quinta-feira, 30 de maio de 2024

EUGÉNIO DE ANDRADE - O AZUL


O azul, o azul rouco, o azul
sem cor, luz gémea da sede.
Acerca deste rigor
tenho uma palavra a dizer,

uma sílaba a salvar
deste aridez, asa
ferida, o olhar arrastado
pela pedra

calcinada, húmido
ainda de ter pousado
à sombra de um nome,
o teu,

amor do mundo, amor do nada.

Eugénio de Andrade 
Em POESIA


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