quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

GAFANHA DA NAZARÉ - Primeira Junta de Freguesia

No dia 2 de Janeiro de 1914 tomou posse a primeira Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, que substituiu a Comissão Paroquial Administrativa que geriu os destinos da nossa terra desde 27 de Outubro de 1910 a 31 de Dezembro 1913. Naquele dia, compareceram os cidadãos José da Silva Mariano, Manuel José Francisco da Rocha, Manuel Conde, Alberto Ferreira Martins e João Sardo Novo, ultimamente eleitos membros efectivos da nova junta da Paróquia desta freguesia da Gafanha, como consta das respectivas actas arquivadas na secretaria da Câmara Municipal deste concelho e na secretaria do Governo Civil deste distrito, e o senhor regedor desta freguesia, Silvério Vieira, também estava presente.
Os eleitos, constituídos em sessão, elegeram José da Silva Mariano como presidente e João Sardo Novo como Tesoureiro, nomeando seu secretário o vogal Alberto Ferreira Martins. A nova Junta também elegeu para vice-presidente Manuel José Francisco da Rocha e deliberou que as suas sessões se efectuassem na sacristia do lado oeste da Igreja Paroquial desta freguesia pelas onze horas do primeiro e terceiro domingo de cada mês.

Notas:
1. A foto da igreja que substituiu a primitiva, localizada na Chave, foi inaugurada em 12 de Janeiro de 1912;
2. A sacristia referida ficava do lado direito do templo, ao fundo;
3. Texto reduzido.
4. Não haverá por aí, perdidas em gavetas, fotografias dos membros da primeira Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré?  Eu possuo a do meu avô, Manuel José Francisco da Rocha. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

FAROL ornamentado

 

O nosso farol, o mais alto de Portugal, mantém sempre o mesmo interesse apoiado na sua dignidade. Gostamos dele como símbolo da determinação de quem o requereu e exigiu. E ali está, firme e altaneiro, desde 1893, a requerer a nossa atenção, com ou sem decoração.

ÍLHAVO - Restauração do concelho foi há 124 anos


Amanhã, 13 de janeiro, pelas 17h30, decorre no Centro de Religiosidade Marítima, em Ílhavo, uma sessão sobre a restauração do concelho, com o lançamento da biografia de Manuel Maria Bolais Mónica, de António Vítor Carvalho; a palestra “Manuel Bolais Mónica e a religiosidade bacalhoeira”, por Pedro Silva; a visualização do filme “O bota-abaixo do S. Jorge”, comentado por Ana Maria Lopes, e a inauguração de uma exposição sobre os Estaleiros Mónica.

Andanças: São Miguel - Lagoa

 


Nas minhas andanças, em dia enevoado, em São Miguel, esta imagem de Lagoa, com o branco do casario a sobressair entre o verde sempre presente da vegetação, fixou-se na minha memória. Tudo tão simples, tão natural, tão bonito.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Dia Internacional do Obrigado

Celebrou-se hoje, 11 de janeiro, o Dia Internacional do Obrigado. Agradecer com um obrigado tantas gentilezas com que nos brindam, amigos e até desconhecidos, está nos hábitos de gente educada, mas ainda encontramos nos caminhos do nosso dia a dia algumas pessoas indiferentes à boa educação. Contudo, é certo que esta celebração nasceu para crescermos nesta linha. E se nos habituarmos, confirmaremos que não custa nada sermos mais atenciosos, delicados e agradecidos.

A dança das gaivotas



Nós somos assim: Ora melancólicos, ora esfusiantes. De manhã acordei assim-assim. Depois, na Praia da Barra, com farol à vista e mar a encher os olhos de quem o vê, tudo se modifica para o bem. As gaivotas esfomeadas perseguem o barco que regressa a caminho do Porto de Pesca Costeira, decerto com peixe fresco. Algum cairá na rede delas. E a anunciar a proximidade do petisco, ensaiam uma dança de alegria incontida.

Hoje acordei assim


O nosso estado de espírito é como as marés. Vai e vem a ritmos certos, quer chova quer faça sol. Umas vezes andamos eufóricos e de vez em quando ficamos apáticos sem razões que o justifiquem. Gostava de saber por que razão estou hoje como estes blocos tristes. Talvez o sol que brilha lá fora me anime porque a vida tem mesmo de continuar.  

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

O Natal que não passa

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

"Jesus não nasceu feito, foi-se fazendo como ser humano, na relação com Deus e com o mundo."

1. Desde o século XVIII, foram muitas as pesquisas sobre o Jesus da história e o Cristo da fé. Hoje, já não estamos habitados pela fúria historicista. A grande questão actual é a da significação do itinerário de Jesus espelhado no Novo Testamento, quer seja nas epístolas, mas sobretudo nos quatro Evangelhos. Podemos sempre perguntarmo-nos: que sentido, que beleza, que responsabilidade, que alimento a sua presença viva traz à nossa vida quotidiana? Jesus é uma presença que alimenta a vida do amor, da esperança, da fé num mundo que, muitas vezes, parece absurdo. É a adesão à pessoa e à mensagem de Jesus Cristo que se torna a alma da nossa alma.
É verdade que a referência essencial do Natal é Jesus que “nasceu durante o reinado do imperador romano Augusto, certamente antes da morte de Herodes, o Grande, porque teve lugar na Primavera do ano 4 a. C. Não é possível precisar mais a data exacta do seu nascimento. Os historiadores coincidem em situá-la entre os anos 6 e 4 antes da nossa era. Provavelmente, nasceu em Nazaré, embora Mateus e Lucas falem de Belém, por razões teológicas. De qualquer maneira, Nazaré foi a sua primeira pátria. Os seus pais chamavam-se Maria e José”[1].

