e as Invasões Francesas
Durante as Invasões Francesas (1807-1811), o concelho de Ílhavo atravessou um período de grande instabilidade social e económica.
Na Primeira Invasão, sob o comando de Junot, Ílhavo respondeu com prontidão: o capitão-mor ofereceu cavalos e os párocos locais contribuíram com donativos em dinheiro.
A Segunda Invasão, liderada por Soult, provocou mortes entre os ilhavenses, como a de Francisco Neves da Camponesa, após a queda da cidade do Porto.
Durante a Terceira Invasão, sob Massena, a população foi forçada a evacuar, refugiando-se nas Gafanhas e nas ilhas da ria, longe das rotas percorridas pelas tropas francesas.
As consequências foram severas: escassez alimentar, epidemias e aumento da mortalidade, conforme registado nos documentos paroquiais. Em 1811, ano particularmente crítico, a taxa de óbitos duplicou, resultado de febres, fome e violência, num clima marcado pelo medo, perseguições e desespero.
O concelho de Ílhavo não ficou à margem da guerra: resistiu, sofreu mas sobreviveu.
Fonte: CMI
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