domingo, 13 de março de 2005

DEZ RÉIS DE GENTE... E DE LIVROS

Sara Reis da Silva publica novo livro Sara Reis da Silva
Na Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e na livraria Navio de Espelhos, de Aveiro, Sara Reis da Silva lançou ontem o seu segundo livro, "Dez Réis de Gente... e de Livros - Notas sobre Literatura Infantil". O primeiro, publicado em 2002, tese do seu mestrado na Universidade de Aveiro, versou o tema "A Identidade Ibérica em Miguel Torga". O livro ora apresentado, numa edição da Caminho, nasceu de uma tentativa semanal de promover o gosto pelo livro e pela leitura, através da Rádio Terra Nova e do jornal O Ilhavense, proporcionando à autora, ao mesmo tempo, a aproximação a muitas pessoas. A partir de hoje, Sara Reis da Silva, docente da Universidade do Minho, imagina o seu livro nas mãos dos que gostam de literatura para crianças e acredita que, "no convívio com os livros, podemos ser melhores". Para a jovem autora, os "livros são os nossos olhos mágicos", pelo que é de imaginar o enriquecimento interior de quantos aceitarem o desafio da leitura literária, que ela lançou aos muitos amigos que a escutaram na Junta da Gafanha da Nazaré e na livraria O Navio de Espelhos. O Prefácio é do Prof. José António Gomes, que, na apresentação da obra, definiu a Sara como "uma pessoa rara", tendo sublinhado que "Dez Réis de Gente... e de Livros" tem a ver, quase tudo, com "a pluralidade dos sentidos". José António Gomes salientou, ainda, que o livro de Sara Réis da Silva "vem preencher uma patente lacuna e enriquecer o panorama crítico nesta área, privilegiando a contemporaneidade (...) e a produção literária lusófona". A obra destina-se a pais e educadores, a editores e criadores, a livreiros e bibliotecários, a críticos e divulgadores, bem como a todos os que acreditam que os livros são, de facto, os nossos grandes amigos, que nos ensinam sem enfado, nos divertem com humor, nos levam a viagens de sonho, nos alimentam o espírito, nos tornam solidários com outros povos e nos enriquecem a nossa personalidade. O design gráfico e a ilustração da capa são, respectivamente, de José Serrão e de Ana Miriam, irmã da autora. F.M.

RIA DE AVEIRO

Marina do Clube de Vela da Costa Nova Posted by Hello

sábado, 12 de março de 2005

GOVERNO com poucas mulheres

Já aqui dissemos que o Governo tem apenas duas ministras, o que não abona nada em favor do primeiro-ministro José Sócrates. É um Governo predominantemente constituído por homens, não obstante o PS pregar a ideia da importância da mulher na política, tanto mais que elas são a maioria em muitos sectores da sociedade portuguesa. Na saúde, na educação e na ciência, entre outros. Afinal, continua a discriminação da mulher, ao fim de tantos anos de luta pela conquista do lugar que lhe pertence na vida, a todos os níveis. Bem prega Frei Tomás. Como consequência disso, as mulheres socialistas não podiam deixar de ficar muito descontentes, como refere o PÚBLICO em manchete. Maria de Belém diz mesmo que “há afunilamento na entrada de mulheres para a política”, Edite Estrela acrescenta que “gostaria que houvesse uma maior representação feminina” e Celeste Correia adianta que “é um retrocesso nos sinais positivos que foram dados”. Quando toda a gente sabe que a sensibilidade feminina é necessária, fundamentalmente para a humanização da política, não se esperava que o Governo ficasse indiferente a esta verdade. A mulher conhece melhor o dia-a-dia da vida e os problemas das famílias, a mulher está mais atenta, pela sua natureza, aos que mais sofrem (não estão elas, em grande maioria, no voluntariado?), a mulher ameniza, com mais facilidade, os conflitos e denota mais capacidade para se identificar com o povo. A meu ver, claro. Por isso, tenho pena que as mulheres continuem relegadas para segundo plano. F.M.

LEITURAS

1 – No PÚBLICO, pode ler um artigo do Kofi Annan, sobre o combate ao terrorismo. 2 – No DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Daniel Proença de Carvalho lança alertas sobre Segurança e Justiça. 3 – “Voluntariado com novo rosto” é o tema de um artigo que pode ler na ECCLESIA.