domingo, 9 de janeiro de 2022

Lurdes Castro - Aprende tudo o que há por aí


"Ou tu és um pintor primitivo, e estás no teu cantinho, ou, se estás de olhos abertos, trata de aprender tudo o que há por aí"

Lurdes Castro
(1930 - 2022)

Em "Escrito na Pedra" 
no PÚBLICO de hoje

Nota: A artista faleceu ontem com 91 anos

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«A sua obra torna-se um rito de elogio do vivo e de louvor do dom da vida, que nos propõe comungar tanto numa manifestação simples e rigorosa da alegria, quanto no crescimento do amor para a eternidade. Como evidenciam várias das suas mais significativas criações e algumas imperecíveis experiências de irradiação espiritual na receção da sua obra – veja-se, por exemplo, o grande painel na parede por trás do altar da Capela do Rato”»

Ler mais aqui

Os Navios dos Descobrimentos – Memórias e Modelos


Ler “Os Navios dos Descobrimentos – Memórias e Modelos” de António Marques da Silva, editado por Amigos do Museu de Ílhavo, com data de Novembro de 2021, é ficar a saber mais sobre os “navios que se admite terem sido utilizados pelos portugueses, desde que decidiram dobrar o malfadado Cabo Bojador”, afirma o autor na Introdução a esta obra de excelente apresentação. Trabalho que dedicou "aos amigos do modelismo náutico, que com os seus pequenos modelos perpetuam as imagens dos navios que pelo valor que representam não devem ser esquecidos".
Diz mais adiante, no mesmo espaço, que “os modelos desta coleção foram construídos na escala 1/75, para que melhor se possa apreciar e comparar a grande diferença que existia entre a pequena barca com que Gil Eanes dobrou o cabo Bojador e a nau que foi construída na ribeira de Lisboa para que Vasco da Gama chegasse por mar, à tão desejada Índia das especiarias”.
No Prefácio, Luís Miguel Correia, antigo aluno do autor, refere que neste livro estão “reunidos os navios que se criaram e desenvolveram especificamente para o século de ouro da navegação portuguesa, começando pela modesta barca de vela e remo, as caravelas pescaresa, de dois mastros, de três mastros e redonda e culminando na nau S. Gabriel da armada de Vasco da Gama”.
Na ficha técnica indica-se que a coordenação da edição foi de Tito Cerqueira, sendo as fotografias de Joaquim Marques da Silva e João Martins Silva.
Para além das belas ilustrações dos navios, não faltam especificações claras e projetos, bem como um Glossário esclarecedor.
O livro está à venda no MMI.

Fernando Martins

Gafanha do Carmo - Pe. José Lourenço

José Soares Lourenço nasceu a 14 de julho de 1923, no lugar do Brunhido, Valongo do Vouga (Águeda). Filho de Artur Lourenço e de Maria Dias Soares. Da sua formação consta a frequência dos Seminários de Coimbra, de Santa Joana (Aveiro) e dos Olivais (Lisboa).
A 13 de julho de 1947, foi ordenado presbítero, na Igreja de Vagos, numa cerimónia presidida pelo Bispo D. João Evangelista de Lima Vidal.
José Lourenço teve uma longa carreira ao serviço da Igreja, na sua primeira nomeação (1947) foi colocado ao serviço da Paróquia de S. Salvador, Ílhavo, sendo depois transferido para a Murtosa. No ano de 1950 foi nomeado vigário paroquial da Gafanha da Encarnação e Capelão da Gafanha do Carmo. A 6 de novembro de 1957, com a criação da Paróquia da Gafanha do Carmo, da qual o presbítero foi um dos grandes impulsionadores, tornou-se o seu primeiro pároco. Ali serviu até 1986, assumindo também a paróquia da Gafanha da Boa-Hora a partir de 1975. Em 1986 foi transferido para Silva Escura. Exerceu, ainda, o múnus de arcipreste de Sever do Vouga (1993-1996) e vigário paroquial de Águeda (1996-1999). Em 2013, regressou a Ílhavo coadjuvando o Padre Urbino Pinho.
Durante os diversos anos que esteve à frente da Paróquia da Gafanha do Carmo iniciou a construção da nova Igreja paroquial, inaugurada a 17 de novembro de 1974, e foi o assistente fundador do Agrupamento de Escuteiros deste lugar.
Faleceu a 27 de agosto de 2016, aos 93 anos. Encontra-se sepultado no Cemitério da Gafanha do Carmo.

NOTAS:
1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) da CMI, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha";
2. Na Gafanha do Carmo, na fronteira com a Gafanha da Encarnação, encontramos a Rua Padre José Lourenço. Este topónimo foi aprovado pela Câmara Municipal de Ílhavo a 31 de maio de 2013 (Ata CMI N.º 31/2013), sendo atribuído à antiga Rua P;
3. Foto do Pe. José Lourenço do meu arquivo.

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