domingo, 23 de abril de 2023

Dia Mundial do Livro

Celebra-se hoje, 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro, mas também dos Direitos de Autor. Quem gosta de ler não pode esquecer esta data, pois os livros são uma antiga e extraordinária fonte de saberes. Gratos teremos de estar também aos autores. Sem eles, como poderíamos ter acesso aos escritores, nomeadamente, prosadores, poetas, cronistas, ficcionistas, mas ainda à informação que nos é fornecida pelos diversos meios de comunicação social?
Os livros, porém, são uns amigos muito especiais: são pacientes, disponíveis, auxiliares e transmissores de conhecimentos e fontes de saberes e de culturas. Levam-nos a viajar, mostram-nos artes, povos e civilizações. 

COMOÇÕES

As comoções fazem parte do meu ADN. Sou assim, como sempre fui. E um dia destes, ao encontrar um amigo que não via há muito tempo, voltei a confirmar a sensibilidade do meu estado de espírito. Comovi-me.
Cruzei-me na rua com um homem que me identificou. Pedi-lhe o nome porque a expressão do seu rosto me dizia qualquer coisa. E então, recuei mais de três décadas, aos tempos da minha atividade de explicador.
Recordar é viver, mas arrasta sempre vivências que não se perderam com os anos que passaram. Um esforço de memória e boa  parte da vida torna-se presente. 
Sinto agora, com a memória enfraquecida pelos anos, vontade de recordar, com a ajuda das pessoas com quem me cruzo, o que fiz durante tempos idos. O que fiz e o que devia ter feito.

Fernando Martins

Um estranho companheiro de viagem

Bento Domingues 
no PÚBLICO

Neste domingo, somos confrontados com uma construção literária da presença clandestina e declarada de Cristo.

1. Há 49 anos foi derrubada a ditadura em Portugal. As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril já começaram. Frei Luís de França, O.P. (1936-2016) teve o cuidado de reunir os textos de grupos e individualidades do mundo católico não oficial que maior influência tiveram no período, a vários títulos único, que decorreu entre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975. Por razões de ordem pessoal, não quis aparecer como autor dessa rigorosa colheita de 394 páginas [1].Esta publicação foi precedida de outra muito mais breve, fruto de um grupo de cristãos que, desde os primeiros dias do 25 de Abril, se reuniu, de modo informal e semanalmente, para reflectir sobre o modo de ser cristão e ser Igreja nesse tempo novo. Para se abalançar a uma reflexão de conjunto sobre a Igreja e a política, nesse mesmo período, o grupo resolveu estudar de modo paralelo e cronológico esses dois mundos.Esse estudo iniciado em 20 de Outubro de 1975 vai até ao começo do Verão de 1976. Foi um trabalho que deixou abertas muitas interrogações [2].São duas obras que não pretendiam fechar a informação e o debate sobre os cristãos e a Igreja, no interior do novo desafio político.

George Steiner nasceu neste dia

Nasceu em 23 de Abril de 1929
Morreu em 3 de Fevereiro de 2020


«Aquilo que amamos, devemo-lo saber de cor. Não é por acaso que “coração” em latim é “cor”. Ninguém nos pode tirar nunca o que sabemos de cor. Deixem-me frisar: saber, saborear de cor, com o coração, não com a cabeça. Queremos sempre levar connosco o que amamos. Eu sou muito velho, mas tento, todos os dias, ou quase todos, aprender um poema, ou fragmentos de poema, de cor, porque é assim, que se agradece uma bela obra.»

«Já a música é-me absolutamente indispensável. Sem música poria termo à vida de imediato. A música é para mim, agora, o mysterium tremendum. O que é a música afinal? Por que razão causa determinada reação numa pessoa, e noutra algo completamente diferente? Não fazemos ideia de como funciona a música dentro de nós. Se passar por uma janela aberta, e lá dentro estiver alguém a tocar piano, a melodia que ouviu não o abandonará jamais.»

Nota: De uma entrevista que concedeu à revista LER.

sábado, 22 de abril de 2023

Dia Mundial da Terra

Foto Pixabay
A 22 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Terra. A data foi criada em 1970 pelo senador norte-americano Gaylord Nelson. Depois de verificar as consequências do desastre petrolífero ocorrido em 1969 em Santa Barbara, na Califórnia, o senador resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra. E porque a poluição continua, porventura com mais agressividade, urge criar o espírito de combate, cada vez com mais intensidade, para podermos legar aos vindouros um planeta mais saudável. 