No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

"AMBIENTE VIVO" Trabalho colectivo de crianças
No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, vai estar patente ao público, até 21 de Março, entre as 15 e as 23 horas, uma exposição sobre o ambiente, denominada "AMBIENTE VIVO", que se integra no projecto "+ ECO 2005". Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Ílhavo, que envolve alunos das escolas do Ensino Básico e jardins-de-infância do concelho e se destina a toda a gente. Na apresentação do programa da autarquia ilhavense, o presidente Ribau Esteves sublinha que aquele projecto congrega todos os agentes que trabalham na área do ambiente e tem como objectivo "fazer mais e melhor", neste sector. O facto de os artistas serem crianças, não significa que esta exposição se dirija só a elas. Todos os adultos lucrarão se a visitarem, pois ali podem encontrar conselhos muito úteis para a preservação da natureza. As crianças denunciam as ofensas que fazemos ao ambiente, enquanto lembram a importância da água, dos rios, dos mares e das florestas. Os trabalhos foram elaborados com aproveitamento de desperdícios e denotam sensibilidades que têm de ser estimuladas e cultivadas. Afinal, de nada servem exposições como estas, se não tiverem seguimento e reflexo nos nossos comportamentos do dia-a-dia. F.M.

sexta-feira, 11 de março de 2005

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL



O Dia Internacional do Livro Infantil, que se celebra no próximo dia 2 de Abril - data em que se comemoram também os duzentos anos do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, não pode ser ignorado por pais e demais educadores, com especial realce para professores. Educar para a leitura, fonte inesgotável de saberes, é nos dias de hoje uma tarefa que deve envolver toda a gente com responsabilidades educativas e, ainda, todos os amantes da cultura, em geral, e do livro e da leitura, em particular.

F. M.

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL 


Os livros são os meus olhos mágicos


 Há muito, muito tempo, vivia na Índia antiga um rapaz chamado Kapil. Além de gostar muito de ler, era extremamente curioso. Tinha a cabeça cheia de perguntas. Por que motivo o Sol era redondo e por que mudava a Lua de forma? Por que cresciam tanto as árvores? E por que razão as estrelas não caíam do céu? 

Kapil procurava as respostas em livros de folha de palmeira escritos por homens sábios. E lia todos os livros que encontrava. Ora, um dia, estava Kapil ocupado a ler quando a mãe lhe deu um embrulho e disse: «Arruma o livro e leva esta comida ao teu pai. Já deve estar cheio de fome.» Kapil levantou-se com o livro na mão e fez-se ao caminho. Enquanto percorria o duro e acidentado trilho que atravessava a floresta, não parava de ler. De súbito, o seu pé bateu numa pedra. Tropeçou e caiu. E logo um dedo começou a sangrar. Kapil ergueu-se do chão e continuou a caminhar e a ler, com os olhos colados ao livro. 
Não tardou a bater noutra pedra e, uma vez mais, estatelou-se. Desta feita doeu-lhe mais, mas o texto escrito em folha de palmeira fê-lo esquecer as feridas. De repente, um clarão surgiu e ouviu-se um riso melodioso. Kapil levantou os olhos e deparou com uma formosa senhora, vestindo um sari branco. Ela sorria e uma auréola de luz rodeava-lhe a cabeça. Estava sentada num cisne branco e gracioso. Numa das mãos trazia um luminoso rolo de pergaminho. Com outras duas segurava um instrumento de cordas chamado veena. Estendeu a quarta mão para o rapaz e disse: «Meu filho, estou impressionada com a tua sede de conhecimento. Quero dar-te uma recompensa. Qual é o teu maior desejo?» Kapil pestanejou de espanto. Diante dele encontrava-se Saraswati, a Deusa do estudo. 
No instante seguinte, o rapaz cruzou as mãos, fez uma vénia e murmurou: «Por favor, Deusa, dá-me um segundo par de olhos para os pés, a fim de que eu possa ler enquanto caminho.» «Assim seja» - e a Deusa abençoou-o. Tocou na cabeça de Kapil e a seguir desapareceu entre as nuvens. Kapil olhou para baixo. Um segundo par de olhos brilhava-lhe nos pés e ele deu um salto de alegria. Logo a seguir, fixou os olhos no livro e desatou a caminhar pela floresta, apenas conduzido pelos seus pés.

Graças ao amor pelos livros, Kapil cresceu e tornou-se um dos sábios mais ilustres da Índia. Em toda a parte era conhecido pela sua imensa sabedoria. Também lhe puseram outro nome, Chakshupad, que em sânscrito significa «aquele cujos pés têm olhos». 

Saraswati é a deusa do estudo e do saber, da música e da fala. Esta é uma antiga lenda indiana sobre um rapaz que descobriu como o saber é transmitido pelas palavras, essas palavras que os homens sábios escreviam em manuscritos de folhas de palmeira. Os livros são os nossos olhos mágicos. Dão-nos informação e conhecimentos e servem-nos de guias nos difíceis e acidentados caminhos da vida.

MANORAMA JAFA

Crescem famílias com dificuldades em Aveiro

E, de repente, vieram as dificuldades económicas. Sem conseguir dinheiro para pagar as despesas do dia-a-dia, têm de pedir ajuda. Para comer, vestir, para ter luz e água. Estas famílias são cada vez mais em Aveiro. Os que estão mais sozinhos na vida têm de pedir também um local para dormir O número de famílias em dificuldades está a crescer em Aveiro, a avaliar pelos que recorrem aos serviços da Cáritas Diocesana de Aveiro. O relatório com os dados de 2004 ainda se encontra por fazer mas, em 2003, foram 328 as famílias que pediram ajuda. Se em 2004 a Cáritas sentiu um aumento significativo de pedidos em relação ao ano anterior, é de esperar que os dados oficiais mantenham a tendência de crescimento verificado. O número de atendimentos no apoio às famílias também tem um correspondente aumento. Em 2002, a Cáritas registou 1449 atendimentos, 1547 em 2003 e cerca de 3000 em 2004.
Para ler mais, consulte o Diário de Aveiro.

