sábado, 2 de abril de 2005

Vela que iluminou o mundo extinguiu-se

Hoje, primeiro sábado de Abril de 2005, pelas 20.37 horas de Lisboa, extinguiu-se uma vela que iluminou o mundo. Vela que irradiou luz e calor humano, que deu brilho a gestos de verdade, que inspirou caridade, que valorizou a solidariedade entre todos os homens de boa vontade. Vela que iluminou caminhos de paz e de fraternidade entre povos e nações, que valorizou a harmonia entre as pessoas. Vela que clamou por justiça e que abriu pistas de amor, para um mundo muito melhor. João Paulo II fica na história da Igreja e do mundo como um arauto das causas justas, do entendimento entre cristãos de todas as denominações, do diálogo inter-religioso, do respeito pelos não crentes. Mas fica também como o Papa corajoso que esteve em todas as frentes na luta pela dignificação do homem e da mulher, dos jovens e idosos, dos marginalizados e esquecidos, dos pobres dos pobres. João Paulo II foi, sobretudo, um Papa de fé, de uma fé dinâmica e aberta, determinada e ao mesmo tempo serena, que se apresentou em todos os areópagos mundiais, durante 26 anos, para apelar aos homens que abrissem os seus corações a Cristo, rumo à construção de uma nova ordem social e espiritual, onde todos fossem irmãos. João Paulo II deixou-nos fisicamente, mas continuará connosco, com todos os que viam nele um reflexo visível da mensagem de Cristo, mensagem que ele apresentou, como poucos, a todas gerações e para todos os tempos. João Paulo II, agora que está no seio de Deus, não se esquecerá de nós, como bom pai que foi para todos os que o ouviam e seguiam. Afinal, o peregrino do mundo, o incansável defensor dos oprimidos, o doente sem queixumes, o homem de rosto calmo e de palavra doce, permanecerá no meio de nós. Para sempre. Fernando Martins

MORREU JOÃO PAULO II

O Santo Padre faleceu esta noite, às 20.37 horas (hora de Lisboa), no seu apartamento privado
João Paulo II morreu esta noite, aos 84 anos, na sequência do progressivo agravamento do seu estado de saúde, ao longo dos últimos dias. A notícia foi confirmada oficialmente pelo Vaticano. "O Santo Padre faleceu esta noite às 21. 37 horas (hora local, menos uma em Lisboa), no seu apartamento privado", refere o comunicado difundido pelo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls.
"Todas as disposições previstas na Constituição Apostólica 'Universi Dominici Gregis', promulgada por João Paulo II a 22 de Fevereiro de 1996, entraram em vigor", acrescenta. O Papa morre num primeiro sábado do mês, dia particularmente dedicado à figura da Virgem Maria, de quem sempre foi particularmente devoto. "É com emoção e com profundo sentimento que anunciamos a morte João Paulo II, o Papa que durante 26 anos de Pontificado confirmou a Fé e contribuiu para solidificar os fundamentos da fé e da solidariedade entre todas as nações. Recomendamo-lo ao Senhor", anunciou a Rádio Vaticano. O Papa polaco foi uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e deixa atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio (1978-2005) o terceiro mais longo da história da Igreja. (Pode ler mais na ECCLESIA)

IGREJA acompanha momentos finais do Papa

O Vaticano não esconde que João Paulo II vive os momentos finais, explicando que o Papa se encontra em condições “gravíssimas” e começa a entrar num estado de perda de consciência. De acordo com o último comunicado disponível, as condições gerais cardio-respiratórias e do metabolismo “permanecem substancialmente inalteradas e são, por isso, gravíssimas”.Desde o amanhecer deste sábado, o Papa começou a ter perdas de consciência, embora o porta-voz do Vaticano negue o estado de coma noticiado por várias agências internacionais. “Desde o começo da manhã de hoje foi observado um compromisso inicial do estado de consciência”, disse Navarro-Valls, explicando que o Papa parece “estar a dormir” e que “não está tecnicamente em estado de coma”.Milhares de fiéis acompanham o evoluir da situação na Praça de São Pedro, diante da janela dos aposentos de João Paulo II, cujas luzes se mantiveram acesa durante toda a noite.A noite passada foi marcada pelo silêncio e o recolhimento, num local marcado por milhares de intervenções, muitas das quais históricas, e por momentos de grande intimidade entre o Papa e os peregrinos, ao longo destes 26 anos e meio de Pontificado. (Para ler o texto na íntegra, pode clicar em ECCLESIA)

