»

As crianças brincam à guerra, recita uma poesia de Bertolt Brecht, porque as crianças não sabem como se brinca à paz. Ninguém lhes ensinou como se faz. Brincam à guerra porque desde sempre viram os adultos a fazerem-na, e é belíssimo fazer “pum”.

Li na Ecclesia


domingo, 29 de outubro de 2023

Santa Cruz da Trapa - Poesia no largo


De uma passagem por Santa Cruz da Trapa registei uma curiosidade. Poesia no largo da vila achei interessante. Na nossa região seria impossível. Há tantos poetas que seria difícil a escolha.

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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