Maiorias absolutas são prejudiciais ao Parlamento

O ex-Presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, disse que as maiorias absolutas são prejudiciais ao Parlamento. Esta afirmação, vindo de quem veio, deve levar-nos a reflectir. E talvez possamos concluir daí que os nossos políticos ainda não estão suficientemente maduros para viverem numa democracia que se quer adulta, onde o respeito pelas diferenças tem de ser norma cívica a seguir. Os nossos políticos tem de se convencer que não são senhores da verdade absoluta e que já não estamos em tempos de sectarismos, onde o adversário político é inimigo a abater. As opções a tomar não têm necessariamente que sair, em exclusivo, do Partido que detém a maioria. Venham de onde vierem, as propostas têm de passar pelo crivo da discussão sadia, optando-se, com simplicidade, pelas que forem melhores para o País e para os portugueses, tendo em conta, naturalmente, os programas escolhidos nas eleições. Um político moderno e respeitador dos princípios democráticos, não pode fechar-se, cegamente agarrado à cartilha do seu Partido, mas deve saber ouvir as oposições, dialogar com as forças sociais da nação e ter a humildade suficiente para dar a mão à palmatória, quando não está no caminho certo. O importante é que, no Parlamento ou fora dele, os políticos revelem maturidade cívica e consciência bem formada e com capacidade para reconhecerem que ninguém é dono da verdade toda. Há sempre alguém, por mais absurdas que possam parecer as suas ideias, que tem uma parte da verdade. Fernando Martins

LEITURAS

1 – No PÚBLICO, O Presidente Sampaio defende combate ao terror com respeito pelos direitos humanos. 2 - Francisco Sarsfield Cabral escreveu na revista Além Mar que "Perdão da dívida pode evitar o estrangulamento financeiro dos países pobres". 3 - Pode ler na ECCLESIA que "Portugal não pode esquecer as lições da emigração", um tema sobre o I Encontro Mundial das Comunidades Portuguesas, decorrerá de 29 a 31 de Março de 2005, na casa diocesana do Vilar, Porto.

quinta-feira, 10 de março de 2005

NOVA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Hoje, o Parlamento volta a ter vida
A partir de hoje, temos uma Assembleia da República renovada, embora, ainda, com bastantes rostos conhecidos, muitos dos quais por ali andam desde o 25 de Abril. · É um Parlamento maioritariamente PS e acentuadamente de esquerda, por decisão do povo português; · Tem como funções principais legislar e fiscalizar a acção do Governo; · Deve estar atenta ao que se passa no País e no mundo, reflectindo as inquietações do povo e tendo em conta sempre os mais desfavorecidos; · Deve mostrar trabalho útil, dignidade na discussão dos assuntos que a Portugal e aos portugueses interessam e respeito pelos valores que enformam a nossa sociedade; · A maioria parlamentar não pode deixar de ouvir as oposições, optando pelas propostas que lhe apresentarem, independentemente das cores partidárias em que brotaram, se forem oportunas e boas para a maioria do povo português; · Deve dar o exemplo de vida democrática, em todas as circunstâncias, com simplicidade e transparência; · Deve renunciar às discussões fúteis e aos ataques pessoais, valorizando permanentemente o que é positivo; · Deve ser barómetro da harmonia e uma mais-valia para a perenidade da Pátria e para o progresso, a todos os níveis; · Deve estimular o Governo, para que, com afinco, governe sem compadrios e em luta contra os lóbis corporativos; · Que aposte e tudo faça para chegar ao fim da legislatura, porque não podemos andar, eternamente, a mudar de Governos, são os meus votos. Fernando Martins

PAPA hospitalizado mais uns dias

Papa na Políclína Gemelli
O boletim clínico oficial sobre a saúde do Papa, publicado esta manhã pelo Vaticano, refere que "o Santo Padre, acolhendo o conselho dos seus médicos, irá prolongar por mais uns dias a sua estada na Policlínica Gemelli, a fim de completar a sua convalescença, que prossegue de forma normal". Antes disso, o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, confirmou que João Paulo II irá regressar ao Vaticano antes do Domingo de Ramos, a 20 de Março. "O Papa estará de regresso ao Vaticano para a Semana Santa" disse Navarro-Valls aos jornalistas à saída do hospital. Apesar do optimismo reinante, João Paulo II delegou em Cardeais, seus colaboradores, a responsabilidade de presidirem às principais cerimónias da Semana Santa, pela primeira vez no seu Pontificado. O calendário já divulgado pela Santa Sé refere que o Papa dará a bênção "Urbi et Orbi" no dia de Páscoa e mostra que João Paulo II ainda não renunciou a presidir à Via-Sacra no Coliseu. Para mais informações, leia na ECCLESIA.

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Propriedade agrícola dos nossos avós

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