PAPA continua a piorar

Segundo as últimas notícias, o Santo Padre não está em coma, mas o seu estado de consciência começa a ficar comprometido. Esta informação partiu do porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, num comunicado oficial revelado há minutos, divulgou a ECCLESIA :“desde o começo da manhã de hoje foi observado um compromisso inicial do estado de consciência”. Navarro-Valls acrescentou, contudo, que “o Papa não está tecnicamente em estado de coma”. O estado de saúde de João Paulo II permanece "substancialmente inalterada", ou seja, condições "gravíssimas".Um novo comunicado está previsto para o final da tarde.Navarro-Valls assegurou que, na tarde de ontem, João Paulo II terá pronunciado algumas palavras para agradecer a presença dos jovens neste momento delicado da sua vida.

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Como já informei aqui, celebra-se hoje o DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL, precisamente no dia em que se recorda a data em que nasceu o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, há 200 anos. Este Dia Internacional, com os méritos de todos os outros, deve levar-nos a reflectir sobre o que podemos fazer a partir de hoje, concretamente na linha da promoção do livro infantil e do incitamento à leitura, sendo certo que aqueles dois pontos são, sem sombra de dúvidas, um excelente contributo para a formação de mulheres e homens novos. Novos, porque enriquecidos pela cultura, pelo conhecimento, pelo respeito por outras formas de pensar e de viver que as leituras proporcionam. O DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL é para ser vivido pelas crianças, é verdade, mas também pelos pais e educadores, todos em perfeita sintonia, porque só assim encontrará êxito. E para isso, proponho aos responsáveis pela educação de crianças a leitura de um livro, editado há poucos dias, que é uma boa ajuda para quem tem de saber o que oferecer aos novos leitores. Trata-se de "Dez réis de gente... e de livros", de Sara Reis da Silva, onde a autora nos encaminha para escritores lusófonos, dando informações importantes a quem tem de aconselhar um livro para a infância.
F.M.

Noite de oração pelo Santo Padre

Em todo o mundo católico, a última noite foi de vigília e de oração pela saúde do Papa. E a esse mundo, muito ligado a João Paulo II, juntou-se o mundo de outros cristãos, do Islão e de outras religiões e formas de espiritualidade, bem como o mundo dos não crentes. Foi uma homenagem universal ao homem que durante 26 anos lutou incansavelmente pela paz, pela justiça social, pela harmonia entre povos e nações, mas também pela instauração do Reino de Deus na Terra, no seguimento da Boa Nova de Jesus Cristo. Também estivemos, todo o dia, neste espaço partilhado, em sintonia com todos os que reconhecem a importância do papel desempenhado pelo Santo Padre na defesa dos mais pobres, dos perseguidos, dos marginalizados, dos oprimidos e dos deserdados da sorte, precisamente quando as sociedades passam por eles com olhares indiferentes. A esta hora, pouco ou nada se sabe sobre o estado de saúde do Santo Padre, desde o fim da tarde de ontem. O que sei é que gostaria de receber a notícia de que o Papa teria conseguido resistir à doença. Para ao menos, com o seu olhar terno e bondoso, nos fixar, nem que fosse apenas mais uma vez. F.M.

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Aveiro: Canal central visto do Centro Cultural

sexta-feira, 1 de abril de 2005

PAPA WOJTYLA: Biografia de João Paulo II

Foto da ECCLESIA
O Papa polaco é uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e tem atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio.
Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de Maio de 1920 em Wadowice, no sul da Polónia, filho de Karol Wojtyla, um militar do exército austro-húngaro, e Emília Kaczorowsky, uma jovem de origem lituana. Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe, o falecimento de sua mãe ao dar à luz a uma menina que morreu antes de nascer. Três anos mais tarde faleceu o seu irmão Edmund, com 26 anos, e em 1941 morre o seu pai. Em 1938 foi admitido na Universidade Jagieloniana, onde estudou poesia e drama. Durante a II Guerra Mundial (1939- 1945) esteve numa mina em Zakrzowek, trabalhou na fábrica Solvay e manteve uma intensa actividade ligada ao teatro, antes de começar clandestinamente o curso de seminarista. Durante estes anos teve que viver oculto, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Segundo relata o actual Pontífice, estas experiências ajudaram-no a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso dos trabalhadores e pobres. As marcas no seu corpo começam a aparecer quando em Fevereiro de 1944 é atropelado por um camião alemão e é hospitalizado. Ordenado sacerdote em 1946, vai completar o curso universitário no Instituto Angelicum de Roma e doutora- se em teologia na Universidade Católica de Lublin, onde foi professor de ética. (Para ler toda a biografia, clique aqui)

Estado de saúde do Papa

......... Declaração oficial do Vaticano sobre a saúde do Papa
As condições gerais e cardio-respiratórias do Santo Padre agravaram-se ulteriormente. Regista-se uma baixa da tensão arterial cada vez mais grave, enquanto a respiração se tornou superficial.Instaurou-se um quadro clínico de insuficiência cardio-circulatória e renal. Os parâmetros biológicos estão notavelmente comprometidos.O Santo Padre, com visível participação, associa-se à oração continua daqueles que o assistem.