Dizer eu. Alguém livre

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Uma antiga aluna, agora avó, enviava-me há dias um vídeo com o seu neto. É uma alegria comovedora ver aquele bebé a gesticular e a sorrir, agitando-se... Uma outra avó: "É uma emoção muito grande". E eu alegro-me também e reflicto: Estes bebés vão crescer, aos poucos vão tentar articular palavras, e muito lentamente, depois de se referirem a si como o menino, a menina ou pronunciando o seu nome, dizer "eu". Ao princípio sem consciência do que isso significa na sua grandeza, mas, depois, mais uma vez lentamente, com tom acentuado e afirmativo de autonomia...
Evidentemente, sempre em contraposição com o outro, um tu: afinal, há eu porque há tu, e a primeira tomada de consciência é mesmo a do tu, mas sempre numa interação e inter-relação permanentes. E num processo nunca verdadeiramente acabado...
E perguntamos: o que diz alguém, quando diz "eu", fazendo-o de forma autenticamente consciente? Afirma-se a si mesmo, a si mesma, como sujeito, autor/a das suas acções conscientes, centro pessoal responsável por elas, alguém referido a si mesmo, a si mesma, na abertura e em contraposição a tudo.
Mas, reflectindo, deparamos com observações perturbadoras. Por exemplo, pode acontecer que alguém adulto, ao olhar para si em miúdo, se veja de fora, apontando como que para um outro: aquele era eu, sou eu?

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Medalha de Mérito Social para Cáritas da Gafanha da Nazaré

Fernando Faria, presidente da Cáritas Paroquial da Gafanha da Nazaré, recebeu das mãos do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo a Medalha de Mérito Social – Acobreada, que distingue a ação do grupo católico caritativo.
Na sessão que decorreu na Casa da Cultura de Ílhavo, no dia 10 de abril (segunda-feira de Páscoa), foram também distinguidos a Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, o jornal “O Ilhavense”, o arquiteto José Paradela (a título póstumo), o engenheiro civil Elias Oliveira, o velejador Renato Conde, o músico Henrique Portovedo, o operário da Vista Alegre Duarte Fradinho, o capitão António Marques da Silva e a Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”.
Felicito todos os agraciados, com votos de que os seus exemplos sejam seguidos por todos nós, cada um na sua área de intervenção.


Fonte: Jornal Timoneiro

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Adília Lopes nasceu neste dia



Textos ensanguentados

Textos
ensanguentados
como feridas

Gralhas
ensanguentadas

Textos
gelados
como árvores
no Inverno

Textos
como árvores
cortadas
aos bocados

Textos
como lenha

Textos
como linho

Textos
brancos
como a noite

Textos
brancos
como a neve

Textos
sagrados

Textos
bifurcados
como ramos

Textos
unos
como troncos


Adília Lopes
In “Sur la croix”

É uma maravilha a ria de Aveiro!


"O canal segue até o mar, lá pr'a baixo, nem eu sei pr'a onde. E as margens respiram humildade e humidade; evolam-se dos pisos encharcados emanações salinas, veem-se fumos de casas que há um quarto de século abrigam heróis que refazem as areias em seiva, até darem rosas e pão, frutos e sombra – e, ao longe, com riscos de asas brancas de patos ou de gaivotas, esplendem as cidades: cidades agachadas que se fizeram a esforços que nenhum homem da Cidade é capaz de entender: cidades a que se chamam vilas, aldeias, lugares, praias de doce título e dulcíssima vida laboriosa: a Gafanha, mais Gafanha, S. Jacinto, a Murtosa, o Bunheiro, a Torreira. Os fundos cenográficos são recortados em bruma que não cabe nas paletas dos pintores: a Gralheira, o Caramulo, e adivinha-se o Buçaco na má vontade da manhã, que acordou sombria.
É uma maravilha a ria de Aveiro!"

Norberto de Araújo
In Aveiro e o seu Distrito,
N.º 12

A liberdade


"A liberdade só existe quando todos os nossos atos concordam com o nosso pensamento" 

Agostinho da Silva

quarta-feira, 19 de abril de 2023

A nossa Ria vale quanto pesa


Quem navega pela NET cruza-se com o belo em cada esquina e fica a sonhar. Extasia-se e fica a remoer a ideia de que a beleza não mora à nossa volta. E então ansiamos por  viagens que nos ponham frente a frente com paisagens, pessoas e monumentos exóticos. Puro engano. À nossa volta, se pensarmos bem, também há muito que ver e apreciar. Só que, não paramos, não olhamos, não contemplamos.
Contudo, não me canso de ouvir dizer, a amigos com quem me cruzo, de outras paisagens e ambientes, que a nossa Ria vale quanto pesa. É ampla, luminosa, transparente, navegável, nela se espelha o céu e reflete a lua. Também purifica o ar e refresca  a alma. Que mais queremos?

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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