terça-feira, 6 de março de 2007
Com um dia de pausa…
domingo, 4 de março de 2007
Um texto de Jorge Pires Ferreira
Cientistas pouco esclarecidos
Poderá um cientista ou divulgador de ciência ignorar a História da Ciência ou ter dela visões sectárias? Aparentemente, não. Mas na prática, sim. É o que acontece muitas vezes. Em dois encontros públicos recentes, em Aveiro, com pessoas de elevada craveira, notei tomadas de posição que de alguma forma rebaixam ou desprezam a fé cristã no diálogo com as ciências naturais. Crentes como eu haveria com certeza na assembleia. Mas é feio desautorizar os convidados. Pelo que eu e os outros optamos pelo silêncio, com o risco de a asneira, à força de tanto ser repetida, ganhar aparência de verdade.
:
Leia mais em RELIGAR
Um poema de António Gedeão
Recolhi as tuas lágrimas
na palma da minha mão,
e mal que se evaporaram
todas as aves cantaram
e em bandos esvoaçaram
em tomo da minha mão.
Em jogos de luz e cor
tuas lágrimas deixaram
os cristais do teu amor,
faces talhadas em dor
na palma da minha mão.
in "366 poemas de amor",
antologia organizada por Vasco Graça Moura
Museu de Ílhavo: Exposição de Fotografia

Santa Maria Manuela
Um artigo de Anselmo Borges, no DN
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS-13
Caríssima/o:
Brumas do tempo!
Brumas da Ria!
Quem é destas terras e aqui tem as suas raízes, conhece bem os nevoeiros da vida e da Ria. Ainda mais quem algum dia penetrou profundamente pelos canais e neles deambulou perdido por nada ver à sua frente!...
João Pereira de Lemos escreveu um livro: «Os Gafos da Ilha de Sama». No preâmbulo afirma:”Quase todos os factos foram passados, dando-lhes no entanto interpretação pessoal, contrariando algumas vezes autores consagrados, considerados e credíveis.”
Como que em sub-título acrescenta:”Narrativa quase verdadeira do que se passou na vila de Aveiro, entre 1525 e 1581, porque o mais se não acha pois está no guarda-roupa del-Rei”.
Transcrevo das páginas 161 e 162:
“Um dia, quando sentado no beiral de areia do lado poente, admirava o sol rubro que se encaminhava para o ocaso, [Pedro] pensou que talvez o areal em frente onde não se via vegetação, fosse a chave para a solução do excesso de pessoas na ilha de Sama. Virou-se para Filipa que estava a seu lado e disse:
- Parece que encontrei a chave para os nossos problemas aqui na ilha. Vou convidar alguns daqueles em quem mais confio e vamos estabelecer-nos no outro lado. Pedirei a Yssuf para descarregar lá tábuas e troncos e outros utensílios e procuramos um lugar para nos instalarmos.
Em Sama ninguém era tratado pelo nome ou pelo apelido, todos eram iguais e, por isso, usavam alcunhas. Pedro de Lemos o “Samarrão”, alcunha que advinha de à noite andar com uma grande samarra – vestimenta pastoril de pele de ovelha com lã, e que os médicos aconselham a não usar sobre a epiderme, pois julgam ser a causa de epidemias -, passou palavra ao Jorge “Fidalgo” porque assim o era, ao André “Cravo” porque parecia ter muitos cravos na cara, ao Belchior “Sardo” porque pareciam sardas as pústulas já secas, ao Simão “Gafanhão” porque ele era forte, ao Sebastião “Lázaro” porque era lazarento do corpo e alma sofredora diga-se, ao Pedro “Vaz” diminutivo apressado de Alvaraz, Gaspar “Casqueira” porque passava o tempo a fazer barcos das cascas que encontrava e pedia a toda a gente para lhas arranjar, e o António “Conde” porque se dizia como tal e todos sabiam que assim não era e não passava dum pobre diabo!
Combinaram, em segredo, no dia 16 de Julho de 1545, dia de N.ª S.ª do Carmo, e à noite, fazerem a travessia num barco que Yssuf e Hamed trouxeram.
Subiram o areal transportando o mais que puderam e ao avistar um braço de água que entrava pelo areal e percorridos aí três mil e oitocentos côvados, decidiram instalar-se ali. Tratava-se dum istmo entre o canal Caveira a poente, e o canal do Boco a sul. Por sugestão de Filipa e recordando a conversa com Pedro, o local passou a chamar-se Chave. Construíram habitações exíguas que cobriram com junco que crescia em tufos ao longo do braço de água. Abriram vários poços, semearam couves, nabos e milho, este uma novidade recente. Também algumas árvores, sobretudo figueiras. Yssuf foi trazendo animais domésticos e, um dia, trouxe um burro para não dar nas vistas, pois é convicção de que os animais domésticos também podem ser contagiados!