O mundo reza pelo Santo Padre

João Paulo II continua em condições muito graves e o Vaticano não faz questão de esconder que todos os cenários são possíveis nos próximos momentos. Joaquín Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano, refere que o Papa está "lúcido, plenamente consciente" e "muito sereno" diante deste momento de sofrimento. O último boletim clínico oficial explica que "a situação neste momento é estacionária, permanecem as condições de extrema gravidade. Os parâmetros biológicos estão alterados, a pressão arterial é instável". João Paulo II foi informado "da gravidade da sua situação", de acordo com Navarro-Valls, e perguntou se era "absolutamente necessário" ir para a Clínica Gemelli. Não sendo, decidiu permanecer no Vaticano. As recentes informações desmentem categoricamente que o Papa tenha caído num estado de coma. O Papa recebeu os seus colaboradores mais próximos e acompanha a situação através da oração: concelebrou hoje a missa no seu leito e pediu para ouvir a leitura das catorze estações da Via Sacra. Rezou a Liturgia das Horas e ouviu passagens da Sagrada Escritura, após ter recebido ontem a Unção dos Enfermos. (Para ler mais, clique ECCLESIA)

D. José Policarpo pede orações pelo Papa

------- Quanto tempo durará esta última etapa da vida do Papa? «Só Deus sabe» - disse o Patriarca de Lisboa aos jornalistas.
D. José Policarpo
O estado de saúde de João Paulo II "agravou-se muito seriamente nas últimas horas" , disse D. José Policarpo esta manhã aos jornalistas, mas "só Deus sabe quanto tempo durará esta última etapa da vida do Papa". "Este momento será fecundo para Igreja", realçou o Patriarca de Lisboa, ao pronunciar-se sobre o estado débil do Papa. Na conferência imprensa, o Patriarca de Lisboa referiu que "gostaria que as celebrações que hoje se realizam na diocese de Lisboa, e também nos próximos dias, tivessem explicitamente esse dom de união espiritual e de oração de acompanhamento do Santo Padre". A Igreja tem dois mil anos e o normal "é a continuidade". Esta alterna-se "com a resposta ao momento que passa". O mundo anda a uma velocidade estonteante; por isso, realça o Patriarca de Lisboa, "não merece a pena fazer prognósticos", porque "as exigências concretas do futuro pontificado podem exigir atitudes e decisões que neste momento ninguém consegue prever". O Pontificado de João Paulo II foi longo e "tem continuidade e originalidade". Em relação à estada de João Paulo II no seu quarto e não na clínica Gemelli, D. José Policarpo sublinhou que "as notícias que temos [dizem] foi uma opção dele". E acrescenta: "nos últimos séculos seria a primeira vez que um Papa morria fora do Vaticano." Como nunca participou em nenhum conclave, o Patriarca de Lisboa disse que "será tudo uma grande surpresa" para si. A sucessão "correrá normalmente" e não prevê nenhum "ambiente dramático". Para o futuro, D. José Policarpo mostrou a "sua disponibilidade total para fazer aquilo que a Igreja" lhe pedir. Os últimos papas têm publicado sempre um texto sobre a sua sucessão. A Constituição Apostólica «Universi Dominici Gregis» - afirma D. José Policarpo - diz que "só quando for declarado oficialmente a morte do Santo Padre é que o processo [da eleição de um novo Papa] se desencadeia". Com a morte do Papa "cessam todas as estruturas do governo da Santa Sé", assumindo o colégio dos cardeais o Governo da Igreja. Nessa altura, os cardeais serão convocados para Roma. E adianta: "os eleitores que vivem em Roma devem esperar pelo menos 15 dias, antes de iniciar o conclave, para dar espaço aos cardeais que estão fora de Roma [para] se dirigirem até lá." No caso do bispo de Lisboa, D. José Policarpo anunciou aos jornalistas que "quer ir ao funeral do Santo Padre".
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Fonte: Agência ECCLESIA

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