Os frades logo souberam e visitaram os gafos exilados. Sugeriram que se construísse uma ermida, e desde que não estivesse muita corrente ou ondulação, faziam uma visita regular.
Os da governação, ao saberem, não se incomodaram e até admitiram entre si que assim estavam mais longe e isolados.”
Logo na página 165 acrescenta:
“O tempo foi passando, e já havia curas completas muito embora com marcas irreversíveis. A comunidade da Chave tinha sido aumentada com algumas crianças todas sadias, e mais um novo casal cujo homem foi baptizado de “Gandarinho”! Um dia, alguns andavam distantes à procura de madeira arrolada e viram uma espiral de fumo muito para Sul. A curiosidade levou-os até lá onde deparam com um casal e um filho com o ar mais faminto e andrajoso possível. Indagaram quem eram, e o homem contou que já caminhavam há muitos dias, tantos que lhe tinham perdido a conta. Que vinha dumas terras a que chamavam Gândara, e que eram tão pobres que resolveram procurar outras terras. Não sabiam onde estavam. Convidaram-nos a vir viver para a Chave. O nosso homem era tão pequeno e frágil que ficou com a alcunha de “Gandarinho”.
O único defeito da Chave se é que é, é que fica muito longe do enfiamento do canal de Aveiro, e os frades fazem notar isso, pois os criados tinham de remar muito. Cinco casais resolveram estabelecer-se no dito enfiamento, tanto mais que o terreno lhes parecia menos arenoso. Baptizaram o local de Cale, pois bordejava a Ria. Os outros já estavam apegados à terra onde conseguiram curar-se e sobreviver, resolvendo ficar ali para sempre.
Passou-se um ano, e os comerciantes de Aveiro já se atrevem a trazer e levar produtos à terra dos gafanhos, como dizem. Passado pouco tempo já dizem que vamos à “Gafanha” e assim fica...”
E mais não transcrevo. O que aí vos deixo aponta na direcção de outra fonte de fantasia: o nome da Gafanha.
Manuel
sábado, 3 de março de 2007
Portugal no mundo
Imagens de Aveiro

Aveiro vai estar representada no Programa Gostos e Sabores, na RTPN, do Chefe Hélio Loureiro.
O Programa Gostos e Sabores é emitido aos Sábados, em versão original, às 18.30 horas. É repetido no domingo, às 14.30; na segunda, às 11.30 e na quinta, às 20.30 horas.
Também é emitido na RTPinternacional, RTPAçores, RTPMadeira e nos comboios Alfa (CP).As receitas são publicadas semanalmente na Revista Visão, onde o Chefe Hélio Loureiro divulga o Programa Gostos e Sabores, com a apresentação das receitas confeccionadas, convidados e locais/regiões das gravações e apoios.
Caldeirada de enguias à moda de Aveiro – Convidado, Élio Maia – emissão, 3 de Março (hoje).
Bacalhau com natas – Convidada, Filipa Pato – emissão, 10 de Março
Mexilhões à moda de Aveiro – Convidado, Gonçalo Madail – emissão, 17 de Março
Raia com molho de pitau – Convidada, Jacinta – emissão, 24 de Março
Feijoada de samos de bacalhau – Convidado, Carlos Candal – emissão, 31 de Março
Fonte: “Site” da CMA
Imagens da Figueira da Foz
EM DIA DE CHUVA
sexta-feira, 2 de março de 2007
Avanço do mar na região de Aveiro
Entre em Julho e Setembro de 2006, Luísa Pinho entrevistou 418 pessoas para a sua tese de doutoramento na Universidade de Aveiro (UA) sobre a «Importância da percepção social das dinâmicas litorais na gestão das áreas costeiras». O estudo teve por base um levantamento sobre as áreas de risco efectuado pelo Instituto da Água (INAG) e incidiu sobre as praias de Esmoriz, Cortegaça, Furadouro, Torreira, Barra, Costa Nova e Vagueira. Nestes aglomerados, identificou cerca de quatro mil fogos em zonas de perigo. Em entrevista conjunta ao Diário de Aveiro e à Aveiro FM, a investigadora conclui, no entanto, que a população «não tem plena consciência do risco que está a correr»
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Animais das nossas vidas
O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...
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